A tendência é que os candidatos sejam José Eliton, Thiago Peixoto, Marconi Perillo e Wilder Morais. Mas os nomes não estão inteiramente definidos

José Eliton, Marconi Perillo, Thiago Peixoto e Wilder Morais:: um retrato possível da chapa governista majoritária para a disputa de 2018 | Fotos: Fernando Leite / governo de Goiás/ reprodução/ Facebook

É consenso que a chapa majoritária governista será definida em 2018. Mas também é consensual que os nomes vão ser (já estão sendo) colocados em 2017 para, em determinados casos, se firmarem.

Está praticamente acordado que a chapa majoritária terá a seguinte composição partidária: duas vagas para o PSDB (governador, José Eliton, e senador, Marconi Perillo), uma vaga para o PSD (vice-governador, Thiago Peixoto) e uma vaga para o PP (senador, Wilder Morais).

Resta saber: o que fazer com a senadora Lúcia Vânia, do PSB, e com os deputados federais Jovair Arantes, do PTB, e Magda Mo­fatto, do PR?

Lúcia Vânia planeja disputar a reeleição, e pela base governista. Se não for possível, a tendência que é seja candidata a governadora ou então a senadora noutra composição político-eleitoral.

Goiano que se tornou político nacional, ao “comandar” o impeachment de Dilma Rousseff e ao disputar a presidência da Câmara dos Deputados, Jovair Arantes quer disputar mandato de senador, até para abrir espaço para seu filho, Henrique Arantes, postular mandato de deputado federal. Dos políticos da base governista, o petebista é o que mantém melhor tráfego com o PMDB do deputado federal Daniel Vilela e do prefeito de Goiânia, Iris Rezende.

Publicamente, Magda Mofatto insiste que será candidata a senadora. Privadamente, estaria comentando que, dado o “congestionamento” da base quando o assunto é disputa de mandato de senador, tende a disputar a reeleição. O deputado estadual José Nelto, porta-voz informal de Daniel Vilela, admite que está de olho gordo no seu passe político — assim como no de Lúcia Vânia. O peemedebista sugere que tanto Magda Mofatto quanto Lúcia Vânia podem até ter menos dinheiro do que Wilder Morais, mas têm mais votos, que é, sublinha, “o que importa de fato”.

O PSB de Lúcia Vânia, o PTB de Jovair Arantes e o PR de Magda Mofatto aceitariam a cobiçadíssima suplência do governador Marconi Perillo? É difícil, mas não impossível. Há uma aposta de que, se um tucano ou um peemedebista for eleito presidente em 2018, Marconi Perillo será guindado ao posto de ministro, abrindo, assim, espaço para o suplente assumir o mandato.

Está definido que Wilder Morais será candidato a senador pela base? Comenta-se que, ao se filiar ao PP, teria sido estabelecido um acordo, mediado pelo presidente nacional do partido, o senador Ciro Nogueira, de que teria espaço para a disputa da reeleição. Apesar do possível acordo, o pepista precisa consolidar seu nome como candidato. No momento, quando começa a ser criticado pela senadora Lúcia Vânia, faz um trabalho intenso no interior, abrindo conversações com prefeitos e líderes locais de vários partidos. Por ter dinheiro, muito dinheiro, tornou-se darling dos políticos.

O presidente do PSD, Vilmar Rocha, que planeja disputar o Senado, abriria espaço para Thiago Peixoto ser vice de José Eliton? É possível, afinal, os dois são bem afinados.
Frise-se que confirmados mesmo, para a chapa majoritária, só há dois nomes: José Eliton, para o governo, e Marconi Perillo, para o Senado.