Por Yago Rodrigues

- Em comemoração aos quatro anos de muita dança e música, a Mais Um Baú de Ideias e o grupo musical Vida Seca e o ¿por quá? realizam no sábado, 12, mais uma tarde Por Acaso. Aberto, o improviso vai das 17 às 20h no Cepal do Setor Sul.
- Por meio do projeto Palco Vacas Magras, a banda Distoppia e a cantora Jade Mustafé se apresentam no Teatro Sesc Centro. Do rock alternativo à MPB, o show começa às 20h do sábado, 12. Os ingressos custam R$ 15, a inteira.

Livro

Música

Filme


Que tal conhecer as músicas mais escutadas pela equipe do Jornal Opção durante a semana? É só dar play! Arctic Monkeys – 505 Clarice Falcão – Banho de Piscina M83 – Midnight City Mamonas Assassinas – Robocop Gay Os Paralamas do Sucesso – Selvagem Poison Idea – Made To Be Broken Prague Film Orchestra – Imperial March (Star Wars) Robin Thicke – Blurred Lines feat. T.I. & Pharrell Tame Impala – The Less I Know The Better

Livro que tem como pano de fundo o mundo corporativo mostra as falhas das empresas de comunicação atuais

Brincar com o tempo é algo comum no cinema, sobretudo no hollywoodiano, mas muitos escritores provaram que isso também é possível na literatura

[caption id="attachment_59778" align="alignright" width="620"] Com Tonico Pereira e Vera Holtz, peça é a principal atração cênica da semana | Foto: Divulgação[/caption]
“Timon de Atenas”, peça do dramaturgo inglês William Shakespeare, estará em cartaz em Goiânia entre os dias 4 e 6 de março. A montagem traz Vera Holtz no papel de Timon, em uma trama adaptada para os dias atuais. O espaço é o centro do poder de uma grande capital federal, como Brasília. As apresentações serão no Teatro Goiânia e os ingressos custam R$ 25, a inteira. Os ingressos já estão à venda na Fnac do Shopping Flamboyant, na Livraria Leitura, do Goiânia Shopping e na Pharmárcia Therapêutica, da Rua 83, no Setor Sul. Um adendo: no dia 5, será oferecido uma oficina de direção e interpretação com a equipe do espetáculo. A oficina, voltada para atores e diretores de teatro, é gratuita.

Ainda pouco conhecida de grande parte da população de Goiânia, a Vila Cultural Cora Coralina tem se revelado um espaço importante para a cultura em Goiânia. Com eventos simultâneos acontecendo durante todos os fins de semana, a Vila precisa ser “encontrada” pela população da capital goiana. Neste mês de março, por exemplo, acontecem lá: a Mostra de Arte Urbana no Brasil Central; o Festival Todas as Tribos; e as aberturas das exposições “20 anos Teatro Ritual” e “O Dobro”. Além disso, ainda ocorrem eventos paralelos, como o ciclo de cinema. A Vila Cultural fica ao lado do Teatro Goiânia, entre a Rua 3 e a Avenida Tocantins, no Centro da capital.

Nos dias 1º e 8 de março acontece no Culturama o curso “Estudos sobre o mercado de arte contemporânea no Brasil”. O curso, que tem como público alvo galeristas, artistas, colecionadores e estudantes de Artes Visuais, será ministrado pelo pesquisador Alessandro Elias da Silveira. O objetivo do curso é qualificar profissionais a fim de aprimorar o conhecimento sobre o mercado de arte no País. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 3924-191 ou pelo site www.espacoculturama.com.br.

- Termina na segunda-feira, 29, a Mostra Anime Criativo, promovida pela Fundação Japão e pela Embaixada do Japão em parceria com a Secretaria de Cultura do DF. A mostra exibe cinco animes. Local: Cine Brasília. Entrada franca.
- Também em Brasília, no dia 2 de março, acontece o Seminário de Acessibilidade Cultural para Produtores. Promovido pela Secretaria de Cultura do DF, o seminário quer debater as dificuldades que pessoas com deficiência têm nos espaços culturais. Será no Auditório do Museu Nacional da República, às 9 horas.

Livro

Música

Filme


Projeto musical da banda Overfuzz será realizado no sábado, 27, e apresenta na íntegra o atual disco “Bastard Sons of Rock 'n' Roll”
[caption id="attachment_59614" align="alignnone" width="620"] Foto: Rafaella Pessoa[/caption]
Sem rótulos, através de um misto de riffs impactantes, grudentos e pesados, a banda Overfuzz, formada em 2010, promove a primeira edição da Overfest, um projeto musical de continuidade que reitera o crescimento e ascensão de diferentes grupos de Goiânia. Para a abertura, a Overfuzz convida a banda Dry para um show especial na noite do sábado, 27, no Complexo Estúdio & Pub.
O grupo toca pela primeira vez o disco “Bastard Sons of Rock 'n' Roll” na íntegra, comemorando a chegada da edição oficial dos CDs físicos. Trata-se do primeiro álbum de estúdio da banda, gravado na cidade de Pirenópolis (GO), no Estúdio Rocklab, com produção de Gustavo Vazquez. Todas as músicas são emendadas, gerando uma sequência de diferentes climas, passando por sonoridades insanas e agressivas, outras mais calmas e macias e, algumas, até lúdicas.
Segundo o vocalista e guitarrista Brunno Veiga, o disco possui músicas que o grupo já vem apresentando ao longo dos últimos anos, além de canções inéditas. “Algumas faixas foram repaginadas e outras são originais que nunca apresentamos em shows. Gravar no Rocklab foi uma experiência única”, comenta.
A banda Dry foge da obviedade em suas composições, com uma influência da sonoridade da década de 1990 e do rock contemporâneo. Da combinação dos diferentes gostos, personalidades e experiências musicais dos integrantes que emerge o caráter da banda.
Serviço
Overfest
Data: 27 de fevereiro de 2016
Horário: 19h
Local: Complexo Produções Musicais
Ingressos: R$15 (promocional R$10 para quem estiver usando camiseta da Overfuzz)

Bora descobrir as músicas mais escutadas pela equipe do Jornal Opção nessa semana? É só dar o play! Alabama Shakes – You Ain't Alone Avril Lavigne - Sk8er Boi Buika – No Habrá Nadie En El Mundo CPM 22 – Dias Atrás Detonautas – O Amanhã Dinosaur Jr – In a Jar Los Hermanos – Último Romance Metallica – Nothing Else Matters Tourniquet – Viento Borrascoso Belvedere - Slaves to the Pavement

Ao longo de 80 anos, o Oscar é o prêmio mais querido, odiado e, sem dúvida alguma, o mais relevante comercialmente. A Academia de Hollywood anuncia os vencedores do prêmio no domingo, 28
[caption id="attachment_59602" align="alignnone" width="620"] Mistura de reality show de sobrevivência e western à moda antiga, a obra de Alejandro González Iñárritu, “O Regresso”, é, sem dúvida, o favorito ao homenzinho dourado | Foto: Reprodução[/caption]
Raul Majadas
Ninguém pode tirar o mérito da Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood por ter conseguido fazer do Oscar o prêmio de cinema mais querido, odiado, discutido, defenestrado e comercialmente relevante ao longo de mais de 80 anos. Está aí um fato: goste ou não do homenzinho dourado, ele pode mudar completamente a trajetória comercial de um filme e aumentar significativamente a credibilidade de um artista.
Essa não tem sido, no entanto, uma jornada sem atropelos. Inúmeras vezes, as premiações ficaram marcadas por injustiças, seja por falta de merecimento de alguns vencedores, seja por ignorar grandes filmes, atuações e trabalhos técnicos.
Exemplos disso não faltam: desde a incrível derrota de “Cidadão Kane”, de Orson Welles, para o apenas bonitinho “Como era verde o meu vale”, em 1941, na categoria de Melhor Filme, até absurdos mais recentes, como premiar “Crash – no limite”, em vez do divisor de águas “O Segredo de Brokeback Mountain”, em 2007; observa-se um longo rol de atrocidades cometidas contra a arte cinematográfica.
Nem tudo, no entanto, são espinhos. Clássicos como “Casablanca”, “E o vento levou...”, “O poderoso chefão” e tantos outros tiveram o merecido reconhecimento.
É nessa gangorra de acertos e erros que se chega à premiação deste ano, que, apesar de não ter apresentado a melhor safra de filmes dos últimos tempos, ofereceu ao público boas produções e atuações marcantes. Como sempre, no entanto, nem todos os favoritos são merecedores de láureas.
Vejamos, por exemplo, a categoria de Melhor Filme. “O Regresso”, mistura de reality show de sobrevivência e western à moda antiga, é o favorito. O filme de Alejandro González Iñárritu é, sem dúvida, um assombro técnico: fotografia e trilha sonora impecáveis, excelente direção de arte, bom elenco. Falta-lhe, no entanto, maior profundidade dramática: o personagem de Leonardo DiCaprio, Hugh Glass, explorador do século XIX que sobrevive ao impossível e é movido por um indomável sentimento de vingança, sofre, fere-se, é atacado por um urso, deixado para trás, traído por um colega e tem o filho morto pelo traidor. E o ator, favorito na categoria principal, expressa todo esse sofrimento em um overacting de manual, revirando os olhos, rangendo os dentes e babando. Um exagero que, em vez de somar carga dramática ao filme, torna-o hiperbólico, quase expressionista, o que não parece ser a intenção para um filme que se pretende realista.
O outro favorito, “Spotlight – Segredos Revelados”, de Tom McCarthy, é um filme “sério”. E útil. E oportuno. E bom. E só.
São, no entanto, dois filmes com “cara” de Oscar, sem dúvida.
É aí que a gangorra pesa para o lado dos pecados hollywoodianos. Há alternativas mais estimulantes, filmes mais criativos ou simplesmente mais pungentes na disputa, principalmente o espetacular “Mad Max – Estrada da Fúria”, de George Miller, e o dolorido e belo “O Quarto de Jack”, de Lenny Abrahamson.
[caption id="attachment_59601" align="alignnone" width="620"]
De Lenny Abrahamson, o longa “O Quarto de Jack” é uma pérola humanista que comove pela sinceridade de atuações, direção discreta e pelo roteiro cheio de acertos | Foto: Reprodução[/caption]
A recriação de Miller para sua saga pós-apocalíptica, sucesso nos anos 80, atualiza não só o discurso, como a linguagem do filme de ação como um todo. O filme é uma orquestra sensorial, regida com vigor assustador por um senhor de quase 80 anos. O diretor mostra-se tão antenado com os novos tempos que, além das ousadias estéticas de sua obra, ele se arrisca com sucesso em uma trama de forte cunho feminista, rompendo a fronteira do filme de “macho”, que sempre limitou os filmes de ação.
E temos “O Quarto de Jack”, de Lenny Abrahamson, uma pérola humanista que, ao retratar a relação entre Joy e seu filho pequeno (Jack, nascido no cativeiro em que sua mãe é mantida por um sequestrador que a violenta frequentemente), comove pela sinceridade das atuações, pela direção discreta e pelo roteiro cheio de acertos, escrito pela autora do livro homônimo (e no qual o filme é baseado), Emma Donaghue. É estranho pensar que a Academia acredite que o filme seja “pequeno” demais para ganhar o prêmio principal, quando há um histórico de dramas humanos laureados nessa categoria, como “Gente como a gente”, de 1980, “Laços de Ternura”, de 1983, e, mais recentemente, “Menina de Ouro”, de 2005.
Por outro lado, é bom ver que obras interessantes como essas não tenham sido esquecidas pela Academia, ou relegadas a categorias técnicas: ambas concorrem ao Oscar de Melhor filme e Diretor.
Resta saber se, na gangorra de acertos e pecados hollywoodianos, pesará mais a “fórmula” para o filme “de Oscar” ou um senso artístico menos esquemático, que consiga perceber o cinema como mais do que um espetáculo visual ou uma cartilha bem-intencionada.
Ao que tudo indica, a gangorra vai pesar para a primeira opção. Mas não custa sonhar, porque de sonho também vive o cinema.
Veja os trailers das obras indicadas à categoria de Melhor Filme do Oscar 2016
A Grande Aposta
Brooklyn
Mad Max: Estrada da Fúria
O Quarto de Jack
O Regresso
Perdido em Marte
Ponte dos Espiões
Spotlight – Segredos Revelados
Veja os demais indicados às principais categorias
Diretor
Adam McKay (A Grande Aposta)
George Miller (Mad Max: Estrada da Fúria)
Alejandro González Iñárritu (O Regresso)
Tom McCarthy (Spotlight - Segredos Revelados)
Lenny Abrahamson (O Quarto de Jack)
Ator
Eddie Redmayne (A Garota Dinamarquesa)
Matt Damon (Perdido em Marte)
Leonardo DiCaprio (O Regresso)
Michael Fassbender (Steve Jobs)
Bryan Cranston (Trumbo:Lista Negra)
Atriz
Charlotte Rampling (45 Anos)
Saoirse Ronan (Brooklyn)
Cate Blanchett (Carol)
Jennifer Lawrence (Joy: O Nome do Sucesso)
Brie Larson (O Quarto de Jack)

“100 poemas de até 100 caracteres” pode ser o épico dos nossos dias: poesia “inclassificada”, quadros que contam em microversos a experiência de um povo

Com curadoria de Lisandro Nogueira, a mostra exibiu 117 longas e já deixa saudades. O Opção Cultural esteve no festival e lista aqueles filmes que precisam ser assistidos