Bastidores

[caption id="attachment_41048" align="alignright" width="620"] Dra. Cristina Lopes e Geovani Antônio destacaram nome do Delegado Waldir | Foto: Alberto Maia/Câmara de Vereadores[/caption]
A primeira reunião entre a bancada de vereadores tucanos da capital, as executivas metropolitana e estadual do PSDB e o pré-candidato à Prefeitura de Goiânia o deputado federal Delegado Waldir continua a ressoar no ninho azul-amarelo. Dra. Cristina Lopes e Geovani Antônio destacaram o que o parlamentar federal relatou no encontro.
“O Delegado Waldir mostrou alto grau de organização. Como propostas, apresentou o controle do tráfico e uso de drogas na capital, a instalação de um Credeq, em parceria com o governo estadual e a prevenção do uso de entorpecentes nas escolas”, diz Dra. Cristina.
Para Geovani Antônio, o melhor candidato ao Paço Municipal em 2016 está no equilíbrio entre o perfil de gestor e de densidade eleitoral -- esta última é a principal característica do deputado federal. “Não só eu como a Dra. Cristina ficamos surpresos com o posicionamento dele. Me surpreendeu”, resumiu.
Delegado Waldir foi o primeiro a estar com os vereadores e também apresentou aos sete vereadores do PSDB pesquisas qualitativas e quantitativas apontando o nome dele como o preferido pela população. Além dele, o deputado federal Fábio Sousa se reuniu com a bancada recentemente.
Ainda estão previstas conversas com os congressistas Giuseppe Vecci, João Campos e o presidente da Agetop, Jayme Rincón, e o presidente da Câmara de Vereadores, Anselmo Pereira.

[caption id="attachment_25986" align="alignright" width="620"] Vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano | Foto: Jornal Opção[/caption]
O prefeito em exercício de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), foi questionado pelo Jornal Opção quando irá lançar-se como pré-candidato ao Paço Municipal.
A resposta: "Até queria colocar meu nome” à disposição, mas o líder da sigla, o ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende tem mais densidade eleitoral. “Ele tem até disposição para isso [me apoiar], mas o negócio é o partido aceitar. Todos querem ganhar em 2016”, disse.
Ainda segundo Agenor, que está à frente do Poder Executivo interinamente por conta da viagem de Paulo Garcia (PT) ao exterior, Iris tem a preferência do PMDB por ter mais “predicados” para ser o escolhido, como suporte financeiro. Ou seja: em 2016, veremos novamente Iris candidato em Goiânia.

[caption id="attachment_40982" align="aligncenter" width="620"] Disputa à Câmara de Anicuns será entre dois pessedistas: Jangular Filho e Jorge Menezes | Fotos: reprodução / Facebook[/caption]
A disputa para a Presidência da Câmara Municipal de Anicuns em 2016 -- que será realizada em dezembro deste ano -- será marcada pelo confronto entre a renovação e o passado.
Articulam o posto mais alto da Casa dois vereadores do PSD, o jovem Jangular Filho e o veterano Jorge Menezes. Ambos da base do prefeito Manezinho (PSD), receberam o aval do Executivo para pleitear o comando do Legislativo anicuense.
Consta que Jangular Filho saiu na frente, pois representa o "novo" e não tem desgaste político. Jorge, que é também ex-vice-prefeito, completa seu quinto mandato como vereador e já foi presidente da Câmara -- por isso teria resistência na oposição (composta por seis vereadores). O mesmo não aconteceria com Jangular.
De qualquer forma, quem suceder o atual presidente, Sargento Mariano (PTC), deve comandar a maioria na Câmara e manter o alinhamento com o prefeito. Manezinho é visto como bom gestor e é bem avaliado pela população.

[caption id="attachment_29344" align="aligncenter" width="620"] Prefeito Juraci Martins está 100% | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
O prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (PSD), recebeu os resultados dos exames que fez em São Paulo e ouviu do corpo médico que "está mais forte do que nunca". Após passar mal na semana passada, foi à capital paulista fazer um "check-up" no Hospital Albert Einstein.
Passado o susto, Juraci deve voltar a Rio Verde para dar continuidade a sua gestão e, claro, trabalhar para fazer o sucessor nas eleições do ano que vem. Com a oposição desarticulada e sem nomes relevantes para o pleito, o PSD deve garantir mais quatro anos à frente do maior município do Sudoeste goiano.

[caption id="attachment_40693" align="alignright" width="620"] O grupo do governador Marconi Perillo tem duas opções: vencer diretamente Iris Rezende e Ronaldo Caiado ou torcer para que Vanderlan Cardoso o faça | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Dizer que 2018 passa por 2016 é lugar comum. Afirmar que a base do governo estadual, ligada à figura de Marconi Perillo (PSDB), precisa ganhar em Goiânia também. A questão não é que a base precisa ganhar, mas que não pode perder, principalmente se o provável vitorioso for o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB).
Vamos por partes: o projeto “alfa” de todos os grupos políticos de Goiás é o governo do Estado, que entrará em disputa apenas em 2018. Acontece que o cenário estadual está, mais que nunca, ligado ao da capital. Os motivos são dois: a saída de Marconi do jogo e a entrada de Ronaldo Caiado.
A aliança de Caiado com o PMDB de Iris Rezende mudou tudo. Os governistas entendem que Caiado não representa uma ameaça em 2018, uma vez que não tem um trabalho expressivo para mostrar a não ser ele mesmo e a oposição que tem feito no Senado.
Porém, a história muda de figura se Iris Rezende vencer na capital. Atrelado à figura do já conhecido “tocador de obras” peemedebista, Caiado passará a ter algo para mostrar. Isto é, passa a ser um forte candidato contra o possível nome apresentado pela base estadual.
A aliança firmada entre Caiado e PMDB visa utilizar a força do democrata na articulação para o ano que vem com o objetivo de conseguir o maior número de prefeituras possível. Em troca, o PMDB dará irrestrito apoio à quase certa candidatura de Caiado ao governo. Isso, claro, se todos cumprirem com suas partes no acordo.
Se Iris vencer em Goiânia, Caiado passará a vincular verbas e facilitar a captação de recursos para a capital, além de estar sempre presente na cidade. E isso poderá dar visibilidade ao senador.
Por isso, o Paço goianiense passou a ser a obsessão de todos. Quem vencer terá uma ferramenta e tanto para usar nas eleições estaduais.
Há, entretanto, um ponto a ser ressaltado. Goiânia, ao que consta, deverá ter três grandes grupos na disputa: o da base, o de Iris e o de Vanderlan. As três aglomerações são fortes, independente de quem seja o candidato marconista, uma vez que o apoio da máquina estadual será primordial.
A possível vitória de Vanderlan também tem importância, afinal, ele foi candidato ao governo nas duas últimas eleições. Porém, os governistas veem Vanderlan mais como aliado que como adversário. “Estaremos juntos em um provável segundo turno”, diz um tucano.
Pelo visto, em 2016, será cada um por si e todos contra Iris.

[caption id="attachment_40496" align="alignright" width="620"] Adriana Accorsi: deputada pode se mostrar forte candidata em Goiânia | Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]
Deputada em primeiro mandato, Adriana Accorsi já é apontada por muitos — petistas, peemedebistas, tucanos — como a mais forte candidata que o PT tem para Goiânia.
Vista como política de perfil sério, tem feito um bom trabalho na Assembleia Legislativa, o que pode lhe garantir boa penetração na cidade.
Um peemedebista diz: “Se for candidata, é forte”, lembrando que a delegada teve 43.424 votos, sendo boa parte deles em Goiânia.
De uma tucana: “Adriana pode causar dificuldades. Se for candidata, sei não hein...”
Adriana é ligada à Articulação, tendência petista dirigida pelo prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e da qual fazia parte seu pai, Darci Accorsi.
A dificuldade que Adriana poderá enfrentar, caso seja de fato candidato, é sua falta de experiência administrativa, uma vez que exerce cargo político pela primeira vez.
Além disso, há o período de insatisfação por parte da população em relação ao PT, sigla que Adriana já afirmou não abandonar.
Porém, os políticos apontam que nem um dos dois fatores será um problema para ela, principalmente o último.
“Antônio Gomide, por exemplo, se pudesse ser candidato novamente em Anápolis, seria eleito com mais de 80% dos votos. E é do PT. Isso mostra que a população não vota no PT, vota nele. E assim é com muitos outros”, analisa um político ligado ao Palácio das Esmeraldas.
Além disso, Adriana conta com a boa reputação que tinha seu pai, o ex-prefeito Darci Accorsi, considerado um dos melhores gestores que a cidade já teve.
Será que Adriana quer ser candidata? Se quiser, talvez seja a hora de começar a se articular.

[caption id="attachment_32788" align="alignright" width="620"] Deputado federal Jovair Arantes: “Não tenho nenhuma dificuldade em conversar com ninguém” | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Com a possibilidade de firmar aliança com PMDB e DEM, o PTB do deputado federal Jovair Arantes destoa do restante da base do governo estadual. Porém, Jovair, que foi o candidato governista à Prefeitura de Goiânia em 2012, diz não ver dificuldade em se unir a qualquer partido.
“Sou da base do governo estadual e o ajudo, em Brasília. Agora, nada nos impede de, no cenário municipal, conversar com todos. Não tenho nenhuma dificuldade com ninguém”, afirma.
Jovair diz que a ideia do PTB para 2016 é ampliar o número de prefeitos que tem, de 21 para 35, tendo candidatura nas principais cidades do interior como Aparecida de Goiânia e Anápolis. “A ideia é ter o maior número de candidatos possível”, conta.
E se, para isso, o partido do hábil Jovair precisar se aliar ao PMDB de Iris Rezende e ao DEM de Ronaldo Caiado, tudo bem. “Se tiver que acontecer, partiremos fortes para o pleito”, relata o deputado.
Entretanto, há especulações que o afastamento entre o partido e o governador Marconi Perillo tem causado problemas e gerado desgastes ao PTB. Os deputados estaduais Marlúcio Pereira e Talles Barreto estariam pensando em trocar de legenda, aguardando apenas a possível janela.

[caption id="attachment_40688" align="alignright" width="620"] Darlan Braz: tem alguma penetração em Goiânia e pode atrair votos | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Ainda na articulação para as eleições do próximo ano, o PPS tem um fato como certo: sua aliança com o PSB de Vanderlan Cardoso. Com o auxílio dos pessebistas, o partido deve lançar de 30 a 35 candidatos a prefeito, com a expectativa de eleger 14 ou 15.
Entre as cidades, está Goiânia, local onde Vanderlan deverá assumir a cabeça de chapa com um provável vice do PPS. E este poderá ser Darlan Braz. O jovem tem se articulado e conversado no sentido de viabilizar seu nome à chapa majoritária da capital. Ele, que foi candidato a vice na chapa de Elias Júnior (PMN) em 2012, tem certa penetração nas regiões Norte e Noroeste de Goiânia, locais onde trabalhou cinco anos com o Renda Cidadã.
Contudo, não há nada certo. Nas cidades do interior, as candidaturas já estão praticamente certas. Na região metropolitana, porém, o presidente do partido, o deputado federal Marcos Abrão, faz questão de conduzir o processo ele mesmo, o que só será feito, efetivamente, a partir de agosto.
O PSDB não deve fechar chapa pura para disputar nenhuma prefeitura, principalmente a de Goiânia. Em grande porque seria um desrespeito aos demais partidos que compõem a base do governo estadual. Assim, começam as especulações para os possíveis companheiros de chapa. E o vice de Goiânia deverá sair do PP ou do PSD. Os dois partidos são considerados os “favoritões” e com razão: o primeiro é a legenda do vice-governador José Eliton, candidato “natural” para as eleições de 2018; o segundo é a sigla secretário de Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente, Vilmar Rocha — que disputou vaga ao Senado na chapa que reelegeu o governador Marconi Perillo. PP e PSD são, sem sombra de dúvidas, os partidos mais lembrados da base e os que desfrutam de maior atenção junto ao governador. Fora isso, o PSD tem o deputado estadual Virmondes Cruvinel e o PP vários bons nomes, como o do deputado federal Sandes Júnior, fora os muitos outros que têm trocado de partido rumo à sigla.
Em toda eleição há aquelas candidaturas de partidos pequenos, os chamados “nanicos”. Geralmente, essas candidaturas têm pouco impacto perto das dos grandes partidos, mas no caso de Goiânia, em 2016, elas poderão ter um papel fundamental. Como a disputa promete ser acirrada, os votos dos partidos menores poderão desequilibrar a eleição. É o caso do PSol, por exemplo, que deverá lançar, com ou sem alianças, Reinaldo Assis Pantaleão ou Washington Fraga à Prefeitura. No último pleito municipal, Pantaleão recebeu quase 20 mil votos. Parece pouco, mas este número pode acabar sendo responsável por virar a eleição. Dessa forma, devemos ficar de olho nessas candidaturas.

[caption id="attachment_37969" align="alignright" width="620"] Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]
O deputado federal Waldir Soares, o delegado Waldir, tem tentado se viabilizar à Prefeitura de Goiânia. Capilaridade eleitoral ele tem, afinal foram mais de 170 mil votos na capital. O que ele não tem é experiência como gestor e, por isso, muitas vezes desperta desconfiança de alguns.
Contudo, Waldir tem surpreendido alguns tucanos. Segundo apontam os vereadores de Goiânia, por exemplo, o delegado tem buscado se capacitar. “Constituiu uma equipe técnica e tem trabalhado em cima de pesquisas. Além disso, sua fala é coerente com aquilo que ele propõe”, afirma Cristina Lopes, líder da bancada tucana na Câmara Municipal, que, entretanto, não demonstra apoio a nenhum dos pré-candidatos tucanos. Os vereadores estão se reunindo individualmente com os possíveis candidatos. Até agora, apenas Waldir e Fábio Sousa foram ouvidos.
É comum que um partido, caso não tenha afinidade com outra siglas, lancem candidaturas em chapa pura, isto é, formada apenas por aquela sigla. Não que isso seja errado. Não. É, porém, um equívoco. E quem aponta isso são pesquisadores. Para eles, a população se importa, sim, com quantidade. Logo, quanto maior a coligação, maior a confiança em seu poder de atuação. Dessa forma, candidaturas em chapa pura não são bem vistas, “afinal, quem quer votar em uma chapa que sequer outros políticos confiaram?”, pergunta uma deles. Claro que há exceções, mas estas só acontecem quando os políticos têm força própria. No caso de novos políticos, não dá certo.
Já começaram as pesquisas visando estudar a viabilidade dos futuros candidatos à prefeitura nas cidades do interior. Lourenço Pereira Filho (PP), o “Lourencinho” encomendou pesquisa ao instituto Serpes. O motivo: saber se, de fato, é o favorito na cidade.
Três cidades, duas ao norte e outra ao sul, já estão a todo vapor para as eleições do ano que vem. Adelino Alves, ex-PR, deverá disputar a prefeitura de Nova Iguaçu de Goiás pelo PSD. Seu principal adversário no município é o atual prefeito, Vilcimar Pereira Pinto (PSB). Em Campinorte, os principais candidatos deverão ser Vander Borges (PP) e o atual prefeito, Francisco Sobrinho, o Chicão (PSB). Já em Professor Jamil, o principal pré-candidato aponta é o vereador Talismar Correa (PP).
Em Itumbiara o provável candidato à prefeitura se chama Zé Antônio (PTB). O deputado estadual, que já tem articulado algumas candidaturas pelo interior, é apontado como possível nome para disputar o município. Se ele não quiser, há outro nome do PTB à espera: o ex-prefeito Zé Gomes.