Sindicato defende constitucionalidade da greve e lembra que categoria cumpre mais do que previsto em lei

Foto: Reprodução/Facebook Sindsaúde
Foto: Reprodução/Facebook Sindsaúde

O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (Sindsaúde) refutou o pedido protocolado na última quinta-feira (16/4) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em que atribui “abusividade” à paralisação dos trabalhadores do setor. “O que é ilegal e imoral é o que o prefeito Paulo Garcia está fazendo, retirando direitos trabalhistas dos trabalhadores para quitar a dívida da prefeitura”, frisou o assessor do sindicato, Pablo Silva.

Em entrevista ao Jornal Opção Online, a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, refutou o pedido de ilegalidade da greve pela prefeitura, lembrando que a categoria cumpre mais do que está previsto em lei. “Em média de 50% dos trabalhadores seguem trabalhando e a lei prevê 30%”, explicou.

Caso o pedido da SMS ao Tribunal de Justiça tenha parecer favorável, os grevistas podem ser indiciados por omissão de socorro, homicídio e lesão corporal. Nesse cenário, se os sindicatos insistirem na paralisação, eles terão que pagar multa de R$ 50 mil por dia.

No entendimento de Flaviana Alves, no entanto, não há essa possibilidade, uma vez que  o “direito a greve é constitucional”. “O que eles querem fazer é desclassificar o movimento grevista”, acrescentou Pablo Silva.