Reestruturação do Novo Ensino Médio é adiada

06 junho 2023 às 21h40

COMPARTILHAR
O Ministério da Educação prorrogou por 30 dias a consulta pública para reestruturar a Política Nacional de Ensino Médio. O prazo inicial era até o fim desta terça-feira, 06, e vai até 5 de julho.
Segundo o MEC, o adiamento atende a uma solicitação apresentada por instituições que apoiam a consulta: o Conselho Nacional de Educação, o Fórum Nacional de Educação, o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação e o Conselho Nacional dos Secretários de Educação.
No segundo ano de vigência, o Novo Ensino Médio, traz mudanças na grade curricular, com os itinerários formativos e também oferece disciplinas optativas em todas as escolas do país. A proposta é alvo de críticas e divergências.
Para ampliar o debate, a pasta prorrogou “a fim de que sejam garantidas as condições necessárias para aplicação de todos os instrumentos de escuta e a mais ampla participação social”.
Em Goiás, a secretária de Educação, Fátima Gavioli, é contra a revogação do Novo Ensino Médio. A titular acredita em uma reformulação. Uma preocupação é com os professores responsáveis pelos itinerários formativos, em que alunos podem escolher as disciplinas, com formação mais voltada ao mercado de trabalho. Segundo a secretária, a revogação do Novo Ensino Médio resultaria em demissões de professores temporários.
Debate
Com os diferentes níveis de implementação, quem é contra argumenta a falta de infraestrutura para manter o novo formato, além da falta de prioridade com as disciplinas clássicas. Em alguns casos, estudantes relatam ter ficado com apenas duas aulas na semana de português e matemática.
Entidades afirmam que a legislação que instituiu o Novo Ensino Médio não foi discutida com todos os setores da educação.
Já os favoráveis, garantem que o objetivo é tornar essa etapa do ensino mais atrativa para os alunos. Além de formar o estudante em pelo menos um curso técnico, ainda no ensino médio, a fim de adiantar a entrada no mercado de trabalho.