Bastidores

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, já avisou que os jornalistas comissionados que estiverem trabalhando, direta ou indiretamente, na campanha de Ronaldo Caiado devem pedir o boné o mais rápido possível — antes que sejam demitidos. Sabe-se que, nas redes sociais, algumas estocadas contra Daniel Vilela, o pré-candidato do MDB a governador de Goiás, saem da pena de jornalistas regiamente pagos pela Prefeitura de Goiânia. Iris Rezende e Iris Araújo já pediram os nomes dos “propagandistas do caiadismo” e vão, primeiro, adverti-los. Depois, o alcaide vai demiti-los, sem contemplação.
Depois do primeiro aviso, não haverá um segundo.

[caption id="attachment_92295" align="alignright" width="620"] Divulgação[/caption]
O deputado federal Roberto Balestra disse ao Jornal Opção que o PP só vai definir seu projeto político entre julho e agosto. “Está cedo para se posicionar.”
O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, disse o mesmo: decisão só em julho. Estão seguindo a recomendação do presidente do PP nacional, Ciro Nogueira. O senador sugeriu que esperem que o quadro fique mais claro para, então, se posicionarem.


Ingá é um distrito de Luziânia que, de tão gigante, breve pode se tornar cidade (na prática, já é). De lá devem sair dois candidatos a deputado estadual: a Professora Edna e o vereador Zé Maria (José Maria Martins dos Santos), do PTC.

Pergunta de um jornalista da “Veja”: “Goiás só tem gigantes?” “Por que?”, inquire um repórter do Jornal Opção. “É que o candidato mais baixo é Daniel Vilela, com 1,83m.” De fato, José Eliton, do PSDB, e Ronaldo Caiado, do DEM, beiram 1,90m. Mas, no geral, os goianos são bem mais baixos do que os três postulantes ao governo do Estado.


O ex-governador Maguito Vilela (MDB) é um político pacífico e seu estilo é parecido com o de Gandhi. Mas sabe bater e não tem medo de cara feia. Daqui pra frente, vai ser bateu-levou.
Na convenção, o PSD não aprovará nenhum apoio à candidatura de Daniel Vilela? Não se sabe. Vilmar Rocha mantém conversações positivas e republicanas tanto com o pré-candidato do MDB quanto com seu pai, Maguito Vilela, um articulador infatigável.

O PSD já tem maioria para bancar apoio à candidatura de José Eliton a governador de Goiás. Vencido internamente, Vilmar Rocha vai subir, ainda que a contragosto, no palanque do tucano.

PP e PSD, se fecharem o acordo, levarão um tempo de televisão excepcional para Daniel Vilela

[caption id="attachment_120506" align="alignright" width="620"] Montagem[/caption]
Vilmar Rocha (PSD) deve ser suplente do governador Marconi Perillo, do PSDB, ou da senadora Lúcia Vânia, do PSB.
O empresário José Garrote também é cotado para ser suplente de Marconi Perillo ou de Lúcia Vânia.
Gilvan Máximo é a aposta do PRB para a primeira suplência do tucano-chefe.
Heuler Cruvinel é cotado para ser vice do pré-candidato a governador pelo PSDB, José Eliton. Porém, dada a questão do empoderamento feminino, não será surpresa se o tucano optar por uma candidata, como Flávia Morais ou Raquel Teixeira.

Ante a possibilidade de Ronaldo Caiado, do DEM, ser eleito governador de Goiás, as forças progressistas começam a articular, por enquanto nos bastidores, uma poderosa aliança de esquerda e de centro-esquerda para barrar suas pretensões.
O PC do B de Isaura Lemos e Tatiana Lemos, por exemplo, está cada vez mais próximo do candidato a governador pelo PSDB, José Eliton. O PT vai jogar pesado contra Caiado.
A esquerda avalia o senador Caiado como um político autoritário e uma ameaça aos movimentos populares.
