Eutanásia e suicídio assistido; veja a diferença
14 julho 2024 às 18h00
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A eutanásia é legalizada em vários países, como Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Canadá, Portugal, Espanha, Suíça e em alguns estados dos Estados Unidos e na Colômbia. O movimento de legalização tem ganhado força.
Trata-se de um tema controverso, difícil de compreender o que leva alguém a fazer essa escolha, mas muitas vezes está ligado à busca por uma saída para quem enfrenta uma doença incurável ou dores insuportáveis. Um exemplo é o caso de Carolina Arruda Leite, uma estudante de veterinária de Minas Gerais, que sofre há 11 anos com neuralgia do trigêmeo, uma condição extremamente dolorosa causada por uma disfunção do nervo trigêmeo no rosto.
É importante distinguir entre eutanásia e suicídio assistido: Na eutanásia, um médico prescreve e administra a substância que induz a morte do paciente; No suicídio assistido, o médico prescreve a medicação, mas é o próprio paciente quem a administra para encerrar sua vida.
Os critérios para eutanásia variam entre os países. Por exemplo, na Holanda, a prática é permitida para pacientes com doenças incuráveis e dor insuportável, certificados por dois médicos. Na Bélgica, desde 2002, pacientes com doenças terminais podem optar pela eutanásia de forma voluntária e ponderada, estendendo-se até a casos envolvendo menores e problemas mentais, com devida autorização.
Luxemburgo, Canadá, Colômbia, Portugal e Espanha também têm legislações que permitem a eutanásia em diferentes condições e idades, variando de acordo com diagnósticos e consentimentos familiares.
Nos Estados Unidos, alguns estados como Washington, Oregon, Vermont, Califórnia e Montana permitem o suicídio assistido para pacientes com doenças terminais, desde que atendam a critérios específicos de prognóstico de vida.
No Brasil, ambas as práticas são ilegais, mas o debate sobre o assunto continua em curso.
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