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O Galo saiu do fundo do poço para, em menos de dez anos, A trajetória negativa guarda algumas semelhança com a do Tigrão, que ainda aguarda sua redenção
José PX Silveira Jr.
Parabéns ao Jornal Opção pelo editorial “Reforma de Marconi quer Estado mais útil pra sociedade. Cerebraço é mais inteligente do que bundaço” (edição 2054). O texto é um passeio sobre diferentes visões de governança para chegar ao exemplo mais vigoroso da atualidade, que é a reforma proposta por Marconi Perillo. O governador goiano se antecipou ao que deve ser uma tendência nacional, sobretudo tendo em vista a magra expectativa de mais um governo federal petista. Na área da cultura, que sigo de perto, podemos tecer uma narrativa tanto real quanto fortemente simbólica para outros setores: a saída de Marta Suplicy [ex-ministra da pasta, deixou o cargo no início do mês] fez o Brasil acordar para o fato de que ficamos 12 anos com a gestão cultural no Brasil derrapando na mesma trilha, com idas e vindas, avanços anulados por recuos. Derrapar nem seria tanto o problema, já que o esforço de acertar é sempre bem visto. O problema é que não se sabe que trilha é essa. As atualizações dos ministros Gilberto Gil, os esforços de Juca Ferreira, as reticências de Ana Buarque e o mergulho de Marta Suplicy, convenhamos, nos embrulharam neste 12 anos de “viva a cultura”, cujos principais legados foram antagonismos e vaidades. A paralisia da reformulação dos benefícios fiscais (Lei Rouanet), as prioridades invertidas nos investimentos diretos (Fundo Nacional de Cultura), os editais segmentados e etnocentrados, tudo parece caso de esquizofrenia oficial, em que se aponta para lá e para cá, sem saber onde está o alvo.
O vale-cultura, saudado como a panaceia da década, gorou e ninguém sabe onde está. A criação do Sistema Nacional de Cultura (SNC) forçou os Estados a criarem suas secretarias de Cultura, pois, caso contrário, não estariam aptos aos repasses financeiros. E que repasses foram estes? Estados, como o de Goiás — que transformou sua Agência de Cultura em secretaria em 2012 —, se alinharam, mas não viram avanços nas contrapartidas e agora, como propõe o governador Marconi, é hora de buscar novos caminhos, libertar-se das amarras e expectativas frustrantes para se lançar na “gestão necessária”. Creio que Goiás pode dar exemplos criativos e fascinantes. Podemos fazer aqui “a melhor gestão cultural do Brasil”, como quer Marconi nesta e em outras áreas. É claro que, para que isso aconteça, é preciso mostrar não as ancas, mas os neurônios.
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“Um Editorial que deve servir para ampla discussão”
Jales Naves Parabéns ao Jornal Opção pelo Editorial. Como sempre, uma lição, para leitores e administradores. Ao situar a proposta de reforma administrativa que o governador Marconi Perillo encaminhou à Assembleia Legislativa do Estado nos modelos da moderna gestão pública, de redução de custos para ter mais recursos para investir, o jornal oferece uma nova visão de governantes que ousam e promovem mudanças importantes, que se refletem na vida dos cidadãos. Um Editorial para ser lido e servir para ampla discussão sobre o papel do Estado e sua relação com a economia. Jales Naves é jornalista.“Da necessidade surge o necessário”
Abadia Lima Editorial muito esclarecedor. Precisamos mesmo analisar com cuidado o que se passa no Brasil, o desmantelamento da política econômica brasileira e o significado do Estado necessário de Marconi Perillo. Uma reforma como a enviada pelo governador à Assembleia pode significar mais um salto rumo ao desenvolvimento econômico de Goiás e de seus mais de 6 milhões de habitantes. É preciso muita coragem e sabedoria para lançar mão de uma profunda reforma, que pode inclusive desagradar a alguns. Mas da necessidade é que surge o necessário. E Marconi sabe disso. Abadia Lima é jornalista.“Admiro a coragem política, mas discordo”
Miguel Ivan Lacerda Discordo desse modelo de Estado mínimo [referido no editorial do Jornal Opção] como propulsor do desenvolvimento, mas admiro a coragem política de pôr em prática o que se acredita (e bom timing político). Acho que os economistas da inovação, diferentemente do artigo, iriam discordar dessa redução estatal. Concordo em parte com Edmund Phelps, do livro “Mass Flourishing”, que sustenta ser preciso promover “uma cultura protetora e inspiradora da individualidade, imaginação, compreensão e autoexpressão que propulsione a inovação nativa de uma nação” ou Estado. Essa filosofia reducionista do papel do governo, de que apenas por meio de uma total reforma (corte) de suas instituições o dinamismo poderá ser recuperado, simplifica as políticas anticíclicas e podem ter um efeito perverso na prosperidade futura. Mas acredito que o efeito no PIB em Goiás vai ser positivo não por causa da reforma (que eu acho negativa), mas por causa do ajuste cambial, que vai favorecer commodities e por causa do problema da seca em 2015, que vai valorizar os produtos produzidos em Goiás. Entretanto, os efeitos distributivos desse crescimento não serão sentidos pela população, por causa do desmonte das instituições repassadores da política distributiva. Se o problema é fiscal, o impacto de uma redução dos subsídios a grandes empresas do Estado seria melhor — o mesmo serve para o governo federal. Miguel Ivan Lacerda é economista e ex-secretário nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional.“Necessitamos mudar a rota sem perder o leme”
Dolly Soares Parabéns pelo Editorial. Sei que necessitamos mudar a rota, mas não podemos perder o leme. Tenho medo de propostas de mudanças elaboradas por cabeças brilhantes, poucas mãos e que brotam da noite para o dia. Em plena democracia, o diálogo passou longe. Como diz uma grande amiga, “assistimos a noite escura do silêncio e do desrespeito deixar de ser lenço, para se arvorar em cobertor. Indignação e muitíssima preocupação, pois moramos em um Estado em que valores estamentais querem sacramentar a desigualdade de gêneros e minimizar as lutas por igualdade de gênero, raça e opção sexual”. Acredito que está reengenharia não dará liga , os novos mesmos ainda não tomaram Biotônico Fontoura. Dolly Soares é diretora financeira do Centro de Valorização da Mulher (Cevam).
Onda de violência é mais perigosa e muito mais mortal do que o que vem ocorrendo em 66 anos na região
[caption id="attachment_21307" align="aligncenter" width="620"] William O’Dwyer, José Eliton e Sâmia ZakZak na assinatura do protocolo: expansão da Roots Alimentos (Foto: Paulo Giovanni)[/caption]
A empresa goiana de salgadinhos industrializados Roots Alimentos assinou na sexta-feira, 21, um protocolo de intenções com o governo do Estado, que prevê a prorrogação dos incentivos fiscais do Produzir até 2040 e a concessão de área de 20 mil metros quadrados para construção de sua unidade fabril em Anápolis.
Em contrapartida, a empresa vai investir R$ 20 milhões na economia local e gerar 2.140 empregos diretos e indiretos, com a sua entrada em operação, a partir de 2016.
A empresária à frente do projeto, Sâmia ZakZak, diz que a Roots Alimentos está em operação desde agosto de 2013 em Anápolis, com a produção de batata ondulada chips e a batata palha batz. A empresa, segundo ela, distribui seus produtos para sete Estados da Região Norte e Centro-Oeste do País. O principal mercado, porém, está no eixo Goiânia-Anápolis-Brasília “Com o apoio da política de fomento do Estado, queremos ampliar nosso mercado de atuação e nosso portfólio.”
Sâmia destaca o papel dos incentivos fiscais do Estado como garantidor de competitividade para as empresas. “Queremos expandir nossa produção e nosso mercado pelo País. O Produzir é um programa que dá condição das empresas que se instalam em Goiás de enfrentarem seus concorrentes e continuar crescendo. Nossas perspectivas de mercado futuro são as melhores”, ressalta.
Pelas regras do Produzir, as empresas têm 73% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) financiado pelo Estado até 2040. Se instaladas no Norte ou Oeste Goiano, o financiamento sobe para 98%. “O Produzir é uma das principais ferramentas de desenvolvimento do Estado. Conseguimos viabilizar a implantação, expansão ou revitalização das nossas indústrias, estimulando a geração de emprego e o crescimento da economia”, diz o secretário de Indústria e Comércio, William O’Dwyer.
Conforme previstos pelo protocolo de intenções, a empresa vai se instalar numa área de 20 mil metros quadrados na expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). O processo de desapropriação de 50 alqueires pelo Estado já está em andamento. A primeira etapa, quando serão liberados 13,75 alqueires, já está em cartório para a elaboração da escritura.
Durante a assinatura do protocolo, o governador em exercício, José Eliton, comentou o momento econômico do Estado. Segundo ele, Goiás mudou seu perfil econômico ao longo da última década, com a nova política do governo.
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, iniciou o processo de pré-matrícula, via internet, para ingresso nas unidades escolares da rede municipal. Os pais ou responsáveis devem ficar atentos ao prazo de cadastro – realizado no site www.apsmatricula.com.br –, que se encerra no dia 8 de dezembro. A lista de pré-matrículas aprovadas estará disponível para consulta a partir de 5 de janeiro do ano que vem. Outra data que deve ser observada com atenção pelos pais é a de renovação das matrículas, que devem ser feitas até 3 de dezembro, nas escolas. A pré-matrícula pode ser realizada, também, pelo Disque Prefeitura - 156. A efetivação das matrículas feitas via internet acontecem em janeiro, em data ainda a ser definida, na unidade escolar, pelo aluno ou o responsável.
[caption id="attachment_21308" align="aligncenter" width="620"] Mais de mil estudantes anapolinos participaram da Olimpíada de Astronomia (Foto: Fernando Leite/Jornal Opção)[/caption]
O município de Anápolis participou com 28 escolas – 26 da rede pública e duas da rede privada e mais de mil estudantes –, da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), onde conquistou 23 de medalhas – duas de ouro, nove de prata e doze de bronze.
De acordo com o secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fabrízio Ribeiro, o resultado superou as expectativas, levando em consideração que, no ano passado, apenas duas unidades escolares se inscreveram no concurso. “Isso é consequência de um trabalho dinâmico e consistente da equipe que se responsabilizou pela divulgação e orientação, aliado ao interesse das unidades escolares participantes”, afirma.
O mérito das conquistas dos estudantes observado neste ano está ligado diretamente, ainda segundo Fabrízio Ribeiro, à inauguração do Planetário Digital e ao planejamento e efetivação da capacitação dos professores da rede municipal de ensino em astronomia, com o Encontro Regional de Ensino de Astronomia (45º Erea), realizado em janeiro último, que contou com a presença do Instituto de Geofísica da Universidade São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para o secretário, a gestão do prefeito João Gomes (PT) tem uma política disposta para área de ciência e tecnologia, como ações de inclusões digitais, pontos de acesso gratuitos à internet, além da modernização da administração pública. Portanto, isso explica porque o município é considerado o sexto mais digital do País.
Outra iniciativa da pasta, foi a realização do Projeto Canópus, que atendeu 40 alunos na rede municipal inscritos no nível II da OBA, com aulas e oficinas de astronomia e astronáutica, considerando o conteúdo da prova da olimpíada.
Nesta segunda feira, 24, os estudantes recebem os certificados de participação e suas medalhas, no Teatro Municipal.
A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Agricultura, lançou o edital para a edição de 2014 do Concurso Anual de Ornamentação Natalina. O objetivo é incentivar moradores e comerciantes a usar a criatividade em decorações que, além de deixar o clima do Natal mais presente, poderá render prêmios em dinheiro às melhores ornamentações. O principal requisito para participar do concurso é estar em dia com as obrigações fiscais. As inscrições poderão ser realizadas entre 21 de novembro e 12 de dezembro. As premiações são divididas nas categorias edifício residencial; estabelecimentos empresariais; e casa residencial. Além de troféus, os três primeiros colocados em cada categoria receberão premiação em dinheiro que variam do valor maior de R$ 3.135 ao valor menor de R$ 376.As visitas da comissão organizadora para avaliar as ornamentações serão realizadas no período de 14 a 17 dezembro, observando cada local de forma aleatória. A comissão levará em conta os seguintes requisitos: espírito natalino; beleza; criatividade; mensagem e originalidade. A divulgação do resultado será realizado no dia 22 de dezembro, na Praça Bom Jesus, dentro da programação do Natal de Luz 2014 da Prefeitura de Anápolis.
Ocorre entre os dias 25 a 30 de novembro a exposição fotográfica Brasil nos Trilhos, na Secretaria Municipal de Cultura, localizada na Praça Bom Jesus. A exposição fotográfica Brasil nos Trilhos traz imagens dos primeiros movimentos da Ferrovia Norte-Sul, um trabalho de resgate fotográfico sobre a construção da obra, uma das maiores e mais importante já construídas no País. Em toda sua extensão, a Ferrovia Norte-Sul prevê 4.576 mil quilômetros de trilhos, passando por nove Estados, entre Maranhão e São Paulo. Por sua localização geográfica estratégica - com modais rodoviários e aeroviários já bem estruturados -, e por abrigar centenas de indústrias e centros de distribuição, Anápolis é o principal pátio do eixo desse transporte.
O primeiro governo de Marconi Perillo (1999-2002) foi alvissareiro para a área da cultura. Com o historiador e letrista Nasr Chaul à frente da antiga Agepel (Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira), foram criados o Fica (Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, na Cidade de Goiás), o Canto da Primavera (em Pirenópolis) e o Tempo (Festival de Teatro de Porangatu). Para além dos festivais, o primeiro governo Marconi resgatou, ainda que timidamente, a construção de uma política pública de cultura, interrompida anteriormente com o fim do governo de Henrique Santilo (1987-1990). Já em seu segundo governo (2003-2006), Marconi se rendeu à cultura do espetáculo e da ostentação. A cambaleante Agepel foi rebaixada a agência de promoção de festivais -- o Fica, o Canto da Primavera e o Tempo. E recebeu uma inglória tarefa, típica da megalomania dos antigos mecenas: tirar do papel o Centro Cultural Oscar Niemeyer -- projetado pelo próprio --, cronicamente inconcluso. O governo Alcides Rodrigues (2006-2010) cumpriu, sem brilho, a batida agenda dos festivais. Foi marcado pelo exotismo de ter à frente da pasta da cultura a polivalente Linda Monteiro, primeira-dama da Terra FM, baluarte do mau gosto country-Gyn. Com Gilvane Felipe à frente da Agepel, Marconi devolveu a pasta da cultura ao bom gosto, mas iniciou seu terceiro governo (2011-2014) sem grandes pretensões para a a área pela qual sempre fez questão de manifestar especial apreço. Mas os artistas e a sociedade impuseram ao governo uma nova agenda da qual, pelo menos num primeiro momento, ele não pôde se desvencilhar. A promoção da Agepel a Secretaria Estadual de Cultura (SECULT-GO) e o penoso parto do Fundo Estadual respectivo são recentes conquistas que a comunidade cultural supunha absorvidas pelo próximo governo Marconi. Autoproclamado “o governador da cultura” em encontro com artistas ocorrido no palácio das Esmeraldas no início do ano, Marconi se disse amante das artes em geral – e dos livros em particular. Naquela ocasião, ao refluir de um abrupto corte perpetrado por seus tucanocratas no nascente Fundo Estadual de Cultura, o governador afirmou estar aberto ao diálogo com o segmento cultural, pelo qual ratificou seu especial apreço. Menos de um mês após reeleito, “o governador da cultura” enviou à Assembleia Legislativa o projeto de lei da reforma administrativa, que dentre outros cortes rebaixa a Secult-GO à subcondição de subsecretaria no âmbito da Secretaria Estadual de Educação. Em nível federal, foi no governo Sarney (1985-1990) que a cultura ganhou status de política pública autônoma em relação à educação, com a criação do Minc (Ministério da Cultura). Tendo sobrevivido a todos os governos desde a sua criação, o que não é pouco, o Minc foi fortalecido no governo Lula, com a marcante ascensão de Gilberto Gil ao posto de ministro. A gestão do ministro Gil contribuiu para consolidar a cultura como política pública, por meio de instrumentos como o Plano, o Sistema e o Fundo Nacional de Cultura. Por exigência legal para o repasse de recursos federais, esses três instrumentos devem ser replicados nos estados. E a gestão do plano, do sistema e do fundo nos estados com mais de meio milhão de habitantes deve ficar a cargo de uma secretaria (exclusiva) de cultura. Nessa linha, em 2012 o governo Marconi converteu a Agepel em Secult-GO, e em 2013 implementou o Fundo Estadual de Cultura. Em dois anos os recursos destinados à área quintuplicaram, apesar do desmantelo da máquina. Agora, surpreendentemente, “o governador da cultura” propõe o desmonte da pasta – e, consequentemente, o desmonte das incipientes políticas públicas a ela afetas. Sempre que anexada à gigantesca pasta da educação, a raquítica cultura é engolfada. Disso até Sarney já sabia, tanto é assim que criou o Minc. Marconi também sabia, tanto que transformou a Agepel em Secult-GO. Mas isso foi em 2012, antes da reeleição. Agora ele defende uma subsecretaria para a subcultura. O problema é que a subcultura só pode ter, no máximo, um subgovernador. Os artistas acusaram o golpe abaixo da linha da cintura. Promovem, em protesto, bundaços cênicos pelas praças do poder. Bundaços cênicos... Própria metáfora, incautos artistas.

[caption id="attachment_20877" align="alignright" width="620"] Altair Sales: entrevista oportuna | Foto: Edilson Pelikano[/caption]
Klaus Volkmann
Bem oportuna, a entrevista de Altair Sales Barbosa [“O Cerrado está extinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água”, Jornal Opção 2048]. Só falha em esquecer-se de deixar claro que todos nós temos participação direta na destruição do planeta e não só os grandes bancos e políticos “malvados”. Nós também não estamos nem aí, gostamos de reclamar para aliviar nossa consciência e seguimos atacando quem sugere vivermos de uma forma mais simples em uma relação mais direta e respeitosa com a natureza. Veganismo é uma solução tão simples quanto a bicicleta; é muito mais saudável, pode ser mais gostoso, não escraviza os animais, nos leva a comer mais orgânicos, usa muitíssimo menos terra e muitíssimo menos água. Mas carro é mais confortável. Dá para entender, não é? Já é hora de parar de reclamar: é hora de agir, pararmos de patrocinar coisas ruins e começarmos a patrocinar coisas boas. Ao invés de jogar pedras nos outros, vamos usar estas pedras para fazer as fundações de uma casa de barro. Vou recolhendo as minhas. Mas devo estar errado, pois a maior parte das pessoas não pensa assim.
E-mail: [email protected]
“Faço minha parte para sensibilizar as pessoas sobre o Cerrado”
Eliseu Caetano Infelizmente a consciência de muitos ainda não se voltou para a destruição do meio ambiente, especialmente em relação ao Cerrado. Hoje sei o quanto é importante esse ecossistema. Curso a turma de Controle Ambiental no Senac de Itumbiara e pretendo me especializar nessa área. Quanto mais pessoas se sensibilizarem com essa questão, melhor; eu faço minha parte em falar cada vez mais sobre esse caso. E-mail: [email protected]“Entrevista excelente, embora a realidade seja desesperadora”
Marcos Antonio Eu diria que a entrevista com o professor Altair Sales foi excelente, muito embora a realidade que ela nos passa seja desesperadora quanto à destruição de nosso meio ambiente. Parabéns ao professor e parabéns ao Jornal Opção pela abordagem. E-mail: [email protected]“Biomas extintos pela ganância”
Joao Batista Assis Os biomas naturais estão sendo extintos e tudo por conta de empresários gananciosos. E-mail: [email protected]“A culpa foi de JK”
Geraldo Lins Boa parte da destruição do Cerrado se deve à construção de Brasília — Juscelino Kubitschek e aquela ideia esdrúxula de “levar desenvolvimento para o Brasil Central”. Ora, a única coisa que esse estúpido fez foi levar o governo para longe do povo, e trazer a maldição do progresso para locais paradisíacos. Se não houvesse Brasília, haveria um Centro-Oeste menos ocupado por essas pragas do agronegócio. E-mail: [email protected]“Intersecção rara nos pensadores atuais”
Alexandre Boratto A intersecção entre ciência e filosofia que o professor Altair Sales Barbosa faz é rara nos pensadores atuais. E-mail: [email protected]“Estamos mergulhados em um discurso de valorização do medíocre”
Valdienei Soares O texto “Realidade paralela criada pela universidade alimenta conflito social”, de José Maria e Silva (Jornal Opção 2046) foi muito bom em capturar o espírito de nosso tempo, que já foi caracterizado como a “Era da Mediocridade”. Estamos mergulhados em um discurso de massa, de valorização do medíocre, em nome de uma igualdade fantasiosa que não existe nem no céu nem no inferno. Os esquerdistas tentaram criar o paraíso na terra e só conseguiram criar um sistema político e econômico fracassado, que gerou um terror nunca antes visto na terra, nem sequer na Revolução Francesa, outra obra de intelectuais ressentidos. Os intelectuais de esquerda exercem uma atividade nefasta para o Ocidente, que eles querem destruir, pois o Ocidente triunfou com sua democracia e suas ideias de liberdade, individualismo e eficiência econômica sobre a barbárie despótica de sua sociedade igualitária, que conseguiu apenas socializar a miséria. Ressentidos com seu ideal utópico enviado para a lata de lixo da história, eles ainda não desistiram de destruir nossa sociedade e cultura. Infelizmente conseguiram alcançar o poder no Brasil e só sairão dele depois de arrastar o País para a desgraça política, social e econômica da qual Cuba é o modelo, com seus salários de 20 dólares por mês. Quando vejo a presidente dizer que o PT fará o diabo para manter o poder, é bom nos lembrarmos do que disse Hermann Goering quando seu partido, o Nacional Socialismo (Nazi), alcançou o poder na Alemanha: “daqui só saímos à bala”. Os socialistas não são contra a ditadura, eles são contra a ditadura dos outros. Nietzsche era um gênio como pensador e alguns o consideram o último grande filósofo da tradição ocidental. Sua percepção dos objetivos do socialismo foi perfeita, como se ele estivesse analisando-o após sua derrocada na década de 90. O coletivismo se tornou o objetivo da vez, ainda mais quando se tem um partido populista no poder. Imagine se nosso gosto artístico se pautar pelo gosto das massas, com sua opção pelo “kitsch”. Eis o que Nietzsche disse, com grande acuidade sobre o nefasto embrião de socialismo de sua época: “O socialismo é o visionário irmão mais novo do quase extinto despotismo, do qual quer ser herdeiro; seus esforços, portanto, são reacionários no sentido mais profundo. Pois ele deseja uma plenitude de poder estatal como até hoje somente o despotismo teve, e até mesmo supera o que houve no passado, por aspirar ao aniquilamento formal do indivíduo, o qual ele vê como um luxo injustificado da natureza, que deve aprimorar e transformar num pertinente órgão da comunidade. Devido à afinidade, o socialismo sempre aparece na vizinhança de toda excessiva manifestação de poder, como o velho, típico socialista Platão na corte do tirano da Sicília; ele deseja (e em algumas circunstâncias promove) o cesáreo Estado despótico neste século [séc. XIX], porque, como disse, gostaria de vir a ser seu herdeiro. Mas mesmo essa herança não bastaria para os seus objetivos, ele precisa da mais servil submissão de todos os cidadãos ao Estado absoluto, como nunca houve igual; e, já não podendo contar nem mesmo com a antiga piedade religiosa ante o Estado, tendo, queira ou não, que trabalhar incessantemente para a eliminação deste – pois não pode ter esperança de existir a não ser por curtos períodos, aqui e ali, mediante o terrorismo extremo. Por isso ele se prepara secretamente para governos de terror, e empurra a palavra ‘justiça’ como um prego na cabeça das massas semicultas, para despojá-las totalmente de sua compreensão (depois que esta já sofreu muito com a semi-educação) e criar nelas uma boa consciência para o jogo perverso que deverão jogar. O socialismo pode servir para ensinar, de modo brutal e enérgico, o perigo que há em todo acúmulo de poder estatal, e assim instalar desconfiança do próprio Estado. Quando sua voz áspera se juntar ao grito de guerra que diz o máximo de Estado possível, este soa, inicialmente, mais ruidoso do que nunca: mas logo também se ouve, com força tanto maior, o grito contrário que diz: o mínimo de Estado possível.” [Nietzsche em “Humano, Demasiado Humano”] E-mail: [email protected]“Conselhos populares não são o que se diz deles”
Jonas Carvalho Achei o texto “Conselhos populares surgem como meio de estar no poder mesmo sem a reeleição” (Jornal Opção 2032) tendencioso demais. Primeiramente, porque não há controle midiático. Não é à toa que existem milhares de sites, revistas (vide a “Veja) e TVs de direita que criticam o governo vigente. Em segundo lugar, porque os conselhos populares não criariam ministérios. Em terceiro, porque o governo não tem nenhuma participação nos conselhos. Por último: o governo não seria obrigado a tomar as decisões aprovadas no conselho. E-mail: [email protected]“Tarso Genro não poderia ser nomeado ao STF por Dilma”
Edilberto Dias É totalmente descabida a nota “Supremo Tribunal Federal pode se tornar segundo “ministério” da presidente Dilma Rousseff” (Jornal Opção 2052), a respeito de Tarso Genro (PT). Em que pese o governador do Rio Grande do Sul possuir notório saber jurídico, o mesmo não pode ser nomeado pela presidenta Dilma Rousseff por conta da idade. Tarso tem 67 anos e só podem ser escolhidos ministros com até 65 anos de idade. Edilberto Dias é controlador-geral do município de Goiânia. E-mail: [email protected]“Um Estado enxuto caminha melhor”
Alberto Nery Sobre a reforma administrativa do governo, espero que, com a diminuição do Estado, possamos ter um serviço de melhor qualidade. Um Estado enxuto caminha melhor. A coligação de Marconi Perillo (PSDB) era muito grande e, com certeza, em apenas dez secretarias fica difícil acomodar tantos partidos. Vamos esperar para ver. E-mail: [email protected]“Celg precisa rever suas medidas de segurança”
Otavio Manei A nota “Ronaldo Caiado afirma que instalação de linha de transmissão na região Sudoeste da capital vai prejudicar 20 mil goianienses” (Jornal Opção Online) expõe um excelente argumento do senador eleito pelo DEM, fazendo jus aos direitos básicos do cidadão brasileiro. Pelo exposto em relação a Celg, a mesma deve rever as medidas de segurança e absorver o fato como exemplo, para que, na próxima vez, pensem em primeiro lugar na saúde e no bem-estar das comunidades que serão envolvidas. Por fim, parabéns aos moradores e as todos os que estão na linha de frente do movimento, fazendo valer os princípios básicos da saúde, dignidade da pessoa humana, entre outros. E-mail: [email protected]“O crime está fora de controle no Brasil”
Charles de Aquino Estou em Londres e até aqui eu ouvi falar sobre o caso da morte de um jovem em Inhumas sob suspeita de homofobia. Infelizmente o crime no Brasil está fora de controle. Não só em relação aos homossexuais, mas em geral. Sinto muito por todos esses cidadãos brasileiros que perderam suas vidas de forma cruel e tiveram seus direitos humanos violados pelo um sentimento de ódio. E-mail: [email protected]“Os ignorantes precisam conhecer melhor seu País”
György Lajos Sobre a polêmica envolvendo o comentário de Diogo Mainardi sobre os nordestinos, vi um festival de opiniões preconceituosas. Algo que chega a ser asqueroso. Sou catarinense, moro no Rio Grande do Sul e não tenho nada contra os nordestinos . E digo mais: já visitei a região várias vezes . É um lugar lindo, de gente maravilhosa, espirituosa, hospitaleira e honesta, muito ao contrário de grande parte da mentalidade colonialista e materialista europeia que vive aqui no Sul. Grande parte dela, diga-se, afogada num mar de ignorância de dar dó. No Nordeste, ao contrário do que alguns ignorantes pensam, o nível de desenvolvimento da região é visível, sem contar o desenvolvimento humano e nível de instrução do povo. Os ignorantes e preconceituosos precisam conhecer melhor seu próprio País. E-mail: [email protected]“Fala de Mainardi não é questão de Estado”
João Paulo Silveira Definitivamente, a declaração do jornalista Diogo Mainardi não é uma questão de Estado, sobretudo pela pusilanimidade da reflexão política desse sujeito. E-mail: [email protected] [caption id="attachment_20879" align="alignright" width="300"]
“Cem anos para o jornal recompor suas perdas”
Rogério Lucas Como tem dito o jornalista Euler de França Belém, “O Popular” a cada dia está perdendo seus melhores repórteres. Então, leio a nota “A repórter Maria José Silva (Zezé) deixa a redação de O Popular”. O talento é inato. Mas a experiência é o que consolida os melhores, dá brilho às qualidades de caráter e ressalta a forma do conhecimento acumulado. Maria José Silva (foto) tinha 25 anos de casa. Levarão cem anos para o jornal se recompor. Rogério Lucas é jornalista. E-mail: [email protected]
Linha férrea entra China e Alemanha transporta material por 10.200 quilômetros, numa viagem que dura 17 dias e diminui o valor do frete à metade em relação ao transporte aéreo

Na semana passada, o embaixador da Alemanha no Brasil, Dirk Brengelman, visitou Anápolis e afirmou que Goiás e o munícipio podem se tornar uma das opções mais viáveis de investimento para as empresas de seu país e que vai se empenhar na divulgação da “história de sucesso do Estado”. A avaliação foi feita durante reunião no Porto Seco de Anápolis.
“Vamos mostrar que existe uma região do Brasil com uma logística de ponta. Fiquei impressionado, principalmente, com a posição logística estratégica de Goiás, que será muito beneficiada com o pleno funcionamento dos diferentes modais projetados para atender a região”, declarou o embaixador, em referência à Plataforma Logística Multimodal de Anápolis.
Segundo o embaixador, atualmente 1,5 mil firmas alemãs atuam no Brasil e o seu desempenho representa 10% do PIB industrial brasileiro. O embaixador comentou que se surpreendeu com a presença maciça de duas grandes empresas alemãs de logística em Anápolis, a Hamburg Sud e a DHL, que é uma subsidiária do serviço postal alemão.
O governador Marconi Perillo (PSDB) garantiu ao embaixador que o Estado pretende organizar um seminário entre empresários alemães e goianos já no primeiro semestre do ano que vem e sinalizou com a possibilidade de uma comitiva goiana visitar empresas alemãs em 2015. “Queremos realizar uma ampla rodada de negócios com a Alemanha. Estamos dispostos a realizar esta aproximação”, confirmou Marconi.
Ao elogiar os investimentos atuais na logística do Estado, Dirk mencionou os projetos em curso no município, como a construção do aeroporto de cargas, como fundamental para o fomento econômico da região.
Na ocasião, ele foi recebido pelo secretário de Indústria e Comércio, William O’Dwyer, pelo superintendente da unidade, Edson Tavares, e por lideranças locais.
Na semana passada, a Prefeitura de Anápolis lançou o Programa Plantar, uma ferramenta que irá revitalizar toda a cidade com o plantio de 50 mil mudas de árvores nos próximos meses. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco Costa, além dos plantios serem realizados nas áreas comuns do município, as mudas de árvores também serão disponibilizadas para que a população possa plantar dentro de suas propriedades. “Levando o plantio das árvores para a porta das casas das pessoas, certamente estaremos contribuindo para a melhoria do oxigênio da nossa cidade”, pontuou o secretário. O prefeito João Gomes (PT) afirmou que toda a cidade será atendida: “Para isso, temos a quantidade de mudas previstas”.

No final da semana passada, o governador reeleito Marconi Perillo (PSDB) anunciou um projeto que pretende realizar a fusão de secretarias do Estado, que passarão de 16 para 10. Por exemplo, agora as Secretarias de Indústria e Comércio; Ciência, Tecnologia e Inovação; Agricultura, Pecuária e Irrigação; e a Agência Goiana de Desenvolvimento Regional vão se unir e formar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico.
Historicamente, o tucano sempre assegurou a Anápolis o cargo principal da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), visto que a cidade ocupa o segundo lugar no ranking das maiores economias de Goiás e abriga o Distrito Agroindustrial (Daia) – o maior polo empresarial do Estado.
Mesmo com a fusão, o presidente da Federação das Indústrias de Goiás regional Anápolis, e empresário que atua no ramo de grãos, Wilson de Oliveira, acredita que o governador deverá contemplar o município de alguma forma. “A reforma administrativa proposta por Marconi pegou todos nós de surpresa. Mas as lideranças classistas e empresarias da cidade tentarão manter os espaços que a cidade sempre mereceu”, disse.
Ainda segundo Wilson, um dos possíveis nomes para assumir a nova pasta é o do deputado federal eleito Alexandre Baldy: “Ele é da nossa região e neste pleito obteve mais de 100 mil votos, o que o deixou forte e capaz de assumir qualquer cargo”.
No entanto, Wilson salientou que os anapolinos não irão “pressionar o governador” e apenas desejam que as demandas da cidade sejam atendidas pela nova secretaria. “Não vamos nos posicionar. Agora devemos esperar os anúncios dos novos secretários e os próximos capítulos dessa reforma”, afirmou.
Por sua vez, a presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acieg), Helenir Queiroz, disse ao Jornal Opção que aplaudiu de pé o anúncio da redução do número de secretarias e a exoneração de mais de 5 mil comissionados: “Essa é a expectativa do eleitor e do cidadão brasileiro. Os recursos retirados do Produto Interno Bruto (PIB) nacional são consumidos pela própria máquina da gestão pública. Espero que o Estado fique mais leve”.
Ainda para Helenir Queiroz, o que o governador está fazendo acontece diariamente nas empresas privadas. “Reformas e diminuição de cargos são comuns no mundo cooperativo. Isso serve para gerar produtividade e expandir os recursos”, defende.
A presidente da Acieg reconhece a importância da SIC e espera que o governador indique um “supernome”, talvez de Anápolis, para a nova pasta.
Atendendo a convite da bancada de Goiás no Congresso Nacional, o prefeito João Gomes (PT) participou de reunião organizada pelos parlamentares para discutir questões relacionadas a emendas orçamentárias que devem ser encaminhadas para o próximo ano. Na pauta do encontro, realizado no plenário da Câmara dos Deputados, os recursos que os 17 deputados e três senadores que representam Goiás destinam todos os anos a entidades e iniciativas de caráter social. Os responsáveis por estas instituições estavam presentes para apresentar suas demandas. João Gomes manifestou aos deputados o reconhecimento pelo trabalho que realizam para garantir melhorias importantes nos municípios, entre eles Anápolis.