Educação

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Plenário da Alego | Foto: divulgação/Maykon Cardoso
Alego aprova em definitivo PL sobre prevenção à violência em escolas

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Caiado visita escolas em “dia D” da campanha “Todos Pela Paz”

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Assistência psicológica nas escolas | Foto: reprodução
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Prouni: prazo para comprovar informações termina nesta quarta-feira

Candidados pré-selecionados precisam apresentar documentação

“Vivemos uma nova pandemia”, diz Fátima Gavioli sobre violência nas escolas

Secretária de Educação de Goiás acredita que “vivemos uma nova pandemia” com a divulgação de informações falsas e reprodução de discursos de ódio nas redes sociais

Mais de 70% das cidades não cumprem lei do ensino afro-brasileiro

Segundo pesquisa, 53% fazem atividades pontuais e 18% não adotam ações

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Enem: estudantes podem pedir isenção de taxa a partir desta segunda

Pedidos devem ser feitos até 28 de abril na página do participante

Estudantes secundaristas protestam pedindo a revogação do Novo Ensino Médio, na Avenida Paulista. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Enem 2024: professores e estudantes goianos avaliam suspensão do Novo Ensino Médio

Desde o último dia 4, o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio está suspenso (inicialmente por 60 dias) enquanto durar a consulta pública sobre o tema. Um dos impactos mais imediatos é a paralisação das discussões sobre um novo Enem em 2024 - o que levou à interpretação de que o exame continuaria seguindo os moldes atuais na edição do próximo ano.

Nesta semana, o ministro da Educação Camilo Santana foi questionado sobre como a realização de um Enem convencional poderia prejudicar os estudantes que já estão inseridos no formato do Novo Ensino Médio. Essa preocupação é a mesma da Fenep, federação que representa escolas particulares e ameaçou entrar na Justiça contra a paralisação do cronograma de implementação da reforma.

Em declaração na Câmara dos Deputados, o ministro disse: "nosso objetivo será não prejudicar nenhum estudante que já estava no Novo Ensino Médio, porque aí você tem realidades diferentes. Tem estado mais avançado na implantação. Tem estado menos avançado. Se houver necessidade, no final dessa discussão, de ter que fazer dois Enems, nós vamos fazer", afirmou.

Para a professora do ensino público, Elis Cristyen Silva, a suspensão é uma boa oportunidade de se montar uma plataforma abrangente e inclusiva, sobretudo para quem está na escola pública. “O conceito do Novo Ensino Médio é muito bom. É uma estrutura muito bem feita. Ao pé da letra é muito bonito, é muito planejado e é muito estruturado”, opina. “As dificuldades de aplicação do Novo Ensino Médio englobam tanto a parte estrutural escolar no que diz respeito à estrutura física, quanto também à estrutura pedagógica”, pontua a professora.

Essas mudanças não levaram em consideração que o Enem (que é para o que nós estamos nos preparando) continua o mesmo

Estudante Beatriz Moreira


Em relação à preparação dos docentes, Elis Cristyen Silva salienta que não foi adequada. “Os professores até foram preparados, mas de uma forma que não foi o que deveria ser, porque deveríamos ter mais formação prática para poder entender o que é a reforma e o que eles querem que nós proponhamos. Precisa reforçar a formação e os recursos tecnológicos para que os professores entendam qual é a verdadeira proposta e coloquem em prática”, acrescenta.  

A professora de educação física da rede estadual de ensino, Manu Jacob, relatou que como a disciplina dela teve redução de carga horária, para atender a nova grade extracurricular, ela precisou se reinventar. Isso porque, a nova modalidade exige profissionais multidisciplinares. “Existe um núcleo diversificado. Nesse núcleo há disciplinas que são chamadas de disciplinas eletivas, essas disciplinas os professores que montam. Então pode ser disciplina de RPG ou como fazer brigadeiro; ou disciplina mundo Pet”, exemplifica.

No entanto, como são atividades novas na escola, os profissionais tendem a ter dificuldades. “Os professores que perderam carga horária, como os professores de Educação Física, de História, de Sociologia, de Filosofia, eles estão tendo que elaborar essas disciplinas que são semestrais. Essa elaboração é sem uma grade curricular, sem uma orientação, a qual ele não tem formação para isso”, acentua Jacob, que tem pesquisado o tempo do Novo Ensino Médio para o doutorado.

Em março, a professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Miriam Fábia Alves, afirmou ao Jornal Opção “que o Novo Ensino Médio é pior ainda do que prevíamos, com uma fragmentação curricular muito grave, onde não há uma boa formação geral e nem profissional”.

Estudante do Ensino Médio | Foto: arquivo pessoal
Estudante do Ensino Médio | Foto: arquivo pessoal

Pelo lado dos estudantes, a proposta do NEM também é rejeitada. A estudante da 3ª série do Ensino Médio, Beatriz Moreira Chaves, de 16 anos, disse que desaprova totalmente a medida. “Essas mudanças não levaram em consideração que o Enem (que é para o que nós estamos nos preparando) continua o mesmo”, lamentou.

Para ela, a mudança não centrou no aprendizado dos alunos em disciplinas importantes para a vida. “Muitos conteúdos importantíssimos foram excluídos da grade curricular. São três anos perdidos em que os estudantes se sentem mais pressionados, cansados e forçados a estudarem muito mais fora da escola”, pontuou. A reclamação dela é corroborada por Felipe Lacerda de Lima, também na 3ª Série do Ensino Médio.

Estudante do Ensino Médio | Foto: arquivo pessoal
Estudante do Ensino Médio | Foto: arquivo pessoal

“Desaprovo, estou tendo uma experiência ruim com esse novo ensino médio. Essas mudanças na grade curricular não ajudam na preparação para o Enem que é para o que a maioria dos estudantes estão se preparando. Não acrescentaram nada que ajude a fazer redações, o principal do Enem. Precisamos de aulas para conseguir fazer uma boa redação e tirar 900 pontos ou mais”, cobra.

Ensino particular

Por outro lado, Jacob denuncia que nas escolas particulares as direções burlam a proposta do NEM e seguem com disciplinas que preparam seus alunos para os vestibulares e para o Enem. “Essa reforma do Ensino Médio continua aumentando o abismo entre a educação pública e particular, porque na escola particular, o que eles estão fazendo? Estão mudando só o nome da disciplina, mas mantendo os conteúdos que preparam os estudantes para passar nos vestibulares das universidades públicas”, destaca.

Para a professora, a reforma da Educação para as escolas públicas se transformou no “Nem, Nem”. “Porque essas disciplinas, assim como o itinerário informativo profissional, não tem credencial para entregar o estudante ao mercado de trabalho, como tem os institutos federais – grande referência para o formato, e nem formam os estudantes para entrarem na faculdade”. Segundo ela, as disciplinas do núcleo diversificado não “caem no Enem”.

A docente ressalta ainda que com a adoção do NEM houve mais evasão escolar na Educação pública. “Outra justificativa para se fazer esta reforma foi tornar o Ensino Médio mais atraente para os estudantes. Porém, muitos deles estão abandonando o Ensino Médio e indo para o EJA [Educação de Jovens e Adultos]. Porque o Ensino Médio na maioria das escolas públicas se tornaram integral. Os filhos dos trabalhadores muitos precisam trabalhar e estudar e não estão tendo vagas para eles”, lamenta.

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Sociólogo defende ações emergenciais para conter violência nas escolas

Ataques a escolas, gravações com boatos, desinformação e ameaças, que “antes pareciam atitudes descoordenadas, têm se mostrado uma onda perigosa”, diz o sociólogo Rudá Ricci, pesquisador dos temas educação e cidadania.

Nessa quarta-feira, 12, ele participou e foi um dos articuladores de encontro com entidades ligadas ao setor para encontrar caminhos contra a situação que tem gerado temor no Brasil. O cientista social defende a necessidade de três medidas emergenciais, que incluem “desbaratar e prender os núcleos propagadores das ameaças”, o que, para as instituições, já está sendo tratado pelo Ministério da Justiça.

As outras são “criar protocolos de orientação para pais e professores sobre como agir em casos de ameaça, violência, agressividade e incivilidade” e “criar serviço de apoio e escuta de psicólogos e assistentes sociais” para pais e profissionais da educação.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista do sociólogo:

Rudá Ricci: Não podemos negar que há uma inteligência por trás disso. Há mensagens, por exemplo, sobre eventuais ataques em universidades. Ouvi áudios de uma jovem que diz ter recebido uma notícia e uma alusão aos ataques em Columbine (Estados Unidos, em 20 de abril de 1999). Essas mensagens se alastraram como ameaça a universidades brasileiras. Essas organizações extremistas no país estão querendo construir um novo 8 de janeiro de 2023 (dia de atos terroristas contra os Três Poderes). Agora, envolvendo a educação.

Agência Brasil: Quais são os principais pontos de cuidado?
Rudá Ricci: Nós temos que ter cuidado com três questões pelo menos. Em primeiro lugar, com o ambiente criado no Brasil. Temos que debelar essa ideia de que a gente resolve os problemas com as próprias mãos e que temos que ser intolerantea com quem é diferente. É preciso debelar esse clima de violência e intolerância. É a primeira medida que eu sugiro, ou seja, devemos ter uma inteligência policial e da sociedade civil articulada para identificar a origem dessas ameaças e colocar todos na cadeia.

Agência Brasil: O Estado tem agido nesse campo, certo?
Rudá Ricci: Essa é uma primeira ação urgentíssima. O Ministério da Justiça iniciou o processo com o disque-denúncia. Temos que mergulhar na Deep Web (parte da internet não encontrada pelos mecanismos de buscas). É aí que eles estão se articulando. Temos que identificar as ramificações e redes que se formaram. Temos ainda que deixar claro, inclusive para esses adolescentes que estão ameaçando, que eles vão responder por isso. Nós temos que coibir. E isso não se faz com guarda armado na frente da escola. Essa é a outra coisa que é preciso deixar claro e que nos preocupa. Temos a experiência dos Estados Unidos, onde há guarda armada no seu interior e não debelaram a violência.

Agência Brasil: Por quê?
Rudá Ricci: Porque há uma interpretação equivocada de achar que adolescentes que estão propensos a atacar se intimidam com guarda, com policiamento. É o contrário. O que sabemos hoje é que há adolescentes que estão imbuídos dessa intenção de aparecer pela violência. Eles veem a presença do guarda como desafio e, então, buscam outros tipos de estratagemas como colocar bomba em banheiro e, assim, tentar desmoralizar a segurança.

Nos Estados Unidos, as guardas armadas dentro das escolas aumentaram e até estimularam atos de violência. Nós queremos outro tipo de abordagem, que seja por meio da inteligência e não dos atos de retenção. Assim a gente pode desbaratar essa rede de ameaças nas escolas que agora, parece, está sendo objeto da extrema direita no Brasil.

Agência Brasil: Como apoiar pais e professores assustados com a situação?
Rudá Ricci: O segundo ponto é que nós temos que dar suporte aos pais e professores. Para isso, é preciso elaborar protocolos.

Agência Brasil: O que significa o protocolo?
Rudá Ricci: Significa o seguinte: diante de um boato de ameaça a uma escola, é necessária uma orientação nacional. Não pode ser um voluntarismo de um diretor de escola. Isso não resolve a onda que está se formando no Brasil ou que está se tentando formar. É preciso ter protocolo, se houver ameaça de violência, ou mesmo violência, atos de agressividade ou de incivilidade. Definir quando é motivo para fechar a escola ou suspender aula, ou quando não é.

Agência Brasil: Professor, os protocolos seriam formulados pelo Estado?
Rudá Ricci: Eu acho que quem tem que formular é a sociedade civil. E não em disputa entre políticos nas mais variadas cidades. O conhecimento para enfrentar problemas educacionais e violência envolvendo a educação está na sociedade civil.

Agência Brasil: Qual o objetivo dessas reuniões entre as entidades? É a formulação de sugestões?
Rudá Ricci: Fizemos a primeira reunião com 20 entidades e pesquisadores nacionais, de todos os estados do país. A gente precisa mapear essas ameaças, que é um dos objetivos.

Agência Brasil: O terceiro ponto é apoio psicológico, certo?
Rudá Ricci: É o seguinte: nós temos alguns países como a França que já tem, há muito tempo, serviço de apoio psicológico e assistencial, até pedagógico, também a professores. Estou sugerindo que a gente crie um serviço nacional de apoio envolvendo, por exemplo, os mais de 2,5 mil Caps (centros de Atenção Psicossocial), os Cras (centros de Referência de Assistência Social) e também as universidades, organizações não governamentais (ONG), para que pais e profissionais da educação possam ser atendidos.

É o que internacionalmente se chama política do cuidado. Há um contexto relevante a ser considerado. Ou seja, a gente cuidar de quem cuida. A Cultiva (ONG ligada à educação e cidadania que o pesquisador coordena) mostra, por exemplo, que 40% dos professores dessas redes registraram aumento de conflito intrafamiliar durante a pandemia.

Quando temos uma sociedade dessocializada, aumentamos a violência. Isso envolve angústia e a solidão. Espera-se que as escolas mudem o cenário. Quando voltamos da pandemia, pensou-se que seria necessário correr atrás dos conteúdos perdidos. Mas era muito importante que nos voltássemos mais para a humanização.
Denúncias

Informações sobre ameaças de ataques podem ser comunicadas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Acesse o site para fazer uma denúncia.

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

Vereadores de Quirinópolis querem CEI da Educação

Os vereadores de Quirinópolis aprovaram a criação da CEI da Educação em resposta à insatisfação dos professores municipais em relação ao não pagamento do piso salarial previsto em lei. A preocupação da categoria aumentou com o recente caso de renúncia do secretário municipal da educação, Francis Emerson Santos, devido a interferência política e desvio de recursos destinados à pasta.

Na terça-feira, 11, Lucas Oliveira, ex-coordenador de transporte escolar da secretaria municipal da educação, denunciou diversas irregularidades em relação ao uso de verbas do FUNDEB, incluindo o desvio de recursos para outras áreas e o mau uso dos pneus adquiridos. Oliveira ainda falou sobre superfaturamento na compra de peças e serviços, além de pagamentos a motoristas sem controle de quilometragem.

Diante das denúncias, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade um requerimento para a criação da CEI da educação. O objetivo da comissão é investigar os indícios de desvio de finalidade dos recursos do FUNDEB e esclarecer à população sobre o uso do dinheiro da educação no município.

O vereador Alex Gomes da Silva, autor do requerimento, enfatizou a necessidade de investigar o destino do dinheiro da educação e de punir os responsáveis pelo desvio de verbas. Ele também ressaltou que as denúncias são graves e que a comissão precisa montar uma estrutura adequada e criar um cronograma de trabalho para investigar minuciosamente as irregularidades apontadas.

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