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Representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (SindSaúde) se reuniram com o prefeito João Gomes (PT) para debater propostas de melhoria salarial para os agentes comunitários e de endemias. O prefeito garantiu que, nos próximos dias, seja encaminhado à Câmara Municipal, o projeto de lei que prevê o piso salarial nacional, no valor de R$ 1.014. “Esses diálogos fazem com que o município avance no Plano de Cargos e Carreira”, afirmou o secretário de Saúde, Luiz Carlos Teixeira, presente na reunião. O piso nacional e a gratificação complementar são ressaltadas pelo secretário como formas de valorizar os colaboradores e garantir uma prestação de serviços qualificada aos anapolinos. “Agora estamos trabalhando a questão das portarias ministeriais para melhorar ainda mais a qualidade não só do plano, mas também das necessidades dos servidores”, complementou. Segundo João Gomes, a administração prioriza a busca em conjunto com a Câmara Municipal por melhorias para categoria. “Estamos sempre abertos ao diálogo para conhecer as necessidades de cada um e, assim, continuar nosso trabalho de valorização”, conclui.
O município anapolino aplicou 29,53% de seu fundo na área da educação e 18, 37% na saúde. O dado foi apresentado na terça-feira, 30, na Câmara Municipal de Anápolis, em reunião quadrimestral, entre representantes da prefeitura e da Casa. O encontro é realizado em cumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LFR) e tem a proposta de informar a população quanto aos investimentos da administração municipal e de garantir mais transparência nos serviços prestados à cidade. “Desde 2009, promovemos audiências públicas para que todos participem e entendam nossas metas fiscais, que priorizam sempre o desenvolvimento do município”, afirmou o secretário municipal da Fazenda, José Roberto Mazon. O prefeito João Gomes destacou que, com o diálogo sobre as prioridades de Anápolis, os investimentos são melhor avaliados e, assim, a prefeitura pode continuar promovendo ações que, de fato, beneficiem a cidade.
Rodrigo Normando
Discordo do artigo “Discípula de Paulo Freire assassina Machado de Assis” (Jornal Opção 2028), de José Maria e Silva. É um texto voraz em defender um cânone da literatura universal através de violência verbal e arrogância. Esta foi minha impressão ao ler o texto: “alguém quebrou o meu brinquedo”. Àqueles que concordam com a crítica e com o autor, peço minhas desculpas, mas, sem sombra de dúvida, discordo de umas boas vírgulas do que li. Não esqueçam de que a adaptação da obra não é para vocês, universitários, formados em Letras ou amantes da literatura como ela veio ao mundo. A adaptação é destinada aos estudantes do ensino médio que não dão a mínima para Machado de Assis e nem para livros em geral. Nem todos são assim, no entanto é evidente que a maioria esmagadora vai à escola porque é obrigada a ir. É com o intuito de aproximar aquilo que já é absurdamente distante da realidade desses jovens que a adaptação é feita; são leitores novos, que frequentam a escola e não têm o costume de ler ou que já a concluíram décadas atrás e estão, por sinal, sem qualquer contato com a literatura. Faço a vocês uma pergunta objetiva e clara: é tão mais importante que se leia a obra integralmente, sem adaptações ou o termo que preferirem, e não a compreendam com o mesmo ardor e paixão que aqueles que, como eu e vocês, têm na literatura a fonte de renda, do que adaptá-la e levar a história ao alcance de milhões de leitores em formação para que a compreendam? Faço-me valer das muitas adaptações que li para sustentar que todas tiveram um papel formidável para que eu, quando me sentisse pronto, arrancasse a obra integral das prateleiras e a lesse, mas dessa vez com o amor que hoje tenho. Caros amigos, adaptar é um passo para levar ao leitor em formação o interesse pela obra e não, de forma alguma, disputar com a obra original um patamar de igualdade dentro da literatura universal. Verifiquem, em uma escola pública de ensino médio, quantos alunos não preferiram a adaptação, quando em primeiro contato com a obra em si; e verifiquem, também, quantos outros alunos, após lerem a adaptação, não se interessam em ler a versão original. Não se trata de matar a obra, mas, sim, de abrir caminho para que ela possa existir em meio a contemporaneidade.
Rodrigo Normando é escritor.
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“Não é com beijaço que vão conseguir espaço”

“É ótimo que a Amazon passe como um trator sobre as editoras”
Epaminondas Silva A Amazon passará por cima de livrarias e editoras brasileiras feito um trator? Isto é ótimo. Ela demitirá profissionais de editoras? Excelente. Ela pode vir a prejudicar o lançamento de títulos em português? Torço por isso. Alguém ainda pode nutrir a ideia ingênua que Gutenberg inventou os tipos móveis por amor à leitura. Isto é tão verdade quanto Henry Ford inventou a linha de produção por amor aos carros. O efeito colateral destas duas invenções foi a expansão de mercado de consumo dos respectivos itens. Mas o objetivo era dinheiro. A experiência do Kindle é excelente. Claro que há ainda um ou outro ludista que até hoje não aderiu ao CD pela experiência inegualável do vinil. Mas um livro no Kindle é capaz de transformar leitores diletantes em constantes e leitores constantes em traças. Tem gente que há de achar isto ruim, porque a Amazon é predadora. A entrada da Amazon no Brasil levou uns bons três anos desde o anúncio da primeira previsão, em parte do empenho das editoras em evitar que o meteoro que ela representa as leve à extinção. É um bando de acendedores de lanterna a gás lutando contra a eletricidade. Quem não conhece a história está condenado a repetir seus erros. A Amazon vai dominar tudo? Outra lição da história: Microsoft rodava em 90% dos computadores do mundo. Tablets e smartphones estão destruindo este monopólio; Yahoo era um grande mecanismo de busca. Google o destronou humilhantemente. A questão é só criatividade. Editoras e livrarias brasileiras nunca pareceram demonstrar que investem nesta seara. O custo é virar asfalto para a Amazon. Mas nada impede que a Amazon sirva-lhes de asfalto no futuro. Vai depender do quanto estão dispostos a sair da zona de conforto em explorar os pobres leitores brasileiros, com lançamentos focados em blockbusters e cobrando uma fortuna pela cauda de dinossauro — isto é, quando o livro procurado está disponível nesta cauda. Não raro, alguém tem de ir buscá-lo lá fora. Onde? Na Amazon. E-mail: [email protected]“Editorial é análise perfeita de Iris”
Joãomar Carvalo de Brito O Editorial “O que Roosevelt e Churchill têm a dizer ao ressentido Iris Rezende” (Jornal Opção 2046) é uma análise perfeita do ex-governador, mas também das circunstâncias históricas, que estão determinando mais uma derrota do PMDB e prejudicando aliados. Joãomar Carvalho de Brito é jornalista e professor aposentado da UFG. E-mail: [email protected]As eleições fervilhando país afora e eu aqui metido em poesia. E nem se trata de poesia brechtiana, do tipo “o indivíduo tem dois olhos / o partido tem mil olhos”. Trata-se de Hilda Hilst e sua “Ode descontínua e remota para flauta e oboé -- de Ariana para Dionísio”. O título em si já é um verso lírico, e diz muito. Em dez imbricadas canções, uma trovadoresca Ariana canta seu belo e resignado amor por um exuberante Dionísio – o grande ausente. Zeca Baleiro, numa pegada de gênio, musicou esse decálogo lírico de Hilst, e confiou cada uma das dez canções a uma tarimbada intérprete. É gente do quilate de Mônica Salmaso, Ângela Ro Ro, Zélia Duncan e Maria Betânia. (Ângela Maria destoa um pouco, mas é bom revê-la em boa companhia.) Lançado em 2006 sem qualquer apelo comercial, “Ode descontínua e remota ...” foi o disco da década. Esgotado, pode ser ouvido livremente na Internet. Foi a própria Hilda quem propôs a Baleiro a parceria, após se encantar por seu primeiro trabalho (“Por onde andará Stephen Fry?”). Morta em 2004, a poeta não viu o projeto concluído. Mas Zeca não decepcionaria a autora de “Júbilo, memória, noviciado da paixão”. Nos sofisticados arranjos, nas harmonias pontilhadas por raros instrumentos – como flauta e oboé --, no lírico jogo melódico que alinhava as dez canções, Zeca Baleiro urdiu uma legítima obra-prima a partir da “fonte de prata” de Hilda Hilst. E obra literária, porque as canções surgiram primeiro como poemas, e têm a força destes. Como prova (no sentido de degustação), segue a Canção I. Mas vale a pena degustar as dez, porque “Ariana pode estar sozinha / sem Dionísio, sem riqueza ou fama (...”. Canção I É bom que seja assim, Dionísio, que não venhas. Voz e vento apenas Das coisas do lá fora E sozinha supor Que se estivesses dentro Essa voz importante e esse vento Das ramagens de fora Eu jamais ouviria. Atento Meu ouvido escutaria O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio. Porque é melhor sonhar tua rudeza E sorver reconquista a cada noite Pensando: amanhã sim, virá. E o tempo de amanhã será riqueza: A cada noite, eu, Ariana, preparando Aroma e corpo. E o verso a cada noite Se fazendo de tua sábia ausência.
Conheci jogadores que nunca tinha visto mais gordos e torço por eles. Cada assistência é um flash. Cada gol uma festa
Pedro Sérgio dos Santos Se um candidato prometesse em sua propaganda a instalação de uma praia com ondas, água salgada e conchinhas em Goiânia certamente seria tomado por idiota, visto que ninguém seria enganado com tal promessa. Penso que ele só não prometeria tubarão no mar goiano porque seria o mesmo que enchê-lo de políticos “sem vergonha”. Todavia, a fraude está no ar, está na televisão, na propaganda impressa e na internet. Candidatos prometem apresentar projetos de lei para a implantação da pena de morte, para a pena de prisão perpétua e para a redução da idade de penalização, atingindo menores de idade. Nosso povo, com os péssimos serviços prestados pela educação brasileira, não adquiriu o costume de ler e estudar a Constituição Brasileira, entendendo, equivocadamente, ser esta uma tarefa exclusiva dos profissionais do Direito. A Constituição Federal — em seu artigo 60, parágrafo 4º, inciso IV — prevê que as garantias individuais e fundamentais previstas no artigo 5º são inalteráveis. Assim, arrisco-me a dizer que, numa suposta pesquisa popular, a maioria absoluta dos pesquisados, em qualquer capital brasileira, não saberia dizer o que é “cláusula pétrea”. Diz o artigo mencionado: “Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.” O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, afirmou que garantias individuais não estão somente no artigo 5º da Constituição. Assim, a idade para a responsabilidade penal prevista no artigo 228 da Carta Magna também se constitui como clausula pétrea. Vejamos: “O próprio Supremo Tribunal Federal reconheceu em julgado que existem cláusulas pétreas fora do rol do artigo 5º da Carta Magna, quando foi declarado por ex.: o artigo 150, III, b na ADIN 939-7/DF. A comprovação da impossibilidade jurídica da redução da maioridade penal, basta a analise do artigo 228 da Constituição da República como cláusula pétrea, insuscetível de alteração. É o entendimento de Araújo (2001, p.32). A interpretação sistemática leva a inclusão da regra do artigo 228 nos direitos e garantias individuais, como forma de proteção. E, como há capitulo próprio da criança e do adolescente, nada mais correto do que a regra estar inserida no seu capítulo especifico, embora se constitua em extensão das regras contidas no artigo quinto, objeto da imutabilidade. Não temos dúvida, portanto, que a regra do artigo 228 é extensão do artigo quinto. Entendemos que os direitos e garantias individuais fora do artigo quinto são petrificados porque são extensões interpretativas das matérias lá garantidas.”( retirado do texto “Inconstitucionalidade na redução da maioridade penal”, site JusBrasil, 2014) Desta forma, políticos que prometem mudar a Constituição naquilo que é impossível mudar, agem de má-fé ou agem por incompetência absoluta, por falta de entendimento sobre o nosso ordenamento jurídico. Seja por um ou por outro motivo, não devem ser eleitos. Nesse mar de estelionatos eleitorais, o que mais me chama a atenção não é o descabimento de tais promessas dos “safados” disfarçados de candidatos, mas a inércia da Justiça Eleitoral e do Ministério Público, que não impedem essa propaganda enganosa, desqualificada e sem fundamento. Busca-se, muitas vezes, punir um muro pintado ou um outdoor fora de lugar, mas o conteúdo mentiroso não é punido. O poder público dorme e o povo afundará em mais um pesadelo após as eleições, pois como dizia o saudoso Ulysses Guimarães, “ se você acha que esse Parlamento é ruim, espere para ver o próximo”. Pedro Sérgio dos Santos é advogado e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG).
“Advogados perderam a sensibilidade para combater o arbítrio”
Talmon Pinheiro Lima
Adorei o artigo “Lino Trigueros, o advogado que enfrentou a ditadura de Anastasio Somoza e dos sandinistas” (coluna “Contraponto”, Jornal Opção 2046). Lembrou-me Sobral Pinto, pelo modo simples e despojado e, principalmente, por sua luta contra as ditaduras. O advogado tem esse papel preponderante, que vai além do simples exercício da profissão. Deve ser porta-voz dos injustiçados, lutar por causas sociais e rebelar-se contra o sistema vigente, quando este demonstra ser iníquo. Infelizmente, a grande maioria dos nossos advogados perdeu ou nunca teve essa sensibilidade tão necessária para combater o arbítrio e os desmandos que são recorrentes no País. Aqui em Goiás, por exemplo, advogado gaba-se de ser correligionário do “rei”. De toda forma, parabéns a Irapuan Costa Junior, articulista de pena brilhante — meu pai era amigo pessoal de Irapuan, do qual foi líder na Câmara de Vereadores de Anápolis, quando ele foi prefeito da cidade.
Talmon Pinheiro Lima é advogado.
“A necessidade do verdadeiro advogado”
João Bosco C. Freire Irapuan Costa Junior realmente foi uma das maiores culturas que já passaram pelo Palácio das Esmeraldas. Tem uma percepção incomum dos fatos e das pessoas. Realmente viu um advogado em ação, e isso é raro nos dois sentidos: de se “ver” e de se encontrar e saber que encontrou. Quem não conhece um diamante poderá pisar nele e ir embora. Ele encontrou um verdadeiro homem de justiça, que estudou direito e fez mais que isso: transpassou o Direito, saiu do outro lado, estabeleceu primeiro o Direito dentro de si mesmo e em seguida foi à prática — raridade nos dias atuais um que chegue até este grau. Sem esse estabelecimento, essa vocação, não se consagra um ofício, apenas segue o que lê, incapaz de “torcer os olhos” e encarar o aspecto trino de um fato, onde esteja envolvido o Indivíduo, o Estado e a Sociedade, e é preciso não ferir a nenhum. Estabelece-se o “seu” Direito em perfeita harmonia com a justiça, ou se, sem ela, luta por ela. Foi o que aconteceu no caso: desafiou a tudo e a todos em busca da Verdade e da prevalência do homem. O Direito foi feito para o homem e não o homem para o Direito. Em face de uma base insólita, o Direito não é uma ciência, como muitos pensam, mas uma construção constante, em cada caso, em cada país, em cada tempo. Hoje e aqui, uma coisa; amanhã e lá, outra. É a evolução constante do homem que transforma o Direito e a sociedade. Daí a necessidade do verdadeiro advogado, que, antes do magistrado, é o que penetra o recesso dos lares, sonda as almas e as vontades, tenta ver além das aparências ou das meras e simples ilações a respeito de alguém ou algum fato. Se não tem coragem, não deve advogar, como também, se é impulsivo e de arroubos, escolha outra profissão, pois esta é a única onde o colega é sempre um adversário e se deve respeitá-lo para poder vencê-lo. Estivemos falando um pouco de direitos humanos e do advogado. João Bosco C. Freire é advogado.“Quem vota apoia o quadro sujo da política que aí está”
Zamian Zartan
“Excelente editorial”
Jadson Barros Nenes Duas palavras sobre o texto “O que Roosevelt e Churchill têm a dizer ao ressentido Iris Rezende” (Jornal Opção 2046): excelente editorial. E-mail: [email protected]
“Iris deveria contratar Stephen King”
Arthur de Lucca
O dr. Iris Rezende Machado deve contratar urgentemente Stephen King para escrever “À Espera de um Milagre 2” e Frank Darabont para o roteiro e direção do filme. E depois passa-lo no horário político gratuito na TV, evitando, com isso, a “morte anunciada”. Iris poderia ter ficado de fora de mais esse vexame, mas... os 16 lustros não foram suficientes para trazê-lo para a realidade.
Arthur de Lucca é representante comercial.
E-mail: [email protected]
“O Paili é um programa sério e responsável”
Deusdet Martins Em relação ao artigo “Programa goiano que cuida de loucos criminosos sofre de transtorno bipolar” (Jornal Opção 2045), tenho a dizer que o Paili [Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator] é um programa sério, responsável, junto com seus parceiros, por livrar de prisão perpétua pessoas com sofrimento mental que cometem um crime e são consideradas inimputável, como ocorre com os manicômios judiciários. Com o firme propósito de manter os interesses daqueles que se beneficiam da tradição manicomial ou por conta das resistências no campo dos saberes e interesses econômicos e corporativos, querem por tudo mostrar que as novas tecnologias em saúde mental não funcionam. Precisam se informar melhor a respeito da atenção psicossocial. A propósito, o dr. Haroldo Caetano [promotor de Justiça que criou o Paili em Goiás] é um ser humano sensível, excelente promotor, competente e comprometido com a justiça. E-mail: [email protected] [caption id="attachment_16392" align="alignleft" width="300"]
“Silas Malafaia é um ex-pastor”
Floriano Veira da Silva O sr. Malafaia de pastor de ovelhas não tem nada. O que estamos vendo é o falso pastor tentando contribuir para que um Estado análogo ao Estado islâmico seja implantado no Brasil. Guerra de religiões radicais o Brasil não aceita, sr. ex-pastor. “Ex” porque está mais interessado em destruir pessoas que pensam e vivem de forma diferente e, com esse comportamento do sr., pode ser reiniciada uma nova matança de pessoas ligadas ao LGBT, pessoas homoafetivas inocentes. Pastor de ovelhas, conforme é bíblico, acolhe a todos e prega a paz. Daí se dizer “ex-pastor”, que já fez isso e não faz mais como verdadeiro pastor. É com essa linha que Malafaia está assessorando Marina Silva. E-mail: [email protected]“Devemos o sucesso do agronegócio a Caiado”
José Rubens de Carvalho Ronaldo Caiado (DEM) é um político com cinco mandatos de deputado, sem ter nenhum envolvimento com corrupção . Ao contrário, só se envolveu em projetos que trouxeram dividendos para Goiás, para os produtores rurais e médicos de todo o Brasil. Se o País é esta potência no agronegócio , devemos a ele. E-mail: [email protected]
[caption id="attachment_16355" align="alignleft" width="300"] Secretário interino Jeferson Castro: “São inimagináveis os benefícios que o Parque Tecnológio trará para o município de Anápolis” / Facebook do candidato[/caption]
O Programa Goiano de Parques Tecnológicos, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectec), propõe concentrar, em uma área geográfica específica, empresas de base tecnológica, laboratórios de pesquisa públicos e privados, serviços de apoio às empresas e universidades. O projeto no município foi lançado há mais de um ano, em julho de 2013. “A importância do Parque, junto à Plataforma Logística Multimodal, à Ferrovia Norte-Sul, ao Aeroporto de Cargas, às rodovias duplicadas, para o corredor Goiânia-Anápolis-Brasília vai além do imaginável”, afirma o secretário interino Jeferson Castro.
Segundo ele, a fase é de desapropriação da área onde será executado o projeto proposto pela ML4, empresa responsável pela implantação do Parque Tecnológico. A área de 117 alqueires equivale a mais de 5,6 milhões de m². A ação é contínua. “É um projeto modular, que se realiza por partes. É prevista a instalação de uma área de pesquisa e inovação de todos que trabalham na área, como, por exemplo, a Universidade Estadual de Goiás (UEG), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e, dentre outros, a Uni-Evangélica. Depois, os empreendedores têm o desafio de trazer novas empresas para o parque”, explica.
O investimento em inovação é amplo, vai das leis nacionais de inovação às leis municipais, passando pelo âmbito estadual. A prefeitura de Anápolis, no caso, se juntou à Sectec e ao governo do Estado para propiciar a implantação do Parque Tecnológico. No Brasil, existem mais de 80 parques. No mundo, o número chega a mais de 2 mil. O mais conhecido é o Vale do Silício, na California (EUA).
A proposta visa promover o desenvolvimento econômico e a inovação através da criação e retenção de empregos de alto valor agregado, comercialização de novas tecnologias, incubação de novas tecnologias orientadas para negócios, promoção da competência das instituições acadêmicas e de pesquisa e da promoção das relações entre a indústria, o governo e a academia.
No mês de outubro, a Sectec realiza eventos na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que tem o objetivo de mobilizar a população em torno dos diversos temas e das atividades que popularizam o conhecimento.

[caption id="attachment_16352" align="alignleft" width="620"] Mosquito Aedes aegypti pode transmitir dengue e a febre chikungunya, que tem alertado muitos Estados das regiões na região Norte do Brasil[/caption]
A Secretaria Municipal de Saúde anunciou o risco de epidemia de dengue em Anápolis ainda neste ano. Com 3.546 casos da doença confirmados e mais 6.993 notificações registradas, o município pode enfrentar um grave quadro se o cidadão anapolino não se envolver, efetivamente, no combate ao mosquito. “Se a população não entender que a limpeza urbana é para o seu bem, não temos meios de combater a dengue e evitar que a chikungunya se prolifere no Estado”, disse o infectologista Marcelo Daher. O crescimento da cidade e o costume de muitos cidadãos em jogar lixo e entulho em locais inapropriados são ressaltados pelo infectologista como agravantes do quadro. A febre chikungunya, destacada pelo médico, tem preocupado os governos do Amapá e da Bahia, pela incidência da doença que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, além do mosquito Aedes albopictos. O período de chuva que se aproxima prejudica o combate à dengue e aumenta o número de casos. Três mortes, causadas pela dengue, foram confirmadas. Segundo Daher, as notificações de casos suspeitos da doença são de toda a cidade: “Nos bairros, onde os índices são menores, as notificações ultrapassam 50 casos”. Os bairros Jundiaí, Jaiara, de Lourdes, JK, Setor Sul, Jardim Esperança e o centro anapolino são os que registraram maior incidência da doença.
O crescimento do candidato à reeleição, Marconi Perillo (PSDB), e a queda do também governadoriável Antônio Gomide (PT) no município anapolino se relaciona não só com a preferência. Os burburinhos de voto útil ressurgem e perpassam as análises do quadro político. Ainda que atrelado à ideia de prematuro, visto que o voto útil só pode ser confirmado no dia das eleições, a migração de votos para o tucano também se relaciona à ligação do eleitorado de Anápolis com o então governador. O desgosto com o PMDB, logo, com o candidato Iris Rezende, reforça a preferência daquele visto como o mais favorável no município. Já que as intenções de voto não apresentam crescimento do ex-prefeito anapolino Antônio Gomide no Estado, a queda também se dá entre os eleitores de Anápolis. No início das eleições, Gomide vencia no município com uma pontuação maior que a do segundo colocado, Marconi Perillo. Em meados de setembro, a diferença é pouca. O crescimento do tucano é inegável. Agora, se são burburinhos ou não acerca do voto útil, os pesquisadores ainda não podem afirmar.
O município anapolino é sede do 19° Encontro Anual da Associação Brasileira de Planetários/Goiânia e Anápolis. O evento, que começou na sexta-feira, 26, continua até o dia 30, com destaque para o cenário das novas tecnologias. Além de debates, por exemplo, sobre as políticas brasileiras de financiamento de ações e divulgação científica e apoio aos planetários ou sobre aspectos profissionais e operacionais nos planetários, a edição realiza oficinas e observação astronômica aberta para o público em geral. “Após a inauguração do planetário, recebemos esse importante evento com importância internacional. As pessoas poderão acompanhar debates sobre o assunto e interagir mais com as programações do planetário”, diz o secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fabrízio Ribeiro.
A prefeitura de Anápolis abriu o período de inscrições para ingresso nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e nos Centros de Educação Infantil conveniados. Crianças de zero a seis anos podem ser cadastradas para participar do sorteio de vagas, que será realizado em dezembro. Para inscrição, é necessária a apresentação de cópias da carteira de identidade e CPF dos pais ou responsáveis, certidão de nascimento da criança, cartão de vacinação e comprovante de endereço. Os responsáveis têm até o dia 21 de novembro para se cadastrar. O perfil socioeconômico é um dos critérios no sorteio. 70% das vagas existentes serão reservadas às crianças em situação de vulnerabilidade social e os 30% restantes serão destinados às demais crianças.
[caption id="attachment_15754" align="alignleft" width="620"] Vladimir Putin sabe o que faz. Logo, a situação atual na Crimeia não é algo novo, muito menos impensado[/caption]
O Iraque, a Líbia, a Síria, o Afeganistão, a Chechênia, a Faixa de Gaza. Onde quer se olhe, casas, vilas e cidades arrasadas, escombros, um mar de ruínas, resultado de sangrentas guerras que o mundo não mais tinha presenciado desde o fim da 2ª Guerra Mundial, em 1945. Milhares de mortos, milhões de desalojados, perdas de lares e bens, massas em fuga ou precariamente abrigadas em campos de refugiados sob a proteção da Organização das Nações Unidas (ONU). Um caos, cenas dantescas no início do século 21.
Não é nossa intenção abordar as causas (que são várias) desse inferno que estamos presenciando. A pergunta que preocupa é: qual será o próximo país a ter o mesmo fim? A Somália, o Quênia, o Iêmen, o Egito, o Mali, a Nigéria, a Argélia, a Tunísia, a Turquia, a Grécia, os Bálcãs, Portugal, Espanha? Ou talvez a Ucrânia?
São estes os alvos do IS (Islamic State, inglês para Estado Islâmico, EI), delineados num mapa que circula nas redes sociais, aparentemente divulgado pelo próprio EI, grupo radical islâmico que, no Iraque e na Síria, com métodos de absoluto barbarismo, procura metralhar o mundo de volta à Idade Média por não se conformar com a forma de ser das sociedades ocidentais e por não acreditarmos naquilo que pregam.
A teoria de Samuel P. Huntington, exposta em sua obra “O Choque das Civilizações e a Recomposição da Nova Ordem Mundial no Século 21” (Editora Objetiva, 1997) revela ser, cada vez mais, um choque das religiões. No Iraque, grupos fraticidas sunitas, xiitas e curdos, todos discípulos de Maomé, trucidam-se entre si ao mesmo tempo que trucidam crentes de outras religiões como os iazidis, grupo minoritário cristão que, aos milhares, foram obrigados a abandonar suas casas e aldeias e refugiar-se sem água, comida e sem teto nas áridas montanhas da região. Acontecimentos impensáveis, lamentavelmente reais, neste início do século 21.
Poder-se-ia crer que a visão de Osama bin Laden, de criar um estado islâmico desde a Malásia até o Marrocos, está em pleno andamento. A visão do EI vai mais longe, pois inclui também a Europa e já proclamou a criação do novo califado islâmico do século 21. O mapa em questão indica que “até 2020 o califado islâmico do século 21 deverá estender-se de Lisboa ao Paquistão”. (O Oriente Médio, neste mapa, tem uma configuração semelhante à que tinha antes da 1ª Guerra Mundial).
Não é possível fingir que se esses acontecimentos não são de nosso interesse, como se não nos atingissem por estarem acontecendo longe de nossas casas, de nossas cidades e de nossas fronteiras. Soldados de guerras do passado sabiam da existência de fronteiras; os guerrilheiros encapuzados de hoje ignoram sua existência. Vide os atentados ao World Trade Center; em Madrid; Londres; na Chechênia; no teatro em Moscou; na escola em Beslan. Os mesmos encapuzados infiltraram-se também entre os demonstrantes da Praça Maidan, em Kiev, e, não demorará, estarão presentes também no leste da Ucrânia.
Pode-se discutir acerca da seriedade ou da periculosidade da visão binladista ou do novo califado islâmico do século 21. No entanto, não se pode dúvidar sobre o fato de que os homens-bomba do EI, al-Qaeda, Boko Haram ou Al-Shabab — todos grupos ultrarradicais islâmicos, apesar de não representarem nenhuma nação, não tenham exércitos oficiais, organizados apenas em grupos de mercenários terroristas —, estão em condições de atacar, colocar bombas, explodir prédios ou degolar pessoas em qualquer lugar.
Acrescido a estes desenvolvimentos fanáticos-religiosos o mundo ocidental, especialmente a Europa, se vê confrontado com outra situação não fanático-religiosa, mas de estratégia geopolítica: a da Ucrânia!
A atual política europeia está focalizada nos desenvolvimentos naquele país. Os czares russos e o posterior Império Soviético, viam-no como seu celeiro em virtude do clima ameno, terras férteis e vastas planícies ideais para a agricultura. Pelas mesmas razões foi cobiçada também por Hitler na 2ª Guerra Mundial. Na época, a Ucrânia foi palco de violentas lutas entre exércitos alemães e russos com milhares de mortos e outros tanto deportados.
A medida inesperada de Vladimir Putin, presidente da Rússia, de anexar a Crimeia, a península de 26,8 mil km² ao sul da Ucrânia (mais ou menos à superfície do Estado de Alagoas), integrando-a no território russo com o argumento de proteger a população russa que, por gerações, lá vive, pôs o mundo ocidental em estado de alarme.
Alguns políticos do mundo ocidental costumam dizer que não sabem o que Putin pensa; outros dizem que ele diz uma coisa e faz outra. Enganam-se. Putin que, durante 16 anos, trabalhou como representante da KGB na Alemanha Oriental, sabe perfeitamente o que diz e faz. Aprendeu a “pensar e analisar um assunto do início ao fim” e é mestre em dizer coisas importantes de forma escondida. Não é o que diz, mas como as diz, é a artimanha verbal que domina.
Putin certamente não “abocanhou” a Crimeia como represália aos acontecimentos na Praça Maidan ou pela deposição de Víktor Yanukóvytch, seu aliado em Kiev. Putin simplesmente aproveitou os dias turbulentos em Kiev e os nascentes movimentos separatistas no leste da Ucrânia para tomar uma medida geoestratégica há muito planejada.
Ao anunciar a decisão, Putin estava ciente de que a anexação não estaria isenta de problemas que irá resolver da forma como os pensou até o fim. Putin sabe também que, entre o início e o fim de seu projeto, haverá “estragos colaterais” tanto seus como de outros, que, muito provavelmente, não serão insignificantes.
No decorrer de sua história, desde a Antiguidade até ao fim da Idade Média, a Crimeia sempre foi uma península cobiçada. A região foi povoada por tártaros, mongóis, gregos, genoveses, romanos, venezianos, bizantinos, turcos e outros povos eslavos que deixaram lá seus vestígios. Mas só a partir do século 19 a Crimeia começou a se modernizar. Foi a época em que as famílias dos czares e representantes da alta nobreza russa erigiram seus palácios de verão na costa sul. A região transformou-se num paraíso de férias e de repouso onde os “ricos, nobres e belos” passavam férias nas praias do Mar Negro.
Muitos autores conhecidos e membros da intelectualidade russa iam à Crimeia para longos períodos de repouso. Anton Tchekhov, por motivos de saúde, até fixou residência definitiva no local. No período da União Soviética a Crimeia foi uma espécie de sanatório coletivo onde o governo costumava enviar seus funcionários públicos para períodos de repouso. Nas temporadas de verão chegavam até 10 milhões de veranistas. Por conta do Estado!
Não raro, políticos europeus perguntam: “Afinal, o que quer Putin?” Ora, suas intenções parecem claras. Para explicá-las comecemos com algumas informações sobre a Crimeia essenciais para entender os motivos pelos quais a Rússia, apesar de seus líderes negarem, ter interesse (ou a necessidade) em “abocanhar” o leste da Ucrânia, região dos atuais confrontos com grupos separatistas.
A Crimeia, abençoada por seu clima e belezas naturais, tem sérios problemas de água. A península não tem nenhum rio de grande porte e, por isso, 85% da água consumida para uso doméstico, industrial e para a irrigação, vem do rio Dniepre da Ucrânia através de vários canais. O maior e mais importante deles é o Canal do Norte. Uma interrupção provocada, deliberada ou acidentalmente, no suprimento de água seria fatal para a região. E a Ucrânia já ameaçou tal medida.
Além disso, a Crimeia tem um problema energético de forma que a população vive em constante receio de total “blackout”. Em 1976 foi iniciada a construção de uma usina de energia nuclear, o “Reator Nuclear da Crimeia”. Depois de 13 anos de trabalho, a obra foi paralizada, em 1989, e entrou no “Guinness World Record” (Livro Guinness dos Recordes) como o mais caro reator atômico do mundo. Acrescente-se: que não fornece energia.
O maior empecilho russo, no entanto, é o fato de a Rússia não ter acesso por terra à Crimeia. Quem viaja de automóvel da Rússia para o local, forçosamente terá que passar pelo leste do território da Ucrânia, a região beligerante. A única ligação da Rússia com a Crimeia é uma ponte da via férrea que liga o lado russo com a cidade de Kertsch, na ponta extrema leste da região, através do estreito de Kertsch que liga o Mar de Azov com o Mar Negro.
Poucos dias após a anexação da Crimeia pelo governo russo, Putin declarou que, em 18 de março de 2014, já foi aprovado um projeto para a construção de uma ponte entre a Península de Taman, na região de Krasnodar (lado russo) sobre o Estreito de Kertsch, até Kersch (na Crimeia). Uma obra de uns 20 quilômetros, ao custo estimado de 4,7 bilhões de euros (cerca de R$ 15 bilhões). O projeto deverá ficar pronto até 2020.
Putin, portanto, já previu em seus planos que, para estabilizar a Crimeia a longo prazo, terá que garantir o suprimento de água, de energia e possibilitar o acesso por terra ao local. A soma de todas essas medidas provavelmente é superior aos custos que terá para “abocanhar” o leste da Ucrânia (e talvez toda a Ucrânia) mesmo com a inclusão dos “estragos colaterais”. Além disso, Putin terá que proteger a Frota do Mar Negro, parte da frota marítima russa ancorada em Sevastopol e outros portos dos mares Negro e Azov.
Caso Bruxelas, Washington e Moscou não conseguirem solucionar a crise por vias diplomáticas, a Ucrânia poderá ser vítima, poderá transformar-se numa Chechênia, em caos, com cenas dantescas como as descritas no início deste texto. Putin não só pensa, ele age, age até o fim até criar a já anunciada “Nova Rússia”!
[caption id="attachment_15749" align="alignleft" width="620"] Os sete candidatos ao Senado Federal: a questão é se algum deles poderá interferir diretamente pela cidade de Anápolis[/caption]
Qual a influência de Anápolis na corrida ao Senado? O que o eleitorado anapolino significa para os candidatos? E o que eles, se eleitos, podem fazer pela cidade? Os senadores inferem diretamente no município? Primeiro, a influência é proporcional ao tamanho da cidade. Se a cidade é o terceiro maior colégio eleitoral (atrás apenas de Goiânia e Aparecida de Goiânia), os eleitores representam muito nessa corrida. A força é grande tanto na escolha do senador, como na escolha do governador. Em relação à influência dos senadores no município, a palavra “diretamente” não entra na resposta. De forma geral, os senadores contribuem com o Estado.
Em miúdos, cada Estado brasileiro elege três senadores. Eles representam os Estados e atuam no Congresso Nacional para que a política republicana da Federação seja equânime e, assim, não os prejudique. Já a Câmara dos Deputados representa a população. Os Estados mais populosos têm mais deputados. Portanto, o equilíbrio federativo é feito no Senado Federal. Ali, é possível impedir que uma matéria seja aprovada e prejudique, às vezes, mais especificamente o desenvolvimento de determinada região de seu Estado.
Eventualmente, Anápolis, por sua expansão e importância econômico-industrial, pode receber o apoio em algum projeto para ajudar o município. O apoio vem de medidas, que são decididas no Congresso Nacional. Um exemplo, pauta de campanha de todos os senadoriáveis, é a reforma tributária. Os benefícios tributários, ainda como exemplo, chegam à ponta. O incentivo fiscal atrai o desenvolvimento. Como os dados apontam, o município anapolino, bem como Goiás, cresceu por meio da industrialização.
Em Brasília, uma proposta tramita para acabar com o benefício. O lugar para se barrar matérias como essa é no Senado Federal. Às vezes, elas passam na Câmara, onde a discussão ganha diferentes proporções. A função do senador e sua representatividade não são para o município em si, e sim para o Estado como um todo. Entre os principais candidatos para discutir não só a questão da reforma tributária ou incentivos fiscais, mas também segurança, educação e até reforma política no Congresso Nacional estão Ronaldo Caiado (DEM), Vilmar Rocha (PSD), Marina Sant’Anna (PT), Aguimar Jesuíno (PSB), Aldo Muro (PSDC), Antônio Neto, (PCB) e Elber Sampaio (Psol). Mas o anapolino ainda não deu sinais de quem é o seu favorito.
[caption id="attachment_15745" align="alignleft" width="620"] Prefeito João Gomes (PT) durante fala com alunos da rede municipal de ensino[/caption]
No início da semana passada as ordens de serviço de obras de reforma e ampliação do Centro Municipal de Educação Infantil Cibele Teodoro Teles, na Vila Jaiara, e das escolas municipais Maria Aparecida Gebrim, no Bairro São Joaquim, e Professor Ernst Heeger, no Parque dos Pirineus, foram assinadas. O prefeito João Gomes (PT) ressaltou que os investimentos fazem parte de um planejamento traçado para a rede de ensino anapolina: “Temos conseguido uma boa estrutura, com professores qualificados que nos ajudam a proporcionar um futuro melhor para essas famílias que são atendidas pelo município”. Segundo ele, são ações como essa que ajudam o município a registrar um crescimento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Divulgado no início desse mês, a nota registra o avanço gradativo e contínuo nos anos iniciais do ensino fundamental – 1ª a 4ª séries – e a meta de qualidade estipulada pelo Ministério da Educação para o ano de 2013, que era de 5,6 pontos.
A secretária municipal de Educação, Virgínia Melo, afirmou que as obras trarão benefícios que alcançam não só os estudantes, e sim toda a comunidade das regiões onde o serviço será realizado. “Isso, com mais conforto e qualidade para educação”.
Na quinta-feira, 18, a Prefeitura entregou a reforma e ampliação da Escola Municipal Josephina Simões, no Setor Industrial Munir Calixto, a 21º unidade a passar por esse serviço. As vinte escolas da rede municipal foram reformadas e ampliadas em um período de pouco mais de cinco anos. Os investimentos do município na estrutura física para melhores condições de ensino fazem parte de um compromisso da prefeitura firmado pelo Pacto Nacional pela Educação. “São laboratórios de informática e ciência, salas de aula totalmente reformadas para que os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade”, pontuou Virginia, que compareceu à cerimônia de entrega da obra. O prefeito, também presente, disse que a ampliação das escolas permitirá uma oferta de vagas que atendam a demanda. Além disso, ressaltou o apoio aos educandos: “Os professores também recebem nosso apoio com capacitações e valorização que fazem a diferença nos resultados que o município tem”, concluiu.
Salesio Nuhs
Gostaria de cumprimentar o dr. Irapuan Costa Junior pelo artigo que comenta a relação entre o nível de criminalidade e o número de armas de fogo nas mãos dos cidadãos, publicado no Jornal Opção 2042 (“Doutora em Direito diz que não há relação entre nível de criminalidade e número de armas em mãos corretas”, coluna “Contraponto”).
Textos como estes são fundamentais para estimular a reflexão sobre um assunto tão importante, como a segurança pública, e cobrar ações que visem à diminuição da violência em nosso País. Sua leitura responsável e madura sobre o assunto alimenta o bom debate e estabelece princípios para uma discussão em alto nível.
Certamente, o problema da insegurança pública reside nas atividades criminosas, na impunidade, ilegalidade e na falta de ações eficazes. As campanhas de desarmamento retiraram de circulação cerca de meio milhão de armas entre a população civil brasileira. Porém, em virtude da política de desarmamento do governo, aliada ao excesso de burocracia imposta ao cidadão que deseja manter sua arma legalizada e a inexistência de estrutura do órgão responsável pelos registros, atualmente, mais da metade das 16 milhões de armas de fogo que aproximadamente circulam pelo País, segundo o Ministério da Justiça, não estão registradas no Sistema Nacional de Armas (Sinarm). Das que estão, em 2010 havia 8.974.456 de armas de fogo com registro ativo. Já em 2014, o número passou para cerca de 600 mil. Com isso, milhões de armas encontram-se irregulares, com o registro vencido.
O Estatuto do Desarmamento, além de não desarmar os criminosos, impede que os cidadãos brasileiros permaneçam com suas armas regularizadas. Opressos por uma legislação burocrática e morosa, são empurrados para a irregularidade somente por querer exercer um direito constitucional.
Como é de seu conhecimento, em referendo realizado no País há oito anos, 63,94% dos votantes (59.109.265 eleitores) decidiram que o comércio de armas de fogo e munições não deveria ser proibido. No entanto, o governo, de forma arbitrária, impôs regras rígidas e burocráticas para a comercialização e registro de armas e munições, ferindo até mesmo o direito de seus cidadãos: a legítima defesa.
É certo que os criminosos não adquirem armas de fogo em lojas de armas, tendo fácil acesso a poderoso armamento através do desenfreado contrabando que assola o país. As armas utilizadas para cometer crimes são ilegais, por isso retirar de circulação armas legais não funciona no combate à violência.
Desde 2012, a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam) vem propondo ao Ministério da Justiça auxílio para promover uma nova campanha com o intuito de incentivar a renovação dos registros vencidos de armas de fogo. Além desta, outras ações — como a colocação de chip em armas, rastreamento de munição em lotes padrão, distribuição de material educativo para crianças e adultos — foram propostas, visando contribuir para o controle de armas de fogo e munições pela polícia e também para a redução da ilegalidade.
Gostaríamos de aproveitar a oportunidade para divulgar a cartilha “Mitos e Fatos”, produzida pela Aniam. Com o intuito de proporcionar uma visão ampla e real sobre os fatos relacionados a armas de fogo e munições, o documento esclarece dez mitos populares e os fatos são baseados em matérias divulgadas nos últimos anos em grandes veículos impressos.
Este material promove uma desconstrução sobre diversas questões e lança um novo olhar sobre o foco que deveria ser observado nas políticas de segurança pública. Dentre eles, o combate à impunidade, uma política de segurança eficaz das nossas fronteiras, investimentos consistentes na área de treinamento de polícias civis e militares, entre outras providências.
Acreditamos que por meio da educação é possível transformar uma sociedade, principalmente no que se refere à segurança e minimização dos riscos. Nesse sentido, a Aniam também produziu o gibi “Turma Legal”. A finalidade do gibi é passar às crianças, de um modo divertido, informações úteis para prevenção de diversos tipos de acidentes domésticos, dentre eles com armas de fogo, facas e, até mesmo, brincadeiras envolvendo pipas.
Por fim, a Aniam reforça o contento com a opinião expressada pelo colunista e se coloca à disposição para o fornecimento de informações sobre assuntos relacionados ao setor.
Salesio Nuhs é presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam).