8 de Janeiro: 89% ainda reprovam atos golpistas; há um ano, eram 94%

07 janeiro 2024 às 09h02

COMPARTILHAR
Um ano depois dos atos golpistas de 8 de janeiro, pesquisa Genial/Qaest revela que 89% dos entrevistados continuam condenando o que ocorreu na Praça dos Três Poderes. Porém, há uma queda de cinco pontos percentuais em relação ao que havia em fevereiro de 2023, quando eram 94%. O levantamento foi feito em todos as 27 unidades federativas, de 14 a 18 de dezembro, com 2.012 entrevistas presenciais com brasileiros a partir de 16 anos. A margem de erro divulgada é de 2,2 pontos percentuais.
Após quase um ano, os entrevistados que aprovam os atos são 6%, ante 4% no levantamento de 2023. O percentual dos que reprovam o ocorrido é semelhante em todas as regiões do país: Nordeste (91%), Sudeste (89%), Sul (87%) e Centro-Oeste e Norte (90%). Os números também ficam em torno dos 90% nos recortes por escolaridade, renda e faixa etária.
Entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), o índice de desaprovação é de 85% e de aprovação de 11%. Já os entrevistados que declararam ter votado em Lula (PT) no segundo turno somam 94% e 4%, respectivamente.
Outro item perguntado foi a influência de Bolsonaro na organização dos atos golpistas. A questão divide os entrevistados: 47% acreditam que ele teve alguma influência, contra 43% que pensam o contrário. Em fevereiro de 2023, 51% (a maioria) acreditavam e 38% achavam que o ex-presidente não teria responsabilidade alguma. No recorte por voto no segundo turno, 76% dos eleitores de Lula acreditam que Bolsonaro teve influência, enquanto 81% dos que votaram no ex-presidente dizem que não.
A maioria (51%) dos entrevistados continua a acreditar que os participantes da tentativa de golpe são radicais e não representam os eleitores de Jair Bolsonaro. Já para 37% os responsáveis pelos atos representam os eleitores do ex-presidente.