Bastidores
Sondado para dirigir a Agência de Comunicação do governo do Estado de Goiás (Agecom), o deputado federal Sandes Júnior desconversou, pois prefere ficar em Brasília. O único problema de suplente que assume é que, durante as definições das emendas orçamentárias, os titulares reassumem e não permite que os suplentes enviem dinheiro para os municípios que representam.
Joaquim de Castro era cotadíssimo para assumir a vaga de Virmondes Cruvinel no Tribunal de Contas dos Municípios. Mas o governador Marconi Perillo deve bancá-lo para prefeito de Jussara, em 2016.
Os conselheiros Carla Santillo e Sebastião Tejota planejam disputar a presidência do Tribunal de Contas do Estado de Goiás. Comenta-se que, com problemas de saúde, Carla Santillo vai se aposentar, abrindo sua vaga para Leonardo Vilela (ou José Paulo Loureiro). Um conselheiro não confirma a história. Porém, se não for por motivo de doença incapacitante, Carla Santillo não tem tempo suficiente para se aposentar do TCE.
Poucos políticos da base governista planejam trabalhar para eleger Helio de Sousa para presidente da Assembleia Legislativa, em 2015. A dúvida de seus “opositores” é simples e pertinente: como apoiar um deputado do DEM de Ronaldo Caiado para presidente da AL, ainda que o parlamentar apoie o governo de Marconi Perillo?
O deputado estadual eleito Virmondes Cruvinel Filho, do PSD, o historiador Gilvane Felipe e o jornalista Danin Júnior almoçavam tranquilamente no restaurante Tribo, no Setor Marista, quando chegou o deputado federal reeleito João Campos (PSDB) com sua mulher. Após cumprimentá-lo, Virmondes Cruvinel perguntou: “O sr. será candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia?” João Campos virou-se e, olhando nos olhos de Virmondes Cruvinel, perguntou em tom afirmativo: “E por que não candidato à Prefeitura de Goiânia?” O deputado tucano pode até disputar a Prefeitura de Aparecida, para atender um pedido do governador Marconi Perillo, mas sua preferência é mesmo por Goiânia. Ele avalia que chegou a sua hora.
Podem criticar Maione Padeiro, por ser incisivo e hard, mas ele tem sido um gigante na campanha do governador Marconi Perillo em Aparecida de Goiânia. Maione, que parece ter o dom da onipresença, participa de caminhadas e de carreatas em vários lugares.
No interior, o nome do deputado federal eleito Giuseppe Vecci ganhou nova pronúncia. No lugar de “Vequi”, as pessoas dizem “Veci”. Curiosamente, os homens calejados do interior gostaram de lidar com a franqueza, às vezes rude, de Vecci. Quando é preciso dizer “não”, o economista não titubeia. Várias vezes, os eleitores disseram: “Pelo menos ele não mente para nós”.
O jornalista Danin Júnior, prestigiado por Leonardo Vilela e bancado por Alexandre Baldy (PSDB), deputado federal eleito, e por Virmondes Cruvinel Filho (PSD), deputado estadual eleito, deve permanecer na Agência de Comunicação como um de seus principais diretores. Danin, além de competente, é visto como um gentleman por donos de jornais e de agências de publicidade.
Há quem, no governo do Estado de Goiás, avalie que não será preciso trocar Orion Andrade. O primo de Jayme Rincon tende a ficar na presidência da Agecom. É discreto, eficiente e não cria problemas. “Por que mudar o que está funcionando?”, pergunta um dos homens fortes do governo Marconi. Detalhe: em 2015, o orçamento para a comunicação será bem menor.
Se Carla Santillo não se aposentar do cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado, o médico Leonardo Vilela deve assumir a vaga de Virmondes Cruvinel no TCM. Para a vaga de Tião Caroço, é cotado Júnior Vieira.
O deputado estadual eleito Jean Carlo (PHS) é cotado para um cargo de proa no possível quarto governo de Marconi Perillo. Ele tem sido apontado, com frequência, para a Secretaria de Gestão e Planejamento. Jean Carlo tem experiência com gestão, pois, durante anos, atuou como dirigente do grupo Superfrango, do empresário José Garrote.
Para a vaga de Jean Carlo, na Assembleia Legislativa, pode ir o pastor Elismar Veiga, de Anápolis, filiado ao PHS. Isto claro se o deputado eleito assumir mesmo uma secretaria de um possível quarto governo de Marconi Perillo. O respeitado pastor Elismar Veiga teve uma votação pequena, mas, além de ser de Anápolis, integra a Assembleia de Deus. O governador Marconi Perillo tende a agradar a cidade e a igreja.
A senadora tucana Lúcia Vânia está feliz da vida: conseguiu eleger seu sobrinho Marcos Abrão (PPS) para deputado federal e sua aliada política Lêda Borges (PSDB), ex-prefeita de Valparaíso, para deputada estadual. A senadora Lúcia Vânia agora está forte tanto na Câmara Federal quanto na Assembleia Legislativa. O PPS, por sinal, não desistiu do passe da política, considerada como uma das mais atuantes senadoras do País. Lúcia Vânia é discreta, avessa aos holofotes da mídia, mas é uma gigante nas comissões. A Sudeco só saiu do papel graças aos seus esforços pessoais.
Pouca gente sabe, mas o famoso Bolso Família é tão-somente um programa social criado por Lúcia Vânia, quando fazia parte do governo de Fernando Henrique Cardoso, e por Ruth Cardoso, doutora em antropologia e mulher do presidente-sociólogo.
O deputado Fábio Sousa (PSDB) poucas vezes apareceu na lista de possíveis eleitos. Mas, com uma campanha azeitada e profissional, conseguiu se eleger deputado federal. A missão de Fábio Sousa, a partir de agora, é se tornar um político mais ecumênico e menos evangélico. Não, ele não vai deixar de ser evangélico, mas quer espraiar suas ações em outros campos da sociedade. Porque Fábio Sousa, ainda bem jovem, pretende, um dia, disputar a Prefeitura de Goiânia. Se ficar com a “pecha” de que é apenas evangélico, sem contatos fora do meio, dificilmente conseguirá ser candidato. Além disso, Fábio Sousa precisa ampliar seu raio de ação em outros setores evangélicos — para além da respeitada e poderosa Igreja Fonte da Vida. Para crescer politicamente, não pode ficar circunscrito a um grupo religioso. Precisa ter mais abertura para a sociedade.