Opção cultural

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Os quatro filhos de 1915: José J. Veiga, Eli Brasilense, Bernardo Élis e Carmo Bernardes

[caption id="attachment_32666" align="alignleft" width="620"]Fotos: Reprodução Fotos: Reprodução[/caption] José J. Veiga – Em 2 de fevereiro de 1915, nas­ceu José Veiga, que depois de alguns anos, botaria um J. (da mãe, Maria Marciana Jacinto Vei­ga) e se consagraria como um dos varões da li­teratura goiana. Distante de ser considerado um escritor regionalista, Veiga viveu muito tempo no Rio, numa época em que a Ditadura Militar assombrava os brasileiros. O autor de “Os Ca­valinhos de Platiplanto” sempre pediu cuidado com o rótulo, que alguns críticos davam à sua obra: “literatura fantástica”; até porque, para ele, o fantástico nada mais é que a distorção da realidade.   [caption id="attachment_32667" align="alignleft" width="620"]Divulgação Divulgação[/caption] Eli Brasiliense – “As temáticas são atuais, fazem parte da essência do ser humano. Elas passam de geração a geração. Os personagens têm uma definição muito bem feita. Ele mergulha na alma e cria seus personagens. Sua linguagem é própria; ele se distingue com seu estilo”, diz o escritor Miguel Jorge sobre a obra e a genialidade de Eli Brasiliense. O autor do romance “Pium” é o segundo da folhinha que celebraria seu centenário neste ano. Foi no dia 18 de abril que nasceu Eli, num Tocantins que ainda pertencia ao Estado de Goiás.   [caption id="attachment_32668" align="alignleft" width="620"]Reprodução Reprodução[/caption] Bernardo Élis – Em 15 de novembro, nasceu Bernardo Élis Fleury de Campos Curado ou apenas Bernardo Élis. Foi em Corumbá de Goiás, bem como José J. Veiga, que nasceu o escritor, que é considerado um dos maiores nomes da literatura goiana. O autor do livro de contos “Ermos e Gerais” foi o primeiro e único goiano a entrar para Academia Bra­sileira de Letras. Bernardo é filho do poeta Érico José Curado e de Marieta Fleury Curado. Além de contista e poeta, ele exerceu os ofícios de advogado e professor.   [caption id="attachment_32669" align="alignleft" width="620"]Reprodução Reprodução[/caption] Carmo Bernardes – Ao contrário dos ou­tros três escritores, como bem ressalva o professor e escritor Heleno Godoy, em Carmo Ber­nardes cai bem o título de regionalista. A sua linguagem era recheada de um vocabulário “regional” que alinhavava suas histórias. Além dis­so, Carmo traz em sua história a curiosa historieta: por mais que acompanhe seu nome o termo “goiano”, o escritor se fez goiano. É que ele nasceu em Minas. O regionalista chegou ao mun­do no finalzinho de 1915, em 2 de dezembro, e dele se despediu no dia 25 de abril de 1996.

Churrascão do Retetê no Martim Cererê

[caption id="attachment_32664" align="alignleft" width="620"]Divulgação Divulgação[/caption] Já sabe o que é um Retetê? Bom, a gente também está se mordendo de curiosidade para descobrir. Tudo que o trio Caio Alê, Carol Maia e Lucas Manga, responsável pelo selo, informou é que eles vão muito além das badaladas festas Bapho e do El Club e agitarão outros cantos da cidade. A prévia já é neste sábado, 18, no Martim Cererê. E nada mais justo que um “Churrascão” para começar bem os rolês que vêm por aí. O churrasco fica por conta da galera da Ambiente Skate Shop e será regado com bebidas da goiana Fiu-Fiu, além de outros drinks e cervejas. E se prepara que os Djs Daniel de Mello, Chaul, Victor Basílio e Tatá Calaça embalam a tarde com uma mistura de músicas brasileiras + hip hop + pop. A entrada custa dez mangos.

Emicida + Pitty + Rael

Enfim, chegou galera! É neste sábado, 18, que o Jaó Music Hall se estremece com o Festival Na Lata, ou melhor, se estremece com os show de Emicida, Pitty e  Rael. A noite começa em alto e bom som com o set do Dj Daniel de Mello. Os ingressos do primeiro lote custam R$ 50, a meia entrada. E se você não tem carteirinha de estudante, é só levar 1 kg de alimento não perecível que a meia entrada está garantida. Além da venda online, os ingressos estão disponíveis na Tribo, na Ambiente Skate Shop, Della, BR Mania e no Komiketo. Vale lembrar que só é permitida a entrada para maiores de 18 anos.

Bora curtir o Mar em Brasília?

Em despedida da turnê do primeiro álbum autointitulado, a Banda do Mar agita a Orla do Lago, em Brasília, pelo Muv Festival. O trio Mallu Magalhães, Marcelo Camelo e Fred Ferreira embalam a noite do festival, mas a festa começa ao meio dia trazendo diversas atrações. Pode se animar, pois tem a banda Projota, os Djs Chico Aquino, Hugo Drop, a Moranga Sample, o Coletivo Índios, O Bando, além de concurso de bandas e cultura urbana servida a foodtrucks e esportes. É neste sábado, 18, e os ingressos custam R$ 50, a meia entrada.

Agenda

  1. Nos dias 17, 18 e 19, o beco da Co­­­dorna recebe 50 grafiteiros para a inauguração da Associação dos Graffiteiros de Goiás e da Galeria Upoint. Além de exposições de telas, ha­verá shows, Break Dance e Sound System.
  2. A Fresno leva, pela primeira vez, um show a Anápolis. Com formato acústico, a apresentação relembra as canções dos três primeiros álbuns da banda. É no sábado, 18, no Centro Cultural Joana Dark e os ingressos custam R$ 30 (1° lote).
  3. A segunda rodada do Cinema Pela Verdade exibe o filme “Em Busca de Iara” no Cine UFG, nesta terça-feira, 14, às 19h00. Na quinta, como fechamento da mostra, será exibido o filme “Osvaldão”. Após as sessões, é realizado um bate-papo com palestrantes.

Lançamentos

Livro

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Sete Noites em Claro Em seu primeiro livro, o goiano Luis Maldo­nalle abrange o medo como personagem central, enquanto conduz o leitor por um cami­nho escuro. O e-book está à venda na Amazon. Autor: Luis Maldonalle Preço: R$ 9,99  
 

Música

Música
Reason A artista belga Selah Sue lança seu 2° álbum. Intitulado “Reason”, o álbum é considerado pela cantora como “o equilíbrio perfeito” que ela buscava em diversos estúdios. Intérprete: Selah Sue Preço: R$ 35,90  
 

Filme

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Gravidade A edição especial com dois discos Blu-Ray do vencedor do Oscar em 2014, o filme Gravidade, chega agora às prateleiras brasileiras. É só correr às livrarias! Diretor: Alfonso Cuaron Preço: R$ 59,90  

Playlist Opção

Ufa! Lá se foi mais uma semana. E que correria, não? Então, para relaxar, reduzir um pouco a velocidade e entrar no clima deste final de semana novinho em folha, bora aumentar o volume do som? Beyoncé – Survivor Bob Dylan – Mr. Tambourine Man Camera Obscura – French Navy Disclosure – You & Me feat. Eliza Doolittle (Flume Remix) Maria Rita – Encontros e despedidas Nazareth – Love Hurts Oopar Oopar Renn De – Tanishk-Vayu Rammstein – Mein Land Red Hot Chili Peppers – Scar Tissue Shakira – Nothing Else Matters/Despedida Vanessa Da Mata – Boa Sorte / Good Luck

Pizzaria e espaço cultural de Goiânia recebe encontro de violeiros

Coletivo de músicos realiza roda de viola neste final de semana. Nos R$ 30 pagos pela entrada estão inclusos pizza e refrigerante à vontade

The Blues’ Lady: Billie Holliday e seus cem anos

A cantora que embalou o blues e se consagrou como a “Diva do Jazz” completaria nesta terça-feira, 7, cem anos [caption id="attachment_32467" align="alignnone" width="620"]Foto: Gilles Petard / Getty Images Foto: Gilles Petard / Getty Images[/caption] “Lady sings the blues She's got 'em bad She feels so sad The world will know She's never gonna sing them no more No more” — Billie Holiday Yago Rodrigues Alvim Nasceu Eleanora Fagan num dia 7 de abril. Era 1915, num gueto da Filadélfia. Nasceu filha de dois adolescentes. A mãe, Sarah Julia Fagan, conhecida como “Sadie”, tinha apenas 13 anos. Já o pai Clarence Holiday estava na casa dos 15, quando a abandonou ainda pequena. Mas ela carregou consigo o sobrenome. Era homenagem ao pai, que embalava guitarras. Só que isso demorou um tempo. Antes, passou por outras inúmeras desgraças. Foi criada pela tia Eva Miller até os dez anos, quando sofreu uma tentativa de estupro e passou a viver em um reformatório. Quando dali saiu, perambulou por cidades com sua mãe até que se estabeleceram no Harlem. Ali, se prostituiu até que foi presa. Da retenção, começou a cantar profissionalmente. Era com o vizinho, um saxofonista. Dai, então, começou a lapidar “a voz de merda”, como dizia por seu pequeno alcance vocal. O jeito foi deixar suas emoções livres muito além do microfone. “O que sai é o que sinto. Odeio simplesmente cantar. Tenho que mudar o tom para adaptá-lo à minha forma”, dizia sobre seu estilo. Fez sua carreira com singles até que na década de 1950 se dedicou aos álbuns. Construiu sua carreira em meio ao álcool e drogas e outras prisões. Passou muitas madrugadas em hospitais. Faleceu de cirrose em 1959, com apenas 44 anos. Deixou um disco pronto, cujas letras são de uma tristeza que adoece (e encanta). Billie Holiday deixou músicas e mais músicas, que ganham novas versões – como o álbum “Coming Forth by Day”, de Cassandra Wilson e José James, que será lançado este mês, em tributo a cantora. Ainda assim, são só canções, longes das embaladas na voz da diva do jazz, da diva do blue. Escute “Strange Fruit”, música que conta a história do linchamento de dois negros e que condenava o racismo em um Estados Unidos, ainda segregado, de 1939.

Os dez filmes com as maiores bilheterias da história

[caption id="attachment_32458" align="alignnone" width="620"]Reprodução Reprodução[/caption] Yago Rodrigues Alvim Ontem, chegou às redações de todo Brasil a informação que o último filme da franquia “Velozes e Furiosos”, que conta com a presença (recriada digitalmente) do ator Paul Walker, arrecadou US$ 36,9 milhões no Brasil apenas em seu fim de semana de estreia. Cerca de 2,3 milhões de pessoas assistiram “Velozes e Furiosos 7”, desde a quinta-feira, 2 (data de sua estreia). E, por isso, o Jornal Opção relembra os filmes que mais arrecadaram nas bilheterias. Adivinha quem é o primeiro da lista? (Tcharam!) Avatar (2009) Claro, “Avatar”, do diretor James Cameron. Não só dono do primeiro lugar, Cameron fez história ao ultrapassar a marca do bilhão arrecadado com o antigo primeiro lugar, também dirigido por ele, “Titanic”. O longa “Avatar” arrecadou cerca de US$ 2,780 bilhões em todo o mundo. Titanic (1997) Como já citado, o segundo lugar também é de James Cameron. Além de arrecadar US$ 2,180 bilhões nas bilheterias de todo o mundo, a história do naufrágio real do transatlântico Titanic ou de ficção de Jack and Rose foi vencedora de 11 Oscar. Os Vingadores (2012) Os super-heróis da Marvel lutaram bastante e conseguiram o terceiro lugar. Com direção de Joss Whedon, o filme reúne vários atores e muitos efeitos especiais, além da pequeniníssima bagatela, é claro, de US$ 1,510 bilhão. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (2011) Os bruxinhos, já crescidinhos vale lembrar, Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley, sem dúvidas, arrastaram uma galera, também já crescidinha, para assistir o desfecho da saga. Afinal, quem não lembra de “7.15 It All Ends”? (Saudade, viu?) E, assim, o longa arrecadou US$ 1,320 bilhão nas bilheterias. Frozen (2013) Não é de ver que o dono do hit-chiclete (que não sai de jeito nenhum da cabeça) “Let It Go”, também é o longa que fecha o Top 5 das bilheterias? Pois bem, o filme da Disney, dirigido pela dupla Chris Buck e Jennifer Lee, arrecadaram US$ 1,270 bilhão. Olha o que brincar na neve dá, não é mesmo? Homem de Ferro 3 (2013) O terceiro longa do super-herói da Marvel, estrelado por Robert Downey Jr., “Homem de Ferro 3” arrecadou US$ 1,210 bilhão e o sexto lugar do ranking. Transformers: O Lado Oculto da Lua (2011) Dirigido por Michael Bay, o terceiro filme da série “Transformers” recebeu três indicações ao Oscar e arrecadou o total de US$ 1,120 bilhão, em todo o mundo. O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (2003) Além de conquistar o Oscar de melhor filme, o desfecho da trilogia também levou 10 estatuetas para casa (diretor, direção de arte, figurino, edição, maquiagem, trilha sonora, canção original, roteiro adaptado, mixagem de som e efeitos especiais). E, como se não bastasse, o total de US$ 1,190 bilhão com as bilheterias. 007 – Skyfall (2012) Dirigido por Sam Mendes e com Daniel Craig como o agente secreto mais famoso da história dos cinemas, “Skyfall” foi o único filme da série que ultrapassou a marca do bilhão com as bilheterias mundiais (ao menos, até então. Afinal, em outubro chega aos cinemas 007 – Spectre. Vai que...). Enquanto isso, vale lembrar que “Skyfall” arrecadou US$ 1,100 bilhão. Transformers: A Era da Extinção (2014) Ainda com Michael Bay assinando a direção da série, o quarto título de “Transformers” ultrapassou US$ 1 bilhão e tirou o longa “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” desta lista. É, quando o morcego sai, os Autobots e Decepticons fazem a festa.

Orquestra Sinfônica de Goiânia se apresenta no Teatro Sesi

[caption id="attachment_32377" align="alignleft" width="300"]Reprodução Reprodução[/caption] A Orquestra Sinfônica de Goiânia se apresenta nesta terça-feira, 07, nos palcos do Teatro Sesi. Sob regência do maestro Joaquim Jayme, o violoncelista paulista Antônio Del Claro é o solista convidado para executar o Concerto para Cello e Orquestra nº1, composições do italiano Nino Rota. No programa ainda tem a obra-prima do austríaco Johann Strauss, “O Morcego”, e a composição “Sinfonia em Ré Menor”, do belga Cesar Franck. Esta é a segunda apresentação da temporada 2015 e começa às 20h30. A entrada é gratuita. Serviço Concerto da Orquestra Sinfônica de Goiânia Data: 07 de abril de 2015 Horário: 20h30 Local: Teatro Sesi (Avenida João Leite, n° 1013, Setor Santa Genoveva)

Boa Sorte: a busca pela paz em meio às desgraças da vida

Baseado em texto de Jorge Furtado e dirigido por Carolina Jabor, o longa escancara uma sociedade que se espanta com um beijo gay na TV e não encara a AIDS, o vício, a loucura, a escassez, o inóspito [caption id="attachment_32337" align="alignnone" width="620"]Foto: Divulgação Foto: Divulgação[/caption] "Você é o que? Drogado, esquizofrênico? Drogado. Sorte. E qual a sua droga? Remédio pra ansiedade. Já tomei de tudo. E agora? Agora, eu vou morrer. Por que? Precisa mais?" — Jorge Furtado Yago Rodrigues Alvim Assim se conheceram Judite e João. E assim que terminam, ela morre. O recorte tem como plano de fundo uma clínica de reabilitação, onde temáticas espraiam pelas paredes e além-elas. Ela, Judite, porta o vírus HIV. Ele, João, toma "Frontal com Fanta" — conto, presente no livro "Tarja Preta" (Objetiva), de Jorge Furtado. Este texto, que começa já pelo fim, inspirou o filme. "Ela me perguntou quantas pessoas eu já vi morrer. Quantas pessoas você já viu morrer? Nenhuma, eu disse. Ela sorriu e disse eu vou ser a primeira. Eu disse vai. Ela disse boa sorte. — Boa sorte." Com direção de Carolina Jabor, filha do cineasta Arnaldo Jabor, o longa "Boa Sorte" já ganhou as prateleiras de livrarias — já ganhou prêmios no Festival de Paulínia (foi vencedor nas categorias júri popular e direção de arte). A estreia foi em 20 de novembro do ano passado. "Me veio uma mistura de tristeza e a dificuldade de largar a Judite", disse Deborah Secco, que viveu por quase um mês (tempo de gravação) a personagem e que, por ela, acabou dois meses internada. Antes mesmo de começarem a gravar, a atriz teve acompanhamento médico para perder 11 quilos. João Pedro Zappa interpretou João. No longa, ele recebe a orientação médica: precisa "aprender a relaxar". Com Judite, ele aprende a crescer, seguir com a vida. Da arte, estampa-se o vermelho nas vestes de Judite — são de admirar as cenas em que a atriz aparece. Ela sempre traz consigo esta cor de sangue. Dos simbolismos, o filme se embala na composição de Jorge Mautner, na voz de Caetano Veloso. "O vampiro" canta já na primeira estrofe: "Eu uso óculos escuros pras minhas lágrimas esconder/ E quando você vem para o meu lado, ai, as lágrimas começam a correr/ E eu sinto aquela coisa no meu peito/ Eu sinto aquela grande confusão/ Eu sei que eu sou um vampiro que nunca vai ter paz no coração". O filme é sobre coisas puras. De quem busca a paz. A busca tem lá sua insatisfação, sua agonia. Na pureza, existe o cru. E lá mora o amor, a paz; é quase que cais (de paredes descoradas). E essa, talvez, seja a grande maestria da obra, que desvela um lugar inóspito e, ali, o que se vê dói. As relações humanas, tais como a de João com os pais ou de Judite com a vó (interpretada por Fernanda Montenegro), são gastas. O menino é invisível. "Frontal com Fanta" faz com que ele desapareça; perambule pela cidade sem que ninguém o note; converse sem dizer uma palavra sequer — faz com que ele lamba garotas, até não ser invisível mais. No filme, tem essa cena em que ele, João, lambe uma garota e leva um soco e, só assim, volta à sobriedade. A sobriedade é a coisa que eles mais veem. De tanta sujeira que veem são os mais puros. Tem outra canção que marca (não o filme), mas sua divulgação: "Não Consigo", da Banda Tono. Num trecho, entoa "A tua flor não é flor pra qualquer jardim/ quero pra mim, pois já cansei de capim". E, assim, vai elencando coisas sagradas. Para João, primeiro vem "você" e, depois, "mulher". Já para Judite, das coisas sagradas, primeiro vem "o homem", depois, "o cachorro", por último, depois de tantos outros seres, está o vírus, que "quase não é bicho". João pergunta onde é que ele está. "Entre o homem e o cachorro" — ela responde. Ainda que menos denso que o texto de Furtado, no claro, "Boa Sorte" é da pesada, com boas doses de ironia e descontração. Do todo, "Boa Sorte" escancara uma sociedade que se espanta com um beijo gay na novela das nove. Escancara uma sociedade que não encara a AIDS, o vício, a loucura, a escassez, o inóspito. Numa cena, Montenegro fuma maconha em papel de bíblia. Numa cena, Montenegro escancara: "O vício é uma desgraça". E o barato é que o enlace entre duas pessoas está ali. Escondido em sumo limão, em que ela escreve: "A mente quer ser Deus. O corpo lembra que somos bichos. Minha mente mandou obedecer meu corpo. Obedeci. Meu corpo ficou feliz. Viveu muito, viveu rápido. Minha mente foi atrás. Judite estava indo embora quando apareceu o cachorro. Bobo e bonito, assim nascido. Achava que era invisível, mas não era. Cachorro recém-chegou. Não tinha pressa, não tinha pra onde ir. Judite não podia ir embora, deixar o cachorro ali, assim. Foi ficando". Foi ficando, foi ficando até dizer "boa sorte".

Feiríssima

Além de bazar, arte, design, moda, música boa e drinks sedutores, a sede da Ilustríssima ganha ainda uma edição do The Flash Day Tattoo, assinada pelo tatuador goiano Victor Rocha com o tema “Old But Gold”. Trata-se da segunda edição da Feiríssima, que que acontece neste sábado, 11, na sede da empresa, que fica na Avenida C-05, no Jardim América. A entrada? Adivinha: é grátis. Vamos!

Skate Sessions nos domingos do Centro Cultural Oscar Niemeyer

skate sessions 2Patins, patinetes, skates, t-shirts e sneakers têm agitado o Centro Cultural Oscar Niemeyer. Jovens, crianças, pais e mães — com seus cachorrinhos — decoram os domingos de bolas, brincadeiras e sorrisos. Além disso, o Oscar tem recebido diversos shows e atividades que atraem cada vez mais goianos para o local. E no próximo domingo, 12, a Skate Rock Sessions 2015 promete um dia para lá de animado. As bandas Kamau (SP), Gasper Soulcrims (GO), Mais Que Palavras (DF), Ímpeto (GO) e Atomic Winter (GO) se apresentam a partir das 16 horas; sem contar que a pista da Ambiente Skate Shop estará aberta desde às 10 horas da manhã. E comida, vai ter? Claro: Tio Bákinas, Underdog Street Food movimentam a praça de alimentação. A entrada é franca. O evento é realizado pela A Construtora Música e Cultura, Ambiente Skate Shop e Centro Cultural Oscar Niemeyer.

O segredo dos clássicos desvendado no Culturama

[caption id="attachment_32315" align="alignright" width="620"]Pedro Novaes mergulha na narrativa poética do cinema, no Espaço Culturama | Foto: Reprodução Pedro Novaes mergulha na narrativa poética do cinema, no Espaço Culturama | Foto: Reprodução[/caption] Ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o argentino “O Segredo dos Seus Olhos” também guarda o segredo de uma construção de um filme clássico. É o que diz o diretor cinematográfico e roteirista Pedro Novaes, do longa “Cartas do Kuluene”. Pedro Novaes desvenda, no espaço Culturama em Goiânia, as qualidades da estrutura clássica com o objetivo de mergulhar na engenharia desta arte e entender os pilares que criam toda a poética desses filmes narrativos. O workshop acontece neste sábado, 11, e tem uma carga horária de oito horas. Aos interessados, o investimento a ser feito é de R$ 220. Aos estudantes a boa notícia: aquele bom desconto de 50%, mediante apresentação de documento.