Bastidores

[caption id="attachment_32236" align="alignright" width="300"] Deputado Francisco de Oliveira, o Chiquinho | Foto: Divulgação[/caption]
O G-15, grupo de deputados eleitos pela primeira vez, planeja eleger Chiquinho Oliveira para presidente da Assembleia Legislativa no próximo pleito — atropelando acordo estabelecido entre Helio de Sousa e o tucano José Vitti, pelo qual este seria o próximo presidente.
Toda semana, os integrantes do G-15 fazem um jantar. Às vezes convidam uma pessoa importante do governo do Estado, como o secretário de Desenvolvimento Econômico, o vice-governador José Eliton (PP).

[caption id="attachment_32228" align="alignright" width="620"] Ex-governador Iris Rezende é ungido por peemedebistas | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O Jornal Opção perguntou para dez políticos do PMDB — entre eles o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, o ex-deputado Lívio Luciano e os deputados Adib Elias e José Nelto — os motivos pelos quais Iris Rezende deverá ser candidato a prefeito de Goiânia.
Todos responderam a mesma coisa, com ligeiras variações. Iris é, frisam, o político mais popular de Goiânia, sem comparação. “Como o partido vai descartar o político que já sai em 1º lugar, com uma diferença grande em relação ao 2º colocado?”, perguntam.
Os entrevistados disseram que Iris não é “uma” alternativa, e sim o nome que todos querem. O partido estaria clamando por sua candidatura.
O promotor de justiça Rubens Rosa Júnior acionou judicialmente, por improbidade administrativa, os vereadores Oberdam Mendonça Carvalho e Wellington José de Souza, de Morrinhos, e cinco servidores da Câmara Municipal da cidade, Adão Alves da Silva, Hidila Rodrigues Teles, Shirlayne de Fátima Tobias dos Santos, Carla Lamounier do Carmo e Thalita Lassara Queiroz — chamados por populares de Gasparzinhos ou fantasminhas camaradas. Os cinco servidores, apadrinhados pelos dois vereadores, recebiam salários na Câmara de Morrinhos, mas não apareciam para trabalhar. O Ministério Público pediu o bloqueio de parte dos bens dos denunciados. O pedido do bloqueio dos bens, em determinado valor, tem como objetivo ressarcir os possíveis prejuízos ao Erário.
O PSD vai lançar candidato a prefeito em Goiânia? O presidente do partido, Vilmar Rocha, disse que tem incentivado os deputados estaduais Francisco Júnior e Virmondes Cruvinel a apresentarem seus nomes e ideias à sociedade. “Time que não joga não tem torcida e os dois jovens políticos são preparados, conhecem a cidade como a palma de suas mãos e são bons de votos.” “Dada a qualidade deles como políticos e homens públicos, por serem competentes e íntegros, podem e devem pleitear disputar a Prefeitura de Goiânia. O PSD está bem servido em Goiânia. Agora, colocados os nomes, devemos abrir diálogo com a base governista, que deverá apresentar um ou dois candidatos, não se sabe direito ainda”, sublinha Vilmar Rocha. “Felizes o partido e a aliança política que têm nomes consistentes como nós temos. Francisco Júnior e Virmondes Cruvinel, símbolos da renovação, engrandecem a política”, frisa o secretário das Cidades.
Baseados em informações colhidas em livros, sugerindo que estudantes de Direito da Universidade Católica de Goiás ganharam uma cadeira histórica dos estudantes de Direito da Universidade Federal de Goiás em um júri simulado, a Faculdade de Direito da PUC, com alunos e professores irmanados, decidiu processar integrantes do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da UFG. Tais estudantes entraram no CA da PUC e levaram a cadeira para o CA da UFG. Apesar da ameaça de processo, e supostamente “apoiados” por professores da Faculdade de Direito, os estudantes da UFG que pegaram a cadeia, vinculados à Mafiosa (espécie de clube), decidiram que não vão devolvê-la. O presidente do CA da PUC, Pedro Egídio, registrou uma ocorrência policial. Renato Silva, estudante de Direito na PUC, conta que os alunos estão motivados. “O curioso é que a questão da cadeira uniu até setores que divergem por quase tudo. Mesmo estudantes que pouco participam do movimento estudantil estão interessados na história da cadeira.” Há uma sensação, afirma Renato Silva, de que os estudantes de Direito da UFG menosprezam os estudantes da PUC. “Não sei por quê, mas os estudantes da PUC estão sempre falando disso. Possivelmente com razão, porque, de fato, é muita ousadia dois estudantes saírem da UFG, entrarem no CA da PUC e ‘furtarem’ uma cadeira. Se avaliavam que a cadeira era deles, por que não enviaram um ofício ou recorreram à Justiça, como devem fazer quaisquer cidadãos e, acima de tudo, aqueles que estudam Direito e defendem que atos legais são decisivos numa sociedade democrática?”, pergunta Renato Silva. “Será que estudantes de Direito da UFG não aprovam o Estado Democrático de Direito?” Os advogados da PUC se ofereceram para acionar judicialmente tanto os estudantes que “furtaram” a cadeira quanto o próprio CA da Faculdade de Direito da UFG.

[caption id="attachment_32210" align="alignright" width="620"] Cristóvão Tormin: rejeição do prefeito chega a quase 50%, registra pesquisa do instituto Dados. Líder do PSD terá dificuldade em 2016 | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Levantamento do Dados Pesquisa e Consultoria sugere que, se as eleições para a Prefeitura de Luziânia fossem realizadas hoje, o prefeito Cristóvão Tormin, do PSD, estaria “encrencado”. O instituto consultou 930 pessoas, entre 21 e 23 de março deste ano. A Rádio Luziânia FM e a Angus Comunicação encomendaram a pesquisa.
“Em quem o sr. não votaria para prefeito desses nomes?”, inquiriu o instituto. A rejeição de Cristovão é mais alta: 34,10%. O segundo colocado é Didi Viana, do PT, com 19,98%. O vereador Télio aparece em terceiro, com 5,67%. Marcelo Melo, do PMDB, é o quarto — com 3,94%. Rejeita todos: 17%. Sem rejeição: 11,91%. Não sabe: 7,40%. Dos postulantes mais destacados, a rejeição mais alta é a do prefeito. Marcelo Melo tem a rejeição mais baixa.
O Dados pergunta: “Como o sr. avalia a administração do atual prefeito?” Os números indicam que a gestão de Cristóvão Tormin é muito mal avaliada — ótimo: 1,50%; bom: 8,92%; regular: 36,73%; ruim: 19,66%; péssima: 30,08%; e não sabe: 3,11%.
Somados os números de ruim e péssima — 19,66% + 30,08% —, desconsiderando o regular, a rejeição de Cristóvão Tormin avulta a 49,74%, dado que pesquisadores e marqueteiros consideram, em termos eleitorais, instransponível. A ressalva que se deve fazer é que, como tem quase dois anos pela frente, o prefeito pode recuperar pelo menos parte de sua popularidade. O fato de que ótimo e bom, juntos, correspondem a apenas 10,42% indica que a situação do integrante do PSD é mesmo complicada.
“O sr. confia na palavra do prefeito Cristóvão?”, pergunta o Dados. As respostas dos eleitores são alarmantes para o líder do PSD. Não confia: 72,72%; confia: 12,46%; e não sabe: 14,82%. Os números revelam que a imagem de Cristóvão Tormin como administrador de Luziânia está absolutamente corroída.
“O sr. conhece Marcelo Melo?”, indaga o Dados. Conheço: 30,08%; não conheço: 30,18%; já ouvi falar: 35,34%; e não sabe: 4,40%. Os dados são positivos para o ex-deputado federal, sobretudo a um ano e seis meses das eleições — 18 meses —, portanto ainda sem campanha e sem massificação dos nomes.
O apoio do deputado Célio Silveira a um candidato a prefeito de Luziânia — não influencia na hora do sr. votar: 51,77%; aumentaria sua vontade de votar no candidato: 19,23%; diminuiria a vontade de votar nesse candidato: 10,63%; não sabe/não opinou: 18,37%. O dado sugere que o parlamentar federal não influencia de maneira decisiva a votação em Luziânia, mas 19,23%, embora pareça um número baixo, pode desequilibrar uma eleição. O líder do PSDB vai apoiar Marcelo Melo para prefeito de Luziânia.
A pesquisa estimulada para prefeito mostra Marcelo Melo com 20,52%, Didi Viana (PT) com 10,42% e Cristóvão Tormin com 9,13%.
O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira, do PSDB, diz que tem sido cobrado de maneira excessiva pelos políticos e pela imprensa. “Assumi o comando do Legislativo há dois meses, e não há dois anos.” “Eu não sou mágico”, frisa Anselmo Pereira. Faz sentido, como dizem os colunistas sociais. Mas também não precisa ser lento, quase parando.
De um tucano de bico erado: “O ex-senador Demóstenes Torres está no Inferno mas conseguiu transferir o senador Ronaldo Caiado do Paraíso para o Purgatório”. O tucano acrescenta: “A meta de Demóstenes Torres é atrair Ronaldo Caiado para o Inferno”. Leia mais: Ronaldo Caiado caiu na arapuca armada pelo “caçador” Demóstenes Torres Se Caiado for cassado, assume Luiz Carlos do Carmo, do PMDB PT nacional agradece a “São Demóstenes” pelo ataque brutal a Caiado Até Paulo Garcia estaria pensando em rezar um terço para São Demóstenes
De um ex-democrata: “Demóstenes atraiu Caiado para uma arapuca, da qual o senador não tinha como escapar. Se não respondesse, pegaria mal; respondendo, deu corda à denúncia”.
Se Ronaldo Caiado for cassado pelo Senado, assume o suplente Luiz Carlos do Carmo... do PMDB. Luiz Carlos do Carmo, da Assembleia de Deus, é irmão do pastor Oídes do Carmo e do prefeito de Bela Vista, Eurípedes José do Carmo. A cassação, ressalte-se, é uma questão muito remota e nem está sendo cogitada.
O PT nacional começa a chamar um político de Goiás de “São Demóstenes Torres”. O PT vibrou com o artigo de Demóstenes Torres e distribuiu cópias em Brasília. Um íntimo do presidente do PT, Rui Falcão, teria comentado: “E não é que esse Demóstenes é quase petista”. Com sua língua ferina e suas críticas ácidas e bem formuladas, Ronaldo Caiado está incomodando, demasiado, o PT da presidente Dilma Rousseff. “Ronaldo Caiado é o homem-Senado, quer dizer, vale por um Senado”, afirma um tucano.
Ao ler o artigo demolidor de Demóstenes Torres, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), teria rido de orelha a orelha. Aos aliados, teria dito que, sem que tenha feito esforço algum, Iris Rezende voltará a se interessar por uma composição com o PT... na capital. Consta que o católico Paulo Garcia estaria até pensando em rezar um terço para São Demóstenes.

[caption id="attachment_32263" align="alignright" width="300"] Agenor Rezende, prefeito de Minieiros, do PMDB | Foto: Divulgação[/caption]
O prefeito de Mineiros, Agenor Rezende (PMDB), continua insistindo que vai disputar a reeleição. Peemedebistas mais experimentados e especialistas em derrotas eleitorais, como Iris Rezende, deveriam recomentar a retirada de sua (possível) candidatura.
Agenor Rezende faz uma administração caótica e sem o mínimo de sintonia com o processo de desenvolvimento econômico de Mineiros. O descompasso é total. A economia do município, apesar da crise nacional, é pujante, mas a política, capitaneada pelo prefeito peemedebista, não consegue acompanhá-la. Agenor que vive uma realidade paralela.
O deputado José Nelto, do PMDB, afirma que o governo de Goiás não pode retirar os quinquênios que os funcionários públicos já estão recebendo. “Não se mexe em direito adquirido”, destaca. “Mas, daqui para frente, não terá mais quinquênios”, afirma.
Um repórter de uma revista nacional esteve em Goiânia na semana passada em busca de informações sobre as ações dos deputados federais Sandes Júnior e Roberto Balestra, ambos do PP, em Goiás. O jornalista estava com uma relação de políticos ligados a Sandes e Balestra e dados sobre verbas orçamentárias da União liberadas para prefeitos goianos. O repórter ficou surpreso ao perceber que, embora tenha dois deputados federais e o vice-governador José Eliton, o PP é anódino em Goiás.