Para 2023, a Universidade Federal de Goiás (UFG) pretende focar os esforços em garantir a ocupação de todas as vagas disponíveis na instituição. A medida é uma das prioridades do ano, conforme declarou a reitora Angelita Lima, em conversa com o Jornal Opção. Para isso, no entanto, a Universidade precisa que os recursos bloqueados em 2022 sejam liberados.

Só assim, explica Angelita, sem ficar “refém do orçamento” e superando o déficit orçamentário, a UFG poderá “gastar toda a energia” com questões importantes para a instituição. “Temos uma meta importante: queremos ter 100% de ocupação de vagas no ensino da Universidade. Estamos atualmente com cerca de 85% de ocupação, mas queremos chegar a 100%. Para isso, assim que recebermos esses estudantes, ainda é necessário ter a condição de mantê-los”, afirmou Angelita.

Para atingir a meta, a reitora estipula que será necessário manter um “ambiente virtuoso”, destacando que são necessários diversos investimentos. “Sem ampliação de recursos, isso torna muito mais difícil. Sem isso, não podemos atualizar os nossos laboratórios de ensino ou até mesmo comprar carteiras para as salas de aula. Tudo isso limita e torna o nosso ambiente de estudo menos agradável e atrativo”, apontou.

Déficit de orçamento

Angelita ressaltou que a UFG acumula R$ 14 milhões em dívidas, catalisadas por bloqueios e cortes de verbas ao longo do último ano. Com isso, a instituição precisa de uma recuperação e uma recomposição do orçamento para que a instituição possa funcionar normalmente.

“Nossa primeira perspectiva é de recuperação orçamentária, depois, a recomposição do orçamento”, contou a docente da Faculdade de Informação e Comunicação (UFG). “Esperamos do novo governo poder voltar ao nível que vivemos em 2015, o dobro previsto para 2022 (R$ 120 milhões) que foi ainda menor com os cortes”, completou.

A expectativa inicial da UFG é que os valores cortados e bloqueados possam ser devolvidos, o que é uma medida urgente para o funcionamento da instituição. “Isso é necessário, uma expectativa porque houve uma transição com diálogo, o governo tem conhecimento e sabe de todo o desmonte que houve”, disse a professora.