Cartas

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“Melhor os militares educarem nossos jovens do que punirem nossos adultos”

[caption id="attachment_22564" align="alignright" width="300"]Repórter da TV Globo, Caco Barcelos: programa denegriu a imagem e o trabalho que escolas militares realizam / Soldado Ludimila Luíza Repórter da TV Globo, Caco Barcelos: programa denegriu a imagem e o trabalho que escolas militares realizam / Soldado Ludimila Luíza[/caption] Eliane Gomes Meu filho estava com depressão, pois estudava em uma escola particular onde esperava um atendimento de qualidade, mas desde o início do ano sofria com professores e métodos de ensino que só visavam o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e desprezavam suas dificuldades de aprendizagem, embora tenha levado diagnóstico do distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Meu filho queria desistir de estudar, chegava em casa com notas muito inferiores ao que ele poderia alcançar se tivesse oportunidade de aprender com respeito a suas limitações. Eu sofri muito e, em um ato de­sesperado, fui a uma escola militar da região noroeste de Goiânia em busca de uma vaga, pois soube que lá havia atendimento psicológico e apoio social para as famílias — estou muito emocionada e digito com todo o meu coração cada palavra desse meu relato. Fui recebida com toda a humanidade. Um anjo vestido de farda me ouviu. Eu disse: “Por favor, meu filho precisa de uma chance. Ele faz tratamento para depressão, é apenas um jovem de 16 anos que queria estar na escola e agora não tem esperança de conseguir seguir em frente... pelo menos uma chance antes de realmente desistir, ele precisa disso.” Ela me pediu dois dias, e depois disso, enfim, me disse: “Seu filho agora estará na escola certa, tudo vai ser diferente, você vai ver”. E desde o primeiro dia foi incrível! Estávamos com dificuldade para comprar o uniforme, naqueles dias: final de mês, cartão com limite estourado. Perguntei se tinha algum uniforme para doação. Eles nos doaram uma farda e foram além disso: fizeram uma vaquinha, nos deram 78 reais e me disseram para ir logo bordar a camiseta dele, comprar o bibi etc. Fiquei sem palavras, não queria aceitar, pois eu precisava só de um tempo. Iria receber e disse que devolveria, mas eles não aceitaram, dizendo que fariam de tudo para meu filho não perder nem um dia de aula, que ele poderia começar logo. Desabei, chorei de emoção. Meu filho não sofreu nenhum preconceito e está até hoje nessa escola, fazendo as provas com outros alunos e alunas que têm dificuldades intelectuais. São respeitados e amparados em suas mais íntimas necessidades, tudo de forma tão normal, tão natural. Ele está com notas melhores, está sempre sorrindo, confiante. Um dia ele chegou e me abraçou, me rodou nos braços e me agradeceu por ter ido até o Colégio Militar, por não ter deixado que ele desistisse, por ter lutado por ele. Essa foi a maior alegria que eu tive na minha vida de lutas e dificuldades de mãe de estudante. Porém, fiquei triste por ver uma matéria jornalística como essa do “Profissão Repórter”, expressando uma visão no mínimo deturpada de uma organização tão comprometida com a educação e com o ser humano. Para mim, são anjos vestidos de farda, pois quem quer que se proponha a educar, ensinar, promover a educação, o fará primeiramente por amor, pois sabemos que mais fácil é serem desvalorizados como foram pela mídia da Globo do que exaltados por sua abnegação. Melhor seria se todos os militares educassem nossos jovens do que punirem nossos adultos. Alguém discorda? Eliane Gomes é professora. E-mail: [email protected]

“Estamos vendo o País seguir a mesma trilha dos anos 60”

Alberto Nery Lendo o Editorial da edição 2055 do Jornal Opção, o qual cita o populista e velho caudilho Ge­tú­lio Vargas – a quem só conheço por meio da história e de minha fa­le­cida mãe, que sempre o referia co­mo um grande presidente. Meu pai por ser militar, o considerava um ditador que chegou ao poder porque tinha o poder de iludir a massa. Eu, em meu humildade pensamento, acho que o suicídio de Vargas foi um momento de fraqueza, ou seja, se sentiu só no poder e, como um escorpião, preferiu se matar a sair do poder à força. Como disse ele mesmo, saiu “da vida para entrar na história”. E com seu suicídio foi abortado o golpe militar que estava às portas. Em 1964, os militares, vendo que o país caminhava rumo a uma aproximação com a ex-União Soviética resolveu, com o apoio dos Estados Unidos, derrubar o governo e instalar uma ditadura militar que seria de pouca duração. Ocorre que os militares gostaram do poder e ficaram por mais de 20 anos. Hoje estamos vendo o país seguindo a mesma trilha dos anos 60. No governo Vargas, o crítico cruel chama-se Carlos Lacerda. Ficou célebre quando dizia que no Palácio do Catete havia um mar de lama. Agora, voltando para os dias atuais e tratando do governo Dilma, este não poderá mais dizer que recebeu uma herança maldita de seu antecessor. O PT está no poder há quase 12 anos e não dá mais para ficar falando do fantasma FHC que persegue o lulismo e o petismo. So­bre a honestidade de Dilma, ninguém pode questionar quando o mesmo está no governo. Todos os po­líticos só ficam ricos no segundo mandato. Mas que a mesma e o ex-presidente sabiam de tudo, isso sa­biam, porque o PT jamais faria algo sem comunicar aos seus superiores. Não podemos dizer que exista um mar de lama no Palácio do Planalto. Mas podemos dizer que pelo menos um Lago Paranoá lá existe. E-mail: [email protected]

“A esquerda tolera apenas quem dela participa”

Danilo Jandaia Concordo com o jornalista Euler de França Belém em seu texto “Escolas militares de Goiás são vítimas de jornalismo do segundo time da TV Globo” na coluna “Imprensa” (Jornal Opção 2056). Vi a matéria no dia em que o programa da TV foi ao ar. Deu a entender que o objetivo era criticar, de forma pejorativa, as escolas militares de Goiás. Ora, os últimos estabelecimentos de ensino que foram transferidos para a direção da Polícia Militar apresentaram melhoras em todos os quesitos. Creio que mais de 90% dos pais aprovam o sistema. Os resultados estão aí pra quem quiser ver. Infelizmente, mais uma vez, nota-se que tendências esquerdistas insistem em impor uma “ditatura” que, aos poucos, por meio da alienação, vai destruindo os princípios judaico-cristãos da nossa sociedade em prol de uma suposta democracia, aberta ao “diálogo”, como disse o jornalista Caco Barcellos. A esquerda tolera apenas quem dela participa. Se você é contra, é um intolerante. E-mail: [email protected]

“Aumento de vagas para advogados é ilusão”

Fred Filho Sobre a nota “Redução de impostos pode ajudar no aumento do número de empregos para advogados” (Jornal Opção Online), isso certamente beneficiará sociedades de advogados. Porém, imaginar que isso vai aumentar a oferta de empregos para advogados é ilusão. Afinal, coisa mais rara é escritório de advocacia respeitar a CLT e contratar advogado com registro em carteira. Quem é da área sabe que os advogados contratados passam a trabalhar sob a bizarra figura do “advogado associado”, que não tem previsão legal e nada mais é que a violação dos direitos trabalhistas do profissional. E o pior é que a OAB, em todos os níveis (federal e nos Estados) não se preocupa em combater essa precariedade de contratação e esse desrespeito e violação dos direitos do advogado. E por quê? Simples, porque os altos cargos da Ordem são — como sempre foram — ocupados pelos donos dos grandes escritórios de advocacia, que são justamente os que mais exploram a mão de obra de seus “colegas”. E-mail: [email protected]

“Falta estudar mais sobre recursos e consumismo”

Everaldo Leite Faltam aos estudos de Economia as disciplinas sobre uso de recursos naturais e sobre consumismo. Tenho discutido isto com alguns colegas economistas e vejo que a maioria não sabe nem por onde começar a tratar o tema. Sou um economista liberal, penso que o mercado se resolve em milhares de assuntos, mas quanto a esses temas acho que a visão capitalista nada ajuda, acredito que precisa haver uma inovação nos debates. [“Você já pensou que pode morrer em uma guerra por água?”, Jornal Opção 2054] Everaldo Leite é economista, professor e colaborador do Jornal Opção. E-mail: [email protected]

“Só mudamos com a corda no pescoço”

Pablo Faria Bela reflexão de Elder. E, de fato, é um fato triste de se constatar: só mudamos quando a corda está no pescoço, infelizmente. E-mail: [email protected]

“O Brasil tem sede de respeito pelo meio ambiente”

Ober Caldas Traga-me um copo d’água, te­nho sede! O Brasil tem sede e fo­me de educação, pesquisa e respeito pelo meio ambiente. Para­béns, professor Altair Sales, por sua entrevista ao Jornal Opção (edição 2048)! E-mail: [email protected]

“Ingleses provocaram os argentinos primeiro”

Weber Marques Lima Em relação à nota “Jornalista inglês garante: governo argentino prepara uma nova Guerra das Malvinas” (Jornal Opção Online), apenas um fato histórico deve ser ressaltado: quem tudo iniciou a disputa foram os ingleses, que, em 1845, tentaram dominar o Rio da Prata sob o falso pretexto de garantir-lhe a navegabilidade durante problemas internos da Argentina. Essa indevida ingerência britânica provocou a batalha de Vuelta de Obligado, quando as tropas argentinas fizeram bater em retirada uma força tarefa franco-britânica. Ah esses europeus, quando desejam, sabem ser hipócritas... E-mail: [email protected]

“Anselmo Pereira presidir a Câmara é questão de Justiça”

Celia Gillet A indicação do vereador Anselmo Pereira para a presidência da Câmara de Goiânia é uma questão de justiça. Não querendo desmerecer nenhum outro parlamentar, Anselmo é o mais preparado, conhece a Câmara como ninguém, com vários mandatos, tem caráter e, principalmente, é honesto. Não sou de seu partido — sou PMDB —, mas sei reconhecer as qualidades e está na hora do gestor escolher pessoas capacitadas e não por barganhas. O Brasil precisa mudar e vamos começar por Goiânia. E-mail: [email protected]

“Os sete pecados capitais de um governante”

Jeferson de Castro Veira O Editorial da edição 2054 do Jornal Opção — em que vejo, particularmente, sombras de Keynes, Marx e Schumpeter — : descreve os sete pecados capitais de um governante. 1) achar que o Estado não pode ser inovador — leio a economista Mariana Mazzucato há muito tempo e ela prova que pode; 2) achar que não deva fazer reforma tributária; 3) achar que subsídios devem ser para todos; 4) não se inserir na cadeia global de produção — virar as costas para EUA, União Europeia e Japão; 5) achar que produtividade no setor público é bobagem; 6) achar que governo não mexe com ambiente de negócio; 7) tentar agradar a todos — consenso com 51% já está de bom tamanho. Jeferson de Castro Vieira é economista.

Prefeitura de Rio Verde dá resposta a nota

Prefeitura de Rio Verde dá resposta a nota

Secretaria de Comunicação Em resposta à nota “Juraci Martins é o prefeito das obras que nunca terminam” (Jornal Opção 2055), temos a dizer que a oposição bem que tenta difamar o prefeito Juraci Martins (PSD) com suas falácias, mas, enquanto a turma da “rádio peão” fica no falatório, o prefeito trabalha e as obras estão a todo vapor por toda a cidade. Juraci assumiu a Prefeitura com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores de Rio Verde e, desde o início de sua administração, as obras são realizadas pensando na diferença que irão fazer na vida de todos. Somente em 2014 obras importantes foram concluídas e entregues a quem realmente interessa, a população rio-verdense. Entre elas, a Biblioteca Municipal, o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), o Centro Poliesportivo do Canaã, o Parque Ecológico. Problemas antigos foram solucionados, como a construção das pontes do Parque Betel e da Vila Menezes. A obra da Rodoviária foi concluída e entregue e a Avenida 1 — situada entre a Avenida 25 e a Avenida Presidente Vargas, que liga a região sudoeste e oeste — irá melhorar em muito o trânsito na região. Dia 15 de dezembro serão entregues as 220 casas do Residencial Nilson Veloso II, concluindo 2 mil unidades habitacionais entregues pelo prefeito. No dia 16 será entregue o Centro de Artes e Esportes Unificados (CEUs) no bairro Céu Azul. Em seis anos foram investidos mais de R$ 70 milhões em asfalto e recapeamento, sendo mais de R$ 12 milhões apenas este ano, em que a malha asfáltica da cidade e dos distritos de Lagoa do Bauzinho, Ouroana e Riverlândia foram recuperadas. Em 2014 também foi investido mais de R$ 5 milhões em redes pluviais. A zona rural teve mais de 2,5 mil quilômetros de estradas vicinais reformadas e três novas pontes de concreto foram construídas. E a administração não está focada apenas nas obras. Dez novos caminhões estão realizando a coleta de lixo, houve a aquisição de nove ambulâncias para a Secretaria de Saúde, a revitalização de canteiros centrais de avenidas e praças e a doação de mudas de árvores, totalizando 11 mil mudas que irão contribuir para a melhoria da arborização na cidade, trazendo impacto real ao meio ambiente. Também houve a implantação de 30 câmeras de videomonitoramento, um investimento importante para a melhora na segurança, com elas já a redução no número de assaltos e um aumento nas prisões de todas as espécies estão sendo percebidos por todos. A obra mais importante da administração é o investimento no ser humano e a qualificação de mão de obra. A média das escolas municipais no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] é de 6,8, maior que a média do Estado e do País. Os investimentos na área social são uma preocupação diária. Jovens são atendidos com os programas Curso Pré-vestibular, Telecentro, Bolsa Futuro, Pró-Jovem Urbano, Internet para To­dos e Contra Turno, além de atividades como hip hop, malabarismo, circo, capoeira e demais artes marciais; a Secretaria de Assistência Social beneficia 20 mil famílias por ano; mais de R$ 5 milhões são investidos em Bolsa Universitária e R$ 6 milhões em convênios com instituições filantrópicas do município. Rio Verde se tornou referência em assistência social e tivemos três programas premiados em eventos nacionais. As obras das creches estão em andamento. Todas já foram licitadas e estão seguindo o cronograma estipulado. A Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano está fiscalizando e duas estão em fase adiantadas com conclusão prevista para o próximo ano. Também em fase adiantada, com entrega até o final do mandato, estão a construção da canalização do Córrego do Sapo, da nova sede do Centro de Referência Especializado em As­sistência Social (Creas), do Centro Esportivo do Bairro Gameleira, e do mini anel viário, a entrega de mais cinco pontes de concreto na zona rural. Em fase de finalização, a recuperação do Córrego Barrinha, a ampliação e reforma do Albergue Municipal, a reforma do Centro de Convivência ao Idoso (Conviver), da Praça da Morada do Sol e a revitalização da orla do Residencial Dona Gercina. Com início para o próximo ano, a Prefeitura terá a reforma do aeroporto, obra que já está licitada. Será um investimento de R$ 20 milhões. Outras obras: a ampliação e reforma do Hospital Municipal, que deverá ser licitada nos próximos dias; a instalação de mais 30 câmeras de videomonitoramento; e a complementação do recapeamento da malha asfáltica dos bairros da cidade que ainda não receberam o benefício, um investimento de mais de R$ 12 milhões. A obra de construção da creche em parceria com a BRF está em fase adiantada e Rio Verde sediará a Unidade Regional da Polícia Florestal, localizada na Vila Mariana. As obras do Hospital Materno Infantil já foram iniciadas, mas, por causa do período eleitoral, o recurso repassado foi apenas para a terraplanagem do terreno. Agora, com o fim do período eleitoral, os recursos serão novamente enviados e a obra seguirá o planejamento com término previsto para 2016. Pensando ainda no crescimento da cidade, é necessário pensar em melhorias no sistema de captação de água que ainda é antigo, a Prefeitura está trabalhando para uma nova central de abastecimento, com a canalização do Rio Verdinho. A oposição usa os meios que encontra para tentar desmoralizar a administração; afinal é o papel dela. Mas é preciso reconhecer que os munícipes não tem ido ao encontro desse pensamento: hoje cerca de 70% da população está satisfeita com a administração, que trabalha arduamente para a melhora da qualidade de vida de todos. Rio Verde tem uma localização privilegiada, terras férteis e um clima propício para a agricultura. Com isso a cidade se tornou referência no agronegócio, destacando-se entre os maiores produtores de grãos e tendo o terceiro maior rebanho do Estado. A economia cresce 14% ao ano, o dobro da economia chinesa, o que tem atraído grandes empresas para a cidade. A administração tem investido muito em infraestrutura para dar suporte a todo esse crescimento, mas essa não é a única preocupação: os investimentos em ações sociais e na qualificação profissional também são uma realidade, e o resultado disso é que a cidade ser referência nacional no agronegócio, na educação e assistência social. Com isso investimentos estão chegando e a administração trabalha para construir uma sociedade mais justa, com geração de empregos e oportunidades a quem aqui nasceu e a quem escolheu Rio Verde para viver. E-mail: [email protected]

Leitores reagem à reportagem polêmica da Rede Globo sobre os colégios militares de Goiás 

[caption id="attachment_21982" align="alignleft" width="620"]Foto: divulgação Foto: divulgação[/caption]

“O ‘Profissão Repórter’ produziu uma reportagem mentirosa e difamatória”

Sandra Silva Xavier Rosa Sobre a matéria “Profissão Repórter sobre colégios militares de Goiás é criticado nas redes sociais” (Jornal Opção Online), no dia em que foi filmada esta reportagem eu estava no CPMG [Colégio da Polícia Militar de Goiás] Hugo de Carvalho Ramos, onde minha filha Larissa Silva Xavier Rosa é aluna do 8º ano e estava sendo homenageada com a estatueta que é entregue aos alunos nota 10, medalhas de ouro e alamar. Quero ressaltar aqui o meu desagrado com a referida reportagem, pois não reflete de forma alguma o que acontece no CPMG, pois minha filha entrou nessa escola no ano de 2012 e nesse primeiro ano eu estive nesta instituição de ensino todos os dias letivos tendo contato com o diretor, professores, outros alunos, pais de outros alunos e demais funcionários. Pude ver a forma com que são tratados os alunos — com disciplina e rigor, sim, mas também com muito respeito e dignidade — e com o devido conhecimento de causa venho expressar meus sentimentos de desagrado e de­ce­pção para com o veículo de informação — a Rede Globo — que permitiu ir ao ar uma reportagem mentirosa e difamatória que não mostra a realidade e muito menos a opinião dos pais, alunos, ex-alunos, professores e funcionários. E-mail: [email protected]

“O Colégio Militar foi a melhor época da minha vida”

Débora de Castro Confesso que tentei ficar acordada até mais tarde para assistir o “Profissão Repórter” quando foi ao ar, mas não consegui porque acordo cedo para trabalhar todos os dias. Sou formada e pós-graduada e trabalho na profissão que eu escolhi, porque tive uma base excelente para estudar o suficiente e fazer minhas próprias escolhas, porque tive educação, ensino, regimento interno e toda a estrutura que o Colégio da Polícia Militar de Goiás me proporcionou. Isso não me impediu de assistir o programa online, depois de ver tanta gente indignada na minha rede social. Apesar de nunca ter sido uma aluna exemplar, com nota de comportamento 10 ou com distintivos, tive minha conduta formada, meus princípios construídos, minha moral estabelecida dentro dessa instituição. Sabemos que a educação co­me­ça em casa, mas também sabemos que a criança e o adolescente ficam a maior parte do seu tempo na escola e é lá que ela vai aprender a respeitar os mais velhos, a entender hierarquias, cidadania, conviver de forma igual com pessoas de níveis e rendas diferentes. É muitas vezes na escola que ele vai aprender o que é certo, o que é errado e que existem consequências para toda escolha mal pensada. É lá que ele entende que na vida existem regras a serem cumpridas, mas que também tem seus reconhecimentos, caso ele faça algo certo. Passaram-se seis anos depois da minha conclusão do ensino médio e a minha opinião não se desfaz: o Colégio Militar foi, de longe, a melhor época da minha vida. Tive um ensino de colégio particular pagando preço de colégio público. Tenho muitas saudades e, se eu pudesse escolher passar por tudo de novo, certamente minha escolha não seria diferente. Com certeza se tiver oportunidade, meus filhos também estudarão lá. Ao contrário do que a reportagem mostrou, tenho muitas saudades das festas, das músicas no recreio, das mostras culturais, dos jogos internos, das bandas da escola, das aulas de teatro e dança. Sou muito grata a cada professor, a cada colega (todos viraram verdadeiros amigos) e a cada militar que fez diferença na minha vida dentro e fora do colégio, nos arredores, na diretoria, nas continências dos corredores, nos hasteamentos das bandeiras, nos cantos do Hino Nacional, nas sete formações que tínhamos por dia. Em cada “sentido” e “descansar”. E a cada desfile de 24 de Outubro e 7 de Setembro, para recuperar a nota de comportamento. Em cada “Cadê o bibico, aluno?”. Por todas as tentativas de me tornar uma aluna “caxias”. Agradeço por todas as punições sobre meias brancas, brincos do segundo furo, unhas pintadas, atrasos, cabelos soltos, uniformes incompletos. Pode parecer motivos pequenos para se punir um aluno, mas graças a esses pequenos motivos não existiram motivos maiores. Obrigada por terem feito parte da minha história. E-mail: [email protected]‬‬

“Matéria foi manipulada pela Rede Globo”

Brunno Gonçalves Sou aluno do CPMG-HCR [Colégio da Polícia Militar de Goiás Hugo de Carvalho Ramos] e realmente a matéria exibida pela Rede Globo foi manipulada. Houve sensacionalismo barato e eu duvido que algum professor, de fato, tenha dito o que mostraram. O pior é que quem não está dentro do colégio ou não tem conhecimento sobre ele acredita na matéria e começa a criar um preconceito sobre o CPMG, só pelo que foi apresentado. Isso é manipulação. Tenho muito orgulho de estudar em uma unidade militar e posso garantir: está sendo uma escolha minha permanecer lá. Realmente, a presença militar faz a diferença. Brunno Gonçalves é estudante do Colégio Militar Hugo de Carvalho Ramos. E-mail: [email protected]

“Sem comparação às outras escolas públicas”

Ana Paula Rosa Matéria tendenciosa e manipuladora no “Profissão Repór­ter”. Se fosse como nela disseram, não teria tanta concorrência para entrar. Aqui no Paraná, quase 3 mil disputam as vagas, pelo ensino de qualidade, civismo, porque os colégios militares, além de serem os melhores, ensinam a ser cidadãos, sem comparação às outras escolas públicas, onde tem de tudo — violência, tráfico, agressões e estudo falho. E-mail: [email protected]

“Governo é contra tudo que é organizado”

Fernando Sousa Matéria encomendada. Todos sabemos que o governo federal é contra tudo que é organizado, é só ver a PEC 51 [proposta de emenda constitucional que quer desmilitarizar a PM]. Não podemos intitular como “ditadura militar”; o correto é “regime militar”. Os anarquistas da década de 60 não aceitavam correções e logo faziam bagunça para estragar o governo militar. A ditadura foi imposta pelos guerrilheiros comunas. E-mail: [email protected]

“Na gestão cultural, é preciso mostrar não as ancas, mas os neurônios”

cartas.qxd José PX Silveira Jr. Parabéns ao Jornal Opção pelo editorial “Reforma de Marconi quer Estado mais útil pra sociedade. Cerebraço é mais inteligente do que bundaço” (edição 2054). O texto é um passeio sobre diferentes visões de governança para chegar ao exemplo mais vigoroso da atualidade, que é a reforma proposta por Marconi Perillo. O governador goiano se antecipou ao que deve ser uma tendência nacional, sobretudo tendo em vista a magra expectativa de mais um governo federal petista. Na área da cultura, que sigo de perto, podemos tecer uma narrativa tanto real quanto fortemente simbólica para outros setores: a saída de Marta Suplicy [ex-ministra da pasta, deixou o cargo no início do mês] fez o Brasil acordar para o fato de que ficamos 12 anos com a gestão cultural no Brasil derrapando na mesma trilha, com idas e vindas, avanços anulados por recuos. Derrapar nem seria tanto o problema, já que o esforço de acertar é sempre bem visto. O problema é que não se sabe que trilha é essa. As atualizações dos ministros Gilberto Gil, os esforços de Juca Ferreira, as reticências de Ana Buarque e o mergulho de Marta Suplicy, convenhamos, nos embrulharam neste 12 anos de “viva a cultura”, cujos principais legados foram antagonismos e vaidades. A paralisia da reformulação dos benefícios fiscais (Lei Rouanet), as prioridades invertidas nos investimentos diretos (Fundo Nacional de Cultura), os editais segmentados e etnocentrados, tudo parece caso de esquizofrenia oficial, em que se aponta para lá e para cá, sem saber onde está o alvo. O vale-cultura, saudado como a panaceia da década, gorou e ninguém sabe onde está. A criação do Sistema Nacional de Cultura (SNC) forçou os Estados a criarem suas secretarias de Cultura, pois, caso contrário, não estariam aptos aos repasses financeiros. E que repasses foram estes? Estados, como o de Goiás — que transformou sua Agência de Cultura em secretaria em 2012 —, se alinharam, mas não viram avanços nas contrapartidas e agora, como propõe o governador Marconi, é hora de buscar novos caminhos, libertar-se das amarras e expectativas frustrantes para se lançar na “gestão necessária”. Creio que Goiás pode dar exemplos criativos e fascinantes. Podemos fazer aqui “a melhor gestão cultural do Brasil”, como quer Marconi nesta e em outras áreas. É claro que, para que isso aconteça, é preciso mostrar não as ancas, mas os neurônios. E-mail: [email protected]

“Um Editorial que deve servir para ampla discussão”

Jales Naves Parabéns ao Jornal Opção pelo Editorial. Como sempre, uma lição, pa­ra leitores e administradores. Ao situar a proposta de reforma administrativa que o governador Marconi Perillo encaminhou à Assembleia Legislativa do Estado nos modelos da moderna gestão pública, de redução de custos para ter mais recursos para investir, o jornal oferece uma nova visão de governantes que ousam e promovem mudanças importantes, que se refletem na vida dos cidadãos. Um Editorial para ser lido e servir para ampla discussão sobre o papel do Estado e sua relação com a economia. Jales Naves é jornalista.

“Da necessidade surge o necessário”

Abadia Lima  Editorial muito esclarecedor. Precisamos mesmo analisar com cuidado o que se passa no Brasil, o desmantelamento da política econômica brasileira e o significado do Estado ne­cessário de Marconi Perillo. Uma reforma como a enviada pelo governador à Assembleia pode significar mais um salto rumo ao desenvolvimento econômico de Goiás e de seus mais de 6 milhões de habitantes. É preciso muita coragem e sabedoria para lançar mão de uma profunda reforma, que pode inclusive desagradar a alguns. Mas da necessidade é que surge o necessário. E Marconi sabe disso. Abadia Lima é jornalista.

“Admiro a coragem política, mas discordo”

Miguel Ivan Lacerda  Discordo desse modelo de Estado mínimo [referido no editorial do Jornal Opção] como propulsor do desenvolvimento, mas admiro a coragem política de pôr em prática o que se acredita (e bom timing político). Acho que os economistas da inovação, diferentemente do artigo, iriam discordar dessa redução estatal. Concordo em parte com Edmund Phelps, do livro “Mass Flourishing”, que sustenta ser preciso promover “uma cultura protetora e inspiradora da individualidade, imaginação, compreensão e autoexpressão que propulsione a inovação nativa de uma nação” ou Estado. Essa filosofia reducionista do papel do governo, de que apenas por meio de uma total reforma (corte) de suas instituições o dinamismo poderá ser recuperado, simplifica as políticas anticíclicas e podem ter um efeito perverso na prosperidade futura. Mas acredito que o efeito no PIB em Goiás vai ser positivo não por causa da reforma (que eu acho negativa), mas por causa do ajuste cambial, que vai favorecer commodities e por causa do problema da seca em 2015, que vai valorizar os produtos produzidos em Goiás. Entretanto, os efeitos distributivos desse crescimento não serão sentidos pela população, por causa do desmonte das instituições repassadores da política distributiva. Se o problema é fiscal, o impacto de uma redução dos subsídios a grandes empresas do Estado seria melhor — o mesmo serve para o governo federal. Miguel Ivan Lacerda é economista e ex-secretário nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional.

“Necessitamos mudar a rota sem perder o leme”

Dolly Soares Parabéns pelo Editorial. Sei que necessitamos mudar a rota, mas não podemos perder o leme. Tenho medo de propostas de mudanças elaboradas por cabeças brilhantes, poucas mãos e que brotam da noite para o dia. Em plena democracia, o diálogo passou longe. Como diz uma grande amiga, “assistimos a noite escura do silêncio e do desrespeito deixar de ser lenço, para se arvorar em cobertor. Indignação e muitíssima preocupação, pois moramos em um Estado em que valores estamentais querem sacramentar a desigualdade de gêneros e minimizar as lutas por igualdade de gênero, raça e opção sexual”. Acredito que está reengenharia não dará liga , os novos mesmos ainda não tomaram Biotônico Fontoura. Dolly Soares é diretora financeira do Centro de Valorização da Mulher (Cevam).

“Todos temos participação na destruição do planeta”

[caption id="attachment_20877" align="alignright" width="620"]Altair Sales: entrevista oportuna | Foto: Edilson Pelikano Altair Sales: entrevista oportuna | Foto: Edilson Pelikano[/caption] Klaus Volkmann Bem oportuna, a entrevista de Altair Sales Barbosa [“O Cerrado está extinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água”, Jornal Opção 2048]. Só falha em esquecer-se de deixar claro que todos nós temos participação direta na destruição do planeta e não só os grandes bancos e políticos “malvados”. Nós também não estamos nem aí, gostamos de reclamar para aliviar nossa consciência e seguimos atacando quem sugere vivermos de uma forma mais simples em uma relação mais direta e respeitosa com a natureza. Veganismo é uma solução tão simples quanto a bicicleta; é muito mais saudável, pode ser mais gostoso, não escraviza os animais, nos leva a comer mais orgânicos, usa muitíssimo menos terra e muitíssimo menos água. Mas carro é mais confortável. Dá para entender, não é? Já é hora de parar de reclamar: é hora de agir, pararmos de patrocinar coisas ruins e começarmos a patrocinar coisas boas. Ao invés de jogar pedras nos outros, vamos usar estas pedras para fazer as fundações de uma casa de barro. Vou recolhendo as minhas. Mas devo estar errado, pois a maior parte das pessoas não pensa assim. E-mail: [email protected]

“Faço minha parte para sensibilizar as pessoas sobre o Cerrado”

Eliseu Caetano Infelizmente a consciência de muitos ainda não se voltou para a destruição do meio ambiente, especialmente em relação ao Cerrado. Hoje sei o quanto é importante esse ecossistema. Curso a turma de Controle Ambiental no Senac de Itumbiara e pretendo me especializar nessa área. Quanto mais pessoas se sensibilizarem com essa questão, melhor; eu faço minha parte em falar cada vez mais sobre esse caso. E-mail: [email protected]

“Entrevista excelente, embora a realidade seja desesperadora”

Marcos Antonio Eu diria que a entrevista com o professor Altair Sales foi excelente, muito embora a realidade que ela nos passa seja desesperadora quanto à destruição de nosso meio ambiente. Parabéns ao professor e parabéns ao Jornal Opção pela abordagem. E-mail: [email protected]

“Biomas extintos pela ganância”

Joao Batista Assis Os biomas naturais estão sendo extintos e tudo por conta de empresários gananciosos. E-mail: [email protected]

“A culpa foi de JK”

Geraldo Lins Boa parte da destruição do Cerrado se deve à construção de Brasília — Juscelino Kubitschek e aquela ideia esdrúxula de “levar desenvolvimento para o Brasil Central”. Ora, a única coisa que esse estúpido fez foi levar o governo para longe do povo, e trazer a maldição do progresso para locais paradisíacos. Se não houvesse Brasília, haveria um Centro-Oeste menos ocupado por essas pragas do agronegócio. E-mail: [email protected]

“Intersecção rara nos pensadores atuais”

Alexandre Boratto A intersecção entre ciência e filosofia que o professor Altair Sales Barbosa faz é rara nos pensadores atuais. E-mail: [email protected]

“Estamos mergulhados em um discurso de valorização do medíocre”

Valdienei Soares O texto “Realidade paralela criada pela universidade alimenta conflito social”, de José Maria e Silva (Jornal Opção 2046) foi muito bom em capturar o espírito de nosso tempo, que já foi caracterizado como a “Era da Medio­cridade”. Estamos mergulhados em um discurso de massa, de valorização do medíocre, em nome de uma igualdade fantasiosa que não existe nem no céu nem no inferno. Os esquerdistas tentaram criar o paraíso na terra e só conseguiram criar um sistema político e econômico fracassado, que gerou um terror nunca antes visto na terra, nem sequer na Revolução Francesa, outra obra de intelectuais ressentidos. Os intelectuais de esquerda exercem uma atividade nefasta para o Ocidente, que eles querem destruir, pois o Ocidente triunfou com sua democracia e suas ideias de liberdade, individualismo e eficiência econômica sobre a barbárie despótica de sua sociedade igualitária, que conseguiu apenas socializar a miséria. Ressentidos com seu ideal utópico enviado para a lata de lixo da história, eles ainda não desistiram de destruir nossa sociedade e cultura. Infelizmente conseguiram alcançar o poder no Brasil e só sairão dele depois de arrastar o País para a desgraça política, social e econômica da qual Cuba é o modelo, com seus salários de 20 dólares por mês. Quando vejo a presidente dizer que o PT fará o diabo para manter o poder, é bom nos lembrarmos do que disse Hermann Goering quando seu partido, o Nacional Socialismo (Nazi), alcançou o poder na Alemanha: “daqui só saímos à bala”. Os socialistas não são contra a ditadura, eles são contra a ditadura dos outros. Nietzsche era um gênio como pensador e alguns o consideram o último grande filósofo da tradição ocidental. Sua percepção dos objetivos do socialismo foi perfeita, como se ele estivesse analisando-o após sua derrocada na década de 90. O coletivismo se tornou o objetivo da vez, ainda mais quando se tem um partido populista no poder. Imagine se nosso gosto artístico se pautar pelo gosto das massas, com sua opção pelo “kitsch”. Eis o que Nietzsche disse, com grande acuidade sobre o nefasto embrião de socialismo de sua época: “O socialismo é o visionário irmão mais novo do quase extinto despotismo, do qual quer ser herdeiro; seus esforços, portanto, são reacionários no sentido mais profundo. Pois ele deseja uma plenitude de poder estatal como até hoje somente o despotismo teve, e até mesmo supera o que houve no passado, por aspirar ao aniquilamento formal do indivíduo, o qual ele vê como um luxo injustificado da natureza, que deve aprimorar e transformar num pertinente órgão da comunidade. Devido à afinidade, o socialismo sempre aparece na vizinhança de toda excessiva manifestação de poder, como o velho, típico socialista Platão na corte do tirano da Sicília; ele deseja (e em algumas circunstâncias promove) o cesáreo Estado despótico neste século [séc. XIX], porque, como disse, gostaria de vir a ser seu herdeiro. Mas mesmo essa herança não bastaria para os seus objetivos, ele precisa da mais servil submissão de todos os cidadãos ao Estado absoluto, como nunca houve igual; e, já não podendo contar nem mesmo com a antiga piedade religiosa ante o Estado, tendo, queira ou não, que trabalhar incessantemente para a eliminação deste – pois não pode ter esperança de existir a não ser por curtos períodos, aqui e ali, mediante o terrorismo extremo. Por isso ele se prepara secretamente para governos de terror, e empurra a palavra ‘justiça’ como um prego na cabeça das massas semicultas, para despojá-las totalmente de sua compreensão (depois que esta já sofreu muito com a semi-educação) e criar nelas uma boa consciência para o jogo perverso que deverão jogar. O socialismo pode servir para ensinar, de modo brutal e enérgico, o perigo que há em todo acúmulo de poder estatal, e assim instalar desconfiança do próprio Estado. Quando sua voz áspera se juntar ao grito de guerra que diz o máximo de Estado possível, este soa, inicialmente, mais ruidoso do que nunca: mas logo também se ouve, com força tanto maior, o grito contrário que diz: o mínimo de Estado possível.” [Niet­zsche em “Humano, Demasiado Humano”] E-mail: [email protected]

“Conselhos populares não são o que se diz deles”

Jonas Carvalho Achei o texto “Conselhos po­pu­lares surgem como meio de es­tar no poder mesmo sem a reeleição” (Jornal Opção 2032) tendencioso demais. Primeiramente, porque não há controle midiático. Não é à toa que existem mi­lha­res de sites, revistas (vide a “Ve­ja) e TVs de direita que criticam o governo vigente. Em se­gundo lugar, porque os conselhos populares não criariam mi­nistérios. Em terceiro, porque o governo não tem nenhuma participação nos conselhos. Por último: o governo não seria obrigado a tomar as decisões aprovadas no conselho. E-mail: [email protected]

“Tarso Genro não poderia ser nomeado ao STF por Dilma”

Edilberto Dias É totalmente descabida a nota “Supremo Tribunal Federal pode se tornar segundo “ministério” da presidente Dilma Rousseff” (Jornal Opção 2052), a respeito de Tarso Genro (PT). Em que pese o governador do Rio Grande do Sul possuir notório saber jurídico, o mesmo não pode ser nomeado pela presidenta Dilma Rousseff por conta da idade. Tarso tem 67 anos e só podem ser escolhidos ministros com até 65 anos de idade. Edilberto Dias é controlador-geral do município de Goiânia. E-mail: [email protected]

“Um Estado enxuto caminha melhor”

Alberto Nery Sobre a reforma administrativa do governo, espero que, com a diminuição do Estado, possamos ter um serviço de melhor qualidade. Um Estado enxuto caminha melhor. A coligação de Marconi Perillo (PSDB) era muito grande e, com certeza, em apenas dez secretarias fica difícil acomodar tantos partidos. Vamos esperar para ver. E-mail: [email protected]

“Celg precisa rever suas medidas de segurança”

Otavio Manei A nota “Ronaldo Caiado afirma que instalação de linha de transmissão na região Sudoeste da capital vai prejudicar 20 mil goianienses” (Jornal Opção Online) expõe um excelente argumento do senador eleito pelo DEM, fazendo jus aos direitos básicos do cidadão brasileiro. Pelo exposto em relação a Celg, a mesma deve rever as medidas de segurança e absorver o fato como exemplo, para que, na próxima vez, pensem em primeiro lugar na saúde e no bem-estar das comunidades que serão envolvidas. Por fim, parabéns aos moradores e as todos os que estão na linha de frente do movimento, fazendo valer os princípios básicos da saúde, dignidade da pessoa humana, entre outros. E-mail: [email protected]

“O crime está fora de controle no Brasil”

Charles de Aquino Estou em Londres e até aqui eu ouvi falar sobre o caso da morte de um jovem em Inhumas sob suspeita de homofobia. Infelizmente o crime no Brasil está fora de controle. Não só em relação aos homossexuais, mas em geral. Sinto muito por todos esses cidadãos brasileiros que perderam suas vidas de forma cruel e tiveram seus direitos humanos violados pelo um sentimento de ódio. E-mail: [email protected]

“Os ignorantes precisam conhecer melhor seu País”

György Lajos Sobre a polêmica envolvendo o comentário de Diogo Mainardi sobre os nordestinos, vi um festival de opiniões preconceituosas. Algo que chega a ser asqueroso. Sou catarinense, moro no Rio Grande do Sul e não tenho nada contra os nordestinos . E digo mais: já visitei a região várias vezes . É um lugar lindo, de gente maravilhosa, espirituosa, hospitaleira e honesta, muito ao contrário de grande parte da mentalidade colonialista e materialista europeia que vive aqui no Sul. Grande parte dela, diga-se, afogada num mar de ignorância de dar dó. No Nordeste, ao contrário do que alguns ignorantes pensam, o nível de desenvolvimento da região é visível, sem contar o desenvolvimento humano e nível de instrução do povo. Os ignorantes e preconceituosos precisam conhecer melhor seu próprio País. E-mail: [email protected]

“Fala de Mainardi não é questão de Estado”

João Paulo Silveira Definitivamente, a declaração do jornalista Diogo Mai­nardi não é uma questão de Estado, sobretudo pela pusilanimidade da reflexão política desse sujeito. E-mail: [email protected] [caption id="attachment_20879" align="alignright" width="300"]Maria José | Foto: Reprodução/Facebook Maria José | Foto: Reprodução/Facebook[/caption]

“Cem anos para o jornal recompor suas perdas”

Rogério Lucas Como tem dito o jornalista Euler de França Belém, “O Popular” a cada dia está perdendo seus melhores repórteres. Então, leio a nota “A repórter Maria José Silva (Zezé) deixa a redação de O Popular”. O talento é inato. Mas a experiência é o que consolida os melhores, dá brilho às qualidades de caráter e ressalta a forma do conhecimento acumulado. Maria José Silva (foto) tinha 25 anos de casa. Levarão cem anos para o jornal se recompor. Rogério Lucas é jornalista. E-mail: [email protected]

“Mainardi e o pensamento mediano do cidadão do Sul”

Louis Fergon Acabo de ler o texto “Crítica do escritor Diogo Mainardi ao Nordeste merece resposta dura mas não é uma questão de Estado” (Jornal Opção 2052, coluna “Imprensa”). No pensamento geral dos sulistas, o Norte/Nordeste deve ser a região fornecedora de matéria-prima e mão de obra barata para suas indústrias. Ou seja, colônias do Sul. Diogo Mainardi representa o pensamento geral paulistano. Ele tem direito de escrever o que pensa, seja ofensivo ou não. Nós temos o direito também de declarar que precisamos de autonomia e descentralização do poder. A opinião de Mainardi retrata o pensamento do cidadão mediano do Sul do País sobre os nordestinos: devem servir para empregadas domésticas e peões — e só. Por isso, devem ser submissos à vontade de seus amos. Sim, amos, porque são escravos, sem vontade nem opinião própria. Faz pouco tempo alguém propôs que limitassem o acesso dos nordestinos a feudos elites pró-europeias brasileiras. E-mail: [email protected]  

“Quem se mostrou ruim tem de sair do poder”

Roberto Nery Devemos respeitar as opiniões e maneiras de se expressar desde que não elas firam as leis. Eu sou assíduo telespectador do “Manhattan Connection”, programa da Globonews, e acho que, em relação às palavras de Diogo Mainardi, houve um pouco de má interpretação e vaidade por parte do jogador [o atacante Hulk, que disputou a Copa pela seleção brasileira] e só. Eu respeito demais as opiniões de Mainardi para não entender o que quis dizer, sendo tão inteligente jornalista e escritor. Morei no Nordeste, tenho amigos nordestinos e poderia até me irritar com o comentário que, em primeira análise, poderia injusto. Ele é mesmo contundente em suas palavras, mas até aí não há nada de errado, em minha humilde opinião. Acho, sim — e é inegável — que o Nordeste é uma região com baixíssimo índice de desenvolvimento e com grande e esmagadora maioria da população sem ter consciência do que realmente importa ao Pais. Por esse motivo, prefere manter no poder alguém que dá dinheiro (Bolsa Família) com finalidade eleitoreiras. O jogo democrático é assim, infelizmente, e teremos de aceitar. Se aqueles que, como eu, erradamente em outras eleições preferia não votar por conta da desilusão com a instituição política votasse sem abstenção ou sem anular seu voto, acho que esta história seria bem diferente, haja vista a margem de diferença nesta eleição. Veja se é mentira neste caso. Quando nos setores mais produtivos do País um mandatário faz besteira, o sujeito faz uma vez só, porque quem tem mais comprometimento pagando as contas do governo não se deixa ser sacaneado por muito tempo. Ou seja: quer fazer besteira, faça uma vez só. Essa seria a chance de Aécio Neves (PSDB), para quem não boto minha mão no fogo, entretanto. Ele seria apenas uma oportunidade de mudança; se não mudasse, colocaríamos outro e assim por diante. Ou seja, se fizer besteira tem de mudar. A Região Nordeste acabou mostrando, em minha opinião, que não importa nem os escândalos do mensalão nem da Petrobrás: desde que se garanta o “dinheirinho sujo” do Bolsa Família e outras medidas assistencialistas, então, está tudo bem. Ou seja, a população deixando o PT no poder está dizendo, em voz bem alta, que devem continuar roubando. Agora, para mim, não importa o que vem de diferente: se mostrou que é ruim, tem de sair do poder. E o único poder que o contribuinte tem é o de tirar o poder de quem está roubando. E-mail: [email protected]

“Um jornalista inteligente que está sempre rancoroso”

Inez Frota Porto Obrigada ao jornalista Euler de França Belém por suas palavras no texto sobre Diogo Mai­nar­di. Concordo plenamente. Sou nordestina e tenho orgulho de sê-la, por tudo que é inerente ao nor­destino: força de vontade, de­terminação, coragem. Se ainda somos uma região com atrasos, muito devemos aos currais políticos existentes, mas também o Su­deste, o Sul e o Centro-Oeste devem muito a nós, que erguemos suas cidades com nosso suor. Se vamos ao “Sul” vencer, vamos também contribuir com sua economia, cultura, generosidade etc. Esse jornalista Mainardi, apesar de um homem inteligente, parece ser uma pessoa revoltada com a vida e seus semelhantes. Será por quê? Vive destilando seu rancor em tudo e em todos, parece que para ele está sempre nublado com jeito de grande tormentas. E-mail: [email protected]  

“Sentimento de pena”

Dirson Gleison O sentimento que podemos ter por este Diogo Mainardi é pena. E-mail: [email protected]  

“Como nordestina, não me senti ofendida”

Nine Ayres Sou nordestina e entendi exatamente o que o Mainardi quis dizer. Com palavras menos inflamadas, ele poderia ter dito exatamente a mesma coisa: quando ele fala “o povo nordestino”, não se refere a todos, mas à maioria que não tem/não teve educação de qualidade, os que ignoram a realidade do crescimento débil do País, os muitos que passaram muita fome até pouco tempo atrás — e fome é algo que não se esquece. Os programas sociais iniciados por FHC e expandidos e modificados pelo governo do PT alimentaram essa gente e lhes aplacou a fome. Interesses políticos mil (em primeiro lugar para os governantes), lhe aplacaram a fome. Quando Mainardi fala em “bovino” , é porque boa parte do povo não tem opinião própria e, repetindo ecos, acham que são seres pensantes , acham que estão indo para lá ou para cá, mas na realidade somente se movem quando conduzidos. Mas isso também é fruto da falta de escola que eduque e ensine de verdade, falta de professor bem remunerado, falta de ambiente propício ao aprendizado, falta que estimulemos o raciocínio inteligente há gerações e gerações. Quando o jornalista fala que é paulista antes de ser brasileiro, é porque ele não aprovou o resultado final definido pelo Brasil, como muitos “pensantes” não aprovaram, e ele preferiria, sim, que fosse o resultado definido pelos paulistas. Em outra ocasião, em outro país, foi dito “se os porcos pudessem votar, o homem com o balde seria eleito sempre, não importa quantos porcos ele já tivesse abatido no recinto ao lado” [frase de Orson Scott Card]. Como nordestina , sinceramente não me senti ofendida. E-mail: [email protected]  

“O professor acertou”

Miriam Almeida Sobre a entrevista do professor Altair Sales Barbosa (Jornal Opção 2048), em 2000 fiz uma especialização em que ele ministrava uma das matérias. Já naquela época, o professor anunciou a seca que iria acontecer no Sudeste. Pelo visto, acertou. E-mail: [email protected]  

“Quem pariu Mateus que o embale”

Cleverlan Vale Em relação à nota “Após Caiado lançar Iris prefeito, Rincón repreende: “nem bem terminamos uma eleição e ele já quer começar outra!?” (Jornal Opção Online), quem pariu Mateus que o embale. Caiado, o raivoso, deve focar seu trabalho no Senado, com equilíbrio, e ajudar nas mudanças de que o Brasil tanto precisa. Quanto a Iris Rezende, precisa mesmo é ajudar Paulo Garcia, pois Goiânia está um caos. E-mail: [email protected]  

“Farra que graceja com o autoritarismo”

João Paulo Silveira Muito legal o texto de Thiago Burigato sobre a regulação da mídia [“Prometida por Dilma como prioridade em seu segundo turno, regulamentação da mídia gera dissenso entre políticos e professores universitários”, Jornal Opção Online]. Como todo mundo sabe, a política de concessão e o poder sempre andaram juntos. Vide o papel do então ministro das Telecomunicações, Antonio Carlos Magalhães, durante o governo Sarney. O marco regulatório é uma excelente oportunidade para quebrar os erros feitos desde então no que toca à distribuição de concessões de TV e rádio para fundações administradas por apaniguados de congressistas — Lula também entrou no jogo, diga-se! A distribuição dessas concessões serviu e serve para firmar pactos políticos. É essa farra que graceja com o autoritarismo, e não o marco. E-mail: [email protected]  

“Marca histórica do Jornal Opção”

Helenir Queiroz Leio com satisfação a nota “Jornal Opção alcança a marca de 1,68 milhão de acessos em outubro” (Jornal Opção Online). Parabéns pelo sucesso. Sem dúvida é uma marca histórica, que posiciona o jornal como importante veículo de comunicação em nosso Estado. Para colocar a cereja no bolo, falta a versão flip, para tablets. Helenir Queiroz é presidente da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg). E-mail: [email protected]

O que Marconi faz por Trindade

[caption id="attachment_19566" align="alignnone" width="620"]Prefeito Jânio Darrot e primeira-dama Dairdes Darrot recebem Marconi Perillo em Trindade durante a entrega de certificado de qualificação profissional | Foto: Iris Roberto Prefeito Jânio Darrot e primeira-dama Dairdes Darrot recebem Marconi Perillo em Trindade durante a entrega de certificado de qualificação profissional | Foto: Iris Roberto[/caption] Jânio Darrot Especial para o Jornal Opção Minhas amigas, meus amigos: O convívio com o governador Marconi Perillo marca o início da mi­nha trajetória na atividade política. Ele me encorajou a participar e­fetivamente da vida pública. Juntos, em­preendemos inúmeras lutas em defesa dos interesses maiores da so­ciedade. E continuamos firmes na con­solidação de nossos sonhos e ideais. Marconi tem um amor especial para com Trindade e sempre manifestou este carinho desde o início da sua bem-sucedida caminhada. Em todos os governos, procurou beneficiar nossa população por meio de sucessivas obras de infraestrutura, programas sociais e serviços de qualidade. Desde o início de minha gestão na prefeitura, atendeu prontamente o município e, num curto es­paço de tempo, viabilizamos um vo­lume recorde de realizações resultado de uma parceria que deu muito certo. Este trabalho conjunto permitiu a reestruturação total e o reaparelhamento do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin). Implantamos um centro cirúrgico para partos e outras cirurgias, fizemos a reforma predial e de leitos, contratamos mais médicos, dentre muitas outras ações. No plano social, ampliamos em Trinda­de o numero de beneficiários dos pro­gramas Renda Cidadã, Bolsa U­ni­­versitária, Bolsa Futuro, Passapor­te do Idoso e Cheque Mais Moradia. Com Marconi, a Nova Rodovia dos Romeiros se tornou realidade e se constitui, hoje, no grande cartão-pos­tal de Goiás. Garantimos a re­construção da GO-050 (Trindade-Campestre), construímos a GO-469 (Trindade-Abadia), bem como a GO-469 (Trindade-Goianira). Com o Rodovida Urbano, são recapeados 630 mil metros de asfalto. A extensão do Eixo Anhanguera até a cidade é conquista de dimensão histórica. Marconi é o governador que mais contribuiu com Trindade de maneira positiva em todos os tempos. Estamos certos, seguros que o desenvolvimento de Trindade e de Goiás continuará em ritmo forte e acelerado. Disposição para o trabalho, humildade e perseverança são atributos que acompanham os passos de Marconi na sua vitoriosa jornada de lutas. Agradeço a todas e todos que nos ajudaram nesta exitosa campanha eleitoral. O apoio dos eleitores de Trindade à reeleição do governador significa mais desenvolvimento, mais oportunidades e muito mais benefícios para todos. Saúde, paz e felicidades para você e para os seus familiares. Um abraço a todos! Jânio Darrot é prefeito de Trindade

“Este é um serial ou um psicopata? Só o laudo psiquiátrico poderá dizer”

João Bosco C. Freire Comento a matéria “Se considerado doente mental, suposto serial killer goiano pode ficar à solta” (Jornal Opção 2051) a partir do entendimento de que não há nem haverá mais nada em torno do caso. Tudo depende do exame de sanidade mental, cujo resultado incidirá no processo. No caso, se comprovada a insanidade e se ele tinha condições de se auto determinar ou não no momento, além de outros quesitos, é que se definirá o rumo a tomar: se doente mesmo e incapaz de se conduzir devido a mais uma anormalidade, a solução é o tratamento em presídio especial para o caso. Se doente, mas tinha, resumindo, consciência do que fazia, não é provável que impeça de ser julgado, é preciso mais ainda: de uma outra doença ou deformação, por formação, desenvolvimento incompleto ou retardado. Pelo que definiu o Psiquiatra Forense, ele não tem condições de ser absorvido pela sociedade nem de se tratar solto, em ambulatório. O psicopata, por exemplo, nasce psicopata e morre psicopata, não há cura; ele tem menos massa cefálica na parte frontal do cérebro e outras particularidades. Existem exames por aparelhos, atualmente, capazes de detectar a doença, desde o nascimento ou tenra idade. Na Finlândia, construíram um presídio especial para estes casos e o índice de criminalidade interna é zero. Psicopata não ataca psicopata. Este é um serial ou um psicopata? Ambos matam seguidamente, diferenciando na forma de execução. Só o laudo poderá dizer. Devido à quantidade de homicídios, pouco provável que mesmo sendo doente, não tenha capacidade de entender o mal que faz, pois tem habilidade e entendimento para fazê-lo além da percepção do clamor que o cerca. Creio que será julgado.

“Não podem contar nem a metade de seus assassinatos”

Alberto Nery Sobre a matéria “O pistoleiro brasileiro que matou 492 pessoas e não foi preso pela polícia e condenado pela Justiça” (Jornal Opção 2051): Eu era jovem e o ouvi dizer muitas vezes que havia matado mais gente do que muitos batalhões de polícia. Eu pensava que balela dele, mas quando mataram o Nativo no Carmo do Rio Verde e o acusaram ele desapareceu. Mas no Bico do Papagaio ele era famoso. Tra­balhou para muitos políticos. Não li o livro, mas de uma coisa eu tenho certeza: não conta nem a metade de seus assassinatos. A primeira vez que eu o vi eu devia ter uns 15 anos. Isso foi na cidade de Xambioá, hoje Tocantins.

“A maior preocupação é que o governo mantenha o modelo atual de economia”

Everaldo Leite Sobre a matéria “Lula indica Henrique Meirelles para ministro da Fazenda e mais dois nomes” (Jornal Opção 2051): A maior preocupação de vários analistas é que o governo mantenha o modelo atual de forte estímulo ao consumo e de intervenção setorial. De fato, este seria o pior caminho para a economia. Espera-se que a presidente Dilma ao menos crie mecanismos internos de eficiência na gestão pública, suprima alguns ministérios improfícuos, despolitize os bancos públicos e coíba sistematicamente a corrupção. As contas públicas não podem ser mais fechadas anualmente “na marreta” (a tal contabilidade criativa) para fazer acreditar que existe superávit primário e o setor privado precisa ser oxigenado via reformas microeconômicas. Uma mudança radical de sua equipe econômica, por si, já seria capaz de suavizar as tensões entre empresariado e governo. Everaldo Leite é economista.

“Se o Cristo Redentor pudesse se mexer, ele mesmo mandaria um abraço para o Nordeste brasileiro”

Nildo Marley “Nordestinos viram alvo de preconceito após vitória esmagadora de Dilma na região” (Jornal Opção Online): Tenho orgulho de sobra por ser nordestino. Falo feio, mas sou bonito por dentro e por fora. As mãos de Deus devem ter me feito da poeira do Nordeste. Não recebo bolsa de nada, mas se recebesse não estaria roubando nada de ninguém. Se o meu Nordeste parar, o nosso país morre de fome, digo nosso porque é meu por direito. Já vocês vivem a depender deste que maltratam por estupidez. Se aquela estátua de braços abertos no Rio de Janeiro, que chamam de o Cristo Redentor, pudesse fazer algum movimento ainda que fosse com os braços, já que não pode vir até aqui, ele mesmo apertaria a mão de um nordestino e mandaria um abraço para o Nordeste. Email: [email protected]

“É compreensível o descaso de quem tem o poder e não debate”

Cláudio Luiz Sobre a entrevista “O Cerrado está extinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água” (Jornal Opção 2048): Nessa correria da vida a qual fomos condicionados, nessa busca incessante de valores e deveres ao qual somos submetidos é de total compreensão o descaso de quem tem o poder e a máquina nas mãos de não querer debater e dialogar com a classe competente esse bem tão valioso que é o meio natural do qual todos dependemos. Não financeiramente, e muito menos emocionalmente, mas com certeza uma dependência tão profunda que põe em xeque a sobrevivência humana. E isso por um mísero momento de ilusão no qual vivemos comparados aos milhões de anos que um bioma que, como o cerrado, demorou para existir. E nós, simples mortais com hábitos embriões, nos colocamos no meio e fazemos o ato principal dessa destruição desenfreada que se chama sociedade desorganizada. É triste ler e entender o quão valioso são esses assuntos que, por causa dos interesses econômicos, vão continuar passando despercebidos e pessoas chegarão à extinção juntamente com o bem maior para a vida, a água. Email: [email protected]

“Vamos à luta por uma reviravolta na Educação deste nosso país”

Rosliene Achei uma maravilha a forma imparcial como o texto “Esquerda já controla o conteúdo da imprensa e quer controlar também o cofre” (Jornal Opção 2030) apresenta a questão da regulamentação da mídia. Não faz acusações a ninguém, nem protege ninguém, apenas mostra as tendências maléficas que essa coibição poderá trazer para a nossa democracia brasileira, já tão enfraquecida pelas ditaduras que se arrastaram e ainda se mantêm no poder, a custa dos cidadãos que, como eu, trabalham muito e não temos tempo para ler ou nos informar melhor! Vamos à luta por uma reviravolta na Educação no país! Email: [email protected]

“O voto do Sarney em Aécio já era esperado”

Antonio Alves “Veja vídeo: Sarney votou em Aécio no segundo turno” (Jornal Opção Online). O voto do Sarney em Aécio já era esperado por quem conhece a história política do país, Sarney é amigo pessoal da família há muitos anos, tanto que se tornou presidente por fazer parte como vice na chapa de Tancredo Neves para a presidência da República em 1983. Email: [email protected]  

“Crimes brutais de Goiânia não se prestam às especulações filosóficas de Crime e Castigo”

Cassio Nei O texto “Serial killer Tiago Henrique está à espera de um Truman Capote para contar e explicar sua história” (Jornal Opção 2.050) é bem inconsequente, com cara de país com uma cultura ainda anacronicamente atrasada. A quem interessa uma biografia dessas? Os crimes brutais deste assassino não se prestam às especulações filosóficas de “Crime e Castigo”, livro que adota uma sistemática de análise da gratuidade do assassinato sob a ótica de poder envaidecido de um estudante (o assassino em pauta apenas e tão somente é um psicopata, sem inteligência relevante e sem profundidade); e muito menos é comportado pelo jornalismo literário de um Capote, cuja genialidade estancou na consumação do último modelo de uma época nos EUA que tinha interesse por crimes deste porte. Hoje em dia, nos EUA, em que o terrorismo e os massacres promovidos por homens armados em locais públicos, o culto ao serial killer já foi abolido, tornou-se, em sua real dimensão de imprensa marrom, figura do pior tipo. A última grande obra sobre o gênero, o filme “Zodíaco”, de David Fincher, esvaziou com muita inteligência esse fetiche que o autor do post parece ainda alimentar. No filme, o assassino recebe sua dimensão real de persona vazia, alguém que saiu impune mas que não é de maneira alguma uma força da natureza a ser explicada ou uma entidade intrincada que é chave para profundos enigmas humanos. Fincher produziu uma obra-prima em que não dá a catarse da violência e sua celebração para um público que se surpreende por ele mesmo não mais desejar isso; desmistifica o criminoso, torna sua ferocidade à espera dos holofotes em mera exclusão insofismável da normalidade. Ninguém precisa de um biógrafo desse maníaco burro e sem charme, que foi preso em 70 dias de investigação porque, ao contrário de um ladrão de casaca tradicional de alto QI da literatura, é simplesmente um rapaz com “vida loka” tatuado no braço e seguidor regimentado do óbvio cotidiano, caindo em todos os vacilos que deram pontos fáceis para a polícia. Precisa-se, sim, esquecê-lo nos mais de 30 anos em que ele passará trancado e sem regalias jurídicas, em respeito à dor dos parentes das vítimas e em memória das tantas pessoas exterminadas por ele. Email: [email protected]

“Apregoa-se que nossa única arma, como cidadãos, é o voto. Quem acredita nisso?”

Luciana M. Santos Arraes Excelente entrevista com o prof. Altair Sales Barbosa [“O Cerrado está extinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água” (Jornal Opção 2.048)]. É a melhor exposição que já li sobre este tema. Fiquei muito emocionada porque gostaria de encontrar os caminhos para reverter esta gravíssima situação e não vejo como. Apregoa-se que nossa arma é o voto. Quem acredita nisso? As campanhas estão somente estruturadas sobre políticas imediatistas que garantem voto. Dilma, Aécio... tanto faz, pois por trás de cada candidato existe apenas comprometimento com os grandes financiadores das campanhas – que, em instância nenhuma, é o povo, mas os grandes cartéis. Os programas sociais de Dilma têm a função de resolver o agora. Pronto: e depois? O importante mesmo é ter o controle do poder. A preservação do meio ambiente depende da sensibilização dos indivíduos de uma sociedade e o prof. Altair Sales Barbosa com a plena consciência do que expõe é uma voz isolada, diante de nossos governantes, e ouvida apenas por nós poucos, que só temos como arma o voto. Email: [email protected]

“Estávamos certos naquilo que pregávamos como melhor projeto para Goiás”

Robeldo Resende No apagar das luzes de mais uma campanha política para o governo de Goiás, quero agradecer o apoio que me dispensou o prestigioso Jornal Opção, que propiciou que nossas ideias e práticas democráticas fossem lidas, comentadas e interpretadas pelos leitores e que, no final, pelo que apontam as pesquisas, mostrassem à sociedade goiana de que estávamos certos naquilo que pregávamos e defendíamos como melhor projeto de gestão e de política para Goiás – a reeleição do governador Marconi Perillo. Robledo Resende é advogado Email: [email protected]

“Esperar uma reincidência para reduzir a maioridade penal é um crime monstruoso”

Damir Sobre a matéria “Aécio desperdiça apelo popular da redução da maioridade penal” (Jornal Opção 2.039): Esperar a reincidência (cometer duas vezes crime brutal semelhante) para poder enquadrar o delinquente na redução da maioridade é colocar as vítimas nas mãos de psicopatas, é um crime monstruoso. Segundo, reduzindo a maioridade, os que forem julgados e enquadrados nessa modalidade de ação criminosa (crime hediondo, com requintes de perversidade, ou não ter dado chance a vítima), que, após o julgamento e condenação, seja enviado para um estabelecimento intermediário, não as que estão sob a jurisdição do Eca [Estatuto da Criança e do Adolescente], nem os presídios comuns do sistema penal. Que sejam criados estabelecimentos próprios e que fiquem divididos de acordo com a faixa etária equivalente. Além disso, é necessário que seja dada escolaridade e aprendizagem profissional dentro dessas instituições. Só assim poderemos verificar mudança de comportamento e de personalidade. Email: [email protected]

“Oswaldo Cruz, levantai do túmulo!”

Carlos Oliveira A volta da malária, como mostra a matéria “Pela primeira vez na história, casos de malária confirmados podem ter surgido em Goiânia” (Jornal Opção Online), dengue e até mesmo dos percevejos de cama (atualmente uma peste de grandes proporções nos Estados Unidos), fora a febre amarela, deve-se à proibição do DDT [sigla para diclorodifeniltricloroetano, um pesticida], que matava todas estas pragas! Agora, teremos um mundo “ecologicamente equilibrado”, mas, quem sabe, no futuro sem nenhum ser humano vivo. Oswaldo Cruz, levantai do túmulo! Email: [email protected]

“O Cerrado é o berço de águas do Brasil”

Pedro Freitas cartas1Professor Altair Sales Bar­bosa é, sem dúvida, um dos maiores es­tudiosos do assunto mostrado pela entrevista “O Cerrado está ex­tinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água” (Jor­nal Opção 2.048) e sua opinião, como sempre, foi muito pertinente para o momento que vivemos. O Cerrado é o berço de águas do Brasil e sua ocupação, sem critérios, implica sim em alteração no regime hídrico que prejudica o fornecimento de água potável nas cidades, assim como sua disponibilidade para a produção de alimentos, com ou sem irrigação; as atividades agroindustriais; e, no final, a qualidade de vida de hu­manos, animais e de toda a flora. Substituir a vegetação natural de Cerrado por lavouras e pastagens exige uma quota de responsabilidade de quem autoriza — o governo — e de quem executa — os empresários rurais. Existem tecnologias que proporcionam manter a capacidade de captação de água e recarga de aquíferos próximos à da vegetação nativa. O uso dessas tecnologias não faz parte de políticas públicas ou de recomendações agronômicas, quando se trata da produção de alimentos, fibras e matérias-primas. O exemplo mais marcante é o entendimento dos princípios básicos do sistema de plantio direto, os quais, uma vez respeitados, aumentam a infiltração de água no solo e a promovem a recarga plena de aquíferos. Pedro Freitas é Rio de Janeiro (RJ) Email: [email protected]

“É preciso focar em pesquisas voltadas para recobrar o Cerrado”

Miranda de M. Obrigada pela entrevista! Ex­tremamente educacional para mim. Perguntas que me vieram à cabeça — não é possível melhorar a situação fazendo: 1) Buracos profundos com pedras para captar a água das chuvas e reabastecer os aquíferos? (Vi algo assim sendo feito na Índia — muitos buracos relativamente pequenos); 2) Mudar o tipo de pavimentação das cidades para algum material permeável? 3) Educar a população e, sobretudo, os construtores e fornecedores de materiais de construção, não permitindo o uso externo de coberturas de solo impermeáveis? Essas ações, obviamente em pa­ra­lelo com pesquisas voltadas a recobrar o Cerrado (o que agora vejo co­mo crítico para o país), e vários ex­perimentos de intervenção recuperativa — enfocando inicialmente nos sistemas hídricos — podem ajudar. Email: [email protected]

“Esta já é a melhor literatura sobre a realidade que extinguiu o Cerrado”

José Carlos Marqui Excelente exposição do professor Altair Sales. Como cidadão consciente, considero esta entrevista a melhor literatura sobre a realidade que extinguiu o bioma Cerrado. Por falta de tempo, adiei várias audiências com o professor Sales, encontro sempre motivado pelos amigos Ortizon Filho e convites do professor Agostinho Carneiro. Foi melhor, pois agora tenho ampla noção dos conhecimentos, dedicação e carinho dos mestres do Instituto do Trópico Subúmido (ITS), voltados à conservação do Cerrado Nacional. Email: [email protected]

“Era melhor indicar Caiado para a Saúde, mas isso não significa que ele não será bom na Segurança Pública”

Antonio Alves Conforme o mostrado na matéria “‘Bomba de Iris foi um traquezinho’, diz delegado Waldir sobre anúncio de Caiado como secretário” (Jornal Opção Online), o delegado Waldir tem razão: melhor seria ter indicado Ronaldo Caiado para a Saúde, mas isso não significa que Caiado não será um bom Secretário de Segurança Pública. Gregor Mendel, pai da Gené­tica, não foi biólogo, era padre. Embora segurança seja uma questão técnica, não deve ser feita exclusivamente pelo secretário, o secretário toma decisões administrativas e dá fé aos documentos públicos. É a equipe técnica que faz o serviço. Acho que o delegado deve se lembrar de que José Serra (PSDB), mesmo sendo economista, foi ministro da Saúde no governo FHC. Email: [email protected]

“Neoliberalismo é confundido pela esquerda com o liberalismo clássico”

Wesley Gomes O neoliberalismo de fato existe, como mostrado na matéria “A imbecilidade neoliberal” (Jornal Opção 1.979), mas ele é confundido pela intelectualidade esquerdista com o liberalismo clássico. O neoliberalismo não é nada mais que uma nova forma de intervencionismo e pode ser visto no Consenso de Washington. O neoliberalismo defende um Estado “menos intervencionista” e “mais eficiente”, onde haja uma boa margem para a economia de mercado, mas onde a mesma ainda fica submetida aos caprichos do Estado. Já o liberalismo clássico defende totalmente a economia de mercado e há economistas que são “minarquistas”, porque acham que deve existir o Estado mínimo, onde o mesmo não deve influenciar em quase nada na economia. Há também entre os economistas austríacos os anarco-capitalistas – que defendem a abolição completa do Estado, pois, segundo eles, o Estado distorce o valor conferido à propriedade privada. Então, o neoliberalismo não é nada mais do que o liberalismo clássico adaptado ao paladar socialista. Os marxistas dogmáticos insistem em dizer que o neoliberalismo é sinônimo de liberdade de mercado, quando na verdade não é, pois, mesmo assim, ele ainda defende uma economia planificada. Entendeu agora por que os liberais odeiam ser rotulados como “neoliberais”? Se você quer um exemplo de países com economias liberais, veja a lista da Heritage Foundation, onde mostra os países que têm o maior índice de liberdade econômica e vejam os que estão no topo e os que estão na lanterna. A partir dessa conclusão podemos afirmar que FHC e o PSDB são neoliberais, mas eles não são liberais, pois defendem um “Estado musculoso” (ex­pres­são do próprio FHC). Mas, mesmo assim, eles são considerados capitalistas e pró-mercado, pois, devido à intoxicação ideológica marxista nas universidades e escolas, mesmo no neoliberalismo, há mercado demais. O certo, segundo os marxistas, seria uma economia totalmente planificada (como em Cuba) ou semiplanificada (deixa uma parte minúscula parcialmente livre e o resto amarrado, como ocorre na China e no Brasil). Email: wesley_f_gomes@hotmail

“Ronnie Von e Chico Buarque me decepcionaram”

Betinha Abreu catas2Concordo com o que foi exposto na matéria “Ronnie Von vira santo em biografia autorizada” (Jornal Opção 2.045). Quando eu era pré-adolescente, quando havia aquele movimento da Jovem Guarda e da MPB, eu virei fã do Ronnie e do Chico Buarque, que hoje me decepcionaram. O Ronnie ficou chato demais, muito arrogante com esse negócio de “conhecer tudo”. Acho que a gente deve demonstrar que conhece alguma coisa dentro de um contexto, e também por tentar ignorar sua história com a Ana Luisa, com quem ele acabou o casamento. Já o Chico decepcionou pelas suas escolhas políticas. Estou imaginando um livro cor de rosa. Email: [email protected]

“Falar de Pio Vargas é dividir um sentimento pelo qual ainda me emociono”

Linda Rezende Muito obrigada pela brilhante volta ao passado, na matéria “Três poemas de Pio Vargas” (Jornal Opção 1.906). Pio Vargas passou por aqui como um cometa com luz própria em tempos de juventude, efervescência cultural e revolução. Com certeza, hoje, está brilhando no céu. Falar de Pio Vargas é dividir um sentimento pelo qual ainda me emociono como se ele ainda estivesse aqui. Ele era muito engraçado, gozador, brincalhão. Eu e vários colegas fazíamos parte da Comissão Nacional da Juventude e Pio era o presidente daquele órgão, que existia no PMDB, que era um partido probo e idealista, que nós, jovens, achávamos que poderia mudar o mundo. E, realmente, nós éramos meio revolucionários mesmo. Não concordávamos com as imposições políticas da época. Luramos contra a ditadura militar. Sem dinheiro, nós fazíamos pedágios pelas cidades para conseguir dinheiro a fim de ir participar das convenções em São Paulo, mais precisamente em Osasco. Lembro-me como se fosse hoje das noites frias. Tremíamos de bater queixo, pois tínhamos poucos agasalhos e o frio era de doer na pele. Alojávamo-nos em um ginásio público, mas lá estávamos. Foram muitos ônibus nessa época que saíam da Praça Cívica em direção a São Paulo e Pio Vargas foi convidado à mesa de honra, como tinha de ser. E quem foi fazer a abertura do evento? Ele, o presidente do partido, o presidente do Congresso Nacional, o maior mito de nossa história contemporânea: Ulisses Guimarães. Após os cumprimentos e elogios aos jovens que ali estavam, o então deputado Ulisses, já velhinho, afirmou: —Eu sou um peemedebista histórico... E sem maiores cerimônias, Pio Vargas o interpelou: — Histórico sou eu, presidente, o senhor é pré-histórico. A gargalhada foi geral, inclusive do próprio Ulisses. Daí em diante a convenção transcorreu no maior clima de alegria e entusiasmo. E a tirada agradou tanto ao velho Ulisses que, muitas vezes depois, em ocasiões diversas, afirmou que era um “peemedebista pré-histórico”. Saudades do meu amigo Pio por termos dividido muitos momentos agradabilíssimos. Email: [email protected]

O Brasil é um país homofóbico?

cartas.qxdA matéria “O Brasil já vive sob a ditadura das minorias” (Jornal Opção 2048), do jornalista José Maria e Silva gerou um extenso debate na rede social Facebook na última semana. Por isso, reproduzimos uma parte da longa discussão: Rodrigo César Dias: Engraça­do, eu achava que o ditador era aquele que mandava e desmandava, o que impunha sua vontade a todos. Mas veja que ditadura curiosa essa dos gays e das feministas: os gays não conseguem criminalizar a homofobia, nem garantir por lei o casamento civil, nem doar sangue. As mulheres não conseguem receber o mesmo salário dos homens pra desempenhar a mesma função, nem realizar abortos que são permitidos por lei. O Zé Maria me apresentou a um novo conceito de ditador: é aquele que não manda, mas se submete à vontade alheia. Wenceslau Miro Cezne: Um dos aspectos que não entendo nesses movimentos é por que as pessoas fazem questão de, a toda hora, quererem dizer e mostrar às demais pessoas que têm uma cor de pele negra e que tem uma preferência sexual diferente. Em vez disso, por que não tentam mostrar às outras pessoas seu valor e competência como pessoa? Significa dizer: “Não gosto que vocês olhem para a minha cor da pele ou queiram saber a minha preferência sexual, mas percebam o meu valor como pessoa humana”. João Paulo Lopes Tito: Hoje em dia, a força que uma minoria faz para ser valorizada e respeitada enquanto ser humano, e para fazer valer seus direitos e liberdades vem sendo chamada de “ditadura”. Qualquer mudança de status quo incomoda mesmo. Que chiem os conservadores, mas estamos testemunhando mudanças históricas. Por outro lado, não vejo, de modo algum, como censura o que fizeram com Levy Fidelix. Porque não fizeram a mesma coisa com o Pastor Everaldo e com Aécio Neves, que também são defensores “da família”. A crítica ao Fidelix não foi por expressar sua opinião: foi por incitar o ódio. Fidelix não discorda dos homossexuais - ele incita a maioria a lutar contra a minoria. Defende que homossexuais sejam tratados longe de nós, “normais”, “homens de família”. Dar opinião é uma coisa, incitar o ódio, a discriminação e a segregação social sempre foram, e continuarão, sendo coisas de covardes e hipócritas. Maria Reis: E não tem coisa menor e medíocre do que discutir cor e opção sexual das pessoas. Emille Lemes: Por que será que esse povo fica desfilando com bandeiras coloridas e/ou cobrando o respeito à cor da pele? Nunca vi heterossexuais desfilarem e nem brancos cobrarem respeito à sua cor. Dar o melhor de nós é o bastante para que as pessoas nos valorizem. João Paulo Lopes Tito: A meu ver, a questão que você propõe foi invertida antes, Emille. O preconceito às diversas minorias surge justamente porque a questão que você apresenta não foi feita lá atrás. A discriminação por classe social, cor, religião e sexualidade adveio inicialmente porque, mesmo dando o melhor de si, alguns grupos não foram devidamente valorizados – antes, foram marginalizados. Brancos nunca foram discriminados apenas por terem essa cor de pele, nem heterossexuais por sua sexualidade. Por que eles sairiam às ruas? Por que discursariam sobre o orgulho em pertencer a essa classe? Não há motivo. Infelizmente, dar o melhor de nós não é suficiente para que nos valorizem enquanto seres humanos. Aliás, cuidado! O simples fato de te incomodar que pessoas saiam às ruas se expressando livremente (seja lá em que sentido for) pode ser sintomático. A cura para o preconceito começa com a análise e aceitação de nossos próprios defeitos, internamente. Wenceslau Miro Cezne: Vejo incoerência nesses movimentos porque promovem as características da cor da pele ou preferência sexual e outras questões. Quanto mais as pessoas queiram que eu as veja como negras ou gays, estas tenderão a serem as suas características pessoais principais para mim e para muita gente. Mas, no entanto, eu gostaria que a sua cor de pele ou preferência sexual não tivesse importância para mim, mas sim a suas características pessoais como competência, personalidade, etc. Seria desejável a maior integração possível e não o separatismo ou compartimentação das pessoas na sociedade. Thiago Burigato: Denise Var­gas, se a pessoa que foi assassinada não era negra e nem gay, então certamente o motivo de sua morte não foi a sua cor de pele ou sua orien­tação sexual, já que simplesmente não se matam brancos por serem brancos ou héteros por serem héteros. Wenceslau Miro Cezne, ninguém quer ser visto por sua cor de pele ou por sua orientação sexual. Aliás, é justamente o oposto disso. Mas, infelizmente, até hoje são apenas por essas características que boa parcela da população é caracterizada, estereotipada e julgada pelo restante da sociedade. Emille Lemes, brancos e héteros não fazem desfiles carregando bandeiras por sua cor de pele ou orientação sexual simplesmente porque não há direitos a reivindicar que os outros não tenham e nem lutas a serem travadas para não serem discriminados. Denise Vargas: É mesmo? Onde está a homofobia que as pessoas tanto pregam? Cerca de 200 homossexuais são mortos todos os anos e 70% das mortes acontecem porque gays matam outros gays, seu parceiros (como o caso Donati). Portanto, cadê os cristãos que saem das igrejas do Malafaia e matam gays nas ruas? Onde estão estas pessoas? Vocês querem criminalizar qualquer senhora de 80 anos que torce o nariz ao ver dois homens se beijando? A verdade é que o movimento gay quer privilégios e não direitos iguais, aí promovem um discurso de ódio que simplesmente não existe. Eles é que são heterofóbicos, cristaofóbicos e outrosfóbicos. Com certeza. Aliás, Thiago, está cheio de gays criticando os fundamentalistas LGBT e falando as verdades na Internet. Thiago Burigato: Acontece que os discursos religiosos servem de combustível para atitudes de ódio e preconceito, que então ficam travestidos de uma aura de moralidade. Esses discursos, inclusive, geram o fenômeno que provoca o assassinato de gays por outros gays: a homofobia internalizada. Ensinado a vida toda que seu desejo é errado e pecaminoso, o pensamento é mais ou menos o seguinte: “Meu Deus, pequei! Cedi aos meus desejos 'impróprios' e ninguém pode saber disso.” Ensinado que o desejo dele - e a própria identidade dele - é suja e errada, o que ele faz? Mata seu objeto de desejo, que por sua simples existência o lembra de quem ele é, como se estivesse matando seu próprio desejo. Pergunte a qualquer psicanalista e ele vai confirmar o que digo. Repare que o assassino de Donati se recusa a se assumir como homossexual. João Paulo Lopes Tito: A questão para mim é simples: a pessoa que ouve as palavras do Levy Fidelix e diz que não existe homofobia, não existe preconceito e, pelo contrário, o movimento LGBT é que cria um discurso de ódio deve viver em outro mundo. Um mundo onde “homofobia” só acontece quando um heterossexual mata um homossexual. Não tem nenhuma lógica.

“E a política não é uma competição moral. É uma disputa pelo poder”
[caption id="attachment_17815" align="alignleft" width="620"]Arnaldo Neto: “Vejo que o PT está buscando o apoio da Marina nas eleições. E daí, meus jovens? Qual a novidade? Isto é política, tão somente. E política não é uma competição moral” / Foto: Reuters Arnaldo Neto: “Vejo que o PT está buscando o apoio da Marina nas eleições. E daí, meus jovens? Qual a novidade? Isto é política, tão somente. E política não é uma competição moral” / Foto: Reuters[/caption] Arnaldo B. S. Neto No meu tempo de movimento estudantil, na Goiânia da segunda metade dos anos 1980, nós, os “reformistas”, éramos rivais dos “trotskistas” e dos “stalinistas” (isto foi em outra vida, tenho certeza!). Nosso principal esporte consistia em nos atacarmos mutuamente, com uma fúria verbal absoluta. Mas, vez ou outra, entre uma assembleia, eleição ou manifestação, terminávamos no boteco, tomando cerveja e rindo das atitudes uns dos outros. Vez por outra as alianças mudavam, e os espinafrados de ontem viravam os aliados do dia seguinte. Sem saber, eu estava aprendendo ali algo muito importante sobre a política: a de que ela não pode ser tida como um subproduto da moral. Aliás, quando verdadeiramente é pensada assim, você termina sendo proibido de beber e sua namorada é obrigada a usar burca para ir à escola (se puder ir à escola...). Pois bem, vejo aqui a notícia de que o PT está buscando o apoio da Marina nas eleições. E daí, meus jovens? Qual a novidade? Isto é política, tão somente. E a política não é uma competição moral. É uma disputa pelo poder. E escrevo isto por uma razão. Há quem confunda o âmbito da moral e o da política. Só isto explica que alguém cancele a amizade, mesmo que virtual, com outra pessoa, por conta de uma opinião política ou de uma escolha eleitoral. Quem age assim está fazendo um juízo de inteiro desapreço sobre uma pessoa (ela não presta! é um babaca!) com base tão somente num aspecto limitado de sua individualidade. Nesta armadilha não escorrego. Votar no Pastor Everaldo não faz de ninguém um canalha e nem votar no Eduardo Jorge faz de alguém um poço de virtudes. O mesmo vale para as escolhas de Dilma e Aécio. Somente no relato bíblico do apocalipse, o bem e o mal se enfrentam frente a frente. Mas, como sabem, Goiânia sequer tem estrutura para este tipo de evento como o fim do mundo... O âmbito da política, mesmo que permeado por questões morais, tem a sua autonomia (relativa, obviamente). Finalmente (texto de internet não pode ser longo demais), mesmo que projetos distintos estejam em disputas e os conceitos de direita e esquerda ainda façam sentido, não confundam política com moral. Você estará cobrando algo que o político (ou o partido) que você acredita lhe representar não irá lhe dar nunca, caso realmente possua um projeto de chegar e ficar no poder. Seus adversários de hoje são os aliados de amanhã e todos irão comemorar a vitória (o que interessa!) num restaurante chique. Você, pobre sujeito, que achou que tudo era uma questão puramente moral, tão somente ficou sem amigos... Valerá a pena? Arnaldo B. S. Neto é doutor em Direito Público pela Universidade Vale dos Sinos (Unisinos-RS) e professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG).

“Adaptar um livro leva ao interesse pela obra original”

Rodrigo Normando cartas2 Discordo do artigo “Discípula de Paulo Freire assassina Machado de Assis” (Jornal Opção 2028), de José Maria e Silva. É um texto voraz em defender um cânone da literatura universal através de violência verbal e arrogância. Esta foi minha impressão ao ler o texto: “alguém quebrou o meu brinquedo”. Àqueles que concordam com a crítica e com o autor, peço minhas desculpas, mas, sem sombra de dúvida, discordo de umas boas vírgulas do que li. Não esqueçam de que a adaptação da obra não é para vocês, universitários, formados em Letras ou amantes da literatura como ela veio ao mundo. A adaptação é destinada aos estudantes do ensino médio que não dão a mínima para Machado de Assis e nem para livros em geral. Nem todos são assim, no entanto é evidente que a maioria esmagadora vai à escola porque é obrigada a ir. É com o intuito de aproximar aquilo que já é absurdamente distante da realidade desses jovens que a adaptação é feita; são leitores novos, que frequentam a escola e não têm o costume de ler ou que já a concluíram décadas atrás e estão, por sinal, sem qualquer contato com a literatura. Faço a vocês uma pergunta objetiva e clara: é tão mais importante que se leia a obra integralmente, sem adaptações ou o termo que preferirem, e não a compreendam com o mesmo ardor e paixão que aqueles que, como eu e vocês, têm na literatura a fonte de renda, do que adaptá-la e levar a história ao alcance de milhões de leitores em formação para que a compreendam? Faço-me valer das muitas adaptações que li para sustentar que todas tiveram um papel formidável para que eu, quando me sentisse pronto, arrancasse a obra integral das prateleiras e a lesse, mas dessa vez com o amor que hoje tenho. Caros amigos, adaptar é um passo para levar ao leitor em formação o interesse pela obra e não, de forma alguma, disputar com a obra original um patamar de igualdade dentro da literatura universal. Verifiquem, em uma escola pública de ensino médio, quantos alunos não preferiram a adaptação, quando em primeiro contato com a obra em si; e verifiquem, também, quantos outros alunos, após lerem a adaptação, não se interessam em ler a versão original. Não se trata de matar a obra, mas, sim, de abrir caminho para que ela possa existir em meio a contemporaneidade. Rodrigo Normando é escritor. E-mail: [email protected]

“Não é com beijaço que vão conseguir espaço”

cartas Mônica Araújo Ninguém desperta em alguém algo que já não exista. Não vi nas palavras do candidato Levy Fidelix (PRTB) nenhum incentivo ao ódio. Somos uma nação hétero e católica de nascença; então, não será da noite para o dia que isso vai mudar. Como as mulheres conquistaram espaço ao longo dos anos, como os negros avançaram tanto, assim também será com os homossexuais em geral. Não é com beijaço que vão conseguir espaço. Estão tentando enfiar à força uma nova forma de amor, mas estão fazendo de maneira errônea. A vida não é 8 ou 80, vamos com calma, porque se continuarem a forçar uma nova visão, terão a resposta à altura, serão repreendidos da mesma maneira. Portanto, vamos com calma. Outra coisa que eu vejo é que são poucos os que fazem baderna, realmente uma minoria, pois tenho inúmeros amigos gays que jamais se prestariam a esse papel do beijaço, por exemplo. E-mail: [email protected]

“É ótimo que a Amazon passe como um trator sobre as editoras” 

Epaminondas Silva A Amazon passará por cima de livrarias e editoras brasileiras feito um trator? Isto é ótimo. Ela demitirá profissionais de editoras? Excelente. Ela pode vir a prejudicar o lançamento de títulos em português? Torço por isso. Alguém ainda pode nutrir a ideia ingênua que Gutenberg inventou os tipos móveis por amor à leitura. Isto é tão verdade quanto Henry Ford inventou a linha de produção por amor aos carros. O efeito colateral destas duas invenções foi a expansão de mercado de consumo dos respectivos itens. Mas o objetivo era dinheiro. A experiência do Kindle é excelente. Claro que há ainda um ou outro ludista que até hoje não aderiu ao CD pela experiência inegualável do vinil. Mas um livro no Kindle é capaz de transformar leitores diletantes em constantes e leitores constantes em traças. Tem gente que há de achar isto ruim, porque a Amazon é predadora. A entrada da Amazon no Brasil levou uns bons três anos desde o anúncio da primeira previsão, em parte do empenho das editoras em evitar que o meteoro que ela representa as leve à extinção. É um bando de acendedores de lanterna a gás lutando contra a eletricidade. Quem não conhece a história está condenado a repetir seus erros. A Amazon vai dominar tudo? Outra lição da história: Microsoft rodava em 90% dos computadores do mundo. Tablets e smartphones estão destruindo este monopólio; Yahoo era um grande mecanismo de busca. Google o destronou humilhantemente. A questão é só criatividade. Editoras e livrarias brasileiras nunca pareceram demonstrar que investem nesta seara. O custo é virar asfalto para a Amazon. Mas nada impede que a Amazon sirva-lhes de asfalto no futuro. Vai depender do quanto estão dispostos a sair da zona de conforto em explorar os pobres leitores brasileiros, com lançamentos focados em blockbusters e cobrando uma fortuna pela cauda de dinossauro — isto é, quando o livro procurado está disponível nesta cauda. Não raro, alguém tem de ir buscá-lo lá fora. Onde? Na Amazon. E-mail: [email protected]

“Editorial é análise perfeita de Iris”

Joãomar Carvalo de Brito O Editorial “O que Roosevelt e Churchill têm a dizer ao ressentido Iris Rezende” (Jornal Opção 2046) é uma análise perfeita do ex-governador, mas também das circunstâncias históricas, que estão determinando mais uma derrota do PMDB e prejudicando aliados. Joãomar Carvalho de Brito é jornalista e professor aposentado da UFG. E-mail: [email protected]

“O Ministério Público dorme, o TRE cochila e o povo cai no pesadelo”

Pedro Sérgio dos Santos Se um candidato prometesse em sua propaganda a instalação de uma praia com ondas, água salgada e conchinhas em Goiânia certamente seria tomado por idiota, visto que ninguém seria enganado com tal promessa. Penso que ele só não prometeria tubarão no mar goiano porque seria o mesmo que enchê-lo de políticos “sem vergonha”. Todavia, a fraude está no ar, está na televisão, na propaganda impressa e na internet. Candida­tos prometem apresentar projetos de lei para a implantação da pena de morte, para a pena de prisão perpétua e para a redução da idade de penalização, atingindo menores de idade. Nosso povo, com os péssimos serviços prestados pela educação brasileira, não adquiriu o costume de ler e estudar a Constituição Brasileira, entendendo, equivocadamente, ser esta uma tarefa exclusiva dos profissionais do Direito. A Constituição Federal — em seu artigo 60, parágrafo 4º, inciso IV — prevê que as garantias individuais e fundamentais previstas no artigo 5º são inalteráveis. Assim, arrisco-me a dizer que, numa suposta pesquisa popular, a maioria absoluta dos pesquisados, em qualquer capital brasileira, não saberia dizer o que é “cláusula pétrea”. Diz o artigo mencionado: “Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.” O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, afirmou que garantias individuais não estão somente no artigo 5º da Cons­tituição. Assim, a idade para a responsabilidade penal prevista no artigo 228 da Carta Magna também se constitui como clausula pétrea. Vejamos: “O próprio Supremo Tribunal Federal reconheceu em julgado que existem cláusulas pétreas fora do rol do artigo 5º da Carta Magna, quando foi declarado por ex.: o artigo 150, III, b na ADIN 939-7/DF. A comprovação da impossibilidade jurídica da redução da maioridade penal, basta a analise do artigo 228 da Consti­tuição da República como cláusula pétrea, insuscetível de alteração. É o entendimento de Araújo (2001, p.32). A interpretação sistemática leva a inclusão da regra do artigo 228 nos direitos e garantias individuais, como forma de proteção. E, como há capitulo próprio da criança e do adolescente, nada mais correto do que a regra estar inserida no seu capítulo especifico, embora se constitua em extensão das regras contidas no artigo quinto, objeto da imutabilidade. Não temos dúvida, portanto, que a regra do artigo 228 é extensão do artigo quinto. Entendemos que os direitos e garantias individuais fora do artigo quinto são petrificados porque são extensões interpretativas das matérias lá garantidas.”( retirado do texto “Inconstitucionalidade na redução da maioridade penal”, site JusBrasil, 2014) Desta forma, políticos que prometem mudar a Constituição naquilo que é impossível mudar, agem de má-fé ou agem por incompetência absoluta, por falta de entendimento sobre o nosso ordenamento jurídico. Seja por um ou por outro motivo, não devem ser eleitos. Nesse mar de estelionatos eleitorais, o que mais me chama a atenção não é o descabimento de tais promessas dos “safados” disfarçados de candidatos, mas a inércia da Justiça Eleitoral e do Ministério Público, que não impedem essa propaganda enganosa, desqualificada e sem fundamento. Busca-se, muitas vezes, punir um muro pintado ou um outdoor fora de lugar, mas o conteúdo mentiroso não é punido. O poder público dorme e o povo afundará em mais um pesadelo após as eleições, pois como dizia o saudoso Ulysses Guimarães, “ se você acha que esse Parlamento é ruim, espere para ver o próximo”. Pedro Sérgio dos Santos é advogado e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG).

cartas.qxd“Advogados perderam a sensibilidade para combater o arbítrio”

Talmon Pinheiro Lima Adorei o artigo “Lino Tri­gueros, o advogado que enfrentou a ditadura de Anastasio Somoza e dos sandinistas” (coluna “Contra­ponto”, Jornal Opção 2046). Lembrou-me Sobral Pinto, pelo modo simples e despojado e, principalmente, por sua luta contra as ditaduras. O advogado tem esse papel preponderante, que vai além do simples exercício da profissão. Deve ser porta-voz dos injustiçados, lutar por causas sociais e rebelar-se contra o sistema vigente, quando este demonstra ser iníquo. Infelizmente, a grande maioria dos nossos advogados perdeu ou nunca teve essa sensibilidade tão necessária para combater o arbítrio e os desmandos que são recorrentes no País. Aqui em Goiás, por exemplo, advogado gaba-se de ser correligionário do “rei”. De toda forma, parabéns a Irapuan Costa Junior, articulista de pena brilhante — meu pai era amigo pessoal de Irapuan, do qual foi líder na Câmara de Vereadores de A­nápolis, quando ele foi prefeito da cidade. Talmon Pinheiro Lima é advogado.

“A necessidade do verdadeiro advogado”

João Bosco C. Freire Irapuan Costa Junior realmente foi uma das maiores culturas que já passaram pelo Palácio das Esmeraldas. Tem uma percepção incomum dos fatos e das pessoas. Realmente viu um advogado em ação, e isso é raro nos dois sentidos: de se “ver” e de se encontrar e saber que encontrou. Quem não conhece um diamante poderá pisar nele e ir embora. Ele encontrou um verdadeiro homem de justiça, que estudou direito e fez mais que isso: transpassou o Direito, saiu do outro lado, estabeleceu primeiro o Direito dentro de si mesmo e em seguida foi à prática — raridade nos dias atuais um que chegue até este grau. Sem esse estabelecimento, essa vocação, não se consagra um ofício, apenas segue o que lê, incapaz de “torcer os olhos” e encarar o aspecto trino de um fato, onde esteja envolvido o Indivíduo, o Estado e a Sociedade, e é preciso não ferir a nenhum. Estabelece-se o “seu” Direito em perfeita harmonia com a justiça, ou se, sem ela, luta por ela. Foi o que aconteceu no caso: desafiou a tudo e a todos em busca da Verdade e da prevalência do homem. O Direito foi feito para o homem e não o homem para o Direito. Em face de uma base insólita, o Direito não é uma ciência, como muitos pensam, mas uma construção constante, em cada caso, em cada país, em cada tempo. Hoje e aqui, uma coisa; amanhã e lá, outra. É a evolução constante do homem que transforma o Direito e a sociedade. Daí a necessidade do verdadeiro advogado, que, antes do magistrado, é o que penetra o recesso dos lares, sonda as almas e as vontades, tenta ver além das aparências ou das meras e simples ilações a respeito de alguém ou algum fato. Se não tem coragem, não deve advogar, como também, se é impulsivo e de arroubos, escolha outra profissão, pois esta é a única onde o colega é sempre um adversário e se deve respeitá-lo para poder vencê-lo. Estivemos falando um pouco de direitos humanos e do advogado. João Bosco C. Freire é advogado.

“Quem vota apoia o quadro sujo da política que aí está”

Zamian Zartan cartas.qxdSó o perfeito imbecil analfabeto político acredita nessas pesquisas manipuladas e centralizadas, que descartam a maioria dos demais candidatos à Presidência da republiqueta que já não mais nos pertence economicamente. Vivemos sob a ótica de uma subserviência em detrimento ao povo brasileiro e favorável aos interesses internacionais, praticada por todos os gerentes do “brazil” desde 1985. Os resultados das eleições digitais brasileira não serão decididos pelos votos dos desinformados que irão patrioticamente serem passados para trás mais uma vez, mas, sim, pela manipulação fraudulenta praticada por meio dos programadores das fraudáveis urnas eletrônicas. Neste jogo sujo de cartas marcadas o que menos interessa são os anseios do povo brasileiro por suas obrigatórias melhorias sociais lógicas, há décadas, e que só pioram a cada ano que passa, haja vista as desigualdades crescentes praticadas por todos os nossos gerentes viciados em politicagem desde 1985 e vivenciadas por todos nós até a presente data e mais ainda no futuro negro que está reservado para nossos bisnetos. Só quem sai perdendo devido ao alto índice de falta de informação sobre política e economia em todas as esferas (e que o joga na total e displicente conivência por meio das artimanhas eleitoreiras através do seu subconsciente manipulado com o apoio da podre mídia que também detesta os interesses do povo) é quem vota apoiando diretamente — pela urna — ou indiretamente, com quem tem cruéis e destrutivas opiniões no estilo “o Brasil é assim mesmo e ninguém dá jeito” ou “a corrupção é uma coisa normal na política brasileira”. Assim, vão apoiando o quadro político sujo que aí está, se negando a protestar como os demais cidadãos que exercem seu patriotismo ao não apoiar há décadas toda a sujeira, podridão, traição e antipatriotismo praticados por nossos gerentes, submissos a inescrupulosos interesses externos e internos praticados nestes últimos 28 anos. E-mail: [email protected]

“Excelente editorial”

Jadson Barros Nenes Duas palavras sobre o texto “O que Roosevelt e Churchill têm a dizer ao ressentido Iris Rezende” (Jornal Opção 2046): excelente editorial. E-mail: [email protected]

cartas.qxd“Iris deveria contratar Stephen King”

Arthur de Lucca O dr. Iris Rezende Machado deve contratar urgentemente Stephen King para escrever “À Espera de um Milagre 2” e Frank Darabont para o roteiro e direção do filme. E depois passa-lo no horário político gratuito na TV, evitando, com isso, a “morte anunciada”. Iris poderia ter ficado de fora de mais esse vexame, mas... os 16 lustros não foram suficientes para trazê-lo para a realidade. Arthur de Lucca é representante comercial. E-mail: [email protected]

“O Paili é um programa sério e responsável”

Deusdet Martins Em relação ao artigo “Pro­grama goiano que cuida de loucos criminosos sofre de transtorno bipolar” (Jornal Opção 2045), tenho a dizer que o Paili [Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator] é um programa sério, responsável, junto com seus parceiros, por livrar de prisão perpétua pessoas com sofrimento mental que cometem um crime e são consideradas inimputável, como ocorre com os manicômios judiciários. Com o firme propósito de manter os interesses daqueles que se beneficiam da tradição manicomial ou por conta das resistências no campo dos saberes e interesses econômicos e corporativos, querem por tudo mostrar que as novas tecnologias em saúde mental não funcionam. Precisam se informar melhor a respeito da atenção psicossocial. A propósito, o dr. Haroldo Caetano [promotor de Justiça que criou o Paili em Goiás] é um ser humano sensível, excelente promotor, competente e comprometido com a justiça. E-mail: [email protected] [caption id="attachment_16392" align="alignleft" width="300"]cartas.qxd Silas Malafaia / Foto:Pedro Santana[/caption]

“Silas Malafaia é um ex-pastor”

Floriano Veira da Silva O sr. Malafaia de pastor de ovelhas não tem nada. O que estamos vendo é o falso pastor tentando contribuir para que um Estado análogo ao Estado islâmico seja implantado no Brasil. Guerra de religiões radicais o Brasil não aceita, sr. ex-pastor. “Ex” porque está mais interessado em destruir pessoas que pensam e vivem de forma diferente e, com esse comportamento do sr., pode ser reiniciada uma nova matança de pessoas ligadas ao LGBT, pessoas homoafetivas inocentes. Pastor de ovelhas, conforme é bíblico, acolhe a todos e prega a paz. Daí se dizer “ex-pastor”, que já fez isso e não faz mais como verdadeiro pastor. É com essa linha que Malafaia está assessorando Marina Silva. E-mail: [email protected]

“Devemos o sucesso do agronegócio a Caiado” 

José Rubens de Carvalho Ronaldo Caiado (DEM) é um político com cinco mandatos de deputado, sem ter ne­nhum envolvimento com corrupção . Ao contrário, só se envolveu em projetos que trouxeram dividendos para Goiás, para os produtores rurais e médicos de todo o Brasil. Se o País é esta potência no agronegócio , devemos a ele. E-mail: [email protected]

“Retirar de circulação as armas legais não funciona”

Salesio Nuhs cartas.qxd Gostaria de cumprimentar o dr. Irapuan Costa Junior pelo artigo que comenta a relação entre o nível de criminalidade e o número de armas de fogo nas mãos dos cidadãos, publicado no Jornal Opção 2042 (“Doutora em Direito diz que não há relação entre nível de criminalidade e número de armas em mãos corretas”, coluna “Contraponto”). Textos como estes são fundamentais para estimular a reflexão sobre um assunto tão importante, como a segurança pública, e cobrar ações que visem à diminuição da violência em nosso País. Sua leitura responsável e madura sobre o assunto alimenta o bom debate e estabelece princípios para uma discussão em alto nível. Certamente, o problema da insegurança pública reside nas atividades criminosas, na impunidade, ilegalidade e na falta de ações eficazes. As campanhas de desarmamento retiraram de circulação cerca de meio milhão de armas entre a população civil brasileira. Porém, em virtude da política de desarmamento do governo, aliada ao excesso de burocracia imposta ao cidadão que deseja manter sua arma legalizada e a inexistência de estrutura do órgão responsável pelos registros, atualmente, mais da metade das 16 milhões de armas de fogo que aproximadamente circulam pelo País, segundo o Ministério da Justiça, não estão registradas no Sistema Nacional de Armas (Sinarm). Das que estão, em 2010 havia 8.974.456 de armas de fogo com registro ativo. Já em 2014, o número passou para cerca de 600 mil. Com isso, milhões de armas encontram-se irregulares, com o registro vencido. O Estatuto do Desarmamento, além de não desarmar os criminosos, impede que os cidadãos brasileiros permaneçam com suas armas regularizadas. Opressos por uma legislação burocrática e morosa, são empurrados para a irregularidade somente por querer exercer um direito constitucional. Como é de seu conhecimento, em referendo realizado no País há oito anos, 63,94% dos votantes (59.109.265 eleitores) decidiram que o comércio de armas de fogo e munições não deveria ser proibido. No entanto, o governo, de forma arbitrária, impôs regras rígidas e burocráticas para a comercialização e registro de armas e munições, ferindo até mesmo o direito de seus cidadãos: a legítima defesa. É certo que os criminosos não adquirem armas de fogo em lojas de armas, tendo fácil acesso a poderoso armamento através do desenfreado contrabando que assola o país. As armas utilizadas para cometer crimes são ilegais, por isso retirar de circulação armas legais não funciona no combate à violência. Desde 2012, a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam) vem propondo ao Ministério da Justiça auxílio para promover uma nova campanha com o intuito de incentivar a renovação dos registros vencidos de armas de fogo. Além desta, outras ações — como a colocação de chip em armas, rastreamento de munição em lotes padrão, distribuição de material educativo para crianças e adultos — foram propostas, visando contribuir para o controle de armas de fogo e munições pela polícia e também para a redução da ilegalidade. Gostaríamos de aproveitar a oportunidade para divulgar a cartilha “Mitos e Fatos”, produzida pela Aniam. Com o intuito de proporcionar uma visão ampla e real sobre os fatos relacionados a armas de fogo e munições, o documento esclarece dez mitos populares e os fatos são baseados em matérias divulgadas nos últimos anos em grandes veículos impressos. Este material promove uma desconstrução sobre diversas questões e lança um novo olhar sobre o foco que deveria ser observado nas políticas de segurança pública. Dentre eles, o combate à impunidade, uma política de segurança eficaz das nossas fronteiras, investimentos consistentes na área de treinamento de polícias civis e militares, entre outras providências. Acreditamos que por meio da educação é possível transformar uma sociedade, principalmente no que se refere à segurança e minimização dos riscos. Nesse sentido, a Aniam também produziu o gibi “Turma Legal”. A finalidade do gibi é passar às crianças, de um modo divertido, informações úteis para prevenção de diversos tipos de acidentes domésticos, dentre eles com armas de fogo, facas e, até mesmo, brincadeiras envolvendo pipas. Por fim, a Aniam reforça o contento com a opinião expressada pelo colunista e se coloca à disposição para o fornecimento de informações sobre assuntos relacionados ao setor. Salesio Nuhs é presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam).  

“Aposentados humilhados pelo governo petista”

João Guilherme Maia Eu só gostaria de saber se realmente Aécio Neves (PSDB) vai dar uma atenção à situação dos aposentados que esses 12 anos de PT no poder vêm humilhando. Só para ter uma ideia deste massacre, aposentados que se aposentaram com cinco salários mínimos hoje recebem no máximo dois salários. A situação dos aposentados que recebem acima do piso é tão crítica que hoje temos aposentados que não conseguem comprar nem os remédios de que necessitam. Alguém que ler esse comentário pode falar “mas e o SUS?”. O SUS [Sistema Único de Saúde] é mais uma mentira deste governo corrupto do PT; quando se vai ao SUS, não tem médicos nem remédios. Por isso, nessas eleições os aposentados que recebem acima de um salário mínimo, nos diversos grupos que temos na internet já combinaram: ninguém votará no PT e nos partidos de sua base. Talvez alguém fale “mas, e antes, por que eles votaram no PT?” É fácil de responder: antes nós éramos enrolados pela Cobap [Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil] e pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Nesses anos todos, fingiam que nos ajudavam, mas na realidade estavam do lado do governo. Por isso, candidato Aécio, vamos lhe dar um voto de confiança. Espero que não seja mais um a decepcionar esses ex-trabalhadores que viveram trabalhando e recolhendo para a Previdência e agora esse governo corrupto quer que nós recebamos apenas um salário mínimo de aposentadoria. Alguém talvez pense que se a Previdência atendesse às reivindicações dos aposentados poderia quebrar. É mentira: se a Pre­vi­dência não tivesse recursos, como este governo explicaria a desoneração da folha de pagamento de várias empresas? Como ele explica dar aposentadoria pelo teto para ex-jogadores que nunca contribuíram com a Previdência? Vou parar por aqui, porque a injustiça é tanta e o desgoverno é tão grande que eu ficaria escrevendo aqui o dia todo. E-mail: [email protected]

“Espero um livro de Herbert Moraes”

[caption id="attachment_15271" align="alignleft" width="300"]Herbert Moraes Herbert Moraes[/caption] Simone M. Silva Após pesquisar muito sobre as reportagens do jornalista Herbert Moraes, descobri sua coluna no Jornal Opção, de Goiás. Admiro seu trabalho como jornalista e procuro acompanhar suas reportagens no “Jornal da Record”. Admiro sua coragem em buscar a informação e também sua forma de transmitir a notícia. Acredito que, após vários anos em Israel, já aconteceu um pouco de tudo com você, Herbert: você já foi detido e expulso na Líbia; feriu sua mão durante uma reportagem; viu e sentiu a guerra de perto em Israel. São muitas histórias. Você já pensou em escrever um livro? Assunto para tanto você já tem. Eu compraria e levaria o livro para você autografar no dia do lançamento. Aproveitando a oportunidade, parabéns atrasado por seu aniversário em 25 de julho. Muitas felicidades e que sua vida seja sempre iluminada e guiada por Deus. Saiba que sou sua fã e torço muito pelo seu sucesso. Simone M. Silva mora em Mauá (SP)

“Generosidade que impõe um desafio”

Lúcio Flávio Pinto O texto de Euler de Fran­ça Belém – “Lúcio Flávio Pin­to, expert em Amazônia, lan­ça excelente blog. É o maior jornalista brasileiro” (Jornal Opção 2044, coluna “Im­prensa”) me emocionou. Mui­to obrigado por sua su­per­la­ti­va generosidade. Ela me impõe o desafio de ser aquilo que você diz que sou. É no que me empenho. Ob­ter re­tornos como o seu me alegra e traz recompensa, além da emoção. Um grande abraço. Lúcio Flávio Pinto é jornalista. E-mail: [email protected]

“Posição de bandeira não indica a desorganização de uma cidade”

Roberta Caetano Costa Hastear uma bandeira de ca­beça para baixo não indica que a cidade está desorganizada administrativamente, ou seja, “uma bagunça geral”, como disseram na nota “Bandeira de Goiás é içada de ponta cabeça na Câmara Municipal de Carmo do Rio Verde” (Jornal Opção Online). O jornal ateve-se apenas ao fato de a bandeira estar de ponta-ca­be­ça e não ao fato de a Câmara Mu­nicipal estar passando por uma grande reforma, melhorando sua estrutura e beneficiando a população, servidores e vereadores. A falha ocorrida foi percebida horas depois e corrigida em seguida. Criticar uma administração municipal, funcionários e vereadores por esse fato ocorrido é usar esse veículo de comunicação para falsear o que o município é hoje e ofender os funcionários que aqui estão trabalhando. A Câmara Municipal conta atualmente com apenas três funcionários em seu quadro de pessoal e que estão ajudando em todos os setores desta Casa de Leis. Seria interessante que o jornal tivesse registrado as novas instalações da Câmara e a melhoria feita pelo novo presidente. Lamen­tá­vel tal publicação sem antes averiguar o real fato que ocasionou tal erro. Mas já que se sentiram tão ofendidos, como servidora da Câmara Municipal, peço desculpas por esta “grande” falha. Roberta Caetano Costa é servidora municipal E-mail: [email protected]

“Um texto para estar entre os grandes da literatura”

José Pedro Frazão Com o conto “Navegante” (Jornal Opção 2044), para lá de fan­tástico o escritor José Fer­nan­des, dotado de grande inspiração e genialidade literária, faz-nos espectador comovido ante uma maravilhosa narrativa de tortura psicológica sofrida por um homem mau. A vingança do boi Navegante é feita pela própria consciência do seu assassino Jodisão. Com certeza, este texto desafia, em verve e em lavra, os grandes nomes da literatura brasileira. E-mail: [email protected]

“Troca de Dilma por Lula mostraria desespero”

Epaminondas Silva O brasileiro não tem ideia do que representa o papel do presidente. É uma mera gincana, concurso de popularidade, “votarei em quem vai ganhar”. Ninguém está participando do pleito, elegendo ou sendo eleito, por causa de propostas. Sobre a nota “Lula pode ser o candidato do PT a presidente. Dilma pode ser substituída até 15 de setembro” (Jornal Opção 2043), duvido plenamente que ele substitua Dilma Rousseff. A campanha já está quase definida e uma troca mostraria desespero, despreparo, evidenciaria que o que importa é permanecer no poder e uma derrota derreteria ainda mais a imagem de Lula. Falam em legalidade. “Dentro da legalidade”, em se tratando de política, é um conceito muito vago, que os anos de PT no poder enlargueceram muito. Por exemplo, dentro da legalidade, prédios públicos não deveriam ser usados para fazer campanha. A Dilma não se avexa em usar as instalações para fazer reuniões e dar entrevistas eleitorais. Falta de responsabilidade para o cargo. O PT só fez basicamente uma coisa nos últimos 4 anos: manter seu projeto de poder. In­vesti­mentos sendo deixados, projetos que não andam, os que eram contra privataria adotaram a concessão. Na impossibilidade de um terceiro mandato, Lula precisou escalar alguém para “esquentar a cadeira”. Calhou ser Dilma, única que sobrou em pé depois que José Dirceu, Antonio Palocci e Marta Suplicy sucumbiram em escândalos. O próprio presidente do PT [Rui Falcão] assume que a função da Dilma é ocupar o lugar para a volta de Lula. E ele só não voltou agora, em 2014, acredito eu, por um motivo: Rose Noronha. Ele não se dignou a dar uma única explicação e só aparece em audiências controladas, para não ter de passar por esse constrangimento. Lula conta com o fato de que em 2018 assuntos como mensalão ou Rose Noronha tenham esfriado. É plausível: uma conhecida de 26 anos me disse que votaria na Dilma porque “o PT acabou com a inflação”. Ela tinha coisa de 5 anos quando aconteceu o Plano Real. Não tinha como calcular e nunca se interessou pela história. Então, até 2018, fatos agradáveis à biografia do Lula poderão sobressair e apenas uma pequena parcela da população saberá da história inteira para formar uma opinião adequada. Prova disto é que Lula nunca teve sua popularidade arranhada por causa do mensalão, que o sujeito preferiu se dizer um idiota que não sabia o que acontecia embaixo das barbas dele a assumir que tinha domínio do fato. Este povo que acha o PT e o Lula pais dos pobres ou não acompanhou o processo do fim da hiperinflação ou não leu os livros de história. O processo não é repentino: demora. E o passo inicial foi o Plano Real. O que o PT fez comparado ao plano Real em seus 12 anos de poder? Nada. Estamos engargalhados sem infraestrutura; há transposições que não aconteceram, uma inflação maquiada no topo da meta, recessão técnica, juros na altura; e restrição para compra no exterior, já que o Brasil perde competitividade no consumo interno. É tolice que com uma volta do PSDB acontecerá alguma espécie de “Plano Real 2”. Mas o PT já mostrou como é seu jeito de governar. E não tem sido bom. Hora de trocar a fralda e os políticos. Pelas mesmas razões. E-mail: [email protected]

“Figurinhas carimbadas na lista da Petrobrás”

Talmon Pinheiro Lima A citação do Eduardo Campos na lista de Paulo Roberto Costa no escândalo da Petrobrás não causa estranheza. Afinal, a maior obra (e mais superfaturada) é a Re­finaria Abreu e Lima, em Per­nambuco, terra do falecido e onde estão os campos de ex­ploração da companhia, ao lado do Rio de Janeiro de Sergio Cabral (PMDB), também citado. A presença dos demais também não causa surpresa, quase todas “figurinhas carimbadas” da maracutaia tupiniquim. Agora, quero ver a reação deles, tipo “isso é uma infâmia”, “estou sendo caluniado”, “sou inocente”, “esse cara é um desvairado”, ou seja, a repetição do velho coro dos corruptos pegos em flagrante. Apesar disso, teremos eleição, sim.

Dilma, Lula, Marina e o meio ambiente

[caption id="attachment_15272" align="alignleft" width="300"]Dilma Rouseff tem mostrado ser pano de preparo para a volta de Lula, que só não voltou este ano devido aos escândalos Dilma Rouseff tem mostrado ser pano de preparo para a volta de Lula, que só não voltou este ano devido aos escândalos[/caption] Wellington Miranda França Dilma, ao perder a eleição, foi pedir emprego para Marina. E Marina, decepcionada e indignada com Dilma, que é “xonada” pelo agronegócio, ofereceu-lhe a pasta do Ministério do Meio Ambiente para ela sentir o lado “detonation” do agronegócio. Dilma, muito preocupada e sem saber o que fazer, ligou para Lula, o salvador da pátria. E Lula lhe disse: “Não tem problema, companheira, é só você não comer alimentos com agrotóxicos, não beber água captada nas microbacias hidrográficas e fazer vistas grossas para a aniquilação da fauna e da flora.” Passaram-se alguns dias e Dilma tinha desaparecido. Mobili­za­ram toda a máquina do governo para tentar encontrá-la. Dilma estava dentro de uma cápsula, a caminho de Marte. Lula perguntou se ela estava louca. E Dilma respondeu: “Consumir alimentos sem agrotóxico, beber água de fonte não contaminada com inseticidas, fungicidas, bactericidas, herbicidas, nematicidas, sal sintético concentrado etc., e parar de “dizimar” a fauna e a flora apoi­an­do, ao mesmo tempo, a expansão do agronegócio? Isso só pode ser em Marte! E como eu não sou incoerente como Marina, eu estou indo para outro planeta.” Então Lula perguntou: “E a fauna e a flora?” Dilma respondeu: “Estou levando fotos dos bichos e das florestas, de tanto olhar para elas, todos os dias, eu vou começar a acreditar que os mesmos ainda existem. Afinal, como você me en­sinou, uma mentira contada dez vezes acaba virando verdade, não é?” E-mail: [email protected]

“Reguffe merece respeito e voto”

Lucas Bombonatti Ao ler o texto sobre o deputado José Antônio Reguffe [“Reguf­fe, o homem de Marina Silva no DF”, Jornal Opção 2043], de Cezar Santos, nota-se: quando se é de fato honesto, é realmente difícil dialogar no meio em que ele está, mas ele segue lutando pela moralidade e ética que a política tanto precisa. Merece o respeito e o voto. E-mail: [email protected]

“Maurício Sampaio é pessoa séria e de valor”

Flávio Elias Quem conhece o dr. Maurício Sampaio sabe que ele é uma pessoa sincera e que, se tiver de fazer alguma coisa contra alguém, a fará pessoalmente (já ouvi isso de várias pessoas). É um homem raro hoje em dia: de palavra, sério, íntegro e de valor. Tem o peito aberto e não foge da luta. Conheço-o pouco, mas o pouco que o conheço tenho essa avaliação dele. Que a justiça seja feita. E-mail: [email protected]

“Quais são os preconceitos que carregamos dentro de nós?”

Eloíso Matos [caption id="attachment_14670" align="alignleft" width="252"]Ao dizer que o preconceito no futebol é normal, Vanderlei Luxemburgo repete discurso da institucionalização da repressão às minorias no Brasil Ao dizer que o preconceito no futebol é normal, Vanderlei Luxemburgo repete discurso da institucionalização da repressão às minorias no Brasil[/caption] A maldade, a inveja, os preconceitos, o racismo, a soberba, a arrogância, a injúria racial, a indiferença, o desprezo e tantos outros sentimentos ruins estão presentes na vida das pessoas. No entanto, praticá-los dependerá do caráter, da formação e da educação de cada um de nós. Todos nós estamos acompanhando um fato lamentável ocorrido em um jogo que criou um clima de constrangimento nacional muito grande para um atleta brasileiro. O jogador Aranha (como carinhosamente é chamado), do Santos, foi ofendido por diversos torcedores do Grêmio, que se sentiram no direito de xingá-lo de “macaco” porque o time deles foi superado por sua equipe. Mas uma garota em especial, ao perceber a superioridade daquela equipe, não encontrou outra forma para expressar o seu ódio e preconceito e desejo de demonstrar sua supremacia “ariana”. Muitos, neste momento, vão argumentar que foi no calor das emoções ou que “no campo vale tudo”. Mas vale uma indagação: qual é a diferença da vida real? Será que no dia a dia isso também não ocorre? Não existe um racismo e um preconceito institucionalizado que refletem a lei da vadiagem que um dia existiu no Brasil? No entanto, se formos observar com honestidade, sem hipocrisia e máscaras perceberemos que nossa sociedade tem dados estatísticos que comprovam que aquela reação da torcedora gremista expressa com nitidez como alguns adoecidos nas emoções tratam os afrodescendentes no Brasil, porque se veem no direito de humilhar quem eles considerem inferior. Essa é uma patologia que aquela jovem assimilou como parte de sua vida, de sua personalidade e caráter, pois na vida sempre teremos pessoas diferentes de nós com características físicas e outras tantas. Mas quando um ser humano tenta se esconder atrás de uma multidão — ou de um cargo, de uma posição — a fim de oprimir, diminuir os outros e praticar o racismo, demonstra realmente qual é seu caráter, pois isso é o meio que os mais frágeis utilizam a fim de esconder sua monstruosidade e mau-caratismo. Afinal, “caráter é aquilo que você é quando ninguém está te olhando, ou pelo menos acreditamos que não estamos sendo observados”, já dizia Epicuro. Não são poucos os que constantemente se valem de posições, status, cor da pele, “inteligência” e conhecimento a fim de privilegiar alguns e diminuírem outros. Mas isso é apenas uma “brincadeira”. Mas, por causa desse lamentável fato, muitos deram entrevista. Por isso vamos analisar parte do que o técnico Vanderlei Luxemburgo disse: “Isso é algo comum, pois o Pelé e outros tantos sofreram preconceitos, racismos, mas venceram.” A declaração é uma sandice, porque devemos banir da sociedade qualquer forma de discriminação, preconceito, palavras de baixo calão, que desprezam as pessoas. Mesmo porque o técnico disse que o Pelé sofreu, mas o que causa sofrimento não é bom para ninguém. Não podemos discriminar por gênero. Mas isso ocorre no Brasil. Será que Vanderlei Luxemburgo defende isso ou aceita como natural? Pois é “normal” considerar a mulher inferior. Basta observarmos a diferença salarial que existe entre os gêneros masculino e feminino. Não podemos aceitar o preconceito e o ódio contra os pobres, os deficientes físicos, mas isso em muitos casos ocorre. Será que por existir devemos aceitar? Esta é a opinião de Luxemburgo? Não podemos aceitar o preconceito e as discriminações que ocorrem contra as pessoas “velhas”. Será que Vanderlei Luxemburgo também defende isso? Pois são comuns no Brasil essas práticas — vejamos como são os asilos e como muitos tratam os idosos no dia a dia. Talvez devêssemos entender que gentileza, cordialidade, amabilidade são as formas de linguagem correta que devem prevalecer entre as pessoas civilizadas. Esse argumento frágil de Luxemburgo e tantos outros — de que alguém pode ser humilhado ou desprezado por orientação sexual, gênero, religião, cor da pele, condição socioeconômica, aspecto físico ou cognitivo — não pode existir em nenhuma esfera de nossa Nação, mesmo com o argumento de que é apenas uma “brincadeira” ou quem está ouvindo não deve se importar. Nossas instituições públicas, religiosas, políticas, econômicas precisam ser repensadas e não aceitar essas práticas, mas combatê-las. Esse argumento de que podemos utilizar de sentimentos e praticas vis para destruir e humilhar os outros não pode existir, apenas com a falácia que vamos vencer o adversário em um jogo ou na vida intimidando-o não pode prevalecer. Talvez o grande conselho que devêssemos dar a qualquer ser humano que se sentir humilhado, desprezado e vítima de preconceito seria o de não acreditar no que está sendo falado e também recorrer à Justiça, a fim de processar os que ainda estão adoecidos, os que se consideram como a madrasta malvada que olha no espelho e diz “espelho, espelho meu, existe alguém mais bonito do que eu?”, ao descobrir que existe ela abriu seu saco de maldade e tenta destruir a Branca de Neve e envenená-la. Quem estamos tentando envenenar? Quem acreditamos que podemos maltratar? Contra quem praticamos nossos preconceitos e racismos? Muitos Luxemburgos estão com este conceito deturpado de se considerarem superiores apenas por ter dinheiro, poder, inteligência, profissão, cor da pele, religião, cargo público de destaque e assim, pensam, serem “melhores”. Será que isto é saudável para uma nação? Sejamos sinceros e indaguemos: alguém se sente bem com atitudes que não são respeitosas? Muitos acreditam que são mais “belos” os homens musculosos, as mulheres saradas, os que ganharam títulos nacionais, internacionais, ou foram eleitos etc. Estes se dão o direito de humilhar e praticar preconceito. Isso é semelhante ao que fez Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo que, juntamente com outros, deu cabo à vida de uma “garota de programa”, pois não a consideravam digna de ser feliz e ter uma vida respeitosa. Quais são os preconceitos que carregamos dentro de nós a fim de nos fazer sentir superiores? Vejamos nos meios de comunicação se todos podem ocupar este espaço. Vamos observar francamente se todos têm oportunidades semelhantes no Brasil? Por que alguns adoecidos têm tanto ódio dos que não são tão semelhantes a eles? Isso é preconceito, arrogância e ódio. Talvez devêssemos observar o que Martin Luther King disse: “A lei pode não dar o coração a ninguém, mas podem coibir as ações dos que não tem.” Infelizmente, ainda precisaremos de leis duras para alcançar os famosos, poderosos e os que tentam se esconder na multidão para expressar práticas racistas e preconceituosas. Será que, diante do espelho da vida, você se sente incomodado com o diferente e por isso é tão racista, deseja xingá-lo e não concebe a felicidade e a vitória dele? Mas, se isso é feito somente em campo de futebol, isso vale. Esse é o nosso pensamento? Em Roma, gladiadores proporcionavam a diversão de muitos com seu próprio sofrimento. César apoiava quem alegrava a população. Será que ao ver tanto o “superior” ou “o inferior” nós conseguimos tratar com dignidade, como cidadãos ou fazemos acepção das pessoas? Será que você é semelhante a Luxemburgo, que acredita que pode usar termos pejorativos para se referir as pessoas, pois isso é “comum” e já tomou aspecto de paisagem desde a época da escravidão? Ou apenas é uma “brincadeira”? Eloiso Matos é professor, diretor educacional do Colégio Objetivo Metropolitano e ex-membro do Conselho Estadual de Educação de Goiás. E-mail: [email protected]

“Um encontro que se repete de quatro em quatro anos”

Márcio Costa Rodrigues É só nas eleições que a gente observa para onde vai o dinheiro dos nossos impostos. Trinta milhões aqui, mil reais acolá. Realmente esta democracia é muito representativa. Pergunto quanto você, eleitor, deu para a campanha dessa figura ilustríssima que agora lhe pede o voto e que você só vê a cada quatro anos? Sua ausência nos quatro anos vindouros é de fácil explicação: ele estará trabalhando para aqueles que lhe financiaram. Enriquecendo-os mais ainda com os privilégios que a máquina estatal lhes dará. Foi um prazer revê-lo, candidato, vá cuidar dos interesses dos tubarões que lhe financiam nos próximos quatro anos. Na próxima eleição, a gente vai se encontrar, ou melhor, você vai vir atrás de mim, porque quando o procurei por quatro anos você nunca “se encontrava”. E-mail: [email protected]

“Candidato mostra seu total despreparo para cargo público”

JALLYS MENDES A respeito da nota “Autor de ‘cartilha para ensinar meninos a gostar de meninas’ diz ter sido censurado após ter página deletada do Facebook” (Jornal Opção Online), vejo que este senhor [Matheus Sathler (PSDB), candidato pelo Distrito Federal] demostra sua completa incapacidade de tratar um tema tão sério, o da homossexualidade, e o seu total despreparo para assumir um cargo público de tamanha responsabilidade que é o de deputado federal. Em primeiro lugar, não se refere a um indivíduo humano como macho ou fêmea — somos homens ou mulheres. Em segundo lugar, não se ensina ninguém a ser heterossexual ou homossexual: o indivíduo humano nasce heterossexual ou não, o que torna o seu projeto de criar “kits” completamente desnecessário e um tanto cômico. Não lhe tiro o direito de expressar a sua opinião contrária ao movimento LGBT e suas reivindicações; pelo contrário, ele tem o direito de se posicionar, desde que se atente aos princípio do respeito, da ética e do conhecimento de causa. E, por ser ele um homem público, também é justo que defenda suas bandeiras ideológicas. O que não é admissível, em hipótese alguma, é o desrespeito aos direitos humanos e a propagação do sentimento de ódio que pessoas de orientação conservadora fazem sem se preocuparem com o que isso possa ocasionar. Um ser humano, seja ele heterossexual, homossexual, bissexual ou o que for, merece ser tratado como gente, como a pessoa que de fato é. E-mail: [email protected]

“Tomei gosto pela leitura com Harry Potter”

Daniel Mello Em relação à nota da coluna “Imprensa que diz que J. K. Rowling deve publicar mais um livro sobre Harry Potter” (Jornal Opção 2042), ela já havia divulgado outro conto há alguns meses sobre a vida dos personagens centrais hoje em dia. Esses textos são comuns na rede social Pottermore, onde Rowling sempre aprofunda o universo dos personagens. Não significa que ela lançará um livro novo (embora material não falte). É apenas um conto sobre uma personagem secundária. Sou fã de Rowling e tomei verdadeiro gosto pela leitura através de Harry Potter. Sempre gostei de ler, inclusive Monteiro Lobato. Li quase tudo da Coleção Vaga Lume. Mas só depois de Harry Potter a coisa ficou séria. Então me incomodo com textos que tentam desmerecer J.K. Rowling como a autora que ela é. E-mail: [email protected]

“Armas em mãos corretas significam menor criminalidade”

Ronaldo Luciano Simões Há sim relação entre nível de criminalidade e número de armas em mãos corretas. E a relação é inversamente proporcional: quanto mais armas nas mãos corretas (pessoas de bem e com o treinamento adequado), menor o nível de criminalidade. E-mail: [email protected]

“Desarmar cidadãos é a pior falácia de um governo”

Karion Minussi Bela a matéria de Irapuan Costa Junior “Doutora em Direito diz que não há relação entre nível de criminalidade e número de armas em mãos corretas” (Jornal Opção 2042). Eu, até hoje, estou tentando encontrar uma única nação no mundo, um único exemplo, onde desarmar os cidadãos de bem tenha reduzido os índices de criminalidade. Desarmar cidadãos ordeiros é a pior falácia que um governo pode vender ao seu povo como um recurso para diminuir a criminalidade. E-mail: [email protected]

“Quem não combate a ditadura é fascista”

Gabriel Gabbardo Sobre o texto “Crítica a Miriam Leitão leva revista Veja a censurar colunista Rodrigo Constantino” (Jornal Opção 2042), alguém que não condena a tortura não é “liberal de combate”. É fascista, pura e simplesmente. E-mail: [email protected]

“Chega de impunidade e tantas leis frouxas

Carlos Spindula Em relação à nota “As­sassino confesso do cartunista Glauco é preso em Goiânia suspeito de latrocínio” (Jornal Opção Online), o que esse cara estava fazendo solto na rua novamente, se ele é, segundo a Justiça, inimputável e doente? Porque soltaram essa ameaça à sociedade? Chega de tanta impunidade e leis frouxas! Email: [email protected]

“Attilio não se simpatizava com a maçonaria”

Juca Fernandes Achei muito importante a abordagem do jornalista Fre­derico Vitor sobre a planta urbanística de Goiânia po­der conter um símbolo maçom (Jor­nal Opção 2031). Ao iniciar meus es­tudos para a realização do docume­ntário “Attilio – Traços, Arquitetura e Cidades”, que biografa a vida de At­ti­lio Corrêa Lima, tinha eu muita convi­c­ção desta simbologia oculta no traçado da cidade. Entrevistei pessoalmente o filho dele e foi uma das minhas pri­meiras perguntas se era Attilio ma­çom (resposta que tenho gravada). A res­posta de Bruno é de que o pai era ateu, sendo este um impeditivo para a­dentrar na maçonaria, que Attilio definitivamente não era maçom, que não houve intenção alguma do autor do projeto de esconder qualquer simbologia no traçado da cidade, que o manto de Nossa Senhora foi uma co­lo­cação de Dona Gercina ao ver pela primeira vez o plano da cidade e que, por educação, Attilio deixou passar a co­locação, já que o mesmo, além de ateu, não simpatizava de maneira al­guma com a fé católica (inclusive vi do­cumentos que confirmam estas afirmações, mas que, a pedido da fa­mí­lia, não pude divulgar) e que o urbanista também não simpatizava com a maçonaria. Como o sistema utilizado neste projeto não era novidade e fora utilizado intensivamente pelos franceses em suas colônias, pode até ser que os criadores do sistema tenham se inspirado em alguma simbologia. Eu, particularmente, acredito que não, pois todos os aspectos formais são racionalmente justificados. Quanto à participação de Ar­mando de Godoy no plano está concentrada no Setor Sul e em algumas alterações no formato da Praça Cívica, sendo assim podemos perceber que nas áreas em que Godoy interviu não há nenhuma relação com a simbologia maçônica, pois o traçado das Avenidas Anhanguera, Araguaia, Paranaíba e Goiás foram mantidos conforme o projeto inicial de Corrêa Lima. Espero ter contribuído. E-mail: [email protected]  

“Ermírio de Moraes, meu paraninfo”

Pedro Trabulsi Neto Antônio Ermírio de Moraes [que morrei da segunda-feira, 25], gente muito boa, foi meu paraninfo na formatura em Administração, em 1990. Cumprimentei-o pessoalmente, pois eu levava no dia da formatura a bandeira do Corinthians — e todos os que o conheciam sabem que para ele, então, presidência só do Co­rin­thians; do Brasil não, como ele brincava. Que Deus o tenha. Sempre serei admirador. E-mail: [email protected]  

“Um homem público como poucos”

Aguimar Jesuíno da Silva Este jornal noticia que o ex-prefeito de Iporá José Antônio morreu após lutar 13 anos contra um câncer. José Antônio era meu amigo. Um homem público como poucos, pessoa admirável, honesta e trabalhadora. Foi, sem sombra de dúvidas, em sua primeira gestão, o melhor prefeito de Iporá. Fará muita falta. Des­canse em paz, amigo. E-mail: [email protected]  

“Eu abraço as ideias da direita”

José Agostinho cartas.qxdSobre o artigo de José Maria e Silva “Direita só pode ir às urnas em forma de caricatura” (Jornal Opção 2042), pelo menos é um recomeço da direita no Brasil. Os esquerdistas, como esse colunista da “Folha de S. Paulo”, tentam desqualificar imediatamente quaisquer indícios da direita. Concordo plenamente com as ideias do Pastor Everaldo (PSC) e também com as de Levi Fidelix (PRTB), pois o Estado brasileiro é um gigante que tem até estatal para entregar cartas. Já a Petrobrás é um verdadeiro reduto de pessoas com interesses escusos e pessoais que só lesam o Brasil. Vejam o exemplo da Vale e das teles. Com a privatização, a telefonia deu um salto de qualidade e a Vale hoje é uma das maiores mineradoras do mundo. A Embraer é outro exemplo. Sei que a direita no Brasil ainda é apenas uma gota no oceano, mas se já começa a incomodar alguns já é alguma coisa. Como brasileiro, vendo o total descaso dos governantes de esquerda no Brasil e querendo mudanças reais e concretas para o nosso País, abraço com entusiasmo as ideias conservadoras que, ao contrário do que muitos pensam, pregam o respeito à família, ao indivíduo, ao mérito, aos valores religiosos, à lei e a ordem. Com isso, me considero de direita e abraço essas ideias, pois hoje em dia existe um fosso muito grande entre o que eu, como eleitor e cidadão, quero e penso para o Brasil e o que a esmagadora maioria dos políticos fazem, ou seja não representam de fato as aspirações e convicções do eleitorado que, em essência, é conservador, mas de maneira geral está preso e hipnotizado pela maior parte da imprensa e políticos esquerdistas, que se utilizam das ideias ideológicas de Antonio Gramsci para se perpetuarem no poder. Com isso, tenho fé e esperança de que esses governantes que estão no poder hoje, serão um dia apeados, até porque o Terceiro Reich de Hitler era para durar mil anos e, apesar dos malefícios que causou para a humanidade e de pequenos resquícios de existência, está sepultado nas entranhas da história. Já os ideais comunistas, ao contrário, migraram e tentam o renascimento na América Latina, ancorados pela esquerda brasileira, Fidel Castro e Foro de São Paulo. Por isso, enfatizo mais uma vez, sou de direita, pois ícones da esquerda como Lênin e Stalin foram verdadeiros facínoras da história que serviram de inspiração para Hitler e que podem renascer no Brasil, se o nosso País continuar no caminho que está trilhando atualmente. E-mail: [email protected]  

“Duro na casca e amável no coração”

[caption id="attachment_14121" align="alignleft" width="250"]Leitores elogiam Derval de Paiva Leitores elogiam Derval de Paiva[/caption] Edson Cabral Oliveira Leio a entrevista de Derval de Paiva no Jornal Opção (edição 2042). Como sempre, íntegro, inteligente e sincero. Afirmo, sem ter medo de errar, que é o mais preparado político tocantinense. Um “emedebista” autêntico. Capaz de enxergar o futuro, pelo luz da tradição política do Tocantins. Ser­tanejo duro na casca e amável no coração. E-mail: [email protected]  

“Derval de Paiva é uma lenda viva”

Gilnei Tavares Derval de Paiva é a maior lucidez política do Tocantins e de Goiás, e talvez do Brasil. Uma lenda viva. E-mail: [email protected]  

“Derval, o orador dos oradores”

José Robeto Meus parabéns a Derval de Paiva. Não é de hoje e é de conhecimento de todos os que me conhecem o quanto tenho admiração por ele, para mim o eterno orador dos oradores e conhecedor da política. Será eternizado o “professor” da política tocantinense.  

“Há muitos interessados no PT continuar no poder”

Orley José da Silva Sobre a nota “Lula pode ser o candidato do PT a presidente. Dilma pode ser substituída até 15 de setembro” (Jornal Opção Online), há mais interessados em que o poder continue com o PT. O Foro de São Paulo é um deles, haja vista que precisa da força do Brasil para continuar o processo de espalhar o socialismo pela América Latina e Caribe. Outro é Cuba, que espera continuar se beneficiando dos novos países socialistas da região. Além do mais, Rússia e China esperam fidelizar parceiros militares, comerciais e ideológicos no quintal americano. Esta que seria, finalmente, a concretização do antigo sonho da velha Rússia comunista, ingrediente da Guerra Fria. A derrota eleitoral do PT, portanto, significa a derrota dos gigantescos interesses dos atores citados. Como se vê, esta não é uma eleição qualquer e nada, “nada mesmo”, pode ser descartado para que os objetivos sejam alcançados. E-mail: [email protected]  

“Irresponsabilidade do sr. Lula”

Everaldo Veiga Se esta possibilidade fosse concretizada, provaria mais uma vez a falta de responsabilidade deste senhor chamado Lula, colocando alguém desqualificada para presidir o Brasil por quatro anos. E-mail: [email protected]  

“Iris perderá quantas vezes se candidatar”

Homero a Machado Sobre o editorial “Iris Re­zende tem valor histórico mas trava fortalecimento das oposições e renovação política em Goiás” (Jornal Opção 2042), é preciso dizer que o tempo do Íris já se foi há muito tempo. Por isso perderá mais uma vez. E mais uma vez. Quantas vezes ele candidatar. E-mail: [email protected]  

“Entrevistas mostram que ninguém está com a bola toda”

Antonio Alves Os entrevistadores do “Jornal Nacional” tiveram o mesmo rigor com todos os candidatos que passaram pela sabatina e, uma vez que todos têm algo de que possam reclamar, quem foi mais inteligente procurou demorar o máximo possível nas respostas, pois, assim, muitas perguntas indesejáveis não puderam ser feitas. Ninguém está com essa bola toda; se fosse assim, teriam topado fazer uma CPI mista para investigar os governos de PT, PSDB E PSB. Em outros tempos, a Globo tomava partido e levava vantagem; hoje, as emissoras de televisão estão mais em posição de igualdade tanto pela sua representatividade como por força da lei. E-mail: [email protected]