Bastidores
José Nelto diz que, se fosse prefeito, limparia Goiânia numa semana. “O prefeito Paulo Garcia (PT), se fosse mais atento e presente, organizaria a cidade rapidamente.”

[caption id="attachment_32765" align="alignright" width="620"] Deputado federal Daniel Vilela | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
De um deputado estadual do PMDB: “Se Iris Rezende for eleito prefeito de Goiânia, em 2016, decididamente não apoiará o deputado federal Daniel Vilela para governador de Goiás, em 2018”.
O parlamentar afirma que há uma corrente que prefere apoiar Ronaldo Caiado, do DEM, por avaliá-lo como “mais oposicionista” do que Daniel Vilela.
Por seu turno, Daniel Vilela tem dito que não planeja disputar a reeleição em 2018 e que só lhe interessa pleitear o governo do Estado.
De um tucano de bico grande: “O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), cheio de amor pra dar, descobriu que gestor não faz oposição a gestor. Por isso, suas relações com o governador Marconi Perillo (PSDB) e o secretário de Cidades, Vilmar Rocha (PSD), melhoram muito”.
“Jayme Rincón une a base do governador Marconi Perillo, é gestor eficiente e tem coragem política. Além do que tem vontade de disputar. Por isso deve ser candidato a prefeito de Goiânia”, afirma o deputado estadual Diego Sorgatto, do PSD. Se Jayme Rincón, do PSDB, não for candidato, o PSD tem três nomes para a disputa da Prefeitura de Goiânia — Francisco Júnior, Lincoln Tejota e Virmondes Cruvinel Filho, todos do PSD. “Os três são jovens, consistentes e corajosos”, afirma Sorgatto.
O vice-prefeito de Cristalina, João Carlos Fachinello (PSD), reuniu seus aliados políticos e avisou que não vai disputar a sucessão do prefeito Luiz Carlos Attié (PSD). Attié deve apoiar o secretário de Saúde, Maks Wilson Louzada, ou a vereadora Maria Lúcia Salles (PSC) para prefeito de Cristalina.
A grande aposta da oposição em Cristalina é o vereador Daniel Sabino Vaz, mais conhecido como Daniel do Sindicato, do PSL. A segunda gestão de Luiz Carlos Attié, considerada abaixo da crítica até pelos aliados, pode ser o grande cabo eleitoral de Daniel do Sindicato, um político com apoio dos produtores rurais.
Suplente, o empresário Victor Priori (PSDB) assumiu mandato de deputado estadual e, logo depois, pediu licença. Outro suplente, Henrique César, deve assumir a vaga deixada por Victor Priori. Este não quer assumir mandato por 120 dias. Priori está mais preocupado em articular uma estrutura política para disputar a Prefeitura de Jataí, em 2016. O PMDB de Leandro Vilela, postulante da situação, está trataNdo o tucano como galinha morta e pode ser um engano fatal.
Quatro peemedebistas dizem que o vice de Iris Rezende — virtual candidato a prefeito de Goiânia pelo PMDB — “não será” do PT, exceto se o prefeito Paulo Garcia recuperar bem sua imagem. “O mais certo é que o vice de Iris Rezende saia de uma articulação entre o senador Ronaldo Caiado, do DEM, o ex-deputado federal Armando Vergílio, do Solidariedade, e Jorcelino Braga, do PRP”, afirma um deputado estadual. Jorcelino Braga tentou articular o radialista Jorge Kajuru (PPR) para vice de Iris Rezende. Kajuru disse ao Jornal Opção que rejeita tal articulação.
O deputado federal João Campos confidenciou a um colega de Congresso Nacional que está cada vez mais desconfortável no PSDB. Emissários do tucano já levaram o desconforto ao conhecimento do governador Marconi Perillo.
Fala-se no mercado persa da política de Brasília que o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, planeja ser candidato a presidente da República pelo PMDB, em 2018, e por isso estaria confrontando o PT da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula da Silva. Entretanto, luas pretas afirmam que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, cotado para disputar o governo do Estado, em 2018, pode ser o candidato a presidente da República pelo PMDB. Aliados apontam que Eduardo Paes sai na frente de Eduardo Cunha por três motivos. Primeiro, Eduardo Cunha, que está se tornando um evangélico de matiz radical, tende a desagradar a cúpula e a massa católicas. Segundo, Eduardo Paes tem experiência administrativa. E, terceiro, ao menos até o momento, é um dos políticos do PMDB com a imagem menos corroída.
O PMDB parece muito unido, mas há fissuras. O PMDB do Rio de Janeiro, com Eduardo Cunha, quer o controle e mantém o governo da presidente Dilma Rousseff sob pressão. O grupo do senador Renan Calheiros, ligado ao ex-presidente José Sarney, joga noutro front. O grupo do vice-presidente Michel Temer, agora articulador político do governo Dilma Rousseff, representa São Paulo.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), disse a um grupo de empresários de comunicação que, se a arrecadação subir, vai anunciar na mídia de Brasília a partir de junho deste ano. Porém, se a arrecadação não crescer de modo considerável, Rollemberg só voltará a anunciar, se voltar, a partir de agosto. Há quem acredite que, embora a mídia de Brasília esteja com a corda no pescoço, o governo do Distrito Federal só vai anunciar a partir de 2016. O governo do Distrito Federal deve cerca de 56 milhões de reais aos jornais e emissoras de rádio e televisão. A dívida será paga de maneira parcelada e com deságio.
Deputados distritais pressionam o governador Rodrigo Rollemberg, pois não aceitam a redução do número de funcionários das várias regiões administrativas do Distrito Federal. O chefão do PSB decidiu enfrentá-los, apesar de não ter maioria na Câmara Distrital. Confrontando feudos políticos, Rollemberg pretende reduzir as regiões administrativas.
Provando ter coragem, Rollemberg está enfrentando os invasores milionários do Lago Sul e do Lago Norte. Os milionários estão chiando. Quem vai ceder primeiro? Em Brasília, pela força do hábito, costuma ser o governador.
Uma coisa curiosa está acontecendo em Brasília. Coronéis da Polícia Militar, com receio de perder vantagens, estão pedindo para ir para a reserva remunerada. Isto está provocando e vai provocar mais impacto nas finanças da capital da República.