Bastidores
Uma chapa majoritária com Marconi Perillo (governador), Vilmar Rocha (vice) e Ronaldo Caiado (senador) é mesmo muito forte. Rocha e Caiado são políticos qualificados e acrescentam muito para o tucano-chefe. Mas é preciso considerar duas coisas: o vice-governador José Eliton não jogou a toalha e, entre os jovens, é uma das apostas do governador Marconi Perillo. Vilmar Rocha também diz que prefere disputar mandato de senador. Ele e José Eliton, antes adversários, agora são aliados.
De um irista cáustico: “Numa reunião, um peemedebista disse que, se derrotar Iris Rezende na convenção, Júnior Friboi teria uma vitória de Pirro. O empresário, intrigado, perguntou: ‘Espirro? Alguém está gripado?’”
Em Porangatu não se comenta outra coisa: o prefeito Eronildo Valadares é sério, mas não está conseguindo administrar a cidade. O que parecia impossível está ocorrendo: o povão começa a sentir saudade do ex-prefeito José Osvaldo. “A gente era feliz, apesar de todos os desmandos, e não sabia.” Nem tanto, é claro. Eronildo Valadares herdou, vale ressaltar, uma dívida de 30 milhões de reais. Um papagaio desse engessa qualquer gestão. Mas nenhum prefeito deve ser eleito para ficar reclamando.
O empresário Jalles Fontoura (PSDB) foi eleito prefeito de Goianésia propondo duas coisas que avaliava como fundamentais. Primeiro, propôs a construção de 2 mil casas. Segundo, sugeriu a criação de uma faculdade de medicina. Segundo sua equipe, mil casas estão em fase de construção e/ou contratação. Ele assegura que, até 2016, no fim da gestão, terá edificado 2 mil casas. O tucano garante que a faculdade vai sair do papel.

[caption id="attachment_1049" align="alignleft" width="300"] Presidente do PRTB em Morrinhos, Arzírio Vieira, e o vice, Renato Melanias[/caption]
Arzírio Vieira, do ramo da construção civil, é o novo presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro em Morrinhos. Junto com ele, assumiram novos integrantes.
Arzírio frisa que sua “missão é organizar o partido” com vistas “às eleições de 2014 e 2016”. O político pretende constituir um grupo forte para “apresentar projetos e soluções para Morrinhos”.
“Vamos filiar nomes importantes no partido. Iniciamos as conversações e desde já traremos companheiros para ajudar a promover uma política voltada para o interesse de todos”, afirma Arzírio. O agente comercial Renato Melanias, de família tradicional na cidade, é o vice-presidente do PRTB.
Renato assegura que vai dialogar com vários segmentos da sociedade. “Atendendo um pedido do presidente regional, Denes Pereira, e do presidente do diretório metropolitano, Júnior Café, eu, o presidente Arzírio e os demais companheiros de partido vamos procurar toda a sociedade organizada e apresentar um novo modelo de gestão política para a cidade de Morrinhos. O nosso povo precisa ter representantes à sua altura, e é essa política que queremos para a nossa cidade”, enfatizou .

[caption id="attachment_534" align="alignleft" width="620"] José Eliton: prestigiado pelo governador Marconi Perillo, o vice pode ir tanto para o TJ quanto para o TCE ou para o TCM[/caption]
Pergunta que não quer calar-se: o que a base aliada vai fazer com o vice-governador José Eliton (PP)? O governador Marconi Perillo aprecia o advogado e gostaria de mantê-lo como seu vice. Chega-se a falar, até, que, se o tucano-chefe não for candidato, o presidente do PP pode disputar o governo de Goiás. Porém, nos bastidores, há outra discussão, que passa ao largo de apreço pessoal e lealdade: o que, de fato, José Eliton acrescenta à chapa majoritária em termos de votos? O Jornal Opção ouviu dezenas de integrantes da base governista e todos, exceto uma política e um político, teceram os maiores elogios ao vice, mas disseram que “não tem votos”. Em 2012, transformou Posse em sua Ítaca, passando a despachar na cidade, mas não conseguiu eleger o pai a prefeito (perdeu para o amador José Gouveia).
Entretanto, se não permanecer na vice, José Eliton não ficará desguarnecido. Cogita-se quatro coisas. Primeiro, pode disputar a vaga do desembargador Geraldo Gonçalves — se este decidir mesmo se aposentar —, possivelmente com o apoio de Marconi e do presidente da OAB-Goiás, Henrique Tibúrcio. Há quem diga, especialmente no meio advocatício, que a maior ambição do vice é se tornar desembargador.
Segundo, pode “ganhar” uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE). A vaga do TCE, a do conselheiro Milton Alves, estaria “reservada” para o presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB). José Eliton “atropelaria” o amigo? Improvável.
Terceiro, entre 2014 e 2015, dois conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Sebastião “Caroço” Monteiro e Virmondes Cruvinel, devem se aposentar. O deputado Daniel Messac (PSDB) e o secretário de Articulação Institucional, Joaquim de Castro, são os nomes mais cotados para substitui-los. Mas um acordão pode reservar uma vaga para José Eliton.
Quarto, José Eliton é “candidato” a assumir a coordenação geral da campanha do governador Marconi Perillo.
O PMDB, se o candidato a governador for Iris Rezende, pode perder o apoio de alguns partidos que apoiam a candidatura de Júnior Friboi — e não necessariamente uma candidatura peemedebista. É possível que, se Iris for confirmado e se Friboi não bancá-lo, partidos como PTN, de Francisco Gedda, e PC do B, de Isaura Lemos, passem a militar ao lado do pré-candidato do PT a governador, Antônio Gomide.
Até quarta-feira, 26, o vice-governador José Eliton (PP) lutava sozinho contra a indicação do deputado federal Ronaldo Caiado para compor a chapa majoritária articulada pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Se Caiado for candidato a senador na chapa do tucano-chefe, a tendência é que o deputado federal Vilmar Rocha seja indicado para vice e, com isso, José Eliton perderia espaço na chapa. Mas agora um peso-pesado, o prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura (PSDB), entrou em campo contra a indicação de Caiado. Em artigo publicado em "O Popular", o tucano diz que, se apoiar Caiado, a coligação governista estará dando prova de que sofre da síndrome de estocolmo. Jalles Fontoura não está defendendo José Eliton, e sim seu aliado e amigo Vilmar Rocha (PSD). Vilmar, cotado para vice, prefere ser candidato a senador. Há também uma vingança histórica: em 2002, Jalles Fontoura queria ser candidato a senador, mas Caiado bancou o então secretário de Segurança Pública, o procurador de justiça Demóstenes Torres, para a disputa. Na época, Jalles era filiado ao DEM (ex-PFL). E há um contencioso histórico entre os Caiado e a família de Jalles Fontoura e Otavinho Lage. Não é coisa recente, portanto.
O Partido Ecológico Nacional (PEN) decidiu compor com o governador Marconi Perillo (PSDB) e vai apoiar sua reeleição. O presidente do PEN, Airton Barroso, e seu guru, Alfredo Bambu, devem indicar aliados para participar do governo de Goiás. Barroso interrompeu, no início desta semana, as conversações com o grupo do pré-candidato do PMDB a governador de Goiás, empresário Júnior Friboi.
De um integrante do DEM goiano: "O deputado estadual Simeyzon Silveira, até onde se sabe, não é porta-voz do DEM nem do deputado federal Ronaldo Caiado". O democrata acrescenta: "Simeyzon deveria se apresentar como porta-voz de seu partido, o PSC. No entanto, quem manda mesmo no PSC é o pré-candidato a governador pelo PSB, Vanderlan Cardoso". O "conflito" entre Simeyzon e o democrata tem origem na "informação" do primeiro de que o deputado federal não vai compor com o governador de Goiás, Marconi Perillo. Convém esperar a manifestação do próprio Caiado. O que ele tem sugerido não bate, de fato, com o que diz Simeyzon.

Reza a lenda que quem corta cabelo com Ruimar Ferreira não perde eleição. Os candidatos a governador brigam para “usar” a tesoura de ouro do profissional. Aí, claro, alguém tem de perder, mas a culpa não é do Messi dos cabeleireiros. Uma coisa é certa: aquele que não corta cabelo com Ruimar quase sempre fica na lanterninha.
O ex-banqueiro Henrique Meirelles cortou cabelo com Ruimar e foi eleito deputado federal pelo PSDB. Depois, passou a cortar cabelo em Brasília e, aí, não conseguiu ser candidato a governador de Goiás. Olavo Noleto, pré-candidato a deputado federal pelo PT goiano, não é supersticioso, mas na dúvida parou de cortar cabelo na capital federal e, desde algum tempo, passou a frequentar o salão do mestre Ruimar. “Fiquei até mais bonito”, sugere.
Ruimar é chamado pelos demais profissionais de o príncipe dos cabeleireiros do Centro-Oeste. A torcida do Goiás costuma dizer que o único defeito da estrela do New Star, o point mais charmoso e referencial da Praça Tamandaré, em Goiânia, é ser torcedor do Atlético Clube Goianiense. Como diz Billy Wilder, ninguém é perfeito.
(Na foto acima, feita no salão New Star, aparecem Ruimar Ferreira, o primeiro, e Olavo Noleto)

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, tem comentado que, desta vez, Goiás terá um deputado federal. O nome? Marcos Abrão, que Freire apresenta como o “craque do Cerrado”. O motivo do entusiasmo é um só: o jovem líder está reorganizando o PPS em todo o Estado e, de fato, tem chance de obter mandato na Câmara dos Deputados. Workaholic assumido, circula por todo o Estado em busca de apoio para ampliar as bases do partido. Agora, conseguiu a filiação do prefeito de Cromínia, Antônio Matias, Pedruca, que trocou o PROS pelo PPS.
Pedruca não apenas filiou-se ao PPS. Ele levou para o partido dois ex-vereadores, José Antônio e Weber José. A filiação foi feita na sede do partido em Goiânia.
(Na fotografia, Marcos Abrão está no centro.)
Conselheiros peemedebistas estão sugerindo o seguinte: Iris Rezende disputa o governo em 5 de outubro deste ano e, se eleito, não disputaria a reeleição em 2018. Nesta eleição, a de 2018, o empresário Júnior Friboi seria o candidato a governador. Como acredita-se que o PT vai bancar candidato a governador em 2014, Friboi seria o vice agora, com o deputado federal Sandro Mabel para senador. Há, porém, uma corrente do PMDB que avalia que, com Iris candidato, Antônio Gomide vai fazer parte da chapa majoritária, como vice ou candidado a senador. O PT, o de Gomide, continua insistindo que vai disputar mandato de deputado.
Nesta semana, alegando que o presidente do PSL de Goiás, Dário Paiva, estaria espalhando “calúnias, mentiras e fofocas” contra o presidente do PHS nacional, Eduardo Machado (foto), a Comissão Executiva Nacional do PHS decidiu, “por unanimidade, proibir qualquer coligação com o PSL em qualquer unidade de federação”. Líderes do PHS e do PSL chegaram a discutir uma coligação para a eleição de deputado federal e estadual de 5 de outubro deste ano. Ao lado de outros partidos, formariam a Chapinha. Seria uma forma de se contrapor ao chamado Globo da Morte, o chapão dos grandes partidos que apoiam o governador Marconi Perillo — PSDB, PSD e PTB (o PP estaria tentando escapar da aliança). No entanto, de repente, PHS e PSL romperam e Dário Paiva, do PSL, estaria articulação a formação da Chapinha 2. A Chapinha 1 está sob a coordenação do presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, pré-candidato a deputado federal.
A frase da semana é do ex-deputado estadual José Nelto, do PMDB irista: “Sem Iris na disputa, o governador Marconi Perillo ganha as eleições no primeiro turno”. A frase está na reportagem “Friboi vai a Iris”, de Helton Lenine. Saiu no “Diário da Manhã” de quarta-feira, 26.