Bastidores

[caption id="attachment_48185" align="aligncenter" width="620"] Os preferidos do PT, Luis César e Adriana Accorsi | Fotos: Marcos Kennedy[/caption] O PT apresenta cinco pré-candidatos para prefeito de Goiânia: Adriana Accorsi, Edward Madureita, Humberto Aidar, Luis Cesar Bueno e Marina Sant’Anna. Todos são políticos consistentes. O Jornal Opção perguntou a 40 integrantes do PT sobre a viabilidade eleitoral dos cinco e, a partir dos comentários, estabeleceu uma percentagem para cada um. Não se trata de números precisos, às vezes os “eleitores” mostraram-se indecisos e não raro tentaram mencionar mais de um “candidato”. Ante a exigência para que citassem apenas um nome, o fizeram, mas a contragosto. Os deputados estaduais Luis Cesar e Adriana Accorsi praticamente empataram e foram apresentados, pela maioria, como os nomes que unem a base petista em Goiânia. O primeiro ficou com 30% e a segunda, com 25%. Com a ressalva de que, segundo alguns, um provável apoio do prefeito Paulo Garcia pode desequilibrar o jogo para a parlamentar. Pelo menos seis petistas disseram que, apesar de ser um bom nome, Adriana Accorsi não parece motivada. Eles dizem que parece mais motivada em ser deputada estadual. Os pesquisados frisam que Luis Cesar é “forte” por vários motivos. Primeiro, pela experiência política. Segundo, por sua capacidade de examinar, de maneira rigorosa, as contas do setor público, revelando-se um gestor criterioso. Terceiro, tem vontade de ser prefeito. Quarto, agrega a base em Goiânia. Os 45% restantes foram divididos entre Humberto Aidar (20%), Edward Madureira (15%) e Marina Sant’Anna (10%). Os comentários sobre os três são multifacetados. Humberto Aidar é visto como um político consistente e sério. Mas parte do PT o considera “marconista” ou “quase-tucano” e sustenta que tem resistência na corrente do prefeito Paulo Garcia. O caso de Edward Madureira é o mais curioso possível. O petismo o respeita e avalia que tem credibilidade na sociedade goianiense, mas também o percebe como “meio-petista” e não como “petista-integral”. Seria um outsider, não um insider. É provável que, por ser um “petista não-petista”, se candidato a prefeito, não absorva o desgaste do PT. Marina Sant’Anna é um nome importante e histórico do PT. Mas enfrenta resistência de pelo menos duas tendências do partido. Ao mesmo tempo, não parece motivada a disputar cargo majoritário nas eleições de 2016. Significa mais um apoio significativo do que uma pré-candidata em condições de disputar, internamente, “contra” Luis Cesar ou Adriana Accorsi.

[caption id="attachment_48120" align="alignleft" width="620"] Sandro Mabel (esq), Gustavo Mendanha e Euler Morais[/caption] A inflação é alta no Brasil. Mas em Aparecida de Goiás há uma hiperinflação de pré-candidatos a prefeito... pelo PMDB. O partido apresenta nove nomes: Edilson Ferreira, Euler Morais, Ezízio Barbosa, Gustavo Mendanha, Jório Rios, Mário Vilela, Rodrigo Caldas, Sandro Mabel, Valério Petersen. O favorito do prefeito Maguito Vilela é Euler Morais, mas ele pode bancar tanto Mabel quando Mendanha. Se a opção for apostar num candidato que tem dinheiro, os nomes mais cotados são os de Mabel e Mário Vilela.

[caption id="attachment_48117" align="alignleft" width="620"] Prefeita de Pires do Rio, Cida Tomazini, do PSDB[/caption] A prefeita de Pires do Rio, Cida Tomazini, do PSDB, é a fre­guesa preferencial do ex-prefeito Luiz Pitaluga, o Gude, do PSD. Porém, se Gude não puder dis­putar, dados seus problemas com a Justiça — eleito em 2012, foi cassado — Cida Tomazini tende a ser reeleita. Se for candidato, devido ao seu carisma, tem chance de derrotar a tucana. A prefeita, embora tenha desgaste, como a maioria dos gestores municipais, é apontada por aliados e adversários como relativamente popular. Sem Gude no páreo, a tendência do PSD é bancar o vereador Ruimar “da Lajota” Almeida. Ex-presidente da Câmara, geriu a prefeitura durante dois meses. Entretanto, para derrotar aquela que controla a máquina pública, terá de organizar uma frente política o mais ampla possível.

[caption id="attachment_48114" align="alignleft" width="300"] Enil Henrique, presidente da OAB Goiás[/caption] As denúncias de nepotismo e o atraso no pagamento dos funcionários podem levar o presidente da OAB-Goiás, Enil Henrique, a desistir da reeleição. Na verdade, está sendo empurrado para a disputa por um grupo de advogados. Mas ele próprio não está nada empolgado, sobretudo porque, se perder, vai enfrentar uma campanha devastadora.

O prefeito de Bela Vista de Goiás, Eurípedes do Carmo, é tão popular que alguns de seus aliados afirmam que daria conta de eleger seu cachorrinho, Totó das Couves, para prefeito. Como Totó não pode disputar, Carmo aposta suas fichas no favorito, Vanderlan Celso e Silva. Mas os superfavoritos podem ser surpreendidos, sobretudo quando se tornam arrogantes. Com habilidade, a jovem Nárcia Kellen, vice-prefeita mas rompida com o prefeito, está se apresentando ao eleitorado. Trata-se de uma política articulada, com ideias para modernizar a política e a gestão, e pode provocar uma reviravolta. Não tem a grana da dupla Carmo e Celso. Mas é popular e carismática.

Mais uma loja fecha as portas no Bougainville, no Setor Marista. A Kevingston, uma das mais importantes do shopping, baixou suas portas. O motivo alegado é o mesmo de outras lojas que saem do shopping: queda nas vendas. Até o Fujioka, que não sai de nenhum lugar, deixou o Bougainville. A direção permitiu que o Lumiere levasse um cinema de luxo para o Centro Cultural Oscar Niemeyer quando ele poderia ter sido instalado no shopping. O Bougainville talvez seja o único shopping do Brasil no qual alguns espaços estão fechados há cerca de 10 anos. O espaço onde funcionava a CTIS até hoje não foi ocupado de fato, exceto por mostras de fotografia e mostruário de móveis. O shopping está escuro e uma das escadas rolantes fica sem funcionar por vários dias.

Condenado a pagar indenização de 150 mil reais para a desembargadora Nelma Ferreira Perillo e 150 mil reais para a juíza Elianne Pereira e Silva, o empresário Vanderlan Cardoso recorreu ao Tribunal de Justiça. O processo tem a ver com danos morais.

Vanderlan Cardoso precisa definir se quer disputar mandato em Goiânia ou se quer participar de eleição em Senador Canedo. Pré-candidato a prefeito da capital pelo PSB, Vanderlan Cardoso passa mais tempo “brigando” com o prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira, do que articulando politicamente em Goiânia.

O veterano peemedebista Geraldo Bibiano disse ao Jornal Opção que Iris Rezende será candidato a prefeito de Goiânia. “Porque não há outro político tão consistente quanto ele, em termos eleitorais, para a disputa de 2016.”

[caption id="attachment_48103" align="alignleft" width="300"] Agenor Mariano | Fernando Leite[/caption] O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, do PMDB, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 9: “Iris Rezende sabe que as circunstâncias vão levá-lo a ser candidato a prefeito de Goiânia. Não há escapatória”. “Por isso”, frisa Agenor Mariano, “está se preparando para a disputa. Ele recebe dezenas de pessoas, políticas ou não, todos os dias. Todas dizem que deve ser candidato a prefeito”.

O governador Marconi Perillo e o vice-governador José Eliton, ambos tucanos, inauguram a sede da Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego) na quarta-feira, 14, às 14 horas, na Avenida 85, nº 1593, Setor Marista. A Codego, presidida por Júlio Vaz, coordena os distritos industriais do Estado e é um poderoso indutor de desenvolvimento — sobretudo de descentralização do desenvolvimento. Trata-se de uma aposta não apenas no crescimento econômico.

[caption id="attachment_38079" align="alignleft" width="300"] Deputado federal Alexandre Baldy | Foto: Renan Accioly[/caption] Tucanos de Anápolis avaliam que, se candidato a prefeito, Alexandre Baldy tem chance de derrotar o prefeito João Gomes. Mas cobram a “presença física” do deputado federal na cidade. Na opinião dos tucanos, Alexandre Baldy quer se destacar na Câmara dos Deputados, mas, se quiser ganhar eleição para prefeito, precisa “frequentar as bases”. “Não se faz política por telefone”, afirma um integrante do PSDB. “Há tucanos anapolinos que sabem da existência de Baldy pelos jornais, porque nunca o viram pessoalmente”, acrescenta.

“O deputado Alexandre Baldy tem de parar de tratar o prefeito João Gomes como ‘galo morto’. O petista controla a máquina pública, sua gestão não é ruim e está fazendo obras e pagando tanto funcionários quanto fornecedores em dia. É um páreo duríssimo”, afirma um militante do PSDB. O tucano frisa que está passando da hora de Baldy criar identidade com os eleitores de Anápolis.

O ex-deputado federal José Gomes da Rocha diz que pode ser candidato a prefeito em 2016, “porque não há empecilho jurídico”, e garante que não rompeu politicamente com o prefeito de Itumbiara, Chico Balla. Portanto, pode apoiar sua reeleição. Ambos são do PTB e permanecem amigos e aliados. O deputado estadual José Antônio, do PTB de Itumbiara, tende a disputar mandato de deputado federal em 2018.

Grupos de políticos e empresários conversaram demoradamente com o presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, e sugeriram que dispute a Prefeitura de Goiânia. Eduardo Machado sondou alguns companheiros e, para fortalecer a chapa de candidatos a vereador, pode disputar a prefeitura, em 2016.