Edição 2199

de 3 a 9 de setembro de 2017
Encontramos 498 resultados
Relatório da CEI da Herança é aprovado com denúncia a quatro contratos da gestão Iris

Documento denuncia aditivos e dispensa de licitação ilegais em algumas obras e compras da atual prefeitura. Administração de Paulo Garcia (PT) também é questionada

Governo afirma que manterá esforços pelo funcionamento da Escola Basileu França

Justiça discute o contrato das OSs que compartilham há mais de quatro meses com o Governo de Goiás a gestão das unidades de qualificação profissional e tecnológica

A convite de Doria, Marconi participa do lançamento de programa de combate à pirataria

Marconi estava no lançamento do Movimento Legalidade, coordenado pela Prefeitura de São Paulo em parceria com o ETCO e o FNCP

Justiça Federal mantém prisão preventiva de Joesley Batista

Para o juiz João Batista Gonçalves, o empresário não teria nenhuma dificuldade para fugir do Brasil, caso desejasse

Morre jornalista que denunciou assassinato de Vladimir Herzog

Fernando Pacheco Jordão publicou livro no qual relata que o jornalista foi assassinado não num porão da ditadura, e sim numa unidade oficial do Exército [caption id="attachment_105254" align="aligncenter" width="275"] Fernando Pacheco Jordão, jornalista[/caption] O jornalista Fernando Pacheco Jordão morreu na quinta-feira, 15, aos 80 anos, de falência múltipla dos órgãos. . Há alguns anos, havia sofrido três AVCs. Em 1964, após o golpe civil-militar, Fernando Pacheco Jordão começou a trabalhar na BBC de Londres, ao lado de Vladimir Herzog [caption id="attachment_105255" align="aligncenter" width="315"] Vladimir Herzog e Fernando Pacheco Jordão[/caption] De volta ao Brasil, em 1968, passou a produzir o jornalismo da TV Cultura, com o programa “Hora da Notícia”. Demitido, sob acusação de que era “subversivo”, foi para a TV Globo. Ele foi editor do “Jornal Nacional”, em São Paulo, e diretor do “Globo Repórter”. Durante uma greve dos jornalistas, foi demitido. Fernando Pacheco Jordão foi correspondente da “IstoÉ” em Londres e da Editora Abril — escrevia na revista “Veja” — em Paris. O livro “Dossiê Herzog — Prisão, Tortura e Morte no Brasil” revelou como um grupo de militares da linha-dura matou o jornalista Vladimir Herzog, o Vlado, acusando-o de comunista (era, de fato, de esquerda, mas não militava em nenhuma organização revolucionária-guerrilheira). Ao contrário do que a imprensa publicou na sexta-feira, 15, Vladimir Herzog não foi assassinado num porão (lugar não oficial) da ditadura, e sim numa unidade do Exército, quando estava sendo torturado por quadros militares-oficiais. Chocado, o presidente Ernesto Geisel pressionou o comandante do Exército em São Paulo. Depois, o demitiu, acusando-o de não controlar os radicais que, torturando e matando esquerdistas, como Vladimir Herzog e o operário Manuel Fiel Filho, não queriam a Abertura política. Paulo Markun e Audálio Dantas também contaram em livros a história do assassinato de Vladimir Herzog. Os militares simularam um suicídio no qual nem o presidente Ernesto Geisel acreditou.