Bastidores

O empresário bem-sucedido expande seus negócios para 12 países, inclusive da Europa

O jornalista, hábil na agregação de profissionais qualificados, é um dos ases da internet no Brasil, articulando redes sociais produtivas e rápidas

O presidente do PDT, Carlos Lupi, afirma: “Nossos primos do PT, se puderem, nos matam em vida”
Euler de França Belém
Se Edgar Alan Poe fosse brasileiro e vivesse no século 21, teria escrito não “William Wilson”, um de seus contos mais notáveis, e sim “Ciro Gomes”, um ser aparentemente duplo. Começou sua vida política como deputado estadual pelo PDS — o partido da ditadura. Depois, aliou-se ao potentado Tasso Jereissati, do Ceará. Mudou de partido algumas vezes e acabou no PDT. Agora, sofre o ataque direto do PT, que trabalha para esvaziá-lo. O ex-governador do Ceará ataca o PT, mas, como se fosse William Wilson, recua e sugere que não é seu “inimigo” (frise-se que não usa o termo adversário) e admite que Lula da Silva “foi um presidente bom para muita gente”.
[caption id="attachment_132515" align="aligncenter" width="620"] Ciro Gomes e Lula da Silva: o segundo trabalha para desidratar o primeiro[/caption]
Numa entrevista, divulgada pela repórter Fernanda Krakovics, de “O Globo” (“‘Brasil não aguenta outro poste de Lula’, diz Ciro”), publicada no sábado, 4, Ciro Gomes criticou o PT, que, embora não seja, se comporta pontualmente como um partido marxista: “O que está em jogo na burocracia do PT é uma grande enganação. Eles querem criar uma comoção no país para, no dia em que o Lula for declarado inelegível, eles apontarem um outro poste. A grande questão é: o Brasil aguenta outro poste? Ou parte grave da situação que nós estamos vivendo hoje deve-se à escola de um poste de Lula?” O diagnóstico, a rigor, é preciso: Ciro Gomes acerta mosca.
Ciro Gomes sublinha que o PT tenta esvaziá-lo porque o considera como “a grande ameaça de afirmar uma alternativa de renovação” na esquerda. “Estou sendo eleito pelo PT [como adversário] por uma avaliação miúda.” O presidente do PDT, Carlos Lupi, corroborou: “Nossos primos do PT, se puderem, nos matam em vida”. A frase não é boa, mas o sentido está correto. O PT não quer apenas confrontar — quer destruir, à Lenin e Stálin.
Apesar de chamar Jair Bolsonaro, o presidenciável do PSL, de “boçal”, Ciro Gomes admitiu que ele, Bolsonaro e Marina Silva não pertencem ao “sistemão”. Apesar de ter esquecido que pertenceu ao PDS e foi ministro do governo de Itamar Franco, que não era socialista, Ciro Gomes esmera-se em falar em “neoliberalismo entreguista” — num discurso que lembra a retórica de meninos de 18 anos recém-chegados à universidade.

Em “on”, petistas e Ciro Gomes jamais admitirão que podem apoiar o candidato a presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, se for ele for para o segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL). Porque, se admitirem a hipótese, estarão sugerindo que o postulante tucano é forte e irá para a disputa final contra o deputado federal e capitão do Exército.
Porém, nos bastidores, a conversa é outra. Tanto petistas quanto ciristas sugerem que “tudo, menos Jair Bolsonaro”. Então, no caso de segundo turno entre o ex-governador de São Paulo e o capitão do Exército, o PT vai liberar a militância para votar no tucano e até fazer campanha. Mas não vai liberar seus líderes para participar do palanque do médico paulista.
O PDT vai migrar 100% para o palanque de Alckmin, ainda que Ciro Gomes decida se omitir. Porém mesmo o presidenciável pedetista deve declarar voto no tucano, isto, claro, no caso de disputa dele com Jair Bolsonaro — que a esquerda, além de combater, abomina.

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A deputada federal do PDT pode ampliar expectativa de poder de Ronaldo Caiado mas enfraquece candidatos a deputado da coligação

[caption id="attachment_129041" align="alignright" width="620"] Demóstenes Torres (PTB) em entrevista ao Jornal Opção | Foto: Fernando Leite[/caption]
O procurador de justiça Demóstenes Torres (PTB) deixou de ser candidato a senador pra disputar mandato de deputado federal. Mas ficou mais forte, dizem aliados. Por causa de seu descortino, ficou com crédito junto ao governador de Goiás, José Eliton, e ao ex-governador Marconi Perillo, ambos do PSDB. Partidos da coligação governista também aprovaram seu desprendimento.

[caption id="attachment_132381" align="alignright" width="620"] Divulgação[/caption]
Líder da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, o deputado Gustavo Sebba gravou uma série de vídeos mostrando obras que conseguiu levar para a região Sudeste de Goiás, com ênfase para obras de infraestrutura, como pavimentação e sinalização de rodovias.
Nos vídeos, veiculados nas redes sociais, o deputado alfineta a oposição, personificada na região pelo prefeito Catalão e coordenador da campanha de Ronaldo Caiado, Adib Elias, e afirma que “o lado de lá não tem nada para mostrar e fica só no blablablá”.
O tucano tem o apoio de 25 prefeitos para a reeleição e tende a ser um dos campeões de voto entre os postulantes à Assembleia pela base aliada.

[caption id="attachment_131660" align="alignright" width="620"] Reprodução[/caption]
Ao longo de sua história política, o senador Ronaldo Caiado preocupou-se em “criticar” e “destruir”. Por isso, nas redes sociais, os eleitores-leitores questionam quais serviços prestou para Goiás tanto como deputado federal quanto como senador. Curiosamente, o candidato do DEM a governador e sua assessoria nada respondem. Seus luas rurais não têm argumentos adequados?

Prefeito de Catalão foi assassinado há 20 anos. Polícia não descobriu assassino e mandante

[caption id="attachment_132373" align="alignright" width="620"] Montagem[/caption]
Por que o PDT decidiu apoiar Ronaldo Caiado, do DEM, para governador? Um ex-deputado, ligado ao PDT, apresenta uma explicação, algo enigmática, ao menos numa variante: “Expectativa de poder e Wilder Morais”.
O político não quis decifrar a segunda parte de sua explicação.

[caption id="attachment_132375" align="alignright" width="620"] Montagem[/caption]
O PDT em Goiás tem donos — a deputada federal Flávia Morais e seu marido, George Morais (trata-se de um partido familiar) — e súditos. O deputado estadual Karlos Cabral e o suplente Santana Gomes filiaram-se ao partido acreditando que ficariam na base do governador José Eliton (PSDB). Ledo engano.
Flávia Morais e George Morais trocaram o palanque de José Eliton pelo palanque de Ronaldo Caiado. Mas Karlos Cabral e Santana Gomes, dois principais candidatos a deputado estadual do partido, vão bancar a candidatura do tucano.