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Everaldo Leite
As empresas geram riqueza, o Estado oferece assistencialismo. Aliás, o dinheiro destinado a este advém também da produção do setor privado. Dinheiro não nasce em árvore, não é cacau. Um país é rico quando possui fatores de produção em eficiente combinação, conseguindo obter a produtividade necessária para gerar emprego, renda e salários melhores. Se há contínua inflação por aumento irresponsável da base monetária, se há grande endividamento por excesso de crédito subsidiado, se o governo é populista e provoca déficits por razão eleitoreira, se as instituições perdem a credibilidade, se a burocracia e o estatismo aumentam, se a carga tributária não para de crescer, tudo isto significa ingerência do Estado sobre a economia real, que não raramente resulta em baixa competitividade, baixo crescimento e falta de interesse em se investir. Governo e economia deveriam se manter o mais distante que pudessem, portanto.
A economia, no âmbito da concorrência verdadeira, motiva melhor o desenvolvimento e a justa distribuição, sobretudo porque as decisões tomadas pelos agentes (trabalhadores, empresários, acionistas, rentistas, consumidores etc.) têm como parâmetro o comportamento dos preços e a disposição das oportunidades, um conhecimento que o Estado (técnicos, gestores etc.) não possui em sua totalidade por estar dissolvido na sociedade. Ninguém sabe mais sobre os negócios, sobre os mercados, do que aqueles que estão efetivamente envolvidos no processo, desde o pipoqueiro na Praça da Matriz até os gestores de uma gigantesca companhia internacional de produção de aço, desde um desempregado que encontrou uma atividade informal que tem melhorado a sua vida até um grande executivo que resolve abrir seu próprio empreendimento. O Estado superestatista somente atrapalha esta ação natural e espontânea dos indivíduos, quando resolve impor regras excêntricas e forçar artificialmente a distribuição. Isto hoje está óbvio no Brasil, que continua subdesenvolvido tendo todos os fatores de produção que necessita para ser desenvolvido.
Todavia, o Estado é importante, a política e as leis são importantes. Estes servem, sim, para definir os limites dos interesses econômicos e impedir um ultraliberalismo (o lado oposto do superestatismo). A assistência social, devidamente restringida e em conformidade com programas bem formulados de redirecionamento do cidadão à vida ativa econômica, impede que o infortúnio de alguns se torne um tipo de “destino dos fracassados e oprimidos”. Ademais, o Estado precisa continuar a construir ordens jurídicas para que haja transparência nas relações sociais e econômicas, e a desconstruir leis obsoletas que suscitam discriminações, para que haja igualdade na dignidade humana - evitando políticas desnecessárias de cotas. A economia não pode ser escrava da democracia, como questiona o economista Rodrigo Constantino, mas deve continuar sob o olhar crítico do conjunto da sociedade no objetivo de impedir que os mercados ou alguns indivíduos (lobos e afins) se tornem um mal para o desenvolvimento ético e político das pessoas, mas de incentivar que se torne um bem para o desenvolvimento material dos cidadãos.
Assim, a falha que leva à desigualdade somente pode ser combatida com o estímulo da sociedade — às vezes pela política de Estado — à geração de riqueza e não dos desdobramentos residuais de serviços assistenciais. A desigualdade, como se sabe, não é diminuída pela distribuição via tributação, mas, sim, pelo crescimento sustentável da economia, através da poupança, da baixa taxa de juro e do investimento, por meio também do consumo e do comércio livre entre pessoas, Estados e países. Perceber tudo isto é quase uma autoevidência; entretanto, infelizmente, são muitas as cortinas de fumaça jogadas sobre os olhos dos indivíduos, advindas essencialmente do interesse pessoal de alguns políticos, acadêmicos, profissionais e empreendedores velhacos, que, se não estão se beneficiando do capitalismo de compadrio, estão vivendo politicamente e economicamente à custa da pobreza (que, em público, dizem ser contrários) e da ignorância (que, em segredo, adoram que dure) de parte significativa da sociedade. Como disse antes, governo e economia deveriam se manter o mais distante que pudessem, mas...
Everaldo Leite é economista, professor e colaborador do Jornal Opção. E-mail: [email protected]
“Nossa cidade não tem nada de sustentável”
Tadeu Alencar Arrais Como professor do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa), eis a minha resposta à reportagem “Graciliano Ramos, não, mas prefeitos atuais sofrem com a falta de planejamento urbano” (Jornal Opção 2028): primeiramente, devemos ter a clareza do significado da palavra patrimonialismo que foi usada, historicamente, para demarcar as relações promíscuas entre o público e o privado. É uma característica, como pode ser observado em Raimundo Faoro [sociólogo e cientista político, autor de “Os Donos do Poder”], de governos absolutistas e personalistas. Qualquer semelhança com o PT de hoje não é mera coincidência. Esse é o primeiro erro. Ao defender que as áreas públicas não sejam vendidas, o Iesa está, de fato, contra a visão patrimonialista do atual governo municipal, que mistura o público ao primado. Os grandes grupos imobiliários, felizmente, não frequentam os gabinetes de professores do Iesa com a assiduidade que frequentam o Paço Municipal. Em seguida, quero afirmar o compromisso do Iesa com a construção de uma cidade sustentável, que preserve espaços públicos, ao contrário da política urbana patrocinada pelo governo municipal. É no mínimo irônico que os representantes do governo municipal, que se recusaram a debater o assunto, só manifestem sua opinião agora. Segundo dizem no Paço, a ordem agora é tentar minimizar os prejuízos políticos. Apostam na curta memória da população. Essas áreas só serão desafetadas, isso é insofismável, por causa da lamentável situação das finanças públicas. O modelo espacial do Plano Diretor, que já não era bom, foi rasgado. O secretário Nelcivone Melo cita, como exemplo, o shopping na Perimetral Norte. Parece que não conhece, de fato, a região. Sugiro que, pelo menos uma vez na semana, se atreva, em comunhão com o senhor prefeito Paulo Garcia, a tentar se locomover naquela região. Preferencialmente um dia de chuva, com a água brotando das galerias e escorrendo das vertentes do Córrego Caveirinha para o Meia Ponte. Ali seria um lugar perfeito para uma espécie de Parque Linear. Nossa cidade, repito, não tem nada de sustentável. Essa é, aliás, uma das poucas unanimidades que presencio nos corredores do Iesa. Tadeu Alencar Arrais é professor do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da UFG. E-mail: [email protected]“Patrícia Secco não teve a decência do inglês que respeitou Machado de Assis”
Leonardo Corrêa [caption id="attachment_4997" align="alignleft" width="300"]
“Prefeito de Palmas fala, fala e não diz nada”
Benedito de Castro [caption id="attachment_5001" align="alignleft" width="300"]
conteúdo da entrevista concedida à edição 2028 do Jornal Opção[/caption] Ao ler a entrevista intitulada “Palmas terá o melhor sistema de transporte coletivo do mundo” (Jornal Opção 2028), como tenho dito em diversas oportunidades volto a dizer: o sr. prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), fala, fala e não diz nada. O que fala e escreve é muito bonito no papel, mas na prática não é nada disso e ele deixa muito a desejar no que diz respeito à gestão pública, pois até agora, passados que são um ano e quatro meses de sua posse, ele ainda não disse a que veio. Amastha se gaba muito de ter conseguido mundos e fundos em termos de recursos para o município, mas infelizmente não vemos nenhum investimento na cidade e nada de diferente, desde que o ex-prefeito Raul Filho (PT) deixou o cargo. O que temos visto, e muito, são as viagens do prefeito ao exterior, na maioria das vezes para tratar de assuntos particulares, gerando uma insatisfação muito grande à população, pois que a cidade fica sem seu administrador, porque não tem a figura do vice-prefeito. É bom que se diga que todas as obras que são inauguradas ou tocadas neste momento, foram iniciadas no governo do ex-prefeito Raul Filho, não tendo nada de novo que tenha sido começado na gestão atual, a não ser um relógio digital, que já foi modificado várias vezes, e que tem sido motivo de críticas e até zombaria por parte da população. As três prioridades básicas de qualquer governo municipal — e que são saúde, educação e infraestrutura (pois que a segurança pública é atribuição do Estado) — não estão sendo atacadas. A saúde vai de mal a pior, com falta de médicos, enfermeiros, equipamentos, insumos e medicamentos e, embora a população reclame constantemente, não se vislumbra uma solução em curto prazo. Quanto à educação, também está mal. Há ameaça de greve dos funcionários da área por causa de salários baixos, a infraestrutura é deficiente e existem outros reclamos. Também não se tem notícia de nenhuma previsão de melhora e nem mesmo a ida do sr. prefeito a Cingapura para copiar o que é feito por lá em termos de educação tem resolvido, pois a meu ver, isso é só desculpa para viajar ao exterior e tratar de assuntos particulares, como tem feito constantemente. Com relação à infraestrutura, está do mesmo jeito que a deixou o ex-prefeito, ou talvez um pouco pior, pois não foi feito praticamente nada, a não ser trabalhos para ornamentação e montagem de arquibancadas para Natal, carnaval e agora os festejos do aniversário da cidade. O que interessa mesmo ainda não foi feito, pois os buracos nas ruas e avenidas estão cada vez maiores, conforme se tem visto “in loco” ou pela imprensa escrita e televisiva. Neste período de chuvas que está prestes a terminar é que saltam aos olhos as deficiências no escoamento e na drenagem de águas pluviais, provocando alagamentos na cidade, o que a torna quase intransitável. Esta é a melhor cidade em saneamento básico do Brasil? É uma utopia. Ao contrário do prefeito empreendedor, como ele se intitula, temos um prefeito falastrão e que só tem cuidado de política e politicagem, desde que assumiu a Prefeitura de Palmas. É bom que se diga que sua eleição foi uma dessas aberrações políticas tipo “Tiririca”, com todo o respeito, pois o prefeito só foi eleito pelo voto de protesto, e sua má gestão começou já no período de transição — tanto que seu vice-prefeito, o deputado Sargento Aragão (Pros) nem ao menos assumiu seu cargo, por não concordar com a mudança de rumos sobre o que havia sido estabelecido na campanha e que temos a infelicidade de comprovar atualmente. Outras mazelas: o péssimo transporte coletivo; a mudança da sede do governo para um prédio luxuoso de propriedade do dono da concessionária desse mesmo transporte; a deficiência na coleta do lixo; a limpeza malfeita da cidade; o problema dos quiosques; o aumento exorbitante do IPTU; o tratamento prioritário que vem sendo dado à política, em detrimento dos interesses e da melhora da qualidade de vida da população. Tudo isso poderia por mim ser citado, mas certamente, iria tomar tanto espaço neste veículo de comunicação, que, salvo melhor juízo, não seria nem publicado. Finalizando, devo dizer que a campanha eleitoral com vistas às eleições municipais de 2016 e as eleições estaduais de 2018 já está lançada e vou guardar essa extensa e enfadonha entrevista, para cobrar, no momento oportuno, o cumprimento das promessas que estão sendo feitas pelo sr. Prefeito Carlos Amastha. E-mail: [email protected]

Jesus é israelense ou palestino? Israel afirma que, sem dúvida, ele é um sabra (nascido em Israel); a OLP não perdeu tempo e declarou Jesus um verdadeiro palestino
Cláudio Curado Sobre a nota “Agentes de trânsito de Goiânia entram em greve” (Jornal Opção Online) será interessante saber pra que serve o agente de trânsito em Goiânia. Se um sinaleiro falha, ele não aparece. Se chove, ele não aparece. Se tem fila dupla na porta da escola, ele não aparece. Se estacionam em local proibido perto do Tribunal de Justiça, ele não aparece. Mas se é para multar, ficando escondido atrás de árvore no Centro (várias pessoas e eu, inclusive, já vimos isto) lá está ele o agente arrecadador de trânsito! Cláudio Curado é presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Goiás.
“Dilma é melhor que os políticos de nossos pesadelos”
Wagner Silva Chaves Discordo do jornalista Cezar Santos, o autor do texto “Dilma não tem força para impor sua candidatura” (Jornal Opção 2026, coluna “Ponto de Partida”), em gênero, número, grau e pessoa. Ela fez faxina, sim. Pesquise nos seus livros de História do Brasil e verifique: em que gestão política que algum corrupto foi para a prisão? Quando? Em que gestão política a inflação foi a mais baixa? Dilma pode não ser a candidata dos nossos sonhos, mas é melhor do que os políticos de nossos pesadelos. E-mail: [email protected]“Legião de ‘Marias’ com seus ‘Rosários’ pelos bandidos”
Denis Monteiro Parabenizo-o, ilustre dr. Irapuan, por mais um artigo arrojado, corajoso e verdadeiro, com o texto “Política de segurança só dará certo se criminalizar o bandido e não o policial” (Jornal Opção 2027). Nós, Brasileiros com “B” maiúsculo, cidadãos de bem, estamos cansados dessa avacalhação em que se tornou nosso País. A inversão de valores é notória e vergonhosa. O respeito aos direitos humanos deveria alcançar também os humanos de verdade, as pessoas de bem, enfim, os agentes públicos de segurança, todavia, o que vemos, constantemente é uma legião de “Marias” com seus “Rosários” rezando para que bandidos não sejam sequer ofendidos moralmente. E-mail: [email protected]“Parabéns ao Opção pela nova cara na internet”
Antônio Macedo O Jornal Opção tem um conteúdo interessante, abrangente, com informações consistentes e muito bem escritas e está aberto a todas as tendências políticas. Isso me fez o seu leitor assíduo há muitos anos. Parabenizo a toda sua equipe pela alta qualidade do jornalismo e pela nova cara do veículo na rede. Antônio Macedo é médico. E-mail: [email protected]“Família Batista vai usar experiência na área privada por Goiás”
Eduardo Balduíno Júnior Friboi, ao contrário de Marconi Perillo, tem experiência com excelência em gestão, em uma empresa que ele começou do nada e tem hoje 180 mil colaboradores no mundo. Quantos outros frigoríficos já quebraram no Brasil e a JBS continua crescendo mais que 20% ao ano. E nem adianta falar que é por que tem dinheiro do BNDES, porque o [frigorífico] Bertin tinha e quebrou e o Marfrig [outro frigorífico] está tendo enormes prejuízos e pode falir a qualquer momento. Ainda vale lembrar Eike Batista, que afundou com um monte de dinheiro do BNDES. A família Batista compra empresas quebradas e as levanta (sempre fez isso) e vai utilizar essa experiência na área privada para desenvolver Goiás. E-mail: [email protected]“O povo tem de abrir os olhos”
Dedimar Gomes Esses deputados do PMDB não estão pensando no Estado e no povo, mas unicamente no dinheiro de Júnior Friboi. O povo tem de abrir os olhos. É uma vergonha E-mail: [email protected]“Se Iris não for candidato, Marconi ganha no 1º turno”
Odlan Cruzeiro Iris Rezende não se acabou politicamente. Pode até querer, mas... Fizemos uma pesquisa interna aqui na empresa onde trabalho: Iris ganha de Marconi Perillo; Marconi ganha de Friboi, com 70% de vantagem; Marconi ganha de Gomide, Vanderlan ou Júnior. Ou seja, se Iris não for candidato, Marconi vai ganhar no primeiro turno. E-mail: [email protected]“Raimundo Queiroz para presidente do Flamengo”
Jarbas Freitas Novais Li a entrevista de Raimundo Queiroz ao Jornal Opção (edição 2028). Ele foi o melhor presidente que o Goiás já teve. O clube só será grande quando Raimundo voltar a comandá-lo. Parabéns a ele, gostaria que fosse presidente do Flamengo, pois ai nos não seriamos o maior do Brasil, mas, sim, do mundo. E-mail: [email protected]“Se o presidente do STF pode, por que a sociedade não pode?”
Deolinda Taveira Tudo começa quando o presidente do STF toma para si o papel de herói e mesmo à revelia da objetividade da lei condena e ainda assume publicamente o ímpeto vingativo que o motiva. O que resta à sociedade? Se ele pode, por que a sociedade não pode? Desmoralizar as instituições é dar espaço para todo tipo de desmando. No final, estamos todos na fila para ser a próxima vítima dessa sociedade vingativa tão apreciada e estimulada pelo nobre presidente do STF a agir com as próprias mãos. E-mail: [email protected]“Análise do racismo sem simplificação do problema”
Ademir Luiz Inteligente, a análise da polêmica do futebol no texto “Neymar, brilhante, manda dizer: macaco é quem joga banana nos outros” (Jornal Opção 2026). Em momento algum simplificou o problema nem caiu na tentação de repetir a velha ladainha: se você é rico e famoso, com certeza está mal intencionado. Elder Dias, mais uma vez, dando lição de jornalismo. Ademir Luiz é doutor em História professor da Universidade Estadual de Goiás. E-mail: [email protected]“Qual o real valor de vidas interrompidas subitamente?”
Silvaine Santos O caso do acidente da morte da filha [Lucimar Veiga] da prefeita de Jussara e de mais três morrem em acidente na GO-070, no domingo, 4, mostra que o que infelizmente acontecem por imprudência de pessoas irresponsáveis que colocam a própria vida e a de outras em risco, destruindo famílias. Às vezes segundos fazem toda diferença; melhor perder algum compromisso ou chegar atrasado do que simplesmente não chegar. Até quando isso vai acontecer? Qual o real valor de vidas que são interrompidas inesperadamente? E-mail: [email protected]“Comediantes cuidando das ruas da capital”
Cirlei Araújo O trânsito goianiense é caótico e costuma ser fatal, pois aliada à infraestrutura deficiente e à falta de civilidade dos motoristas e motociclistas, ainda temos o cerol. E tome comediantes escolhidos pelo governo e muito bem pagos com nossos impostos nas campanhas de conscientização para obtermos um trânsito mais seguro. Isso não funciona. A nós, espectadores via mídia, essas perdas humanas — como a da jovem atropelada por um caminhão na GO-080 — são uma coisa é triste; aos familiares, extremamente trágica; e aos governos, deveria ser. É vergonhoso que pouco se faça para mudar esse quadro. E ainda há pessoas que reclamam, “pra que estudar Física, se tal matéria não serve para nada?”. Eu diria que é útil, no mínimo, para evitar acidentes no dia a dia, assim como na construção civil, nos meios de transporte etc. Isso explica a nossa imensa dificuldade de estabelecer relações de causa e efeito quer seja no trânsito, na política ou no funcionamento das instituições brasileiras. Parece pouco mas o desprezo pelo conhecimento e o desrespeito são sintomáticos de nosso atraso como sociedade. Cirlei Araújo é sargento do Exército. E-mail: [email protected]
[caption id="attachment_4482" align="alignleft" width="620"] Com as obras adiantadas, centro de convenções pode ser entregue no fim de 2014 | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Quem passa no trecho anapolino da BR-153 vê duas obras: a construção do viaduto do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e outra às margens da rodovia. Trata-se do centro de convenções de Anápolis, obra de 32,8 mil m² de área construída. O centro, que vale R$ 120 milhões — verba já garantida por meio do Produzir — é a menina dos olhos do governador Marconi Perillo (PSDB), que pretende entregá-lo à população até o fim do ano, ou seja, até o fim de seu mandato. A questão é que Marconi precisa mostrar o que está fazendo por Anápolis a fim de “garantir” os votos que costumeiramente tem na cidade. Afinal, é possível dizer que o pré-candidato ao governo pelo PT, Antônio Gomide, tem maior popularidade entre os anapolinos que o tucano.
E para mostrar que obra já está adiantada, o que é possível de ser visto a olho nu, inclusive com a tubulação do ar-condicionado sendo colocada, o secretário de Indústria e Comércio (SIC), William O’Dwyer, vistoriou a obra na quinta-feira, 15. Ele informou que a primeira etapa será entregue no mês de julho. Assim, se tudo der certo, é possível que o local seja inaugurado no fim deste ano, como prevê o governo.cDurante a visita, William ressaltou a importância da obra para Anápolis e para o Estado. “O significado dessa obra para Goiás é inimaginável. Acredito que nem as projeções podem dizer o que esse centro de convenções irá fazer pelo Estado, especialmente por Anápolis. Já podemos contar com um investimento grande a ser feito na cidade em consequência dessa obra.”
Um dos pontos fortes do centro, segundo William, será a chegada de muitos hotéis, o que atrairá um bom número de turistas. “Goiás ainda tem um déficit no que diz respeito à acomodação de eventos. O centro de convenções de Goiânia está lotado o ano todo, assim como os salões de festas de Anápolis. Então, se os poucos hotéis que existem na cidade não têm conseguido arcar com a grande demanda, isso significa que, com a inauguração desse centro, Anápolis atrairá um número maior de hotéis. Já convidei, inclusive, o Castro’s Hotel para abrir uma filial em Anápolis. Essa é a realidade atual.” Segundo o secretário, o que virá depois dependerá da iniciativa privada, isto é, dos investimentos feitos pelos empresários. “Temos que pensar alto e de modo positivo. Essa obra não está sendo construída para nada. Ela abrigará grandes eventos.” Esta semana, William viaja para a Califórnia (EUA), e depois segue para Sydney, na Austrália, onde se encontrará com empresários. Ele afirma, porém, que prentende também promover o centro de convenções de Anápolis com o objetivo de atrair os grandes eventos.
Na semana passada, representantes do grupo CCD Biofuels & Energy, LLC, do Texas, EUA, se encontrou com o secretário de Indústria e Comércio, William O’Dwyer. Foi o primeiro encontro do titular da SIC com os empresários. E a impressão, pelo que consta, foi positiva. É certo que o grupo pretende investir pesado em Goiás, tanto que na carta de intenções enviada ao governador Marconi Perillo (PSDB), o grupo solicitou apoio para implementar em Anápolis, “tão rápido quanto possível”, um “Green Energy Park”. Isto é, um Parque de Energia Verde com capacidade para empregar diretamente 600 pessoas. Isso demonstra que o grupo não pretende apenas estabelecer a usina de biodiesel, como se pensava até então, mas deverá instalar também outros equipamentos futuramente para estabelecer o Parque. O investimento previsto pelo grupo é de US$ 400 milhões, o que dá quase R$ 1 bilhão. Também é certo que a posição do governador Marconi foi positiva, tanto que a área — nas proximidades da Fazenda Barreiro, entre o Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e a cidade de Silvânia — já foi comprada. Assim, a construção da usina deverá começar em breve. A usina deverá fabricar biodiesel a partir de algas, produzindo um novo tipo de combustível sustentável.
O senador Wilder Morais (DEM) — que assumiu a vaga deixada por Demóstenes Torres — foi a Anápolis fazer uma visita de cortesia ao prefeito João Gomes (PT). No gabinete do prefeito, o democrata disse que está disposto a se mobilizar para a consquista de verbas com o objetivo de realizar projetos “em uma das maiores cidades do Estado”. Segundo o senador, é fundamental para o desenvolvimento de Goiás gerar o crescimento de Anápolis, cidade que já possui um cenário positivo na geração de renda e emprego. Morais disse querer ser um parceiro administrativo do prefeito João Gomes. Isso indica que Gomes não tem reservas partidárias, assim como Morais. Afinal, todos sabem que o DEM e o PT abertamente “não se batem”, tanto em nível estadual quanto nacional. Mas esses são outros assuntos.

[caption id="attachment_4474" align="alignleft" width="207"] Gomide: reuniões quase encerradas | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O ex-prefeito de Anápolis e candidato petista ao governo do Estado, Antônio Gomide, tem viajado bastante a fim de consolidar seu nome para o pleito de outubro. Ao longo das andanças, foram realizadas reuniões para traçar estratégias e convocar apoiadores à pré-campanha. E a última aconteceu no Câmara Municipal de Anápolis, no início da semana passada. Na reunião, que contou com dezenas de pessoas, compareceram membros de partidos como Solidariedade, PSB, PDT, PTN e PSC, além dos próprios petistas, como o prefeito João Gomes e alguns candidatos a deputado estadual.
A reunião teve como foco o que feito durante a gestão de Gomide a frente de Anápolis, que, segundo o próprio ex-prefeito, “hoje reflete no crescimento da cidade e na qualidade de vida da população”. Durante seu discurso, Gomide falou sobre o trabalho que vem realizando pelo Estado por meio da Caravana do PT. “Já visitamos mais de 80 cidades em pouco mais de um mês e vemos que Anápolis é bem falada nos quatro cantos de Goiás. Isso é resultado da nossa gestão, daquilo que fizemos aqui”.
O petista, que tem disparado duras críticas ao governo estadual, não deixou ainda de destacar o que considera como falhas do atual governo. Os principais pontos de combate se referem ao que chama de má gestão da Celg, Saneago, falta de segurança nas cidades e o descaso com a UEG.
Gomide não perde a oportunidade de destacar que em aproximadamente 40 dias, contando da data de sua desincompatibilização da prefeitura de Anápolis, ele tem crescido no imaginário da população, o que torna sua candidatura mais viável. “Em menos de 40 dias, meu nome já se destaca com possibilidade de estar no segundo turno. É o resultado do nosso trabalho nas cidades.” Trabalho que, segundo o petista, deve continuar após as eleições. “Nós precisamos de um governo de Goiás mais próximo do povo. As pessoas pedem mudança e a gente vê isso nas cidades”.
Na semana em que o governador Marconi Perillo, e seu secretário Joaquim Mesquita, são convidados para falar sobre segurança pública em Goiás no TCU, em Brasília, o candidato petista Antônio Gomide, não poupou críticas pelo Twitter: “Goiás é o 2º Estado mais violento do Brasil. Mudar isso é nossa prioridade. Valorizar os policiais e realizar políticas públicas de apoio”. O ex-prefeito de Anápolis, tem pesado nas críticas aos tucanos. Em relação ao governo estadual sobra assunto. Sobre o cenário federal também. Gomide tem deixado claro seu apoio à presidente Dilma Rousseff e, por isso, não economiza no que chama de não aprovação do tucanato. Ele disse: “Temos visto pelos municípios a aprovação das pessoas a presidenta @dilmabr. Muito diferente do que se vê em relação ao governo PSDB.”

A poucas semanas do início da Copa do Mundo, as críticas em relação a situação no Brasil aumentam no exterior
Nos idos de junho, participei de uma grande e pacífica manifestação no centro de Goiânia. Fui mais por interesse sociológico, confesso, do que por engajamento. É que para os meus padrões de militância, herdados do século passado, a pauta era tão vaga e diversa que eu não sabia ao certo em quê me engajar. No ato não havia uma liderança, mas várias, tão difusas quanto desarticuladas. Exemplo disso foi a literal cisão do movimento em plena Praça Cívica, quando um carro de som conduziu seus seguidores em direção ao Paço Municipal, ao passo que outro tomou o rumo da Praça Universitária, seguido por mim e por algumas centenas de nostálgicos. Fora da arena das manifestações, para onde voltei depois de tão desalentadora dispersão, o clima era de confusão e perplexidade. Para os simpatizantes dos governos do PT, eram incompreensíveis as revoltas populares de junho, após tantas estatísticas revelarem a melhoria da qualidade de vida dos mais pobres. Já para os detratores de Lula e Dilma, os idos de junho antecipavam um anseio de mudança que teria seu ápice na eleição presidencial de 2014. Passado quase um ano e resguardadas as legítimas marcações de posição na arena de disputas, o mais provável é que ambos os lados estejam errados. Ao que tudo indica, foi exatamente a melhoria da qualidade de vida da população mais pobre que elevou seu nível de exigência em relação à qualidade dos serviços públicos a ela oferecidos. Há uma parcela de brasileiros que recentemente conquistou o acesso ao consumo e ao crédito, e que vem sendo cada vez mais assistida por programas sociais de acesso à moradia e à educação superior. Essa parcela, chamada de "nova classe média" à falta de melhor nome, passa a não mais se ver compelida a aceitar passivamente o desmantelamento e a indigência de serviços públicos essenciais -- como o sistema de transportes, por exemplo. Por outro lado, o anseio de mudança dessa "nova classe média" não se reflete, até agora, em vontade de votar na oposição. Esse parece ser um anseio da classe média tradicional, que embora tenha apoiado as manifestações, em maior ou menor grau, desde junho passado, não vem conseguindo dirigi-las, nem na forma nem no conteúdo. Mais à esquerda, o Movimento Passe Livre e seus congêneres ficaram para trás, perdendo espaço para a primitiva violência dos black blocs. Entidades tradicionais de trabalhadores e estudantes, como Cut e UNE, cujas bandeiras sempre foram relativamente próximas das dos novos manifestantes, ou foram alijadas do processo ou se mantiveram cativas de suas agendas invisíveis. Mais à direita, a agenda negativa de enfraquecimento do governo, que teve seu auge no julgamento do mensalão do PT e na prisão dos condenados, não logrou conquistar os corações das massas em marcha. Assim é que as manifestações derivadas dos idos de junho seguem isoladas de todas as correntes do espectro político, sem conseguir engendrar, até aqui, uma força minimamente apta à articulação e à negociação. Logo na origem, essas manifestações descredenciaram os partidos políticos – por si mesmos já tão descredenciados – como instrumentos de mediação de suas reivindicações. A corriqueira e desmedida repressão policial, em vez de atingir o efeito esperado pela predominante porção imbecilizada do Estado, produziu efeito contrário. Cada vez mais gente saiu às ruas para pedir passe livre, hostilizar os partidos ou maldizer a copa do mundo, para nada disso ou seu contrário. Em meio a palavras sem ordem e brados sem foco, apenas um bordão extraía o coro daquelas vozes tão dissonantes: “sem violência”. Paradoxalmente, quanto mais se distancia aquele conturbado junho de 2013, tanto mais a violência deslegitima as manifestações proliferadas a partir dele. A violência legítima – ou legitimada por importantes setores da sociedade – já foi utilizada por não poucos movimentos sociais no Brasil e mundo afora. Não é outra a origem da presidente da república e do senador tucano Aloysio Nunes ferreira (para citarmos personas políticas hoje em campos opostos), que não a luta armada contra a ditadura civil-militar de 1964-1985. Mas a violência como instrumento político (vide black blocs), com tantos outros à mão mesmo em nossa frágil democracia, é repulsiva a diferentes setores da sociedade, dos mais conservadores aos mais progressistas. Não menos repugnante é a violência gratuita, ou mesmo aquela em reação, ou em antecipação, à usual truculência da polícia em manifestações. Esse expediente, aliás, tem sido bem mais frequente do que a ação dos midiáticos black blocs. Um mau exemplo são os recentes quebra-quebras de ônibus em Goiânia, nas manifestações contra o deplorável transporte coletivo da cidade. Esse tipo de violência, que vai ganhando ares de efeito colateral de qualquer manifestação legítima, é resultado direto do ódio à política deflagrado nos idos de junho. Infelizmente, o que se vê de lá para cá em manifestações de todo gênero é o desprezo da política como único instrumento civilizado de mediação de conflitos sociais. Por piores que sejam a política e seus atores – e não custa lembrar que o Brasil está melhor do que já esteve neste quesito --, não há outro modo de lidar com os problemas coletivos. Fora a política, alguém já disse, é a guerra. Sem se submeter ao necessário e complicado jogo de forças da política, as manifestações perigam terminar, cada vez mais, em confusão e barbárie. E perigam terminar, de uma vez e por muito tempo, o vacilante pacto entre sociedade e civilização.

Em primeira mão ao Jornal Opção, William Leyser O'Dwyer contou que intermediou, há treze anos atrás, a visita do embaixador sueco a Base Aérea de Anápolis, no qual teria se acertado a vinda das aeronaves escandinavas para demonstrações aos oficiais brasileiros. Em 2013, o modelo foi selecionado pelo governo brasileiro como o novo defensor do espaço aéreo de Brasília
[caption id="attachment_3917" align="aligncenter" width="635"] Obra “05”, da série de telas Híbrido/Anfíbio, do pintor Nonatto Coelho. Foto: Arquivo do pintor[/caption]
Anápolis tem investido pesado em arte. Às vésperas da abertura do 4º Anápolis Festival de Cinema, que acontece entre os dias 18 e 25 de maio, a exposição simultânea Híbrido/Anfíbio, do pintor Nonatto Coelho, e Primeiro Plano, do carioca Raimundo Brito, é aberta ao público na Praça Bom Jesus, no Centro da cidade. A mostra irá até o dia 6 de junho.
Mineiro, radicado em Goiás, Nonatto Coelho mora em Inhumas, cidade a pouco mais de 40 km de Goiânia. O artista, como ele próprio se define, é um cidadão do mundo, visto que já expôs seus trabalhos em diversos países, muitos dos quais também já residiu, como a Alemanha. Na exposição Híbrido/Anfíbio, o pintor alerta para a fragilidade do ecossistema e do equilíbrio precário da vida no planeta. Animais são uma constante no trabalho de Nonatto, principalmente os sapos. O pintor classifica a presença do animal como a ligação inevitável entre o ser humano e a natureza.
Costumeiramente, Nonatto coloca sua obra dentro de uma temática dual, que diz respeito tanto à existência quanto à extensão da vida. Nessa dualidade, segundo ele, entram questões como: céu/terra, ar/água, quente/frio e espírito/matéria.
O intuito do pintor é induzir quem vê suas obras a uma reflexão sobre o mistério da vida. Assim, a proposição de hibridismo e “anfibiologia” marca, de modo essencial, praticamente toda sua produção no decorrer dos 30 anos em que o artista tem se dedicado exclusivamente à arte visual.
Já o pintor carioca enraizado em Belo Horizonte, Raimundo Brito, afirma que sua exposição, Primeiro Plano, foi preparada tendo como inspiração “a rebeldia dos ícones das artes visuais”. A mostra exposta em Anápolis apresenta seus mais recentes trabalhos em pintura. Essas telas foram elaboradas nos ateliês da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e retratam cenas do cotidiano do povo brasileiro. Cenas que foram captadas pelo artista durante suas viagens pelo País.
Brito mora em Minas Gerais, mas não costuma, como afirma, perder o restante do Brasil de vista. Suas pinturas são construídas — ao passo em que também homenageiam — no expressionismo, movimento artístico conhecido por representar o mundo de forma não objetiva, mas através dos sentimentos do autor. O maior objetivo do expressionismo é potencializar o impacto emocional do expectador com temas, às vezes, exagerados ou distorcidos. Assim, não há um comprometimento claro com a realidade externa, mas com a interna, representada pela força psicológica do autor. A obra mais famosa do movimento é “O Grito”, do norueguês Munch.
Dessa forma, Raimundo busca, em sua expressão, representar uma sinceridade em relação à identidade da cultura brasileira utilizando de cores fortes e puras, usando muito de verde e amarelo.

Há dúvidas sobre a capacidade de o presidente norte-americano em parar a corrida nuclear do país dos aiatolás
O grupo empresarial que irá investir quase R$ 1 bilhão na construção de uma usina de biocombustível em Anápolis é o CCD Biofuels & Energy, LLC. O grupo tem sede na cidade de Houston, a mais populosa do Estado do Texas e a quarta maior população dos Estados Unidos. De acordo com o site do grupo, a companhia tem mais de 30 anos de experiência na área. “Nosso objetivo é auxiliar os clientes com as suas requisições de abastecimento, bem como ajudá-los com soluções diárias acerca de suas necessidades de biocombustível”. O site também informa que a empresa acredita na criação de novas soluções criativas para abastecimento. A usina a ser instalada em Anápolis deverá utilizar algas para a fabricação de biocombustível. Informações dão conta de que, ainda no fim da semana passada, o grupo estava em Anápolis para adquirir o terreno onde ficará a usina. A empresa tem duas opções. Uma delas é um terreno nas proximidades da Fazenda Barreiro, entre o Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e a cidade de Silvânia. A outra opção fica também aos arredores do Daia. Ainda na semana passada, o grupo — que já havia mandado carta de intenção por meio do ex-embaixador da Suíça no Brasil, Juerg Leutert — entrou em contato com a equipe do governador Marconi Perillo, para marcar uma reunião.
A Associação de Basquete de Anápolis (ABA) é uma das duas equipes do Centro-Oeste que participarão da Super Copa Brasil de Basquete, a ser realizada na cidade catarinense de Brusque, com início no dia 29 de maio. A outra equipe é a Ceub Universitário, de Brasília. As duas equipes se classificaram para a Super Copa ao chegarem na final da Copa Brasil Centro-Oeste. Disputar a Super Copa é importante, pois o campeão desta competição se classifica para o NBB, competição mais importante do esporte no Brasil. O professor Moisés da Silva — que, além de técnico e coordenador, é fundador da ABA — afirma que a classificação é importante, mas também traz novas responsabilidade à equipe. “Sabemos que para consolidar, temos muito trabalho a nossa frente.”A ABA conta com o apoio da Secretaria Municipal de Esporte.