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Há uma chance para PT-PMDB no 1º turno

O presidente estadual do PT e secretário de Comunicação de Anápolis, Ceser Donisete, fala novamente sobre a aliança entre PT e PMDB. Para ele, sempre analisaram o PMDB como tendo duas pré-candidaturas, Friboi e Iris Rezende. E, embora, o PT já tenha seu pré-candidato, Antônio Gomi­de, Ceser diz que ainda tem conversado. “Estive com o Samuel Bel­chior nessas últimas semanas pa­ra continuar os acertos. Mas o PT se resolveu. Sei das dificuldades, afinal política não é matemática e o PMDB não teve condições políticas para se resolver, mas nós tivemos. O Antônio só se descompatibilizou para ser candidato ao governo. Mas continuamos conversando”. Há possibilidade para uma aliança ainda no primeiro turno? “É possível que em junho o nome do Antônio seja o catalizador das forças políticas de Goiás. A chance é essa”.

Ex-presidente Lula em “entrevista” a blogs a serviço do governo federal: “Vamos pra cima em Goiás”

A cidade paulista de Araçatuba marcou um passo importante, na visão dos petistas, para a candidatura de Antônio Gomide ao governo de Goiás. Durante caravana comandada pelo pré-candidato petista ao governo de SP, Ale­xandre Padilha, o ex-presidente Lula se encontrou com Gomide e declarou: “Você tem credibilidade e respeito. Vamos ganhar em Goiás”. O apoio do líder petista já era comentado nos bastidores, mas essa fala vem em um momento complicado no que diz respeito ao apoio do PMDB — que faz parte do governo federal — à reeleição da presidente Dilma. De um ex-deputado peemedebista: “Como partido, nos sentimos desobrigados a apoiar a presidente Dilma na campanha deste ano. Como o PT lançou candidato próprio, agora pode­mos apoiar a presidente à reeleição, como podemos apoiar outro candidato.”

Otávio Lage, eleito e não nomeado

[caption id="attachment_1783" align="alignleft" width="300"]Otávio Lage: único governador eleito no período militar Otávio Lage: único governador eleito no período militar[/caption] Jales Naves As eleições de 1965 em Goiás para governador foram as mais disputadas de todos os tempos e em todas as instâncias, quando os dois principais partidos políticos, que eram rivais, novamente se enfrentaram nas urnas. Do pleito surgiu uma nova liderança: o governador eleito Otávio Lage. Fazendeiro moderno e inovador, um dos responsáveis pela consolidação da cultura do café na região do Vale do São Patrício e até então desconhecido do mundo político, ele se destacou pela dinâmica administração que realizou em Goianésia —, então uma cidade pequena, inexpressiva —, como prefeito de 1962 a 1965, e também por ser filho do deputado federal Jalles Machado, um dos principais líderes da UDN histórica e que se sobressaiu pela firme atuação como parlamentar, defendendo os interesses de Goiás e lutando contra os aliados de Getúlio Vargas no Estado, em especial o antigo PSD. Determinado, ousado e com uma mensagem nova, para tirar Goiás de um atraso histórico, que o deixava na lanterna dos Estados brasileiros, ele conquistou o direito de ser candidato pela União Demo­crática Nacional numa disputa muito acirrada. Venceu na convenção estadual do partido o deputado federal Emival Caiado, considerado favorito, e lutou para ocupar espaço e consolidar sua candidatura com mais três partidos: PTB, PSP e PDC. Foi difícil obter o apoio do governador eleito de forma indireta, marechal Emílio Ribas Júnior, e da cúpula militar, pois, um dia antes da convenção udenista, o presidente da República, marechal Humberto Castello Branco, lançou a candidatura a governador, pelo PSD, do deputado federal Gerson de Castro Costa, conforme registraram os jornais do dia. Depois de superar os obstáculos e dificuldades que se antepunham e assumindo a liderança desse processo, Otávio Lage soube se impor, consolidar a sua candidatura e, utilizando-se de estratégias de marketing, conquistar o eleitorado, a partir de um mote especial. A crítica da oposição, de ser despreparado para a função por ser “roceiro”, foi utilizada como instrumento dessa mudança: ele chegava às cidades sempre com um chapéu na cabeça e entrava pelas principais ruas montado a cavalo, ou num trator, ou numa carroça, e saía cumprimentando todas as pessoas. Dessa forma, foi se tornando conhecido, divulgando sua plataforma de trabalho, centrada em três eixos — educação, energia e estradas — e firmando seu nome. Na oposição, que ainda dominava o Estado, simbolizada pela fi­gura do senador Pedro Ludovico, o candidato era o médico e deputado federal José Peixoto da Sil­vei­ra, um dos principais quadros do PSD, que tinha ocupado as três principais secretarias de Estado (Fa­zenda, Educação e Saúde), a­lém de ter sido deputado estadual. A situação era difícil, mas prevaleceu a mensagem desenvolvimentista, a proposta de construção de um novo Goiás a partir dos três eixos, o que realmente aconteceu. E o resultado, favoreceu o candidato da UDN. Essa observação se torna importante ainda hoje, não só para resgatar o nome e o importante trabalho realizado pelo ex-governador Otávio Lage, como para fazer justiça a um dos mais expressivos governantes de Goiás. Nos últimos anos, seus netos tiveram de defendê-lo diante de críticas improcedentes, injustas e que não correspondiam à verdade. Eles admiravam o avô pela postura íntegra, pelo comportamento ético e por ser um empreendedor preocupado em unir forças para viabilizar projetos, como a destilaria de álcool, a cogeração de energia a partir do bagaço da cana, o plantio de seringueiras, a inovação tecnológica no campo a partir de se­mentes certificadas etc. Quando frequentavam o ensino médio, já se preparando para o vestibular, vários de seus netos tiveram de discutir com os professores de História, que teimavam em dizer que ele tinha sido nomeado governador de Goiás pelos militares. Inclusive, uma questão em vestibular de uma importante instituição de ensino superior, em 2003, tratava desse tema e dessa forma, colocando Otávio Lage como governador nomeado e não eleito em pleito democrático e popular. Otávio Lage foi, na verdade, o único governador de Goiás eleito no período militar, em pleito direto e com a efetiva participação do eleitor. Um registro que se torna necessário diante da falta de compromisso de professores com a verdade e que atinge uma pessoa que foi, por princípio, um democrata no exercício de suas funções no Executivo goiano, honrando o mandato que cumpriu, mesmo em um período de exceção. Jales Naves é jornalista e biógrafo de Otávio Lage.  

“Um outro ângulo para o ‘roubo’ do papa”
cartas.qxdCelina Alho Vejo o gesto do papa Francisco (foto) de ficar com o crucifixo de seu confessor morto por outro ângulo. O que acontece quando o caixão desce à sepultura? Tudo o que está dentro dele é destruído. O corpo se decompõe, as roupas e os demais objetos se deterioram. Aquele crucifixo – valioso porque pertencente a um padre misericordioso – por causa do gesto de Jorge Bergoglio, foi poupado da destruição. Continua sendo útil! Mais, do que isso, hoje ainda serve de inspiração ao ser humano Francisco, que humildemente usou a infeliz palavra “ladrão” para explicar o que fez. Pois fiz isso também, eu mesma, no cemitério, no momento em que o caixão de minha mãezinha se fechava, ao retirar de seu peito a fita vermelha do Apostolado da Oração [movimento católico], extremamente valiosa para ela, a ponto de, ao sentir que se aproximava o momento de partir para a casa do Pai, pedir-me que a vestisse com o uniforme do Apostolado e pusesse, em seu peito, sua fita vermelha de zeladora. Aos prantos, concordei. E fiz-lhe a vontade. Sem o menor embaraço, “salvei” da destruição a valiosa fita, com a medalha e a insígnia do Coração de Jesus. Hoje a envergo eu, sobre meus ombros, como zeladora que me tornei do Apostolado, sentindo que carrego comigo algo que ela beijava e usava com muito carinho. E, unida à minha mãezinha, hoje na eternidade feliz, me sinto forte e inspirada para assumir com responsabilidade minha condição de apóstola da Oração. Foi roubo isso? Claro que não! É preciso ser alguém muito ignorante em matéria de fé – ou muito mal intencionado mesmo – para interpretar assuntos como esse dessa forma. Obrigada, Senhor, pelo papa Francisco. Abençoai-o agora e sempre! E enviai vosso Espírito Santo sobre todas aquelas pessoas que usam sua inteligência de forma equivocada e fazem juízos descabidos, amargos e, mesmo invocando o vosso nome, são capazes de dispersar ao invés de unir. E-mail: [email protected]  
“Friboi sempre participou da política”
friboi.qxd Antônio Alves Dizer que Júnior Friboi (foto) não precisa de governo para ficar rico é uma aberração. Ele sempre participou da política como financiador de campanha. O financiador de campanha não ajuda o político: ambos se ajudam, seja de uma forma ou de outra. Isso não quer dizer que praticam atos ilícitos, mas que o poder econômico caminha junto com o poder político. Se você for candidato sem dinheiro, termina a campanha e nem o pessoal do seu bairro fica sabendo, ou melhor, nem seus amigos. E-mail: [email protected]
“Cadê a reforma política?”
cartas.qxdArivaldo Araújo Sobre o artigo “Ecos da ditadura” (Jornal Opção 2021), de Daniel dos Santos Rodrigues, creio que Contardo Calligaris [psicanalista e colunista da “Folha de S. Paulo”] não está dizendo nenhuma novidade [ao falar que falta um projeto ao País]. De muito, Sérgio Buarque já dizia que a democracia sempre foi um grande mal-entendido entre os brasileiros. O PT teve o mérito de enxergar os miseráveis do País. Ficou nisso. Garante-se eleitoralmente por isso e nada mais que isso. O PSDB somente separou uma elite paulista, mais paulista e governou para São Paulo. Política café com café. No fundo, precisamos de reformas, as mais variadas (tributária, política, do Judiciário, para ficar com três). Fora isso, continuaremos fazendo da nossa democracia um imenso e emaranhado mal-entendido. Parabéns ao autor, quando se lembrou das reformas que nunca fizemos. Esse é o ponto. Por falar nisso, onde anda a reforma política proposta com tanta veemência pela presidenta? Esperando um outro junho vermelho? Arivaldo Araújo é servidor público federal. E-mail: [email protected]  
“Francisco pode promover uma ruptura radical”
P. C. Albuquerque Até para um leigo protestante como eu, que acompanha, de longe, as ações e posturas do papa Francisco, fica evidente que ele está em rota de colisão com os interesses da alta cúpula vaticanista. O Vaticano é uma cidade-Estado, um ente híbrido composto por duas naturezas: uma política (estatal) e outra religiosa (Igreja). A impressão que se tem é de que o papa fez uma opção pelo aspecto Igreja, deixando para um plano secundário o aspecto político. Pode-se, diante disso, vislumbrar uma ruptura radical dentro desse panorama dividido, tendo por um lado os que não abrem mão do status quo e, por outro, os “seguidores”' de Francisco. Para muitos, isso é improvável, mas não é impossível. E-mail: [email protected]  
“Duas frases de Chico Ludovico”
Natanry L. Osorio Ao Jornal Opção nossa gratidão pela justa homenagem ao grande mestre Chico Ludovico (edição 2022), extraordinário homem, médico que exercia a medicina como missão e verdadeiro sacerdócio. Chico era um sábio e nunca me esqueço de duas coisas que dele ouvia: “Deixe seus filhos pisarem na terra, o que não mata engorda.” Outra foi aos 40 anos. Tinha grande dúvida se deveria fazer cirurgia de mioma com retirada do útero e ele me disse: “Naty (forma de ser tratada em família), para mim depois dos 40, quando uma mulher como você, que já tem cinco filhos não quer mais outros, o útero passa a ter duas funções: porta-bebê e porta-câncer.”. De imediato autorizei a cirurgia, feita com maestria por ele, meu primo, padrinho de casamento e grande amigo. Nunca me arrependi. Que o Senhor o tenha na anta glória. E-mail: [email protected]  
“Hora de nos aprofundarmos sobre as questões tecnológicas”
Hélio Augusto Abreu O texto “Marco Civil da In­ter­net tenta pôr ordem naquilo que se esvai pelo ar” (Jornal Opção 2022) é muito interessante e instigante. Faz-nos pensar nas estratégias adotadas pelo governo com relação a simplesmente atender a um apelo tecnológico momentâneo ou nos aprofundarmos realmente em um estudo para chegarmos a elaboração série de medidas que nos colocam na vanguarda tecnológica que possa se moldar de acordo com as inovações. E-mail: [email protected]  
“Resenha à altura de Vargas Llosa”
Maria Helena Coutinho Excelente a resenha “Ma­rio Vargas Llosa mostra que a cultura está a serviço do espetáculo” (Jor­nal Op­ção 2020, caderno Opção Cultural). O autor, Salatiel Soares Correia, vai além do conhecimento da obra do escritor peruano. É realmente culto. E-mail: [email protected]  

“Bakunin, abnegado defensor das classes oprimidas”

Nestor Máquino Parabéns a Carlos Russo Jr. e ao Jornal Opção pela boa matéria “Bakunin: agitador, internacionalista, libertário e antiautoritário” (caderno Opção Cultural, edição 2021). Bakunin é, sem dúvidas, o principal expoente do socialismo anarquista e um dos mais injustiçados teóricos das ciências sociais. Isso sem contar que foi um dos maiores exemplos de abnegação e firmeza na defesa dos interesses das classes trabalhadoras e oprimidas. E-mail: [email protected]  
“Parabéns por não distorcer a história”
Álvaro Freire Parabéns ao jornalista Marcos Nunes Carreiro por seus artigos, sempre cheio de lucidez e isenção. Venho acompanhando seus artigos e me surpreendo positivamente a cada um que vejo. Parabéns por não distorcer a história, como faz a maioria dos grandes meios de comunicação, de maneira que não se conheça a verdadeira história de nosso País. Uma mentira contada várias vezes acaba como verdade. E isso não é por acaso: é tudo arquitetado e planejado. E-mail: [email protected]  
“Com medo de viver”
Thyrza Flores Sem entender tamanha violência dos últimos tempos. Pedi a Deus mais tempo e me vejo com medo de viver.

De volta à política da negligência

John Kerry disse a Barack Obama que a questão entre israelenses e palestinos é a mãe de todos os conflitos, e que ele resolveria o problema de uma vez por todas

Três nomes pairam sobre a SIC, mas desta semana a definição não passa

É certo que o governador Marconi Perillo estava esperando pela definição de Antônio Gomide em renunciar à prefeitura de Anápolis ou não para anunciar quem será o novo titular da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC)

Candidatura alinhada a terceira via pode alavancar a campanha de Antônio Gomide ao governo

[caption id="attachment_1341" align="alignright" width="620"]Ex-prefeito Antônio Gomide e prefeito João Gomes: dois desafios diferentes. Um deve se sobressair à sombra do antecessor; o outro tentar se tornar um sucessor Ex-prefeito Antônio Gomide e prefeito João Gomes: dois desafios diferentes. Um deve se sobressair à sombra do antecessor; o outro tentar se tornar um sucessor[/caption] A nova postura de Iris Rezende provocará, inevitavelmente, mudanças. O anúncio da pré-candidatura do líder peemedebista, ocorrida no fim da última semana, abre caminho para um cenário pouco abordado até agora: o do PT como terceira via nas eleições de outubro. Sem Iris, Gomide seria o principal adversário do governador Marconi Perillo no pleito ao governo. Com Iris, Gomide se torna um terceiro na polarização já habituada entre os líderes goianos. Pode-se falar que os dois polos não são os líderes e sim seus respectivos partidos –– PSDB e PMDB –– e, assim, mesmo com Júnior Friboi, o PT continuaria como terceira via. Contudo, contra Friboi, Gomide se iguala ou se sobrepõe, uma vez que o empresário é novo duas vezes: neopeemedebista e neopolítico. Nunca disputou um cargo eletivo. Não tem méritos no setor para serem mostrados. O que já não ocorre com Gomide, que –– como gosta bastante de ressaltar –– tem um governo de cinco anos e três meses com mais de 90% de aprovação por parte de uma das cidades mais importantes do Estado. Mas são apenas previsões. Isso depende, primeiro, do resultado das convenções. Iris pode vencer Friboi em junho, como pode também perder. Quem sabe? É certo que Iris tem o apoio de grande parte dos diretórios regionais, mas Friboi tem ao seu lado a maior parte dos deputados tanto estaduais quanto federais, fora o número considerável de prefeitos. Quem vencerá apenas as convenções vão dizer, mas vale uma análise: se Iris vencer e a candidatura de Gomide se tornar uma terceira via, isso atrapalhará a caminhada de Gomide? Nas palavras do deputado federal e irmão de Gomide, Rubens Otoni: “A decisão do PMDB ainda demorará. Não sabemos quem é o candidato e traçaremos nossa estratégia quando soubermos. Se for o Iris e passarmos a representar, de fato, uma terceira via, já sei o que devemos fazer. É só ouvir aquilo que o povo diz por onde passamos: ‘não queremos Marconi nem Iris’.” Isto é, uma candidatura enquadrada fora da polarização pode mais beneficiar Gomide que prejudicá-lo. Mas, como disse antes, são apenas previsões.

Sem mudanças na prefeitura de Anápolis, após a saída de Gomide

Ex-vice, atual prefeito de Anápolis. É assim que João Gomes será tratado daqui em diante. Afinal, tomou posse na sexta-feira, 4

Estranharam a ausência de vereador tucano na posse de João Gomes

Na sessão que marcou a renúncia do agora ex-prefeito Antônio Gomide e transferiu o cargo para o agora ex-vice, João Gomes, estiveram presentes muitas pessoas, mas sentiu-se a ausência de um tucano

“Um mestre chamado Francisco Ludovico”

Durante dez anos tive oportunidade de trabalhar com esse mestre da medicina chamado Francisco Ludovico. Agradeço pela oportunidade de novos conhecimentos, pelo primeiro emprego e por seu sorriso

João Gomes toma posse como prefeito de Anápolis na sexta-feira, 4

Após se reunir com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o pré-candidato ao governo Antônio Gomide já fala sobre a data em que deixará a prefeitura e transferirá o poder para o - por enquanto - vice de Anápolis, João Gomes. A solenidade ocorrerá na sexta-feira, 4, na Câmara Municipal. No início da semana, havia a informação de que Falcão poderia estar presente no evento que marca a descompatibilização de Gomide. Entretanto, a informação ainda não foi confirmada. Em relação à reunião ocorrida nesta quarta-feira, 2, pelo Twitter, Gomide transcreveu uma fala do presidente nacional do PT: "Não se tem que falar em aval, a candidatura de Gomide está consolidada. Agora é por o pé na estrada". A fala mostra que, independente de decisão por parte do PMDB, o PT lançará Gomide como candidato ao governo.

Em semana de definições, Antônio Gomide pode deixar de ser prefeito

[caption id="attachment_963" align="alignright" width="620"]Antônio Gomide: prefeito mais bem avaliado do País já não deverá estar à frente de Anápolis, mas seguirá o caminho para tentar o governo | Foto: Renan Accioly/Jornal Opção Antônio Gomide: prefeito mais bem avaliado do País já não deverá estar à frente de Anápolis, mas seguirá o caminho para tentar o governo | Foto: Renan Accioly/Jornal Opção[/caption] “Não nasci e não morrerei prefeito.” Essa foi a fala de Antônio Gomide em um dos encontros realizados nos últimos três meses. E ela resume bem o clima desta semana, que é de definições para o PT, sobretudo para ele, que até o sábado, 5, poderá deixar de ser o prefeito de Anápolis e pré-candidato petista ao governo para ser apenas pré-candidato. A pré-convenção do PT estava prevista para ser realizada no sábado, 29, portanto, no fechamento da edição, no dia anterior, não havia como saber ao certo da homologação do nome do anapolino. Con­tudo, estava tudo certo para que isso ocorresse. É certo que dos 350 delegados com direito a voto, grande parte apoia a candidatura de Gomide. A ala do partido que ainda tinha certa resistência ao seu nome é a tendência ligado ao prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, que tem reiterado sua posição de apoio a uma composição com o PMDB de Iris Rezende. A coluna falou com Gomide na manhã de sexta-feira, 28, quando ele estava a caminho de inaugurar mais uma escola municipal reformada –– Escola Rosevir Ribeiro de Paiva (veja nota ao lado). Sua voz apresentava a tranquilidade habitual no trato de sua possível candidatura. Ele disse: “Acabei de falar com o [presidente nacional do PT] Rui Falcão, que está em São Paulo. Ele me disse o seguinte: ‘o que o encontro dos delegados confirmar, nós homologaremos’. Então é essa a posição. Não tem nenhum ‘senão’.” O ‘senão’ levantado por Gomide está na fala do diretório nacional do partido quanto a possível aliança, caso Iris Rezende seja definido como pré-candidato do PMDB. Isso porque a carta-branca dada a Gomide veio com a ressalva de que o PT não aglutina com a candidatura de Júnior Friboi, mas o faz com a de Iris. Então, se Iris conseguir o que quer –– ser aclamado o candidato ––, há uma possibilidade de Gomide não ser o cabeça de chapa, tendo que, já descompatibilizado da prefeitura, aceitar ser o vice ou ir ao Senado. Quando questionado sobre isso, Gomide é direto: “Essa fala do PT nacional era válida até a nossa pré-convenção. Ou seja, a partir desta semana, se o PMDB não se decidir, eu sou o candidato do PT, inequivocavelmente.” Com a homologação de Gomi­de como o pré-candidato do partido, o petista deverá se descompatibilizar da Prefeitura de Anápolis até o dia 5, deixando o cargo nas mãos do também petista João Gomes. Nesse intervalo –– uma semana –– Gomide deverá viajar para Brasília para entregar a ata do encontro ao diretório nacional. “Lá haverá a confirmação por parte da direção e diremos que a nossa parte foi feita: viajar pelo Estado, motivar a militância, realizar encontros e viabilizar a candidatura. Ou seja, nossa decisão é a mesma do partido. Temos todas as condições para fazer e faremos. Sairei da prefeitura para ser candidato a governador”, reitera. Pergunto se está ansioso e a resposta é: “De jeito nenhum. Estou animado, tanto é que estou indo inaugurar outra escola. É a quinta reformada apenas nesta gestão, além de três outras que foram construídas. A administração continua. Anápolis está em festa”.

Cônsul honorário da Alemanha em Goiás e empresário anapolino, William O’Dwyer pode ser o titular da SIC

[caption id="attachment_960" align="alignleft" width="340"]William O’Dwyer: empresário com boas ligações no exterior,  sobretudo na Europa, deverá fazer bom trabalho na SIC, caso  seja oficializado titular da pasta William O’Dwyer: empresário com boas ligações no exterior,
sobretudo na Europa, deverá fazer bom trabalho na SIC, caso
seja oficializado titular da pasta[/caption] Mesmo três meses após a saída do pré-candidato tucano a deputado federal Alexan­dre Baldy da Secre­taria de Indústria e Comércio (SIC), o governador Marconi Perillo (PSDB) ainda não designou um nome para ser o titular da pasta. A única afirmação que fez nesse sentido foi dar a certeza de que “o” nome da SIC virá de Anápolis, assegurando mais um vez à cidade o cargo, dando continuidade à tradição de anapolinos na pasta. Os motivos para a demora na definição do nome são dois: primeiro que o secretário interino –– que, embora não seja anapolino, tem uma forte ligação com o município –– Rafafel Lousa tem feito um bom trabalho. Tem viajado bastante, inclusive acompanhado o governador em alguns eventos pelo interior. Chegou a soar pelo Palácio Pedro Ludovico de que ele poderia ser efetivado. Porém, a promessa a Anápolis já estava feita e precisa ser cumprida, pois tem também posição estratégica do ponto de vista político, o que leva ao segundo ponto: é certo que o governador estava por esperar uma definição por parte do PT quanto à homologação do prefeito Antônio Gomide como o pré-candidato ao governo do Estado. As últimas pesquisas mostraram o já esperado: Marconi perdeu muitos votos em Anápolis, cidade que historicamente concede votação estrondosa ao tucano. Assim, conceder a Anápolis um cargo de importância como o titular da SIC é uma jogada estratégica. Até o fechamento desta edição, ainda não havia definição quanto ao nome que assumirá a SIC. Sabe-se que o ex-deputado Frederico Jayme Filho foi sondado. E, como adiantado pelo Jornal Opção no início de março, poderia ser indicado o empresário anapolino William O’Dwyer, dono da Anadiesel (concessionária Mercedes-Benz) e cônsul honorário da Alemanha em Goiás. Convite oficial do governador não houve. Porém, é certo que o empresário foi sondado com ligações de pessoas ligadas ao governo, inclusive detentores de cargos de confiança em Anápolis, do ponto de vista industrial. O empresário diz que esperará ser informado oficialmente pelo governador e que se coloca em uma situação de cautela. “É bom esperar por definições concretas para me posicionar”. Mas não disse que não aceitaria.

Vice animado para assumir a prefeitura de Anápolis

Com a descompatibilização de Antônio Gomide (PT), o vice João Gomes assumirá a prefeitura, adiantando seu projeto, que era para 2016. Como não poderia deixar de ser, João Gomes está animado, embora entenda o tamanho da responsabilidade. Ele diz à coluna: “Entendemos que a respossibilidade aumenta e muito, pois fazemos parte de um governo com mais de 90% de aprovação por parte dos anapolinos. Contudo, tenho confiança de que estamos no caminho correto. Temos uma boa equipe e estamos focados em realizar uma boa administração”. Como delegado petista que vota a favor da candidatura de Gomide, ele relata: “É certo que Anápolis sempre emprestou bons nomes para Goiás e agora estamos emprestando o que temos de melhor.”

Quinta escola em dois anos

A entrega de uma escola recém-reformada poderá ter sido umas das últimas ações de Antônio Gomide (PT) como prefeito. Na sexta-feira, 28, o prefeito inaugurou a Escola Municipal Rosevir Ribeiro de Paiva, a quinta entregue apenas nesta gestão. A solenidade oficial marcou, também, o repasse de quatro ônibus à Secretaria de Educação para integrar a frota escolar do município, que passa a contar com 23 ônibus. O vice, João Gomes, também esteve presente. A unidade ganhou cinco salas de aula que se somam às nove já existentes, um laboratório de informática, uma biblioteca e um pátio coberto. Hoje a unidade atende 668 estudantes, nos três turnos, matriculados no Ensino Fundamental. Com a reforma, a escola alcança a marca de 22 escolas reformadas em seis anos, fora a conclusão de outras três que estão em andamento. A Escola Municipal Rosevir Ribeiro de Paiva foi inaugurada no dia 7 de fevereiro de 1966 com o nome de Grupo Escolar Número 2 Zita Duarte e possuía apenas quatro salas de aula. Em 1977 passou a se chamar Escola Municipal de 1º Grau Jardim Gonçalves, mas seu nome foi alterado novamente em 1989, para homenagear um morador da região que prestava serviços à comunidade, passando à denominação atual.

“Nelson Rodrigues foi acometido de presunção”

[caption id="attachment_910" align="alignright" width="620"]Leitor contesta incursão do dramaturgo Nelson em questão sociólogica | Foto: Arquivo/Agência Estado Leitor contesta incursão do dramaturgo Nelson em questão sociólogica | Foto: Arquivo/Agência Estado[/caption] Cirlei Araujo A obra de Nélson Rodrigues é seminal no campo da dramaturgia, mas daí a ser enaltecido como sociólogo/antropólogo a distância é muito grande. Generalista no mínimo e falaciosa ao extremo sua afirmação de que “o brasileiro tem complexo de inferioridade”, pois reduz todos os brasileiros à categoria de seres incapazes de se autoafirmarem, ao certo pelo fato de nosso maior dramaturgo e cronista esportivo se acreditar porta-voz da Nação e se esquecer de que, já naquela época, havia inúmeros brasis. Como se vê, Nelson foi acometido de audaciosa presunção. Por outro lado, ao menos provoca a discussão e a indignação e nos faz rever e defender alguns conceitos. Acredito que projetar um sentimento de inferioridade de atletas, cronistas e dirigentes, a maioria iletrados à época, foi algo que se difundiu mais pela notoriedade do autor da frase do que da pertinência da afirmação. Não li o livro, mas vejo que o autor não abordou a preação de mulheres indígenas e suas importantes consequências para a formação do gentílico brasileiro. Outro aspecto não abordado e muito importante era a prática do “cunhadismo” entre os indígenas, consubstanciada no oferecimento de várias esposas ao recém-chegado, geralmente um branco e suas inovações tecnológicas. Enfim, foi baseado na necessidade de braços, e não em preocupações e pruridos raciais, que o Brasil foi construído. Fosse o brilhante dramaturgo pernambucano um pouquinho mais consciente da importância da multiculturalidade (Gobineau, racista e amicíssimo de Dom Pedro II, que acreditava-se descendente do deus nórdico Odin, não era diferente) e das inúmeras omissões dos nossos pais fundadores (ou “fraudadores”), não teria expressado essa infame frase. Vejo isso como um reflexo das teses de supremacia racial que procuravam destacar mais as diferenças do que as semelhanças entre as pessoas sendo que o país foi formado basicamente por imigrantes e estes foram forçados, preados, voluntários, subvencionados e convencidos (antepassados de Rita Lee). Se ser um vira-lata é não ter raça definida, é não ter pedigree, a maioria dos brasileiros, que é mestiça, por analogia, também o é, e isso não significa ausência de valor. Por outro lado, é preferível estar disposto a aprender sempre e absorver novos conhecimentos, e isso pressupõe capacidade de autocrítica e certa humildade, que se atribuir um valor que não se tem e irresponsavelmente legar às futuras gerações tragédias e sofrimentos evitáveis como os megalomaníacos governantes costumam fazer. Em resumo, o fatalismo e racismo do conde Gobineau são criticados por ninguém menos que Tocqueville. Este afirmava que as ideias pessimistas do conde refutavam qualquer esforço de se construir um país, ao afirmar que os destinos dos homens estavam atrelados a uma raça. Esse pensamento conduziria a uma resignação e naturalizava a desigualdade, tornando a ação política dos cidadãos ineficaz ao processo de mudanças, eliminando, assim, a iniciativa individual no terreno dos acontecimentos históricos. Hoje sofremos as consequências disso. Cirlei Araújo é sargento do Exército. E-mail: [email protected]  

“Hora de mostrar que somos um povo honesto”

Fernando Borgomoni Para o jornalista José Maria e Silva, autor do texto “Estudo da FGV sobre benefícios da Copa não passa de propaganda enganosa” (Jornal Opção 2017): Pense bem, exatamente porque “até os esquimós” sabem que somos o país do carnaval e do futebol, e exatamente porque nós sabemos que temos, como povo e como nação, muitas outras qualidades, mostremos com a perfeita organização desse grande evento que somos um povo “honesto, responsável e laborioso”. Ou você não acredita no povo brasileiro? E-mail: [email protected]  

“Uma excelente entrevista de Graciliano Ramos”

Gonzalo Armijos “A última entrevista de Gra­ciliano Ramos” (Jornal Opção 1944, caderno Opção Cultural) é excelente. Uma joia! Uma das primeiras obras brasileiras que li ao chegar ao Brasil, no início dos anos 80, foi “Memórias do Cárcere”, do grande escritor alagoano. Nunca vou esquecer. Gonzalo Armijos é filósofo e professor da UFG. E-mail: [email protected]  

“Guerrilheiros do passado não se converteram à democracia”

Odiombar Rodrigues Sobre o texto, “Estatuto do Desarmamento não contribui para reduzir a violência” (Jornal Opção 1988), da coluna “Contraponto”, de Irapuan Costa Junior, podemos dizer que o estatuto foi uma medida muito “inteligente”, pois, por meio dele, o governo está construindo o caos social que muito interessa aos “revolucionários” bolivarianos e castristas. Quando ele estiver plenamente instalado, um “salvador” tomará o poder em nome do “restabelecimento” da ordem social. Ninguém imagina que os “guerrilheiros” do passado tenham se convertido à democracia. E-mail: [email protected]  

“Juventude tratada brutalmente”

Fernanda Bento Ainda em tempo sobre a chacina brutal ocorrida no Morro do Mendanha: em toda a imprensa que noticiou esse crime brutal, as vítimas são denominadas mulheres. Só uma observação: apenas uma delas é maior de 18 anos. Foram jovens e adolescentes assassinadas, não mulheres. Mais uma prova de como nossa juventude vem sendo brutalmente tratada. E-mail: [email protected]