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[caption id="attachment_42274" align="alignright" width="170"] O livro“Contos de Kolimá”, de Varlam Chalámov, é examinado como literatura pelos críticos literários e como história pelos historiadores. É uma obra-prima[/caption]
As editoras brasileiras descobriram a literatura russa, há alguns anos, e estão publicando traduções de qualidade. Boris Schnaiderman, Paulo Bezerra, Bruno Gomide, Nivaldo dos Santos, Aurora Fornoni Bernardini, Rubens Figueiredo e Irineu Franco Perpetuo são alguns dos tradutores que põem os brasileiros em contato, de maneira competente, com escritores como Púchkin, Gógol, Dostoiévski, Tolstói, Turguêniev, Tchekhov e Vassili Grossman. Agora, por recomendação de Boris Schnaiderman, a Editora 34 preenche uma grande lacuna e começa a publicar, a partir de agosto, os “Contos de Kolimá”, de Varlam Chalámov (1907-1982), em seis volumes. É a obra-prima literária — os russos misturam, com perspicácia, ficção e realidade, com uma iluminando a outra — sobre a vida desumana, e ainda assim demasiado humana, no Gulag.
Varlam Chalámov foi levado para Kolyma, na Sibéria — sob temperatura de -45º — e trabalhou praticamente como “escravo”. Mas sobreviveu, como Alexander Soljenítsin, para contar. Ele era preso político. Mas o que, exatamente, fez contra o governo do ditador Ióssif Stálin? Nada. Só não o apoiava. A Editora 34 vai publicar “Contos de Kolimá” (tradução de Denise Sales e Elena Vasilevich), em agosto, e, entre setembro e dezembro, “A Margem Esquerda” (tradução de Cecília Rosas), “O Artista da Pá” (tradução de Lucas Simone), “Ensaios Sobre o Mundo do Crime” (Francisco Araújo), “A Ressurreição do Lariço” (tradução de Daniela Mountian e Moissei Mountian) e “A Luva ou KR-2” (tradução de Nivaldo Santos). O time de oito tradutores é praticamente uma seleção.
Anote: é um dos maiores lançamentos do ano. Imperdível.
O que falta traduzir agora? Muito; por exemplo, o grande Alexander Herzen (1812-1870), escritor respeitado tanto por Lênin quanto pelo filósofo Isaiah Berlin. Este escreveu brilhantemente sobre Herzen no livro “Pensadores Russos” (Companhia das Letras).

[caption id="attachment_42272" align="alignnone" width="620"] Scott Fitzgerald: um dos maiores escritores americanos do século 20[/caption]
F. Scott Fitzgerald está inscrito na literatura americana como um de seus mais importantes escritores, sobretudo pelo romance “O Grande Gatsby” (espécie de símbolo dos Estados Unidos). Alcoólatra, morreu aos 44 anos, em 1940. “The Strand Magazine” vai publicar um conto perdido do escritor. Descoberto por Andrew F. Gulli, editor da revista, “Temperature” conta a história de Emmet Monsen, um escritor beberrão.
No começo do conto, de julho de 1939, Scott Fitzgerald anota: “E quanto a essa artimanha de dizer que ‘qualquer coincidência com alguém da vida real é coincidência’ não faz sentido tentar”. Era um retrato do autor de “Suave é a Noite” e “Os Belos e Malditos”.
O Metrópole contratou Lilian Tahan, ex-Veja, e Andrei Meirelles, ex-Época

O jornalista Bruno Rocha Lima vai ganhar 13 mil reais por mês para assessorar o deputado federal Daniel Vilela (PMDB). Ele ganhava bem menos como editor do “Pop”, no qual o salário médio é de pouco mais de 2 mil reais (o salário mais baixo do portal Metrópole, de Brasília, é 6 mil reais), e não estava “satisfeito” com os rumos do jornal.
O Brasil tem o sétimo maior PIB, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França e Inglaterra, e representa o 10º maior mercado editorial do mundo. Ao contrário de outros países, com público leitor já estabilizado, o número de leitores no Brasil está em franco crescimento — com ou sem crise. Por isso a gigante HarperCollins uniu-se à editora brasileira Ediouro na criação da HarperCollins Brasil. O diretor-executivo do grupo, Antonio Araújo, disse à repórter Maria Fernanda Rodrigues, do “Estadão”: “A visão sobre o Brasil vai muito além do curto prazo. Não pensamos somente sobre o ano atual ou o ano que vem. O país é o 10º maior mercado editorial do mundo e tem um mercado consumidor gigante. Mesmo em momentos de dificuldade econômica, é possível construir boas histórias”. Os gigantes editoriais, como a Penguin e a HarperCollins, estão chegando, o que prova, apesar da corrupção sistêmica dos governos petistas, que o mercado internacional acredita no Brasil. Talvez muito mais do que os capitalistas brasileiros.
A revista “Veja” prova que a resenha de qualidade ainda existe na imprensa patropi. O escritor Cristovão Tezza publicou uma análise competente do romance “O Gigante Enterrado” (Companhia das Letras, tradução de Sonia Moreira), de Kazuo Ishiguro, e o poeta e tradutor Nelson Ascher escreveu uma finíssima análise da poesia e do percurso intelectual de Ferreira Gullar. O arremate da crítica, aproximando a poesia de Ferreira Gullar à de Augusto de Campos, sugerindo que são muito próximos poeticamente, apesar de adversários figadais, é de um apuro raro na crítica de jornal e revista no Brasil. Num espaço curto, Tezza e Ascher escreveram críticas relevantes.

Vassili Grossman é o Liev Tolstói do século 20. Seu romance “Vida e Destino” é um retrato impagável da Segunda Guerra Mundial. Tolstói certamente o colocaria em sua cabeceira. A Alfaguara, editora do livro anterior, lança em novembro “A Estrada”, com tradução de Irineu Franco Perpetuo. São contos. Um campo de extermínio de judeus, na Polônia, é motivo de uma reportagem que acompanha o volume.
Não se sabe o motivo, e não é tradição do jornal, mas “O Popular” não está cobrindo a pré-campanha da OAB-Goiás com isenção. As colunas “Giro” e “Direito & Justiça” deixam a impressão de que estão fazendo campanha para o presidente da OAB-Goiás, Enil Henrique.

Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, acredita que abrir o Estado para outros tipos de investimento pode significar uma saída para o péssimo momento financeiro por que passa o país

Fernando Tibúrcio Peña, defensor da blogueira cubana Yoni Sanchez e do senador boliviano refugiado em Brasília Roger Pinto Molina, diz que país precisa convocar novas eleições. Para ele, o Brasil pode ser a Venezuela de amanhã e aponta a complacência do governo brasileiro com a Bolívia de Evo Morales como culpada da inundação de crack nas cidades brasileiras

[caption id="attachment_42227" align="alignright" width="620"] Lissauer Vieira: revelação política pode disputar em Rio Verde; Virmondes Cruvinel (Goiânia); e Diego Sorgatto (Luziânia) | Foto: Marcos Kennedy[/caption]
Não será surpresa se o PSD lançar jovens candidatos a prefeito em três dos maiores colégios eleitorais do Estado em 2016: Goiânia, Rio Verde e Luziânia. O caminho é longo e sujeito a mudanças de rumo, mas nas três cidades há uma conjuntura que favorece a articulação.
Do ponto de vista da macropolítica, os partidos sabem que o próximo pleito se dará sob o signo da renovação. Pesquisas qualitativas indicam que o eleitorado está cansado de velhas lideranças e parece pronto a experimentar novidades. O eleitor quer que o discurso da chamada “nova política” se torne real. Ganha pontos o partido que conta com revelações políticas positivas. É o caso do PSD de Goiás. Virmondes Cruvinel (Goiânia), Lissauer Vieira (Rio Verde) e Diego Sorgatto (Luziânia), deputados estaduais novatos da sigla, têm tudo para encabeçar o movimento de renovação.
Contudo, nenhuma análise da macropolítica sobrevive sem uma verificação acurada de cada microcosmo eleitoral. É nesta hora que entram avaliações sobre o jogo de forças que é disputado em todas as cidades. Nos três casos, a aposta em nomes realmente novos será um desafio para o PSD. Uma oportunidade única de mostrar que o partido é ousado e quer mesmo ser um player na cena política de Goiás.
Virmondes atrai eleitorado jovem e garante segundo turno
Goiânia é um microcosmo muito mais complexo que o das outras duas cidades. Trata-se de um eleitorado maior (oito vezes mais numeroso que o de Rio Verde e Luziânia) e mais heterogêneo. Por isso mesmo, mais disputado pelas forças políticas, formando um xadrez bem mais complicado.
Uma complicação que pode gerar situações exóticas, como a de um agrupamento político maior decidir lançar diferentes candidaturas para seccionar o eleitorado e forçar o segundo turno. O PSD, partido da base do governador Marconi Perillo, por exemplo, pode ser escalado para ocupar um desses espaços estratégicos.
E o melhor candidato pessedista será aquele que injetar sangue novo na eleição. Alguém com potencial para chamar a atenção do eleitor, que está enfastiado de figuras muito próximas do cenário polarizado que há tempos domina a política de Goiás. Nesse caso, Virmondes Cruvinel é o nome: jovem, professor universitário, procurador do Estado licenciado e o vereador mais votado da última eleição.
Lissauer e Diego podem selar união de grupos em Rio Verde e Luziânia
Em Rio Verde e em Luziânia, duas grandes cidades (ambas com mais de 100 mil eleitores), a situação favorece Lissauer Vieira e Diego Sorgatto por um motivo muito comum na micropolítica: a polarização entre lideranças consolidadas exige a unção de um “tertius”. Um nome que transite com tranquilidade nos dois campos em disputa.
No momento, Lissauer pode parecer o candidato de Juraci Martins (PSD), atual prefeito de Rio Verde, que já sinalizou que não apoia a pré-candidatura do deputado federal do grupo, o também pessedista Heuler Cruvinel. No entanto, Lissauer trabalha diligentemente nos bastidores para resolver esse impasse. Jovem e bem-sucedido como empresário, está focado em seu mandato na Assembleia Legislativa e não tem a menor pressa em ser candidato a prefeito. Considera Heuler o nome natural.
Pelo seu empenho em manter a união do grupo, Lissauer é hoje o principal elo na interlocução entre o deputado federal e o prefeito. E, por isso mesmo, pode acabar sendo o “tertius” que o grupo político precisa para manter a hegemonia contra a oposição, que será forte com Paulo do Vale (PMDB).
A situação é muito semelhante em Luziânia. O conjunto de forças que apoia Marconi na cidade está dividido. De um lado, o prefeito Cristóvão Tormin (PSD). Do outro, o deputado federal e ex-prefeito Célio Silveira (PSDB). O primeiro é candidato à reeleição, mas há dois empecilhos. O primeiro é o desgaste com o eleitorado (não está bem nas pesquisas) e o segundo motivo é que não há a menor chance de ele ter o apoio de Célio.
Diego Sorgatto pode ser o “tertius” em Luziânia porque dialoga com os dois grupos sem qualquer problema. É muito próximo de Cristóvão, mas não tem nenhuma dificuldade para conversar com o deputado tucano. Assim como Lissauer, Diego não tem pressa para disputar a prefeitura e, por isso mesmo, trabalha para acalmar os ânimos.
Mas se a conversação não avançar, pode ser ele o ponto de junção. Célio já sinalizou que vê essa saída com bons olhos. Mais plausível (e coerente), por exemplo, do que a dança com o ex-rival Marcelo Melo (PMDB) — também aventada nos bastidores. No caso de Cristóvão perceber que sua sobrevivência política depende dessa aliança, o caso está encerrado.
Outro fator que fortalece a tese do "tertius" em Rio Verde e Luziânia é que este tipo de solução, bem conversada e compartilhada, é o que mais agrada o tucano-chefe. O governador Marconi Perillo precisa minimizar os atritos em sua base para que seu voo nacional seja o mais forte possível.

Para o presidente nacional do PHS, existe uma certeza em relação a 2018: a direita, independente de quem seja o candidato, irá vencer as eleições

O Brasil precisa de um novo pacto para resolver um problema que, embora político, tem colaborado para emperrar a economia. Compensa manter Dilma Rousseff, eleita democraticamente, ou se deve retirá-la do poder o quanto antes?

Em novo livro, o pesquisador desvenda a estrutura judiciária na capitania de São Paulo (1709-1822)

Com obras de 45 artistas, a exposição valoriza o intercâmbio entre artistas, públicos e o debate criativo