Bastidores

A crise entre Vanderlan Cardoso, pré-candidato do PSB a prefeito de Goiânia, e a senadora Lúcia Vânia tem dois “nomes”. Primeiro, candidatos a vereador não param de pegar no pé do postulante a gestor da capital — sempre em busca do vil metal. Este, ao menos no momento, o empresário afirma que não tem e não sabe onde buscá-lo. Sempre alega que não tem mina de ouro nem de diamante. Segundo, a paixão repentina de Vanderlan Cardoso por setores do PMDB — notadamente Maguito Vilela — não tem agradado inteiramente Lúcia Vânia.

O governo confirma que o vereador Tayrone di Martino vai assumir uma secretaria nos próximos dias. Se Tayrone di Martino for para a Secretaria de Governo, Henrique Tibúrcio tende a assumir a direção da AGR. Tayrone di Martino é cacifado por si mesmo, porque tem prestígio pessoal, e pelo padre Robson, de Trindade.

[caption id="attachment_68265" align="alignright" width="620"] Francisco Jr., Vecci, Bittencourt e Vanderlan[/caption]
O Palácio das Esmeraldas não aposta mais que a base governista terá apenas um candidato a prefeito de Goiânia. Fragmentada, é provável que tenha de dois a três postulantes. Ao menos um deve desistir, aceitando ser vice.
Mas nenhum dos quatro postulantes da base governista — Vanderlan Cardoso (PSB), Giuseppe Vecci (PSDB), Luiz Bittencourt (PTB) e Francisco Júnior (PSD) — fala em desistir para hipotecar apoio a outro nome.
Curiosamente, de um deles, o Jornal Opção ouviu: “Vanderlan Cardoso, até por ocupar a terceira posição nas pesquisas de intenção e ter descolado dos demais, é o postulante que tem mais condições de ser candidato único da base”.
Ante a dúvida de um integrante da base, que indagou se Vanderlan Cardoso seria “confiável”, um tucano de bico erado e longo sublinhou: “O que importa ao governador Marconi Perillo é, primeiro, derrotar Iris Rezende, para abalar sua aliança com o senador Ronaldo Caiado para 2018, e, em seguida, derrotar Waldir Delegado Soares, que se mostra avesso à base aliada”.

Um lua azul afirma que os postulantes da base deverão ser Vanderlan Cardoso, do PSB, e Giuseppe Vecci, do PSDB. A crença na base aliada é: qualquer um dos dois que chegar ao segundo turno derrota tanto Iris Rezende, do PMDB, quando Waldir Delegado Soares, do PR. Acredita-se que o eleitorado, podendo observar bem os candidatos, não se decidirá por um gestor de matiz populista, como Rezende e Soares.

Os secretários Thiago Peixoto (Desenvolvimento Econômico) e Vilmar Rocha (Cidades e Meio Ambiente) disseram ao Jornal Opção na sexta-feira, 17, que o PSD vai manter a candidatura de Francisco Júnior para prefeito de Goiânia. “Não há a menor possibilidade de Francisco Júnior sair do páreo”, afirma Thiago Peixoto. “Não tenho mais nem paciência para continuar explicando que, ao contrário do que prega a central de boatos da maledicência, Francisco Júnior será candidato a prefeito de Goiânia. Afinal, time que não joga não tem torcida”, corrobora Vilmar Rocha.

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, quer um acordão entre o PMDB e o PSDB. Emissários garantem que o peemedebista quer abrir diálogo com o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo. Aceita-se, inclusive, discutir 2018. “Hoje”, afirma um peemedebista, “há mais sintonia entre Maguito Vilela e Marconi Perillo do que entre Maguito Vilela e Iris Rezende”.

Político com tráfego amplo na política nacional e que mantém trânsito livre no Judiciário afirma que a delação premiada de Marcelo Odebrecht, da empreiteira que leva seu nome, vai envolver um senador de Goiás e deputados federais do PMDB e do PSDB. Comenta-se em Brasília que o senador Ronaldo Caiado não está mais empolgado com o governo de Michel Temer. O líder do DEM até apreciaria o presidente, mas não sua equipe.

Num primeiro momento, Ronaldo Caiado envolveu-se 100% com o impeachment de Dilma Rousseff. Agora, talvez pelas denúncias que atingem a equipe de Michel Temer, debate menos o impedimento. Recentemente, não participou da reunião do presidente com os parlamentares goianos.

De um deputado peemedebista: “Não há como negar que o PMDB goiano está jururu, com dor de cotovelo, mão e joelho com o relacionamento altamente cordial entre o presidente Michel Temer e o governador Marconi Perillo. Até parece que, perto do gestor goiano, o peemedebista se torna tucano”. O mesmo parlamentar admite que, com apenas dois deputados federais em Brasília, e nenhum senador, o PMDB de Goiás não tem força alguma junto ao governo de Michel Temer. Marconi Perillo lidera uma bancada com dois senadores e pelo menos 13 deputados federais. Em Brasília as relações entre o presidente e líderes são mais positivas quanto maiores forem as bancadas estaduais.

O PMDB de Goiás esperneia, grita e clama por cargos federais. Mas não conseguiu nomear nenhum aliado para os escalões centrais do governo de Michel Temer. É provável que sobrem algumas vaguinhas no quarto escalão.

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O parlamentar goiano é muito ligado ao ex-ministro Mário Negromonte, hoje integrante do Tribunal de Contas da Bahia
[caption id="attachment_28308" align="alignleft" width="620"] Sandes Júnior, muito ligado a Mário Negromonte, está sendo investigado[/caption]
O PSDB de Giuseppe Vecci, pré-candidato a prefeito de Goiás, rejeita o deputado federal Sandes Júnior na vice.
O motivo é prosaico: Sandes Júnior, do PP, está envolvido na Lava Jato. Ele é um dos investigados. O parlamentar goiano é muito ligado ao ex-ministro Mário Negromonte (foto menor, abaixo). O hoje conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia é apontado como integrante de um esquema de recebimento de propina.
Se aceitasse Sandes Júnior na vice, Giuseppe Vecci teria de passar o tempo inteiro se explicando. Por isso, embora quisesse ser vice, Sandes Júnior foi rejeitado.
O senador Wilder Morais chegou a tentar impor Sandes como vice, mas, ante as informações de que está envolvido na Lava Jato, aceitou as ponderações da cúpula do PSDB.
Aos amigos e aliados, Sandes Júnior tem dito que não pode perder a imunidade parlamentar. Para não cair nas mãos de Sergio Moro.
Em contato telefônico, Sandes Júnior apresentou outra versão para o fato de não ter sido escolhido para vice. Mas o fato é que, dadas suas ligações com Carlos Cachoeira e envolvimento na Operação Lava Jato, o PSDB o vetou. Publicamente, a versão apresentada é outra. O que está dito abaixo contradita inclusive com o fato de que Sandes Júnior dizia, em entrevistas, que seria candidato a prefeito de Goiânia.
Versão de Sandes Júnior, deputado federal
“No dia 4 de julho começarei um programa na TV Serra Dourada, que se chama ‘Na hora do almoço’. Pela lei eleitoral, jornalista, radialista, tem que sair do ar no dia 30 de junho, como eu vou começar programa no dia 4 de julho se eu seria candidato?
Por isso que não sou vice do Vecci, não tem outro motivo. Ele me convidou para ser vice durante meu programa no rádio na semana passada. Eu que não aceitei, apenas por isso. Porque vou começar um programa na TV Serra Dourada e não vou deixar o meu do rádio.”
Nota de Giuseppe Vecci, deputado federal
“O PP foi o primeiro partido a ratificar apoio à minha pré-candidatura, ainda em maio, para iniciarmos a formação de uma grande aliança nas eleições municipais deste ano. É uma grandeza ter um partido como o PP, que possui em seus quadros políticos qualificados como o deputado federal Sandes Júnior, nos apoiando.
“Respeito muito o Sandes pela forma como ele representa importantes setores da sociedade, pela expressiva votação em Goiânia e como deputado federal, e pelo perfil municipalista e agregador. Por isso e pela amizade que nos une, jamais faria algum movimento para impedir a vinda de Sandes na vice. Entendo que o momento de definição de nomes para a vice não é agora, e sim até as convenções partidárias, mas tenho absoluta certeza que Sandes e o PP irão contribuir e somar muito na minha campanha.”

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