Bastidores

O presidente do PSD, Vilmar Rocha, e o deputado federal Thiago Peixoto estão dispostos a bancar o deputado para prefeito de Goiânia

Reunião no Palácio das Esmeraldas leva toda a base para o candidato do PSB a prefeito de Goiânia

Thiago Albernaz, Anselmo Pereira e Manoel Oliveira são três políticos cotados para vice do candidato do PSB
[caption id="attachment_58253" align="alignleft" width="620"] Arquivo[/caption]
O samba do crioulo doido chegou à política de Goiás? Não é bem assim. Política é articulação, em variados sentidos, e por isso soa, por vezes, como confusão e excesso. Quem não articula, em vários níveis, costuma estrumbicar-se. Por isso, quem está de fora, e não consegue compreender as facetas e singularidades da vida política, fica, não raro, com a impressão de que há, mais do que certo delírio, uma loucura coletiva entre os políticos. Trata-se de um engano. O que ocorre de fato é que, a partir de determinado momento, dadas as datas-chaves, como a das convenções, a política acelera-se. Aí, além dos balões de ensaio convencionais — a vida é frequentemente avessa ao planejamento totalizante —, há as jogadas reais. Ao final, assenta-se tudo, ou quase tudo, e prevalece, quase sempre, o bom senso.
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O que se está sugerindo com o arrazoado acima? Que, na impossibilidade de uma aliança do PSDB com o PMDB — porque 2018 está acopladíssimo com 2016 —, o alto tucanato tende a fechar uma aliança com Vanderlan Cardoso, candidato do PSB a prefeito de Goiânia. O PSDB lançará, tudo indica, seu vice — que pode ser tanto Thiago Albernaz, dado ao fato de ser jovem e neto de Nion Albernaz, ex-prefeito da capital (de rara excelência), ou o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira. O deputado estadual Manoel Oliveira também estaria à disposição.
A senadora Lúcia Vânia (presidente do PSB) e Vanderlan Cardoso devem conversar com o governador Marconi Perillo na sexta-feira, 5.

[caption id="attachment_71928" align="aligncenter" width="620"] O tucano Professor Alcides pode receber apoio do DEM. Presidente municipal do partido, Fábio Camargo, nega[/caption]
Às vésperas da convenção do DEM em Aparecida de Goiânia, o partido pode "mudar de lado". Políticos da cidade afirmam que a sigla, que até o momento está na coligação de Gustavo Mendanha (PMDB), caminha para fechar com Professor Alcides. As informações dão conta de que o presidente do municipal do DEM, Fábio Camargo, que é secretário do Meio Ambiente do prefeito Maguito, poderia até ser destituído. Fábio, porém, nega as informações.
Fábio diz que o DEM foi o primeiro partido a apoiar o PMDB e a candidatura de Gustavo e que, portanto, não há possibilidade de voltar atrás, a não ser que seja por intervenção. "Em todas as reuniões que fizemos com o senador Ronaldo Caiado, ele deixou o partido livre para decidir seu caminho e, na última reunião que fizemos com nossos 38 pré-candidatos a vereador, nenhum demonstrou vontade de apoiar o Professor Alcides. Então, a única possibilidade do partido compor com o PSDB é se houver intervenção, o que acabaria com toda a democracia", relata.
A convenção do DEM em Aparecida é nesta sexta, às 18h. O evento acontecerá na Chácara do Passarinho, ao lado do Rodeio Show.

[relacionadas artigos="71779"] O deputado federal Giuseppe Vecci anunciou que não será mais o candidato da base do governo à Prefeitura de Goiânia. O comunicado foi feito ao governador Marconi Perillo (PSDB) na manhã desta quarta, 3. Nos bastidores, falava-se sobre a desistência de Vecci há mais de um mês. O deputado, que é profissional um competente, não conseguiu se viabilizar, embora tenha trabalhado para isso. Os partidos da base não se uniram a seu nome. Por isso, Vecci deixou a disputa. Logo após ser informado pelo próprio Vecci, Marconi intensificou suas articulações para "achar uma solução", visto que as convenções devem ser realizadas até a sexta, 5. Consta que Jayme Rincón (PSDB) está auxiliando Marconi nas conversas e o anúncio da solução encontrada pode ser feito ainda nesta quarta.
O médico Luiz Alberto (PSD) será o vice na chapa do ex-prefeito Gil Tavares (PRB) na disputa pela prefeitura de Nerópolis. Dr. Luiz se lançou no início do ano como candidato a prefeito, mas às vésperas das convenções, aceitou a aliança com Gil Tavares, que é apontado como favorito. A união PRB-PSD fortalece a oposição ao atual prefeito Fabiano Luiz (PSDB) que, como a maioria dos prefeitos, sofre com a rejeição popular. Fabiano fez muitas articulações para ter Dr. Luiz como seu vice, mas o médico preferiu compor com Gil. Agora, Gil e Dr. Luiz contam com uma ampla chapa de vereadores e com apoios políticos importantes, como o do Secretário das Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente, Vilmar Rocha (PSD) e dos deputados federais Thiago Peixoto (PSD) e João Campos (PRB).

[caption id="attachment_71792" align="alignright" width="300"] Fábio Sousa e Lucas Calil são cogitados para disputar a Prefeitura pela base governista[/caption]
Com a praticamente certa desistência do pré-candidato do governo para a Prefeitura de Goiânia Giuseppe Vecci (PSDB), o governador Marconi Perillo está pensando em um nome alternativo para apresentar nas eleições deste ano. É o que dizem políticos ligados ao governo.
Segundo informações, o governador já tem conversado com alguns políticos que teriam condições de surpreender nas urnas, aqueles que poderiam ser um "curinga", isto é, fazer uma boa campanha e crescer na reta final com chances de vitória. Dois nomes cogitados são o do deputado federal Fábio Sousa (PSDB) e o do deputado estadual Lucas Calil (PSL).
Nesse sentido, o governador tem conversado com os presidentes dos partidos da base aliada que tinham firmado compromisso de apoiar Vecci e pedido a eles para não "fechar com ninguém" e aguardar a solução do governo. Essas articulações mostram que o governo não tem um interesse imediato em apoiar a candidatura de Vanderlan Cardoso (PSB) e que deve mesmo lançar candidato próprio.
PSD e PTB, que têm pré-candidatos, continuam tentando entrar em acordo com o restante da base para receber o apoio do governo. As conversações continuam até a próxima sexta.

Os presidentes do PV e do PEN em Aparecida de Goiânia, Lorena Ayres e Cleber Coelho registraram sua coligação proporcional. São 38 candidatos. A coligação pretende emplacar três dos 25 vereadores do município. [relacionadas artigos="71187"] As duas siglas também fazem parte da coligação majoritária da base governista em Aparecida, que é composta por PSL, PMN, PMB, PV, PTN, PEN, Rede, PTdoB e Pros e que terá como candidatos Professor Alcides Ribeiro (PSDB) e Coronel Silvio Benedito (PP). "Respeitamos a igualdade e queremos mudar os legisladores de nossa cidade, apoiamos irrestritamente Professor Alcides e Coronel Silvio, sempre a favor de nossa gente, pois avançar é preciso", afirma Lorena, do PV.

Aliança entre os então adversários chama atenção na cidade. Em postagens recentes, o ex-petista tecia críticas pesadas à atual administração

[caption id="attachment_71635" align="aligncenter" width="620"] Vanderlan Cardoso durante entrevista ao Jornal Opção[/caption]
Serão definidas, nesta semana, todas as candidaturas à Prefeitura de Goiânia. E o prolongar das negociações tem nome, ou melhor, lugar: Senado. Eis a situação: em 2018, há duas vagas para senador — Ronaldo Caiado (DEM) ocupa a terceira vaga e cumpre seu mandato de oito anos. Uma vaga está “garantida” para Marconi Perillo, que não pode se reeleger ao governo e deve se tornar novamente senador. Pelo lado da base, resta uma vaga, que já está sendo disputada.
Na fila estão: Lúcia Vânia (PSB), que é senadora; Vilmar Rocha (PSD), que foi o candidato na última eleição; Wilder Morais (PP), que assumiu a vaga de Demóstenes Torres; Roberto Balestra (PP), que há tempos quer disputar o cargo; Magda Mofatto (PR), que já se postula à vaga; e Jovair Arantes (PTB), que pode se colocar na disputa, caso não consiga se eleger presidente da Câmara no ano que vem.
Nesse cenário, Lúcia e Vilmar são os atores principais. O presidente do PSD joga para assegurar o lugar. Em Aparecida, como informou esta coluna na última edição, à revelia da base estadual que está unida em torno da candidatura do Professor Alcides (PSDB), o PSD declarou apoio ao candidato do prefeito Maguito Vilela (PMDB) — Vilmar e Maguito têm se reunido com frequência. Já Anápolis e Goiânia estão ligadas: Vilmar e Jovair teriam entrado em acordo.
Em Goiânia, Luiz Bittencourt (PTB) seria o vice de Francisco Júnior (PSD); em troca, o PSD abriria mão da candidatura de Olegário Vidal em Anápolis para apoiar o candidato do PTB, Roberto Naves. Em Anápolis, o acordo está concretizado e a aliança já foi, inclusive anunciada: Roberto terá como vice Márcio Cândido, do PSD — Vilmar e Jovair estavam presentes no dia do anúncio. Em Goiânia, por outro lado, ainda não houve anúncio da aliança e o motivo é justamente a continuação das conversas para uma possível união da base.
Feita a contextualização, podemos entrar nos argumentos que levam à afirmação do título. Na capital, está mais que certo que Giuseppe Vecci não será candidato. Deve assumir a secretaria de Desenvolvimento, que ainda está vaga após a saída de Thiago Peixoto (PSD). Vislumbrando a possibilidade de ter o apoio da base para seus candidatos, Vilmar e Jovair aguardam o desenrolar das conversas, que devem se estender até o dia 5.
Porém, muitos da base querem compor com Vanderlan Cardoso (PSB), pois acham que ele é o candidato com maiores chances de vencer a eleição. Vanderlan, entretanto parece não querer firmar a aliança, embora saiba que precisa do apoio de alguma grande estrutura para vencer seu principal concorrente, o Delegado Waldir (PR). Entra em jogo, então, a figura de Lúcia Vânia. Lúcia é a presidente do partido e pode firmar posição pela aliança e, ainda, fazer o acordo para assegurar sua reeleição ao Senado com o apoio de Marconi.
Embora diga que deixou a articulação por conta de Vanderlan, políticos da base afirmam que a senadora poderá intervir. Por isso, as chances de Vanderlan ser o candidato da base é grande. De quebra, a aliança prejudicaria Waldir, que não deverá fechar aliança com o PMDB — Daniel Vilela também quer Vanderlan. Seria uma jogada de mestre, que poderá ser definida no dia 5.
Há resistências? Sim. Afinal, Vanderlan não representa o projeto da base, mesmo que seja apoiado por ela. Porém, um acordo dessa magnitude é maior que as rusgas existentes entre o pessebista e os partidos. Além disso, se Marconi entrar no jogo, como deverá fazer, dificilmente os partidos se negarão a fazer parte.

[caption id="attachment_71632" align="aligncenter" width="620"] Deputada estadual Adriana Accorsi | Foto: reprodução/ Facebook[/caption]
Há um mantra para as eleições deste ano: candidatos do PT sofrerão o desgaste do partido em nível nacional — sobretudo o afastamento da presidente Dilma Rousseff — e, por isso, terão mais dificuldades. Porém, esse mantra, embora tenha um vasto campo de verdades, pode não se mostrar tão assertivo assim. Em eleições municipais, o voto é mais ligado à figura do candidato, à sua capacidade de gestão, do que ao partido ao qual é filiado. Isso explica porque vários candidatos petistas estão bem avaliados em pesquisas tanto de capitais quanto no interior.
Em Goiânia, a candidata petista Adriana Accorsi sofre mais com o desgaste do atual prefeito da capital do que com o de sua sigla. Aliás, praticamente todos os candidatos apoiados por atuais prefeitos enfrentarão certa rejeição. Isso porque quase não há prefeitos bem avaliados. A crise foi mais acentuada nos municípios e os prefeitos são os que mais sofrem as consequências dela.
Porém, o presidente metropolitano do PT, deputado Luis Cesar Bueno não vê a questão dessa maneira. Para ele, o prefeito Paulo Garcia tem se recuperado nos últimos meses e isso ajudará Adriana. “Não temos gastado com publicidade para divulgar nosso governo, mas quando começar a campanha todos verão que seremos eleitos”, diz.
O deputado relata que Paulo Garcia tem se recuperado e deverá se recuperar mais nos próximos meses. “O prefeito revitalizou a Praça Cívica, construiu 53 Cmeis, revitalizou a Marginal Botafogo, está construindo a extensão da Marginal Cascavel, fez um programa de mobilidade com ciclovias e está construindo o BRT. E há muitas outras obras. A população verá isso”, argumenta.
A convenção do PT, que acontece no dia 5, na Assembleia Legislativa, confirmará a coligação com: Pros, PTC, PCdoB, PMN, PPL, PTdoB e PEN. As conversas com outros partidos, inclusive grandes siglas, continuam até o dia da convenção. O diálogo é para definição da vice, que não será do PT.
Adriana, que foi a segunda deputada estadual mais votada em Goiânia, diz que já fez dezenas de reuniões (cinco em cada região de Goiânia), e que tem sido bem recebida pela população, principalmente devido à sua atuação como delegada, algo que pesa a seu favor, dado que a segurança pública será um ponto importante neste pleito. Tanto que Luis Cesar é assertivo em dizer que a eleição será polarizada entre os dois delegados, Adriana e Waldir (PR).
Para isso, quando a campanha começar, daqui a uma semana, Adriana terá que mostrar a que veio. Se fizer uma boa campanha, a deputada tem boas chances. “Pode crescer e acabar virando a eleição”, diz um pesquisador. “Se Vanderlan repetir o fraco desempenho de suas campanhas ao governo, isso a ajudará”, arremata.

“Temos alguma dificuldade para compor aliança porque não temos como ‘dar’ secretarias e cargos. Nós não temos como adotar a prática que é utilizada no município e no Estado. Não vamos ‘partilhar’ a prefeitura com os partidos. Quem quiser agregar, venha por ideologia, porque acredita no nosso projeto. E também não temos dinheiro para negociar”. A fala é de Delegado Waldir, o pré-candidato do PR para a Prefeitura de Goiânia. Waldir é transparente sobre sua posição, mas sua postura é interpretada por muitos como falta de habilidade política e, embora esteja liderando as pesquisas e seja apontado como favorito, a falta de uma estrutura partidária pode atrapalhar seu desempenho nesta eleição. Os partidos que compõem a base do governo estadual não o querem, sobretudo após sua saída do PSDB, que deixou rusgas. Os partidos aliados ao PMDB (DEM, PRP e SD) não querem firmar alianças — Daniel Vilela, presidente peemedebista, quer Vanderlan na cabeça da chapa. Por esse conjunto, resta ao PR procurar os partidos menores que ainda não tenham algum tipo de compromisso, caso do PMB, partido do vice de Waldir, Zacharias Calil. Será suficiente?

[caption id="attachment_70315" align="aligncenter" width="620"] Jânio Darrot | Foto: Renan Accioly/Jornal Opção[/caption]
Jânio Darrot é um dos poucos prefeitos bem avaliados no Brasil. Mesmo que não seja de propagar as benfeitorias que fez em Trindade, o tucano é visto como um gestor de qualidade, pois praticamente zerou a dívida do município e, como se diz no jargão político, “deixou a máquina pública azeitada”. Em tempos de crise, a cidade pode, agora, fazer parcerias e receber investimentos tanto do governo federal quanto da iniciativa privada. “Trindade está pronta para se desenvolver”, afirma o prefeito.
Darrot, que inicialmente não pretendia disputar a reeleição, por ter cumprido o que havia prometido — deixar a cidade em condições de crescer —, foi convencido de que a cidade ainda precisa dele. A convenção do partido, que deverá formalizar a candidatura do tucano, será no dia 5. E o apoio a Darrot é grande.
Até o momento, estão confirmados na coligação tucana, além do PSDB: PP, PTB, PCdoB, PRTB, PV, PSB, PPS, PTdoB, PHS, PTN, Solidariedade, PMB, PSD e PSC. Mas as conversas com outros partidos continuam. Neste final de semana, o diálogo será feito com PRB, do deputado federal João Campos. “Até o dia da convenção, queremos conversar com muitos outros partidos”, diz o prefeito.

[caption id="attachment_63487" align="alignleft" width="204"] Luiz Bittencourt pode ser vice de Francisco Júnior| Foto: Marcello Dantas[/caption]
Não há dúvidas de que Luiz Bittencourt é um bem sucedido empresário do ramo de construção civil e imobiliário. Por isso, ele tem tentado emplacar o discurso do gestor para se viabilizar como candidato. Porém, não tem conseguido fazer a população enxergá-lo como gestor. Ao contrário, sua imagem junto à população é a do político tradicional, que ainda é lembrado por suas campanhas anteriores, “aquele que gasta a sola do sapato”. É o que dizem pesquisadores ouvidos pelo Jornal Opção.
Mais: seu nome ainda é ligado ao de Iris Rezende — Bittencourt foi peemedebista por muitos anos. Por esses motivos, Bittencourt não se viabilizou e deve sair da disputa. O mais provável é que seja vice de Francisco Júnior (PSD). Em troca, o PSD abriria mão da candidatura de Olegário Vidal em Anápolis para apoiar o candidato do PTB, Roberto Naves. Em Anápolis, o acordo está concretizado e a aliança já foi, inclusive anunciada: Roberto terá como vice Márcio Cândido, do PSD — Vilmar e Jovair estavam presentes no dia do anúncio. Em Goiânia, por outro lado, ainda não houve anúncio da aliança e o motivo é justamente a continuação das conversas para uma possível união da base.
Isso se as conversas para que a base do governo estadual se una não avançarem nesta semana. A convenção do PTB, que decidirá o futuro do partido nesta eleição, será no dia 5. Por meio de nota, o pré-candidato do PTB assegurou que não será vice e quer administrar Goiânia.

“Se você tem uma verruga na testa ou no nariz, vive imaginando que ninguém no mundo tem outra coisa a fazer a não ser olhar para essa verruga, fazer troça dela e, por causa dela, desprezar você, ainda que você tenha descoberto a América”. Dostoiévski é um ícone da literatura mundial porque, mesmo tendo vivido no século 19, o escritor é sempre atua.
Se tivesse lido Dostoiévski, Álvaro Guimarães não seria tão duramente criticado em Itumbiara, cidade onde será candidato a prefeito. Acontece que o deputado do PR tem feito de sua bandeira de campanha a moralidade. “Só fala de moral”, diz um morador da cidade.
Qual o problema? O problema é que uma “verruga” passou despercebida do deputado: ainda no ano passado, o Ministério Público abriu inquérito para apurar gastos indevidos de verba indenizatória. Entre os investigados, o deputado Álvaro Guimarães, que foi investigado por ter gastado mais R$ 50 mil em refeições com dinheiro público.
Dostoiévski tem razão: mesmo quando o dono da verruga não se lembra dela, há sempre quem repare. Nesse caso, o eleitorado.