Neste ano, 35 urnas serão auditadas no estado de Goiás. Ao todo, 27 urnas serão submetidas ao Teste de Integridade, na cidade de Goiânia, e outras 8 urnas, ao Teste de Autenticidade dos Sistemas Eleitorais, que acontece nas zonas eleitorais do estado.

Dentre as 27 urnas submetidas ao Teste de Integridade, duas serão auditadas com a utilização de biometria de eleitores. Durante a execução do projeto-piloto, uma inovação do Tribunal Superior Eleitoral para o ano de 2022, eleitores voluntários serão convidados a conceder permissão para a coleta de sua biometria para a realização da auditoria.

O Teste de Integridade será realizado no espaço Congadas e Goyazes, localizado nas dependências do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, no mesmo dia e horário das eleições. O projeto-piloto com biometria será realizado em seções eleitorais no Centro Educacional OMNI – R. T-29, 1540 – St. Bueno, Goiânia.

Realizado desde 2002 pela Justiça Eleitoral, o Teste de Integridade é um dos eventos mais relevantes para atestar o grau de confiança das urnas eletrônicas.

A fiscalização é conduzida pelos TREs no mesmo dia das eleições, e é acompanhado por empresa de auditoria externa. O processo consiste em uma espécie de batimento cujo objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que será contabilizado pelo equipamento.

O Teste simula uma votação normal e leva em consideração as circunstâncias que podem ocorrer durante o pleito. Sendo assim, segue o mesmo rito de uma seção eleitoral comum, como emissão da zerésima (documento que comprova não haver nenhum voto na urna antes da votação) e impressão do Boletim de Urna (BU), relatório impresso que contém a apuração dos votos armazenados no equipamento.

Após o sorteio ou indicação das agremiações, as urnas passam pelo Teste no dia seguinte. Na data do pleito, das 8h às 17h, na mesma hora em que ocorre a votação oficial, os números anotados em cédulas previamente preenchidas são digitados, um a um, nas urnas eletrônicas. Paralelamente, os votos em papel também são registrados em um sistema de apoio à votação, que funciona em um computador.

Concluído o Teste, às 17h, o resultado é apurado na urna eletrônica e confrontado com o obtido através da apuração manual. Essa comparação é feita com o intuito de aferir se o voto eletrônico funcionou adequadamente e se os votos em papel, digitados na urna, foram os mesmos registrados pelo aparelho.

Durante a fiscalização, ainda é verificado se há coincidência entre as cédulas; os boletins de urna; os relatórios emitidos pelo sistema de apoio à auditoria e o Registro Digital do Voto (RDV), a tabela digital em que são assinalados os votos eletrônicos. Até hoje, não foi constatada nenhuma divergência em ambos os processos.

Todo o processo é filmado, conta com a participação de entidades fiscalizadoras e pode ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no local de realização do teste. Muitos regionais, inclusive, transmitem os Testes de Integridades ao vivo pela plataforma YouTube.

O Teste de Autenticidade verifica se o sistema da urna eletrônica é o mesmo autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).