Bastidores
Euler Morais começa a costurar alianças com líderes políticos de Aparecida de Goiânia. O economista, com doutorado pela Universidade de Lancaster, na Inglaterra, recebeu sinal verde do prefeito Maguito Vilela (PMDB). Verde, não; verdíssimo. Euler Morais será, efetivamente, o candidato a prefeito de Aparecida pelo PMDB. O vice deve ser do PT. Tanto pode ser Ozair José quanto Helvecino Moura (se este não for expurgado do partido) e Olavo Noleto.
Contatado por um histórico do PMDB, Iris Rezende teria dito duas vezes: “Não vou fechar minha história com uma derrota política”. Nem é preciso ser bom entendedor para ler com precisão as entrelinhas. Se há entrelinhas.
Mencionando Iris Rezende, o leitor Pedro da Silveira envia uma frase de Amado Nervo (1870-1919): “É mais fácil encontrar uma mulher resignada a envelhecer do que um político resignado a se retirar da cena”.
Alguns restaurantes-bares do Setor Marista estão fechando as portas. Apesar do sucesso do Piquiras, do Contemporane e do L’Etoile d’Argent, os proprietários dos que faliram reclamam do polo gastronômico do shopping Flamboyant. A concorrência é predatória, sustentam. Piquiras, Coco Bambu, Kabanas, Madero, Outback Steakhouse, Mercatto, Kanpai Blue estariam “absorvendo” a clientela que almoçava no Marista, sobretudo aos sábados e domingos. Os clientes afirmam que, no shopping, é mais fácil de estacionar (há até manobristas) e há mais segurança. E, depois, ainda pode ir ao cinema ou olhar as novidades das lojas.
O presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Walter Baylão Júnior (PP), é cotado para ser o vice do provável candidato a prefeito pelo PSD, deputado federal Heuler Cruvinel. Walter Baylão, de pouca cultura mas produtor rural atilado, é articulado por Herculino Nunes Pereira, líder do PP.
Bancado pela presidente Dilma Rousseff (PT) e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, o petebista de Brasília Gim Argello é cotado para assumir o comando do Dnit.
Allan Máximo assumiu a presidência da Associação Comercial e Industrial de Goiás Jovem (Acieg) na quarta-feira, 11. Renato Silva vai ocupar uma diretoria. Máximo certamente vai fazer uma parceria qualificada com a presidente da Acieg, Helenir Queiroz.
O deputado federal Sandes Júnior (PP) opera para ser vice de Jayme Rincón na disputa pela Prefeitura de Goiânia, em 2016. A tese é a seguinte: o vice-governador José Eliton (PP) banca o vice de Jayme Rincón, em 2016, e o PSDB banca o vice de José Eliton na disputa pelo governo em 2018.
A deputada Flávia Morais tem sugerido que não vai mais bancar seu marido, George Morais, para prefeito de Trindade. A presidente do PDT planeja enfrentar o prefeito Jânio Darrot (PSDB). Detalhe: embora Flávia Morais tenha apoiado a candidatura de Marconi Perillo, em 2014, é certo que o tucano-chefe vai subir apenas no palanque de Jânio Darrot. Motivo: o prefeito nunca abandonou o governador, nem nos seus piores momentos.
O grande adversário do prefeito de Nerópolis, Fabiano da Saneago (PSDB), na disputa de 2016, será mesmo o ex-prefeito Gil Tavares (PRB). O problema básico de Gil Tavares é, do ponto de vista da imagem, sua suposta ligação com o empresário Carlos Cachoeira.
Quem viu o deputado Manoel Oliveira (PSDB) dando “piti” na garagem da Assembleia Legislativa, na semana passada, ficou impressionado. Um parlamentar da oposição conta que, parecendo uma criança, Manoel Oliveira, com mais de 70 anos, gritava: “Eu quero o meu Corolla! Eu quero o meu Corolla! Eu quero o meu Corolla!” Parecia birra de menino de 6 anos. Ocorre que, como não faz parte da Mesa Diretora da Assembleia, Manoel de Oliveira não tem direito a um Corolla, e sim a um Megane.
O presidente da OAB-Goiás, Enil Henrique, recém-eleito para um mandato-tampão, tem dito que não vai disputar a reeleição em novembro deste ano. Porém, se colocar a casa em ordem, pode receber uma convocação para ser candidato. Acredita-se que Flávio Buonaduce, professor universitário e advogado atuante, é capaz de agregar as forças descontentes da OAB Forte, talvez até Sebastião Macalé.
As oposições querem usar a questão da dívida para tentar ganhar a eleição na OAB. Porém, se este for o único discurso, Lúcio Flávio, o possível candidato, se não lhe puxarem o tapete em cima da hora, pode não ser assimilado pelo eleitorado. Digamos que, equacionada a dívida — explicada já está —, as oposições continuarão dizendo o quê? Lúcio Flávio, se quiser ter alguma chance de ser eleito, tem de apresentar um projeto alternativo. Falar de dívida não é o mesmo que proposta e projeto.
De um petista histórico, ao comentar a expulsão dos vereadores Tayrone di Martino e Felisberto Tavares: “Quer dizer que, no PT, ‘roubar’ pode. Ser apontado como suspeito de envolvimento com quadrilhas que assaltaram a Petrobrás, também pode. Mas não se pode, em defesa da sociedade, votar contra um IPTU exorbitante”. De fato, nunca se ouviu uma crítica do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e do presidente do PT metropolitano, Luis Cesar Bueno, ao criador do mensalão, José Dirceu, e ao tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, apontados como envolvidos nos malfeitos da Petrobrás.
A editora-chefe de “O Popular”, Cileide Alves, viajou com a equipe do governador Marconi Perillo para a Europa. Estaria “alegrinha da silva”. Consta que Cileide Alves já teria até desistido de escrever uma tese de doutorado sobre Iris Rezende — seria uma biografia — e estaria pretendendo produzir um livro sugerindo que o Tempo Novo fez uma revolução “silenciosa” em Goiás. Silenciosa? Pode-se até provar que se fez uma revolução, mas não que tenha sido silenciosa. Como o presidente Juscelino Kubitschek, o tucano-chefe gosta de revoluções barulhentas, empolgantes. O fato é que o meio político, sobretudo petistas e peemedebistas, aposta que Cileide Alves “marconou”. Na redação de “O Popular” era considerada, ao lado de Fabiana Pulcineli, como a última “resistente”. Mas não procede que a “moicana” já estaria usando um broche do PSDB. “Aí seria demais!”, diz um petista. Pelo contrário, a editora publicou uma excelente entrevista com o governador Marconi Perillo — isenta e crítica, o que prova seu valor profissional.

