Cinco substituições no futebol já deu
08 fevereiro 2024 às 16h36
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Desde que o futebol retornou após a paralisação por conta da pandemia de Covid-19, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) anunciou, em 2020, uma medida que permitiu equipes de realizar até cinco substituições por partida, em vez das tradicionais três, com o objetivo de preservar os jogadores.
Essa ampliação no número de substituições, que segundo a Fifa era temporária e agora ficou permanente, importante destacar, visou compensar o tempo perdido na temporada devido à pausa da pandemia, já mencionada.
Com jogos sendo realizados mais frequentes em um período reduzido, houve preocupações com o aumento do risco de lesões.
Apesar da concessão de duas substituições extras, as equipes passaram a ter o direito de utilizar em apenas três interrupções ao longo dos 90 minutos para realizar as alterações, além do intervalo.
A abordagem buscou evitar pausas desnecessárias no desenvolvimento do jogo. Passados quase quatro anos dessa mudança, pudemos perceber que, mesmo com a regra de apenas três paradas, o tempo gasto nas substituições continuou o mesmo, em alguns casos até aumentou.
Isso porque, geralmente, os técnicos costumam efetuar duas ou três trocas de uma vez só. Até que a comunicação completa seja passada ao quarto árbitro, e este levante a placa corretamente, já que há frequentes equívocos, já se perdeu um tempo.
Além disso, é comum que equipes que estejam com o placar mais favorável a elas utilizem tais substituições para “queimar” relógio, tempo que nem sempre é reposto nos acréscimos.
Se a própria Fifa recomenda que um jogo de futebol tenha 60 minutos de bola rolando dos 90, incluindo os acréscimos, para que a partida seja “agradável de assistir”, por que tanto tempo perdido nas substituições?
Ao todo, o time conta com dez jogadores de linha. Com as trocas, o técnico pode mudar metade da sua equipe. É muita alteração. Perde-se tempo e até a qualidade do jogo com tantas trocas.
Está certo que quando a medida foi implantada, em uma época em que a pandemia estava mais forte e a vacina ainda não havia chegado a todos, houve bom senso por parte da entidade.
Mas agora, com grande parte da população imunizada e a Covid-19 melhor controlada, não há motivos para seguir com essa medida.
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