Bastidores

[caption id="attachment_38300" align="alignright" width="300"] Com a saída de George Morais da presidência, filiados afirmam não saber quem é o novo comandante e partido fica a ver navios[/caption]
Há algo de estranho acontecendo no PDT de Goiás. Segundo consta, com a saída de George Morais da presidência do partido, criou-se um vácuo na legenda.
Manuel Bernardes, pré-candidato a vereador em Nova Aurora, conta que em várias cidades de Goiás, sobretudo em Nova Aurora (cidade onde a legenda iria lançar candidato à prefeitura), o PDT corre o risco de não ter candidatos porque o partido não tem diretório nem comissão provisória.
"E ninguém sabe quem é o presidente estadual do partido. Não veio ao interior e nem deu notícias. E nós nem podemos mais mudar de partido". A esperança dos pré-candidatos da sigla, agora, é falar com a executiva nacional do PDT ou com o próprio presidente, Carlos Lupi. Estão ligando a Brasília sem parar.

Interlocutores peemedebistas avaliam que não vale a pena correr risco com o nome do PSB
Maione Padeiro, pré-candidato a vereador pelo PV, será o único civil de Aparecida de Goiânia homenageado com a Medalha da Ordem do Mérito Tiradentes, a maior condecoração concedida pela Polícia Militar de Goiás. A honraria será entregue em evento que comemora o aniversário da PM em Goiás, com a presença do governador Marconi Perillo (PSDB), na Academia da PM. Será no dia 28 de julho.

[caption id="attachment_71193" align="aligncenter" width="620"] Delegado Waldir e Vanderlan Cardoso lideram as pesquisas | Fotos: Renan Accioly/ Jornal Opção[/caption]
Waldir “o delegado” Soares (PR) está, sem dúvida, como o favorito em Goiânia. Está bem avaliado e conta com a fama de seus recém-conquistados 178.708 votos na capital; votos que o colocaram como o deputado federal mais bem votado da história goiana. Mais: Waldir é largamente conhecido na região Noroeste, uma das mais populosas da cidade e que tem um grande número de eleitores. Mais: sendo delegado da Polícia Civil, e fazendo questão de fazer do título seu nome eleitoral, Waldir toca em um dos maiores desejos do goianiense: segurança.
Por esse conjunto de fatores, Waldir é apontado como favorito. Há quem diga que ele foi um dos motivos da desistência de Iris Rezende (PMDB), que liderava as pesquisas, mas parecia ter atingido um “teto eleitoral”. Muitos atribuem esse não crescimento de Iris a Waldir, visto que o deputado divide parte do eleitorado irista. Dessa forma, Iris, com pesquisas em mãos, teria visto que poderia perder e por isso desistiu; se perdesse, seria o fim de sua carreira.
Mas perderia para quem? Essa é a pergunta. Waldir sozinho não conseguiria derrotar Iris, tanto que, após a saída do peemedebista, ele não foi o único a “herdar” o eleitorado irista. Vanderlan Cardoso (PSB) também “herdou” os votos de Iris. Seria Vanderlan o ponto de desequilíbrio da suposta pesquisa do peemedebista.
Agora, com Iris fora, Waldir e Vanderlan disputam para saber quem será favorito da população. Waldir é largamente conhecido e, embora um pouco na frente, parece ter batido no tal “teto eleitoral”. Seu potencial de crescimento parece ser pequeno., sobretudo no meio da classe média, que o observa com desconfiança. Por isso, o delegado escolheu Zacharias Calil (PMB) para ser seu vice. O médico desfruta de uma alta aprovação com as classes mais altas, pois é visto como um profissional de competência. Aliás, Calil tende a aliviar outra questão para Waldir: a bandeira única. A visão que muitos eleitores têm é que Waldir só entende de segurança, pois é só disso que fala. Calil, que é médico, pode colocar em questão a bandeira da saúde. Porém, sua presença apenas alivia o problema; não resolve.
Do outro lado, Vanderlan, por incrível que pareça, ainda é desconhecido de parte da população e tem a seu favor uma gestão muito elogiada no currículo. Senador Canedo tem dois momentos: antes e depois de Vanderlan. Pelo menos é o que dizem os moradores. Isso é visto pela população de Goiânia, que anseia por um gestor de qualidade e que saiba suprir as necessidades da cidade em todos os aspectos. Por esse conjunto de fatores, Vanderlan parece ter mais condições de alcançar o favoritismo. Mas a campanha ainda não começou e pode ser que nenhum dos dois seja o escolhido. Dependerá das alianças que fizerem e das estruturas que conquistarem. O PR tem dinheiro; o PSB tem estrutura. Um dos dois deve se unir ao PMDB; o outro à base do governo estadual. Veremos.

É inegável que Maguito Vilela (PMDB) faz uma boa gestão em Aparecida de Goiânia. Até a oposição reconhece e, por isso, vai com força total para tentar vencer o candidato do prefeito nesta eleição. A base do governador está praticamente unida em torno de Alcides Ribeiro (PSDB) e Silvio Benedito (PP). Os dois deverão ser confirmados como os candidatos da oposição à Prefeitura no próximo dia 30, quando acontece a convenção dos partidos. Até agora, além do PP, estão confirmados na coligação tucana: PSL, PMN, PMB, PV, PTN, PEN, Rede, PTdoB e Pros. As únicas legendas que não estão no apoio são PSB e PTB, que têm candidatos próprios — Marlúcio Pereira e William Ludovico, respectivamente — e PSD, que parece querer apoiar Gustavo Mendanha (PMDB). Os dois escolhidos representam duas das bandeiras que deverão ter mais peso nestas eleições: educação e segurança. Alcides é professor e dono da Faculdade Alfredo Nasser (Unifan) e Silvio, que é coronel da Polícia Militar, foi comandante-geral da PM por três anos. Se trabalhados da maneira certa, os dois temas deverão garantir a atenção do eleitorado para as propostas da chapa, sobretudo segurança, que é o principal ponto de fragilidade não apenas do Estado, mas do País atualmente. A dupla ainda conta com o apoio do governo. A decisão da chapa aconteceu em reunião com o vice-governador José Eliton (PSDB), que é também secretário de Segurança Pública. Isso poderá suporte às propostas apresentadas nessa área. Além disso, há vários empresários na coligação — o próprio Alcides é empresário —, o que chama atenção para outro ponto importante em Aparecida, que tem um polo industrial forte e uma classe empresarial atuante. O conjunto dos fatores poderá complicar a vida de Gustavo Mendanha, que ainda não decidiu sua vice — tudo indica que será o vereador Nascimento Macedo (DEM). A campanha está aberta, é claro, e as duas chapas deverão polarizar a eleição deste ano, com chances reais de vencer o pleito.

[caption id="attachment_44617" align="aligncenter" width="620"] Heuler Cruvinel durante entrevista ao Jornal Opção | Foto: Renan Accioly[/caption]
Heuler Cruvinel está dominando o cenário eleitoral em Rio Verde. O PR da deputada federal Magda Mofatto é mais um partido a declarar apoio ao pré-candidato do PSD. O interessante é que, nos bastidores, o partido já era dado como certo na vice de Lissauer Vieira (PSB), adversário de Heuler na cidade. Magda nega que tinha acertado a vice, mas reconhece que manteve conversas com o PSB.
“O PR ficou muito forte com a nossa reestruturação e, por isso, tornou-se um partido muito cobiçado, tanto pela estrutura quanto pelo tempo de rádio e TV [o partido tem mais de 1 minuto]. É verdade que Lissauer tem nos procurado incessantemente. Nós ainda não definimos, mas a tendência é de que nós caminhemos com Heuler Cruvinel”, afirma a presidente do PR em Goiás.
Sobre a vice, Magda diz que o partido vai conversar e que é possível a indicação. Na cidade, o PR tem Iran Cabral, que é presidente da Câmara Municipal de Rio Verde. Porém, o PR vai disputar com 12 legendas, pois Heuler aglomera agora 13 partidos, contando com o seu, na coligação. São eles: PSD, PTN, PMB, PRB, PP, PTB, PMN, PSDB, PHS, PTdoB, PEN e Pros. Conversas estão sendo mantidas ainda com PTC e SD.

O deputado federal e presidente regional do PPS, Marcos Abrão, tem andado muito nas últimas semanas. Tendo ao seu lado o deputado estadual Virmondes Cruvinel, Marcos tem viajado a fim de fortalecer as candidaturas do partido pelo Estado. Porém, o deputado não deixa de estar de olho em Goiânia. Na capital, o PPS é o único partido — até o momento — a declarar apoio à pré-candidatura de Vanderlan Cardoso (PSB). E, por isso, Marcos acredita que o PPS deve indicar a vice do pessebista, independente das alianças a serem realizadas no futuro próximo. “O PPS não vai abrir mão da vice de Vanderlan, porque fomos o primeiro partido a declarar apoio e achamos que temos o melhor nome para a posição”, explica o deputado. O nome a ser indicado pelo PPS é justamente o de Virmondes Cruvinel. Sem dúvidas, seria uma chapa tecnicamente preparada. Resta saber se as conversas que Vanderlan está tendo com as outras siglas vão ao encontro desta posição.
Eurípedes Junior é um dos poucos goianos a deter a presidência nacional de um partido; é presidente do Pros. Eurípedes diz que a legenda terá 3.500 candidatos nas eleições deste ano. O número é nacional e engloba candidatos a prefeito, vice e vereador. Só em Goiás serão 216 candidatos a vereador e 80 candidatos a prefeito e vice, tendo representantes eleitorais em cidades importantes do Entorno — região de Eurípedes — como Planaltina (Dr. Davi), Cidade Ocidental (Paulo Rogério) e Santo Antônio do Descoberto (Aleandro da Renascer). Em Goiânia, o Pros não terá candidato majoritário, mas apoiará a deputada estadual Adriana Accorsi, que é pré-candidata à Prefeitura pelo PT.

Muitos podem não se lembrar, mas Ozair José ainda é vice-prefeito de Aparecida de Goiânia. O tucano, que foi muito cogitado para ser o escolhido pelo PSDB para a disputa majoritária na cidade, sumiu. Na semana passada, professor Alcides foi confirmado como o nome tucano na eleição, acompanhado do coronel Silvio (PP), que será seu vice. Ozair José não tem atendido ligações, nem dos amigos, e não se sabe por onde estará o competente, mas esquecido político. E agora (Ozair) José?

Em Aparecida, o governador Marconi quase conseguiu realizar o que vem pedindo para que os partidos façam em Goiânia: unir a base. O único partido da base a não ter candidato e não estar presente na coligação até o momento é o PSD, que acena para um apoio à pré-candidatura de Gustavo Mendanha (PMDB). Na semana passada, o presidente municipal do PSD, Max Menezes, declarou apoio a Gustavo, deixando muita gente desconfortável. O ex-tucano Maione Padeiro, por exemplo, afirma diz que esse apoio é uma incoerência política, visto que o PSD, além de ser um partido da base do governador, tem nomes que sempre foram oposição à gestão de Maguito Vilela, caso do ex-prefeito Ademir Menezes. “Ademir disputou a eleição de 2012, pelo PSD, e perdeu para Maguito. Desde então, sempre fez papel de oposição. E agora vai apoiar a quem sempre criticou? É incoerente”, diz Maione. Além disso, aponta Maione, “o vice de Gustavo será do DEM, o mesmo partido que derrotou Vilmar Rocha na eleição ao Senado. Dá para conviver?”, pergunta.

Há dois nomes na disputa interna do PMDB para ser candidato à Prefeitura de Goiânia: o deputado estadual Bruno Peixoto e o vice-prefeito Agenor Mariano. Eram três. Na semana passada, o também deputado José Nelto se retirou da disputa e resolveu declarar apoio a Bruno, que parece contar também com o suporte de Iris Rezende, principal cabo eleitoral peemedebista. Nos corredores do escritório eleitoral de Iris, na Avenida T-9, circula que Iris estaria gravando vídeos de apoio ao deputado. Consta, inclusive, que Bruno já está em plena campanha. O deputado foi visto em Campinas, bairro onde fica base eleitoral, se apresentando à população. Tudo indica que será o escolhido pelo partido para disputar em Goiânia. Isso se o PMDB for, de fato, ter candidato próprio. A legenda está esperando para ver as ações dos demais partidos e deve se decidir apenas no dia 5 de agosto, o último permitido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização da convenção partidária. No momento, o PMDB estaria com 100% de disposição de ter um candidato próprio, mas as coisas mudam e é exatamente por isso que a sigla está esperando.

[caption id="attachment_71177" align="aligncenter" width="620"] Marcelo Pezão | Foto: Facebook[/caption]
Marcelo Pezão, que tinha sido “expulso” da presidência do PMDB, conseguiu retomar seu posto na semana passada e voltou ao comando do partido. Marcelo conseguiu uma liminar na Justiça para voltar a ser o presidente e isso pode criar uma reviravolta no cenário eleitoral da cidade. Tudo indica que o atual pré-candidato Wanderlei Benatti, que estava na presidência do PMDB em Cristalina, pode não ser mais o escolhido pelo partido, que agora pode tanto lançar um nome próprio quanto apoiar outro.
Tudo depende das conversas de Marcelo com a cúpula estadual do PMDB. Na sexta-feira, 22, ele esteve em Goiânia conversando com Daniel Vilela e José Nelto. Daniel, que estava apoiando Benatti, pode acabar decidindo se o partido terá candidato ou se apoiará o ex-prefeito Gildomar Gonçalves (PMN) ou mesmo Fred Bastos (DEM).

Em Itumbiara, existe uma certeza absoluta: se José Gomes da Rocha (PTB) puder (e quiser), ele será o candidato — praticamente eleito, mesmo antes da eleição — a prefeito. Zé Gomes está muito bem avaliado na cidade e tem condições de se eleger sem muito esforço, o que é raro na atual cenário político.
O PPS terá mais 40 candidatos a prefeito no Estado. Os favoritos são: dr. Rodrigo, em Iporá; dr. Fernando Resende, em Caldas Novas; e Júnio Capela, em Pirenópolis. Em Goiânia, o partido trabalha para indicar a vice de Vanderlan Cardoso, pré-candidato e prefeito pelo PSB, e pretende eleger três vereadores — atualmente, não tem nenhum. Na proporcional, o partido se coligará ao PSC do deputado estadual Simeyzon Silveira, sigla com a qual o PPS deverá se ligar em vários dos municípios do interior. E três candidatos a vereador despontam como aqueles que têm maior capilaridade eleitoral e que podem conseguir uma vaga na Câmara de Goiânia: Carlin Café, Cecília do Cevam e Leidimar do Goiânia Viva.

Magda Mofatto, deputada federal e presidente do PR em Goiás, afirma que conseguiu reestruturar o partido no último um ano e meio. “Aumentamos o número de deputados estaduais e federais e somos o partido que, depois do PSDB, temos mais vereadores em Goiânia: cinco”, diz ela. Isso, na visão da deputada, deverá garantir certa estrutura para que os candidatos a prefeito pelo partido consigam se viabilizar. Os principais, além de Waldir Soares em Goiânia, são Álvaro Guimarães, em Itumbiara, e Gracilene Batista, em Niquelândia.