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Governo quis procurar o PSDB para articular derrubada da medida que será votada na Câmara, mas o presidente da Casa foi mais convincente

Um dos mais importantes linguistas do País, professor da UnB diz que na academia se faz política o tempo todo e se assume militante da causa do idioma nacional

[caption id="attachment_37986" align="alignleft" width="620"] Rubens Otoni: aliança entre o deputado do PT e o senador Ronaldo Caiado (DEM) não agrada a cúpula do governo Dilma Rousseff | Fotos: Fernando Leite[/caption]
O deputado estadual Virmondes Cruvinel (PSD) e deputados federais que têm conversado com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmam que o tucano-chefe está se tornando um dos interlocutores privilegiados da presidente Dilma Rousseff (PT).
Marconi Perillo tem conversado com frequência com Dilma Rousseff por telefone e tem colaborado nas articulações pró-ajuste fiscal no Congresso Nacional. Como contrapartida, as portas dos ministérios, sem exceção, estão abertas para o governo de Goiás. Isto nunca aconteceu nem mesmo na época do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A presidente aprecia o estilo direto e firme, sem enrolação, do gestor goiano, que tem sido visto no Palácio Planalto como um político com grande capacidade técnica e rara capacidade de articulação. O céu de Brasília, frisa Virmondes, é de brigadeiro para o administrador tucano.
Ao mesmo tempo que cresce o prestígio de Marconi no Planalto, cai o prestígio do deputado federal Rubens Otoni, do PT. Dilma Rousseff e o ministro Aloizio Mercadante não aprovam a aliança entre Rubens Otoni e o senador Ronaldo Caiado, do DEM, contra a privatização da Celg. A presidente e o chefe da Casa Civil estão profundamente irritados com o parlamentar goiano.
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Dilma Rousseff e o ministro Aloizio Mercadante não aprovam a aliança entre Rubens Otoni e o senador Ronaldo Caiado, do DEM[/caption]
A venda da Celg, na avaliação de Dilma Rousseff e do economista Aloizio Mercadante, contribuirá, de maneira decisiva, com o ajuste fiscal. O governo federal pode obter de 3 a 4 bilhões de reais no leilão. Como o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, pretende economizar 65 bilhões de reais, os 3 bilhões são considerados, mais o do que bem-vindos, necessários.
A privatização da Celg, comenta-se no Palácio do Planalto, não é uma decisão do PSDB de Goiás, e sim uma decisão do governo do PT. O decreto que determinou a venda da Companhia de Energia Elétrica de Goiás está assinado pela presidente Dilma Rousseff. Gestores do governo e da Eletrobrás recomendam que petistas, como Rubens Otoni e Luis Cesar Bueno, consultem Dilma Rousseff e Aloizio Mercadante.
Iris Rezende, Vanderlan Cardoso, Jayme Rincón, Adriana Accorsi, Waldir Soares. Um deles pode ser eleito prefeito de Goiânia, mas devem perceber que o eleitorado quer um projeto mais arrojado e crível para capital

Não pegou nada bem a fala do presidente metropolitano do PSDB, Rafael Lousa, sugerindo que a base governista deve lançar apenas um candidato a prefeito de Goiânia em 2016. Dois presidentes de partidos disseram mais ou menos o seguinte: “O jovem Lousa, ainda inexperiente politicamente, está dizendo que, na base governista, apenas o PSDB pode lançar candidato a prefeito da capital. Ninguém apoia tal simulacro de ditadura”. Agindo assim, Lousa incentivou ainda mais o PSD de Vilmar Rocha a lançar candidato a prefeito em Goiânia. O deputado federal Waldir Soares, que pode ser candidato pelo PHS, também não apreciou a fala do tucano.
O PSD goiano precisa deixar de se comportar como se fosse uma tendência do PSDB e deve se apresentar como o grande partido que é nacionalmente e mesmo em Goiás — onde tem dois deputados federais e cinco deputados estaduais e vários prefeitos. Uma chance de provar que está “maduro” e de que não segue caninamente as ordens do tucanato tem a ver com as eleições para prefeito de Goiânia. O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, tem sugerido que nas capitais o partido deve lançar candidato. Kassab tem coletado informações sobre as articulações do PSD em todos os Estados, notadamente nas capitais. Se depender do ministro e ex-prefeito de São Paulo, o PSD vai lançar Virmondes Cruvinel ou Francisco Júnior, jovens e atuantes deputados estaduais, para prefeito de Goiânia. Kassab repete com frequência o mantra do ex-vice-presidente da República Marcos Maciel: “Time que não joga não tem torcida”.
A fim de evitar mais uma guerra, inimigos conversam secretamente e estabelecem uma estranha parceria para combater um inimigo ainda maior: o Estado Islâmico

[caption id="attachment_37974" align="alignleft" width="620"] Jayme Rincón: cada vez mais candidato a prefeito de Goiânia | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Antes era mais nas conversas reservadas, mas agora o governador Marconi Perillo está falando abertamente que o PSDB terá candidato próprio em Goiânia e que o nome mais consolidado é o do presidente da Agetop, Jayme Rincón.
Na sua política de lançar nomes novos, acompanhando a aspiração da sociedade por renovação, o tucano-chefe pretende fazer novas apostas em Goiânia. Mas por que Jayme Rincón?
Porque pesquisas qualitativas sugerem que os eleitores da capital querem um político arrojado e com capacidade de gestão. Jayme Rincón, no comando da Agetop, contribuiu de maneira decisiva para recuperar a malha rodoviária do Estado de Goiás — tanto que está consagrado no meio empresarial, tanto urbano quanto rural, como um gestor eficiente. Ao mesmo que faz as coisas acontecerem, desburocratizando o Estado, quebrando resistências, Jayme Rincón criou um padrão, por assim dizer, “rincônico”. Faz as obras com rapidez, mas bem feitas.
Com visual repaginado — parece mais jovem —, Jayme Rincón tem articulado mais nos bastidores, dialogando com líderes experientes e também com os mais jovens. Ouve, pondera e fala pouco. Não está hibernando. Está apenas articulando de maneira mais produtiva e com menos conflitos com a base governista.

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Pernambucano radicado em Goiás mostra ser possível aliar erudição à prática poética, criando literatura de alta qualidade e aderindo ao legado empírico-meditativo de T. S. Eliot
Lúcia Vânia vai trocar o PSDB pelo PSB brevemente. Motivo: a senadora quer participar do fortalecimento do partido o quanto antes. A senadora quer preparar candidatos a prefeito e a vereador em todo o Estado. E só poder fazer isto se já estiver filiada. Lúcia Vânia deve ser a presidente regional do PSB.
Na avaliação do tucanato, o senador Ronaldo Caiado, do DEM, quando busca impedir ou atrasar a venda da Celg, pensa mais na próxima eleição do que no crescimento e no desenvolvimento de Goiás. Segundo um aliado do tucano-chefe, “o receio de Ronaldo Caiado é que a privatização da Celg irrigue o caixa do governo do Estado e a aliança pilotada pelo governador Marconi fique mais robusta na sucessão de 2018”.
O deputado estadual José Nelto diz que a aliança do PMDB com o PT em Goiânia está descartada. “Mas, se o PT quiser apoiar Iris Rezende para prefeito, não colocaremos obstáculo. Só que nossa aliança prioritária é com o DEM de Ronaldo Caiado.”
O PMDB é mesmo um partido kafkiano. Durval Mota, que levou Júnior Friboi à Comissão de Ética do PMDB, acusando-o de infidelidade partidária — “apoiou” Marconi Perillo, e não Iris Rezende, para governador de Goiás, em 2014 —, manteve cargos, no governo do tucano-chefe, durante anos. Sua “ficha de infiel” está nas mãos do advogado Robledo Rezende, aliado de Friboi.