As relações administrativas entre o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), são apontadas pelos dois como “excelentes”. Com frequência, trocam amabilidades. São “republicanos” — na palavra de um e de outro. O peemedebista avança e sugere que o tucano-chefe, como gestor, age como “estadista”. O que poucos sabem é que aquilo que parece tão-somente laços administrativos pode-se tornar, já em 2016, uma aliança política.

Procede que o tucanato está preparando nomes para a disputa da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Pode ser, nesta ordem, o vice-prefeito do município, Ozair José; o comandante da Polícia Militar de Goiás, Silvio Benedito; ou o empresário Alcides Ribeiro. Os três não são garnisés políticos mortos. Pelo contrário, têm apelo popular. Este é, por assim dizer, o “texto”. Mas há um “subtexto”.

Aparecida pode ser uma espécie de laboratório para se testar uma aliança, agora política, entre o PSDB e o PMDB. O peemedebismo lançaria o candidato a prefeito e o tucanato, o vice. Há quem aposte que Euler Morais (ou Gustavo Men­danha), do PMDB, pode ter Ozair José como vice. Se entabulada a aliança, o PT, se não aceitá-la, bancará candidato próprio.