Bastidores
A cúpula do PSD -- os cinco deputados estaduais e os dois federais -- fechou questão num aspecto: o jovem Frederico Nascimento, que não foi eleito para deputado estadual, deverá ocupar um cargo importante no segundo escalão. Frederico Nascimento é uma espécie de "queridinho" dos líderes do PSD. Ele é um dos nomes certos e fortes para uma cargo de proa do segundo escalão.
Há quem diga que o deputado estadual eleito Virmondes Cruvinel será escolhido para um cargo de secretário do quarto governo do tucano-chefe Marconi Perillo.
Ele não está na lista dos indicáveis do PSD. Mas o governador Marconi Perillo o aprecia, avalia que é competente e que tem interlocução fácil e respeitosa com a sociedade civil. Além do que, se escolhido, seria um sopro de renovação e, acredita-se, eficiência na sua equipe.
O novo secretariado de Marconi Perillo será focado no "amanhã". Ele fará apostas em auxiliares puramente técnicos, mas também fará apostas em políticos que têm formação técnica de qualidade, como é o caso de Virmondes Cruvinel, com vistas a disputas eleitorais futuras.
O governador Marconi Perillo está pensando adotar, ao menos em algumas escolas de Goiás, um sistema parecido, ou ligeiramente diferente, do modelo de algumas unidades de ensino público dos Estados Unidos. Trata-se da Charter School. São uma espécie de PPPs nas escolas públicas, ou seja, grupos (no estilo do antigo colégio Rudá, que funcionava no Setor Marista, em Goiânia), com recursos repassados pelo governo, dirigem as escolas. Nos Estados Unidos, a Charter School funciona bem, e há vários anos. Mas não é toda a rede de ensino que funciona assim. Há escolas inteiramente públicas. Mas na Charter School o rendimento escolar é melhor do que na maioria das escolas inteiramente públicas.
Sabe-se que o candidato a presidente da República pelo PSDB em 2018 será o senador mineiro Aécio Neves. O segundo nome da fila é o governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Mesmo sabendo disso, o governador de Goiás, Marconi Perillo, articula para disputar já em 2018. O tucano-chefe goiano conta com a possibilidade do imponderável. Se o candidato do PT for Lula da Silva, um mito da política brasileira, alguns tucanos, possivelmente até Aécio Neves e Geraldo Alckmin, talvez não queiram disputar, optando por serem candidatos a senador pelos seus Estados. Sobraria para quem? Para um político e ousado, quer dizer, Marconi Perillo. A partir de 2015, o tucano-chefe vai começar a andar pelo País. Ele vai fazer dois tipos de pregação política. Primeiro, vai propor uma cruzada nacional em defesa da ampliação da segurança pública, cobrando maior participação do governo federal. Segundo, vai propor uma discussão ampla sobre o pacto federativo. Hoje, enquanto a União nada em dinheiro, os Estados e municípios nadam no seco — sem dinheiro para investir e, às vezes, até para honrar compromissos básicos. Um dos motivos de Marconi Perillo aventurar-se pela política nacional é que não quer repetir Iris Rezende — o político goiano que menos aprende com suas derrotas sucessivas e com as lições da vida política de seu Estado. O tucano-chefe não quer ficar disputando eleições estaduais de maneira indefinida até começar perder. Quer começar um novo ciclo de sua carreira política, e exatamente no plano nacional, no qual há mesmo espaço, pois as grandes lideranças envelheceram ou estão envelhecendo.
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Leonardo Vilela: cotado para a Secretaria de Saúde de Goiás[/caption]
Ao indicar o vice-governador José Eliton (PP) para a poderosa Secretaria de Desenvolvimento Econômico (engloba Indústria e Comércio; Ciência, Tecnologia e Inovação; Agricultura, Pecuária e Irrigação; e a Agência Goiana de Desenvolvimento Regional), o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), surpreendeu o meio político, e até o presidente do PP. O tucano-chefe quer mesmo surpreender e, em reunião com secretários e outros convidados, na semana passada, no Palácio das Esmeraldas, frisou que vão continuar no governo, mas em cargos diferentes. O anúncio do secretariado deve ser feito a partir do dia 22, mas um (ou outro) secretário pode ser anunciado antecipadamente.
Mesmo com o governador resguardando a lista dos próximos secretários, a bolsa de apostas continua. Na semana passada era a seguinte: Saúde, Leonardo Vilela; Casa Civil, Henrique Tibúrcio; Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente, Vilmar Rocha (também cotado para Governo ou Educação); Desenvolvimento Social e do Trabalho, Flávia Morais (Jovair Arantes disputa a pasta para seu grupo); Controladoria (ou cargo semelhante), José Carlos Siqueira; Sefaz, José Taveira (ou José Paulo Loureiro); Segurança Pública, Joaquim Mesquita (ou outro policial federal) ou João Campos; Educação, Raquel Teixeira (ou um técnico de outro Estado); Governo, Eduardo Machado.
[gallery type="square" ids="23380,23381"] O empresário Vanderlan Cardoso (PSB) disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 12 — quando fazia check-up no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo — que pode disputar a Prefeitura de Goiânia, em outubro de 2016. “Porém, e isto é decisivo, só disputarei se conseguir formatar uma aliança política ampla e forte e, assim, conquistar maior tempo de televisão para expor minhas ideias. Não quero mais disputar eleições de maneira isolada, com escassos apoios políticos.” Frisando que só vai articular com mais desenvoltura a partir de fevereiro — em janeiro, viaja para Angola (convidado pelo empresário Odilonzinho Santos, que atua no país africano) e para o Panamá (“pretendo exportar mais, pois no Brasil há impostos em demasia”) —, Vanderlan Cardoso diz que, assim que terminaram as eleições, retornou para o comando de suas empresas. “Estou lidando com política há cerca de dez anos e chegou o momento de cuidar de expandir os negócios. Como tive boa votação em Goiânia, recebo convites frequentes para disputar a prefeitura. Mas insisto que só disputarei se conseguir ampliar o apoio partidário.” Vanderlan Cardoso admite que está “conversando” com o empresário e amigo Júnior Friboi, do PMDB. “Nós almoçamos recentemente. Júnior quer disputar o governo em 2018, mas há um problema: não tem o controle do PMDB. Sugeri que, se quiser ser candidato, deve se filiar noutro partido.” A tese de Friboi é a seguinte: apoiaria Vanderlan Cardoso para prefeito de Goiânia e, na disputa estadual, o ex-prefeito de Senador Canedo o bancaria para governador. “Está cedo. As conversas são preliminares”, sugere o líder do PSB. Quase no final da entrevista, Vanderlan Cardoso retomou o tema inicial: “Posso disputar a Prefeitura de Goiânia, mas só se fizer parte de um projeto ‘encorpado’. Uma campanha solo, isolada, não me interessa”.
[gallery type="square" ids="23372,23373"] Ao escolher de José Eliton (PP) para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, possivelmente a principal do governo, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), sinalizou várias coisas. Primeiro, deixou claro que o vice-governador é o segundo político mais poderoso da gestão estadual. Segundo, com um gesto, provocou o fim da disputa acirrada pelo cargo. Ninguém, a rigor, vai questionar o vice que, em abril de 2018, assumirá o governo do Estado. Terceiro, o tucano-chefe sinalizou que não quer e não vai transformar o pepista num novo Alcides Rodrigues (este, quando vice, sentia-se menosprezado; quando assumiu, rompeu com seu criador, tornando-se, mais do que adversário, inimigo de uma ferocidade inaudita, jorcelino-braguiana). Agora, Marconi está sinalizando que vai fortalecê-lo e que criará condições para que, ao assumir o governo, daqui a três anos, José Eliton já esteja forte e bem conhecido em todo o Estado. Quarto, a indicação sugere também que os partidos aliados, como no caso o PP, vão ser contemplados com cargos significativos. Quinto, é preciso considerar os méritos do vice — que é um jovem competente, leal, dedicado e com imensa capacidade de trabalho. E apaixonado por política. A resistência ao seu nome, incrustada mais no PSD, já foi contornada. Postas as questões acima, há uma que fica mais no campo da especulação. Está cedo para dizer com certeza, porque a política, por ser dinâmica, como a vida, muda muito e, às vezes, de um dia para o outro. Um candidato lançado muito cedo precisa segurar a onda por quase quatro anos. Não é fácil. Porém, como o governador Marconi Perillo não pode disputar a reeleição em 2018, os principais nomes da política de Goiás começam a expor seus nomes. Eles sugerem que, sem Marconi, abre-se um imenso vácuo na política em nível estadual. Daí que quem expor seu nome mais cedo, num Estado gigante como Goiás, poderá chegar consagrado em 2018. É o que já estão fazendo Ronaldo Caiado (DEM), Júnior Friboi (PMDB), Daniel Vilela (PMDB) e Antônio Gomide (PT). Há um dado curioso: é provável que, na disputa de 2018, os dois candidatos mais consistentes sejam José Eliton, dados o peso da máquina e o apoio de Marconi Perillo, em si uma verdadeira máquina de fazer política, e Ronaldo Caiado. Quer dizer, um ex-filiado do DEM e um filiado do DEM. Será uma campanha dura, porque José Eliton e Ronaldo Caiado se tornaram, mais do que adversários políticos, inimigos pessoais. O senador eleito não perdoa José Eliton por ter bandeado para o lado do tucano-chefe. José Eliton, por seu turno, critica o “autoritarismo” do líder do partido Democratas. José Eliton e Ronaldo Caiado são políticos bem preparados e com discursos afiados. O segundo é mais experimentado, mas quem viu o primeiro na campanha deste ano ficou impressionado tanto com seu discurso quanto com sua desenvoltura. Parece, na política, um peixe n’água.
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Paulo Garcia, prefeito:
o grande derrotado[/caption]
Na política, como sugeriu Tancredo Neves, não há cedo — só tarde. O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), não aprendeu a máxima do político mineiro e por isso não conseguiu eleger o presidente da Câmara Municipal e, pior, assistiu, do Paço Municipal, a vitória de um candidato da oposição, Anselmo Pereira — e logo do PSDB, hoje seu principal opositor. Por que o paulo-garcismo, com a estrutura gigantesca e tentacular da prefeitura da capital, não conseguiu fazer o presidente do Legislativo? A principal responsável é a inabilidade política do prefeito petista e de sua equipe, que parecem não ter entendido com precisão como funciona o equilíbrio de forças na Câmara.Há cerca de dois meses, o chamado Bloco, composto de sete vereadores, procurou Paulo Garcia e seus integrantes disseram: “Seu grupo tem o apoio de 13 vereadores, as oposições podem reunir cerca de 15 vereadores. Nós, com 7, somos o fiel da balança. Queremos, portanto, que um dos sete seja o presidente da Casa”. O prefeito teria dito, de maneira arrogante: “Não vai ser assim, não. Dos 15 das oposições, quando eu bater o pé, muitos virão correndo para o meu lado”. Os membros do Bloco começaram, então, a conversar com as oposições.
Depois de algumas conversas, o Bloco fechou uma aliança com as oposições — ampliadas com a adesão de dois vereadores do PT, Tayrone di Martino e Felisberto Tavares. Paulo Garcia não acreditava que o Bloco e as oposições se uniriam. O prefeito subestimou os vereadores e sua capacidade de articulação. “Nós nos unimos e, importante, sem qualquer tipo de promessa. Queríamos dar um recado à soberba do prefeito, que parece saber de tudo e não gosta de ouvir ninguém. Quando a gente diz: ‘Prefeito, o sr. precisa corrigir os problemas na sua gestão, deve organizar uma grande operação tapa-buraco nas ruas e retirar o lixo dos bairros, ele costuma perguntar: ‘Virou marconista?’. Sempre com a cara irônica, com ar de deboche. Paulo Garcia precisa ser menos arrogante”, critica um vereador.
A partir de certo momento, as oposições, que incorporaram o Bloco dos 7, chegaram a ter o apoio de 19 vereadores. Em seguida, saltaram para 23, aí perderam dois — Tatiana Lemos, que recebeu a promessa de que indicaria o secretário da Habitação na reforma que o prefeito planeja fazer em janeiro, e Wellington Peixoto, porque teriam ameaçado tomar o cargo do pai, Sebastião Peixoto, na prefeitura —, mas sobraram 21, a maioria absoluta.
Para evitar a pressão de Paulo Garcia, que enviou uma série de emissários e deflagrou uma onda de telefonemas — consta que deram mais de mil telefonemas — para todos os vereadores. Porém, isolados num hotel-fazenda, os vereadores não receberam os comunicados inflamados e emocionados do prefeito. Do hotel, depois de confabular e decidir as táticas e a estratégia, fechando um acordo para resistir a toda e qualquer pressão do petista-chefe, voltaram para Goiânia às 6 horas da manhã e foram direto para uma sala da Câmara Municipal, na qual se isolaram e não atenderam ligações do articuladores do paulo-garcismo — como Osmar Magalhães, Olavo Noleto, Paulo Magalhães, Sebastião “Juruna” Ferreira Leite e do próprio Paulo Garcia. Segundo Anselmo Pereira, quando Paulo Magalhães ligou, falando em nome do Paço Municipal, quem atendeu foi Tayrone di Martino, quer dizer, hoje o principal e mais duro adversário do prefeito na Câmara.
O jogo dos vereadores, de tão bem feito e apurado, assustou o prefeito Paulo Garcia e sua equipe. Chegaram a dizer que tanto profissionalismo não poderia ser criação dos vereadores e sugeriram armação do governo do Estado, sobretudo de Jayme Rincon (que se tornou a paranoia número um do prefeito goianiense). Não era nada disso. A articulação foi feita mesmo pelos vereadores, porque alguns deles, como Anselmo Pereira, Geovani Antônio e Elias Vaz, são super experientes. Aliás, a jogada nem é nova. É até manjada.
Aos poucos, as jogadas do paulo-garcismo foram sendo desmontadas. O presidente da Câmara, Clécio Alves (PMDB), um político intempestivo e explosivo, descobriu que o prefeito Paulo Garcia havia prometido a Secretaria de Habitação tanto para um de seus aliados quanto para um dos aliados de Tatiana Lemos (PDT). Ficou profundamente irritado e começou a se aproximar daqueles, percebeu logo, que iriam ganhar a presidência do Legislativo.
Os vereadores dizem, com todas as letras, que queriam e conseguiram derrotar o prefeito Paulo Garcia. Depois, com a Inês já morta, os luas vermelhas do PT tentaram capitalizar, sugerindo que o presidente eleito, Anselmo Pereira, era do agrado do petista-chefe. Não que Anselmo Pereira, político moderado e adepto da governabilidade, desagrade inteiramente ao prefeito. Porém, é um político do PSDB, legenda abominada por Paulo Garcia.
A ordem do chefão petista era para sugerir que Anselmo Pereira era o candidato de todos, não apenas do PSDB. E, de fato, era mesmo. Mas não era e não é o candidato e, agora, o presidente da Câmara associado ao prefeito Paulo Garcia. Durante a votação, aliados de Osmar Magalhães, que esteve presente na Câmara, disseram, quando não dava mais para segurar o processo: “Tudo bem. Aceitamos o Anselmo, mas não queremos Tayrone como vice-presidente e Elias Vaz na Comissão de Constituição e Justiça”. Os vereadores riram e, para contrariar o paulo-garcismo, indicaram Tayrone di Martino e Elias Vaz. Outra derrota do prefeito.
Para piorar a situação do prefeito, o mais irista dos vereadores, Mizair Lemes, votou com o Bloco e as oposições e ainda terá assento na Mesa Diretora. Iris Rezende entrou no circuito e tentou demovê-lo, mas não conseguiu. Ao perceber que não conseguia convencê-lo, o peemedebista-chefe teria dito para que votasse com sua consciência, mas que não deixasse passar a impressão de que havia “vendido” seu voto. Ouviu que o vereador está insatisfeito com Paulo Garcia e que o PT, com o desgaste da gestão, pode “enterrar” o PMDB na capital. Aliados de Paulo Garcia também estão irritados. Célia Valadão avalia que o prefeito não trabalhou, hora alguma, para que fosse candidata a presidente do Legislativo. Denício Trindade voltou para a Câmara, deixando uma secretaria da prefeitura, mas em nenhum momento recebeu apoio e sinal consistentes do petista-chefe. Os vereadores do PMDB está decepcionado com o prefeito, que praticamente não os ouve, e quando o faz, ouve mal e não atende seus pleitos.
Curiosamente, os vereadores não vão adotar nenhum discurso raivoso. Anselmo Pereira é diplomático e vai trabalhar para que as relações entre Câmara e Prefeitura sejam mais azeitadas, porém altivas.
Detalhe extra: o empresário Júnior Friboi (PMDB) entrou no circuito e apoiou Anselmo Pereira. Ele mantém ligações com pelo menos dez vereadores.
Moral da história: fica-se com a impressão de que o próprio prefeito Paulo Garcia conspira contra sua gestão, ao não ter habilidade para articular alianças sólidas. O petista-chefe e seus aliados são, mais do que conciliadores, contenciosos.
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Helio de Sousa / Foto: Y. Maeda[/caption]
Os detentores do poder agem às vezes com o coração e às vezes com a razão. Se depender do coração do governador Marconi Perillo (PSDB), o deputado estadual eleito Chiquinho Oliveira (PHS) assumirá, em fevereiro, o comando da Assembleia Legislativa de Goiás. O tucano-chefe e o ex-vereador têm ligação política e afetiva. Porém, se depender exclusivamente da razão, o governador tende a bancar a candidatura de Helio de Sousa. Habilidoso, o deputado de Goianésia, filiado ao DEM — mas disposto a migrar para um novo partido, como o PL, que deve conseguir registro em 2015 —, conquistou o apoio do PMDB, do PT e de vários deputados da base governista. Se a eleição fosse hoje, não teria para Chiquinho Oliveira. O líder democrata seria eleito.
O projeto número 1 de Gilberto Kassab é se tornar ministro das Cidades no governo da presidente Dilma Rousseff. Convidado, já aceitou e será anunciado brevemente. Seu principal cacife é a grande bancada de deputados federais. Mas o presidente do PSD tem um 2º projeto. Apoiando o goiano Cleovan Siqueira, está bancando a recriação do PL. Criado, o PL atrairia de 10 a 20 deputados federais, que querem trocar de partido, mas, se não for para um partido novo, não poderão fazê-lo. O projeto de Kassab é fundir o PL com o PSD, criando uma janela para os políticos insatisfeitos. O PSD passaria a ter cerca de 60 deputados. Tornando-se uma força gigante na política nacional.
O empresário Vanderlan Cardoso, presidente do PSB de Goiás, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 12, que vai apoiar a reeleição do prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), em outubro de 2016. “Misael é um aliado, um amigo. Tenho compromisso com ele e vou apoiá-lo. O prefeito está fazendo muitas obras e terá o que mostrar na próxima disputa”, afirmou o ex-prefeito de Senador Canedo. O Jornal Opção perguntou: “Há alguma possibilidade de o sr. disputar a Prefeitura de Senador Canedo?” Vanderlan Cardoso foi taxativo: “Não é o meu projeto político”. Vanderlan Cardoso afirma que tem interesse em disputar a Prefeitura de Goiânia — desde que consiga constituir uma frente política consistente.
O empresário Vanderlan Cardoso (PSB) disse ao Jornal Opção que pode ser candidato a prefeito de Goiânia, mas não pelo PMDB. É que circulou a notícia de que o empresário Júnior Friboi, se conseguir assumir o comando, gostaria de vê-lo como candidato do partido. “Para o PMDB, eu não vou, não. Eu saí de lá. Não tenho razões para deixar o PSB”, afirma o ex-prefeito de Senador Canedo.
“Aconselhei Júnior [Friboi], meu aliado e amigo, a não ficar num partido controlado por Iris Rezende. Converso sempre com Júnior, por exemplo no último sábado. Em janeiro, vamos conversar com mais intensidade sobre política”, afirma Marcelo Melo. O ex-deputado federal afirma que, se mantiver o PMDB sob o controle de Iris Rezende, um político superado, os líderes do partido vão colher novas derrotas. Sobretudo, vão sacrificar suas lideranças mais jovens, vítimas da falta de renovação do velho cacique.
A eleição para a Prefeitura de Goiânia será realizada daqui a um ano e 9 meses, mas quem quiser se desincompatibilizar terá de deixar os órgãos públicos daqui a um ano e três meses e aquele que quiser se filiar a uma legenda ou trocar de partido tem de fazer nos próximos nove meses. Está tudo mais em cima do que parece. Na disputa de Goiânia, como um prenúncio da batalha eleitoral de 2018, praticamente todas as forças estarão em ação na capital. O governador Marconi Perillo (PSDB) deve bancar seu principal aliado, Jayme Rincón (PSDB), para prefeito. Júnior Friboi trabalha para emplacar a candidatura de Vanderlan Cardoso (PSB). Antônio Gomide, Rubens Otoni e Paulo Garcia deverão lançar Adriana Accorsi ou Humberto Aidar. Todos são do PT. Iris Rezende pode bancar Bruno Peixoto ou, sobretudo, Agenor Mariano. Os caciques, portanto, estarão em ação na capital. Porque, como uma espécie de cidade-Estado, Goiânia funciona como caixa de ressonância no Estado.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, recorreu aos préstimos do empresário Júnior Friboi para que interferisse nas eleições para presidente da Câmara Municipal de Goiânia. Friboi tem certo apreço pelo petista-chefe, mas já havia se comprometido em apoiar Anselmo Pereira e cumpriu sua palavra. O problema do paulo-garcismo é que sempre parece chegar atrasado nas articulações políticas. Perde o timing com frequência.

