Conheça a história de 4 servidores com deficiência visual que são inspiração na Comurg
11 março 2024 às 09h41
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O trabalho de quatro servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) impacta de forma positiva a vida de muitos goianienses. Com baixa visão ou cegueira total, eles dependem da audição, do paladar, do olfato e do tato para realizarem suas atividades. É o exemplo de Sérgio Rodrigues do Nascimento, de 47 anos, que está há 15 na Comurg.
Ele é atendente, sendo que o primeiro contato do cidadão, ao acionar a empresa, é pela Central de Atendimento. “Fico muito feliz em saber e poder ajudar as pessoas, porque elas ligam e nem sabem que estão falando com uma pessoa que tem deficiência”, conta.
Sérgio acredita que o fato de ser cego permite melhor captação de sons, sabores, odores e toques. “Cada dia é um aprendizado diferente. Basta acreditar na gente mesmo. Somos diferentes, mas somos essenciais aqui na empresa”, enfatiza Sérgio.
Já Rogério Gomes da Silva tem 42 anos e trabalha na Comurg há 18. Hoje, atua como jardineiro na produção de mudas. “Eu quando ingressei na empresa tinha baixa visão, hoje tenho cegueira total, mas isso nunca me impediu de ter conquistas e sonhos realizados”, declara.
Outra pessoa com deficiência é Leandro Alves Silveira, 47, 25 anos de Comurg. Nasceu com glaucoma e foi perdendo a visão, mesmo depois de 14 cirurgias realizadas. Além de gari, atua como artesão confeccionando peças decorativas em madeira como porta-canetas, porta-joias, estojos, brinquedos, esculturas e peças decorativas em geral.
Exemplo também é a vida de Fábio Rodriguez de Sousa, de 41 anos, que nasceu com uma doença rara, o que ocasionou a perda da visão ainda bebê. O gari superou os desafios e os limites da cegueira, se formou em psicologia e atualmente atende cerca de 720 pacientes por mês na Companhia de Urbanização (Comurg).
Fábio conta que a percepção, análise e compreensão do ambiente é mais apurada para quem tem cegueira. “Por exemplo, há casos em que é preciso observar os sinais do corpo de um paciente. O cego tem que perceber as nuances da voz do paciente, pois, pela onda sonora, conseguimos identificar emoções”, explica o doutor, que diz viver um bom momento em sua carreira na Comurg.
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