Deputado federal sublinha que o PSD não está rompendo com a base aliada, mas está dizendo que é preciso levar sua força política em consideração

Heuler Cruvinel, Vilmar Rocha e Thiago Peixoto: o PSD tem o terceiro maior “time” política de Goiás

A cúpula do PSD reúne-se na segunda-feira, 6, em Goiânia, para discutir os rumos do partido em 2018. “Nós integramos o que chamam de base governista, cujo líder principal é o governador Marconi Perillo, do PSDB. Mas o PSD é um partido político, com líderes locais, como Vilmar Rocha e Thiago Peixoto, e líderes nacionais, como Gilberto Kassab. Frise-se que é um dos maiores partidos em Goiás, atrás apenas do PSDB e do PMDB. Então, como partido consolidado, o PSD pode, sim, lançar candidato a governador em Goiás em 2018. Além dos dois nomes citados, Vilmar Rocha e Thiago Peixoto, o partido tem lideranças municipais consistentes, expressivas. Estaríamos rompendo com a base? De maneira alguma. A gente poderia compor ou recompor no segundo turno, por exemplo. Ademais, por que a base não pode apoiar um candidato do PSD?”

Gilberto Kassab, Thiago Peixoto, Marconi Perillo e Vilmar Rocha: força local e nacional

O que o PSD realmente quer? Há quem diga que quer uma vaga para o secretário das Cidades e Meio Ambiente, Vilmar Rocha, na chapa majoritária, como candidato a senador, ou então para Thiago Peixoto, como postulante a vice de José Eliton, que será o candidato do PSDB a governador. “As coisas são mais complexas. Primeiro, todo partido forte tem direito de pleitear vagas na chapa majoritária — tanto com o candidato a governador quanto com um candidato a senador. Como se costuma dizer, time que não joga não tem torcida. O PSD não pode parecer omisso para seus eleitores e para seus integrantes. Segundo, no lugar de apenas definir uma candidatura agora, nós queremos ampliar o debate. Nós queremos discutir o Estado, dialogar com a sociedade e conversas com os líderes políticos de todas as regiões. O que se pretende é abrir o leque da política, abrindo espaço para as lideranças consolidadas e emergentes. Como tem alta densidade eleitoral, com dois deputados federais, eu e Thiago Peixoto, além de deputados estaduais, como Francisco Júnior e Lincoln Tejota, e vários prefeitos, inclusive de cidades grandes e de médio porte, o PSD tem de participar do jogo político, não pode se omitir.”

Inquirido sobre o possível candidato do PMDB a governador em 2018, Heuler Cruvinel diz que não dá para saber, ao menos neste momento. Mas sugere que, pela convivência em Brasília e pelas informações obtidas em jornais, “Daniel Vilela, dos pré-candidatos do partido, parece o mais empenhado. Há informações de que ele está trabalhando muito no interior. Ao final do processo, é provável que as pesquisas determinem o nome do candidato”. Em termos de bancada, em Brasília, “é o nome do PMDB que busca mais entendimento, que está mais próximo”. O deputado ressalta: “O risco do PMDB é apresentar um nome novo, mas com um projeto antigo. O eleitor não quer apenas um projeto de alternância política, de troca de nomes no poder; quer, sobretudo, a apresentação de um projeto alternativo que seja moderno e, ao mesmo tempo, racional”.