Bastidores
Em Formosa, há uma guerra acirrada para deputado federal. O prefeito Itamar Barreto, do PSD, apoia três candidatos: Giuseppe Vecci (o preferido, do PSDB), Thiago Peixoto (PSD) e Sandes Júnior (PP). José Mário Schreiner e Célio Silveira também colocaram o pé em Formosa. Levemente, mas puseram.
O prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin, havia melhorado, mas voltou a piorar. O município, está provado, é “maior” do que o integrante do PSD. Tormin dificilmente conseguirá ser reeleito. Talvez tenha chegado a hora de apostar em Marcelo Melo, do PMDB, um político moderno, de ideias arejadas. De Nova Gama, a deputada estadual Sônia Chaves (PSDB) conta com o apoio do prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin, e apoia Giuseppe Vecci para deputado federal.
Dois peemedebistas disseram ao Jornal Opção que Iris Rezende não está dando a mínima bola para possíveis denúncias do empresário Carlos Cachoeira. Iris teria confidenciado a um dos peemedebistas que não há nenhuma fotografia sua com Carlos Cachoeira ou com Cláudio Abreu e que ele estaria “blefando”. Iris está “pagando” para ver. Teria frisado também que expulsou Vieira, ex-Delta, aos berros do Paço Municipal. O peemedebista vai continuar citando o nome de Cachoeira. Carlos Cachoeira, se não for contido por seu advogado, que está nos processos, vai pôr a boca no trombone.
Um peemedebista esteve no comitê do candidato do PMDB a governador ficou impressionado. “Iris Rezende sequer tem uma agenda diária. A desorganização é geral.” Mas ressalvou: “Pelo menos, pela primeira vez na vida, Iris Rezende está tirando dinheiro do próprio bolso para pôr na sua campanha”. O peemedebista frisa que Iris, desta vez, guardou dinheiro para a reta final. O decano do partido teria 5 milhões para os últimos dias de campanha. “Não é muito, mas, pelo menos, é alguma coisa.”
Inimigo visceral de Cristóvão Tormin, Célio Silveira (PSDB) é fortíssimo candidato a deputado federal, sobretudo depois da desistência de Marcelo Melo (PMDB). Ele é visto como “o” candidato do Entorno do Distrito Federal. Célio Silveira faz dobradinha com a ex-prefeita de Valparaíso Lêda Borges, candidata a deputada estadual.
O prefeito de Novo Gama, Everaldo Vidal, do PPL, produziu uma verdadeira salada partidária. Ele apoia Narciso Carvalho (PPL) e Cláudio Meirelles para deputado estadual, Eurípedes Júnior (PROS) para deputado federal e Antônio Gomide (PT) para governador.
A prefeita de Valparaíso, Lucimar Nascimento (PT), lançou três candidatos a deputado estadual. Quer eleger pelo menos, mas, sobretudo, planeja derrotar Lêda Borges. O motivo: a disputa pela prefeita em 2016. Lucimar Nascimento é candidata à reeleição e deve enfrentar exatamente Lêda Borges. Portanto, se esta for eleita deputada, fica mais forte. Se for derrotada, perde energia e prestígio político local e estadual.
Candidato a deputado estadual, Adolfo Lopes, de Valparaíso, é um dos principais esteios das candidaturas de Iris Rezende, para o governo, e Iris Araújo, para deputada federal, no Entorno do Distrito Federal. Adolfo Lopes tira votos de Lêda Borges, que, apesar de certo desgaste, ainda é forte em Valparaíso.
O prefeito de Cristalina, Luiz Carlos Attié (PSD), apoia Giuseppe Vecci, do PSDB, e Thiago Peixoto, do PSD, para deputado federal. Para deputado estadual, Luiz Carlos Attié, que faz uma gestão considerada bisonha até pelos aliados, apoia Diego Sorgatto, de Luziânia. Sorgatto também tem o apoio do prefeito Cristóvão Tormin.
Joaquim Roriz Neto, filho de Jaqueline Roriz e neto do ex-governador Joaquim Roriz, é candidato a deputado federal por Brasília. Roriz Neto não entende nada de política. Porém, como sua mãe não pode ser candidato, ele foi para o sacrifício.
O deputado estadual Valcenor Braz, do PTB do entorno do DF, é um nome consistente para a reeleição. Valcenor enfrenta uma competição acirrada. Mas tem prestígio em várias cidades do Entorno de Brasília, como Luziânia.
Aguimar Jesuíno diz que sabe que sua eleição para o Senado é muito difícil. Seu desafio era se tornar conhecido do eleitor para que pudesse expor suas ideias e, depois, para que fossem absorvidas. O fato é que Aguimar Jesuíno, Vilmar Rocha e Marina Sant’Anna são pouco conhecidos dos eleitores goianos. “Estou impressionado com a popularidade de Marina Silva”, afirma Aguimar Jesuíno. “Ela é cercada pelo povão, e sempre com muito carinho”, acrescenta. “É um fenômeno.”

A transferência de votos em política existe, mas às vezes não é decisiva. Com a saída de José Roberto Arruda (PR) da disputa pelo governo do Distrito Federal, seu candidato, Jofran Frejat (PR), aparece em segundo lugar — empatado com o governador Agnelo Queiroz, do PT. A intenção de voto de Frejat não é ruim — o que significa que Arruda está “transferindo” votos para ele, mas não em condições de transformá-lo em líder. Quando candidato, Arruda era o líder, com 37%. O primeiro colocado, sete pontos à frente, é o senador Rodrigo Rollemberg, do PSB, considerado hoje como favorito para ser o próximo governador. Luiz Pitiman, do PSDB, tem 5%. Toninho, do PSOL, aparece com 3%. Perci Marrara, do PCO, não recebeu indicação. Votos nulos e brancos são 12%. 10% dos entrevistados não souberam responder. Agnelo tem uma rejeição que especialistas avaliam como intransponível — 45%. Rollemberg tem a rejeição mais baixa, 6%, o que o fortalece ainda mais. Jofran tem 13% de rejeição. Perci e Toninho aparecem com 12%, Pitiman tem 11%. O segundo turno sinaliza para um confronto entre Rollemberg, apoiado por Marina Silva, e Jofran, bancado por Arruda. Porém, apesar da rejeição gigante, Agnelo não está morto politicamente, dada sua estrutura poderosa. A pesquisa, feita entre os dias 13 e 18 de setembro, ouviu 1.204 eleitores. Está registrada no TRE-DF (DF-00043/2014). Marcelo Melo profético Numa entrevista concedida ao Jornal Opção, o ex-deputado federal Marcelo Melo, do PMDB, disse, há mais de um mês, que Rollemberg “será eleito” governador do Distrito Federal. Na época, o senador era o terceiro colocado, distante tanto de Arruda quanto de Agnelo.
A carreata-gigante do governador Marconi Perillo e do candidato a deputado estadual Gustavo Sebba está em Davinópolis (nesta quinta, 18), no Sudeste de Goiás. Sebba é aclamado como “a voz renovadora da região Sudeste de Goiás”.
O vice-governador de Goiás, José Eliton, e o pai do governador, Marconi Ferreira Perillo, também estão na carreata.
Participam do comboio mais de 400 veículos.
Os desgastes que o governador Marconi Perillo teve com a demora na expansão do eixo Anhanguera para Trindade e Senador Canedo devem ser debitados na conta do presidente da Metrobus, Padre Ferreira. Desde fevereiro, o tucano cobra do presidente da estatal a implementação do benefício, mas o projeto não saiu do papel por falta de ação da Metrobus.
Padre Ferreira deixou sua marca também no Vapt Vupt. Durante sua passagem pelo órgão, que é uma das principais vitrines da administração de Marconi Perillo, o atendimento das agências caíram de qualidade e o assunto ganhou as capas dos jornais e manchetes dos telejornais. Bastou mudar o comando que a situação se normalizou e o Vapt Vupt voltou ao padrão de excelência que o notabilizou como uma das principais vedetes do governo.
A propósito do Padre Ferreira, causa estranheza sua decisão de não assumir o mandato de deputado estadual com a saída de Helder Valin para o TCE. Ele preferiu ficar na presidência da Metrobus e abriu caminho para Vitor Priori assumir a cadeira. Estranho, muito estranho.