Luciana Vitorino Especial para o Jornal Opção Online O Goianão 2015 aproxima-se do final. Alguma razão para o Goiás não conquistar o seu 25º caneco? Poucas. Pouquíssimas. No entanto, razões para o torcedor e para a diretoria mudarem de postura sobram. No Goiás, infelizmente, prevalecem decisões de gestores com pouca noção da realidade financeira do país. Afirmo isso, em função de cobrarem R$ 40, 00 E R$ 80, 00 - por cada ingresso - em uma semifinal contra o Goianésia. Não dá! Não consigo enxergar razões sobre falta de vontade que a cúpula esmeraldina tem em ver um Serra Dourada cheio. Que gol contra! Futebol é povo! Onde fica a paixão dos esmeraldinos? Uma média pífia de público - 875 pagantes até a última rodada. Só ficam à frente da Aparecidense e do Grêmio Anápolis (um com 29 de anos de fundação e o outro com 16). Além disso, frases como "Ah! O campeonato é frio demais!”, “Este jogo é praticamente amistoso!” ou “ A tevê está transmitindo!" são as justificativas que mais ouvimos. Sendo assim, como a falta de público é motivada pelo preço do ingresso, ratifico: fico com o torcedor, que não comparece ao estádio. É ainda bom lembrar que o único campeonato no qual o Goiás possui reais chances de vencer é o Goiano, ou seja, por que não se apoiar mais o clube? Cabem aqui exemplos de torcedores que apoiam os clubes: itumbiarenses, anapolinos e goianesienses (palavrazinha complicada!). Os respectivos times lideram as seguintes médias de públicos: 7.979, 5.470 e 4.480. Por fim, nem os três citados times juntos chegam próximo ao investimento do Goiás Esporte Clube. Sabe qual a minha resposta para tudo isso? Diretoria e torcida juntos; isso ainda falta para o Goiás. Luciana Vitorino é jornalista e apresentadora nacional do Brasil Esportes – TV Aparecida.
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A matéria “Documentos revelam que Palocci recebeu R$ 12 mi de empresas quando coordenava a campanha de Dilma em 2010”, dos repórteres Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho, da revista “Época”, é outro capítulo explosivo sobre provável corrupção nos bastidores do governo da presidente Dilma Rousseff.
A reportagem revela que o escritório do advogado Márcio Thomaz Bastos repassou R$ 5,5 milhões para Antônio Palocci, em 2010, quando ele era arrecadador “informal da campanha da petista”. “No dia em que foi anunciado como ministro de Dilma [Casa Civil], Palocci recebeu R$ 1 milhão em sua consultoria, a Projeto. A origem da grana era o Pão de Açúcar, então dirigido por Abilio Diniz. Palocci teria sido contratado para auxiliar “na fusão entre o grupo de Abilio Diniz e as Casas Bahia”. Detalhe: “Palocci não prestou qualquer serviço”.
O Ministério Público Federal elaborou uma lista “com 30 nomes de empresas que pagaram o ex-ministro”. “Em 2010”, anota a revista, “Palocci recebeu, ao menos, R$ 12 milhões em pagamentos considerados suspeitos pelo MPF”. O frigorífico JBS, da família de Wesley Batista, Joesley Batista e Júnior Friboi, e a concessionária CAOA (tem montadora em Anápolis, Goiás) repassaram R$ 6,5 milhões a Palocci. O ex-ministro “não conseguiu comprovar que prestou serviços às empresas”. Há “indícios”, portanto, “de que as consultorias foram, na verdade, de fachada”.
A revista nota que “a consultoria de Palocci recebeu R$ 2 milhões da JBS entre 2009 e 2010. É um caso para lá de estranho: embora Palocci tenha admitido que recebeu da JBS, a JBS informou à ‘Época’ que nunca teve qualquer negócio com o petista. Em 2010, a JBS foi a campeã de doações oficiais à campanha de Dilma, com R$ 13 milhões — foram quase R$ 70 milhões em 2014. No caso de Palocci, a JBS fez sete depósitos em cinco meses. Os pagamentos se dividiram em dois de R$ 250 mil e outros cinco de R$ 300 mil”. Há um contrato, apesar da negativa da JBS.
“O contrato” entre Palocci e a JBS “foi assinado antes da eleição, no dia 1º de julho de 2009. Previa o assessoramento do ex-ministro na aquisição que a JBS faria nos Estados Unidos da multinacional Pilgrims Pride, segunda maior produtora de aves do mundo. A JBS fechou o negócio logo depois, em 16 de setembro daquele ano. Aos procuradores, Palocci descreveu os serviços que a JBS diz não ter contratado: ‘Apoio decisório que passa pela análise das perspectivas do mercado de carnes de frango nos mercados americano e global e pela avaliação do valor de mercado da companhia e as sinergias passíveis de serem auferidas com a globalização do grupo em outras áreas de proteína animal, além da carne bovina”. Porém, frisa a revista, “um documento enviado ao BNDES pela dona da Friboi em 5 de agosto daquele ano — um mês, portanto, após a contratação de Palocci — põe ainda mais em dúvida a veracidade dos serviços, segundo o MPF. Na nota técnica AMC/DEPAC 028/2010, a JBS informa ao BNDES que ‘já estava em fase adiantada de negociação com a Pilgrims’. O próprio dono da JBS, o empresário Joesley Batista, que já era dono nos Estados Unidos da multinacional Swift, disse, em outubro daquele ano: ‘Começamos a negociar com a Pilgrims Pride há um ano, antes que pedisse concordata’. Dez meses antes, portanto, da assinatura do contrato com Palocci”. Especialistas disseram à “Época” que Palocci, até por não entender da delicada operação, não participou da negociação como analista.
CAOA
Em 1º de julho de 2010, durante a campanha de Dilma Rousseff, Palocci firmou um contrato com a Caoa, do empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade, que dirige uma montadora da Hyundai em Anápolis. A Caoa pagou R$ 4,5 milhões a Palocci, mas o ex-ministro nada fez para a empresa. (“Época” afirma que Carlos Alberto tem uma fábrica da Hyundai em Goiás; na verdade, é mais uma montadora.) O curioso é que, mesmo tendo repassado milhões para o ex-ministro, a Caoa garante: “Não temos e nunca tivemos nada com a consultoria de Palocci”.

