Por Redação

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Caiado participa da abertura oficial da 62ª Expo Rio Verde

Evento retorna à agenda cultural do município após hiato de dois anos, em função da pandemia de Covid-19

OAB-GO e DPE-GO assinam acordo de cooperação para desenvolvimento de trabalho conjunto

Objetivo da iniciativa é desenvolver grupos de trabalho entre OAB-GO e a DPE-GO, incluindo todas as áreas de atuação das instituições

Prefeitura de Goiânia recolhe 160 materiais publicitários das ruas por dia

Em 2022, fiscais da Amma realizaram 628 vistorias, que resultaram em 146 autos de infração e 150 notificações

Na missa de 7º dia de Ronaldo Filho, a solidariedade a Caiado e sua família

Celebração foi realizada na Catedral pelo arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino, e reuniu familiares e amigos

A disputa política deveria ser feita como se todos fossem morrer amanhã

A boa notícia que eventos trágicos como o da morte de Ronaldo Caiado Filho trazem é de que há humanidade na política

Gilvane Felipe | Foto: Jornal Opção
Cidadania pode não ter candidato na disputa para deputado em Goiás

Mesmo Giovani Felipe, que assumiu a presidência do partido em Goias, pode não se lançar candidato devido aos prazos de desincompatibilização

“O povo está carente de olho no olho e de ser ouvido”

Apesar de não ter esperiência política, Leonardo Rizzo aponta que sua vivência no setor privado o gabarita para ocupar uma cadeira no Congresso Nacional

Major Vitor Hugo aguarda composição de chapa de Ronaldo Caiado para tentar atrair insatisfeitos

PL deve manter em aberto a vaga de vice para tentar negociar com algum possível dissidente

20 nomes que o Solidariedade vai lançar para deputado federal

O diretório goiano trabalha com a hipótese de fazer duas cadeiras a Câmara Federal

“Breve Segunda Vida de uma Ideia”, de Solemar Oliveira, um livro repleto de bons contos

Por sua natureza impregnada de estranhamento, o livro de Solemar Oliveira talvez não conquiste facilmente muitos leitores, mas com certeza se insere na seara da prosa muito bem executada. 

Bocage, a vida passada a limpo

Em pesquisa de grande fôlego, o escritor e pesquisador brasileiro Adelto Gonçalves recuperou dados da vida e obra, muitos antes inéditos, de Manuel Maria Barbosa du Bocage, o poeta que sonhava ser um novo Camões

Grupo Vida Seca realiza projeto que oferece oficinas, shows e lançamento de cartilha de instrumentos feitos de sucata

ntre os meses de julho e setembro o Grupo Vida Seca compartilha uma agenda de atividades em que, ao mesmo tempo, aprimora seu próprio trabalho de pesquisa musical e criação de instrumentos a partir de materiais descartados e amplia o acesso do público a esse universo com o projeto ProvocaSom.

A saga de Lorena numa hábil narrativa

por Hélio Brasil*

Adelto Gonçalves | Foto: Reprodução

I

A História do Brasil teria que ser contada por um coral de historiadores, apoiados em narrativas de cronistas, aventureiros, viajantes constrangidos ou deslumbrados. Uma inicial e lógica exploração feita a partir da costa, seguida de penosas internações. Todas milagrosamente rápidas, tendo em vista os recursos da época, pois falamos de um passado de meio milhar de anos. Registros, documentos, cartas, mapas (de incrível rigor, em face dos recursos da época), bem como a ansiosa busca de riquezas para uma Europa que experimentara a incubação medieval e a explosão do Renascimento.
Não à toa, Espanha e Portugal, dois países debruçados sobre o mar, como se espichando um pescoço geográfico para o Hemisfério Sul ali dominado pelo Atlântico, lançaram-se à cata de riquezas. A terra lusitana, restrito território, pobre de recursos naturais, mais do que todos, levou a conquista a sério.
Nenhuma colonização é angelical. Antes é fria, cruel e espoliadora. Assim, dizer que o Brasil teria se tornado um país melhor se ficasse com espanhóis, com ingleses, franceses ou (que deslumbramento!) dourados holandeses, nos parece uma conjectura ingênua. Historicamente (ou fatalmente) ficamos com Portugal. E será sobre essa nação e seu povo – tão péssimo como os mais péssimos, tão notável quanto os mais notáveis – que devemos falar.

II


Em O Reino, a Colônia e o Poder: o governo Lorena na capitania de São Paulo – 1788-1797 (São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2019), Adelto Gonçalves concentra seu foco no momento histórico em que a nação lusitana se assentava nos trópicos. O Brasil receberia navegadores com destinos mais definidos. O Rio de Janeiro, embora acossado pelos franceses, politicamente deixou a posição secundária, abrigando a sede do vice-reinado antes assentada em Salvador. E faz parte desse foco a referência à conjura mineira, pois daquela importante capitania se havia desmembrado o território que hoje abriga o Estado de São Paulo.
Nesse contexto, viu-se o autor da obra obrigado a situar a narrativa a partir de governadores que antecederam o astro central – Lorena – com dificuldades em cumprir a missão estruturadora da capitania. Tanto os suspeitos de incúria ou de alcance no dinheiro público (hábito ainda não abandonado em nossos dias) como os sabujos e incompetentes.
O lado positivo das ações de Lorena valoriza a narrativa. E vale a pena registrar uma obra, ainda existente, que surpreendeu por atravessar os séculos: a Calçada do Lorena, estrada pavimentada originalmente com características ousadas para a época e que concretizou a indispensável ligação do planalto paulista com o litoral. Libertava-se a província paulista do porto do Rio de Janeiro. E Adelto nos mostrará quão fecundo foi o governo de d. Bernardo José Maria da Silveira e Lorena (1756-1818) para o despertar desse hoje grande Estado brasileiro.
A construção da hábil narrativa nos mostra os governos anteriores corruptos ou corruptores e com ações mesquinhas, o que faz ressaltar a competência demonstrada por Lorena. O leitor logo estará envolvido pelos episódios que antecedem a entrada em cena do nosso personagem, e verá um perfil descrito sem paixão, mas com o indisfarçável prazer do historiador de reconstruir o protagonista do livro.

III

Não caberia o prolongamento dos comentários acerca do conteúdo histórico tão bem narrado, mas neste breve texto é indispensável focalizarmos também o autor do livro, consagrado como historiador e pesquisador com títulos obtidos no Brasil e no exterior.
Adelto Gonçalves é autor de extensa obra, destacando-se as biografias, largamente premiadas, dos poetas Manuel Maria de Barbosa du Bocage (1765-1805), no livro Bocage, o perfil perdido (Lisboa, Editorial Caminho, 2003), e Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), em Gonzaga, um poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1999). É também célebre e apreciado no terreno da ficção, trazendo-nos uma bela reconstrução da cidade de Santos nas primeiras décadas do século XX e os movimentos sociais vistos então como “subversivos”.
Barcelona brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002) e Os vira-latas da madrugada (Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1981; Taubaté, Editora Letra Selvagem, 2015) são romances de forte conteúdo político, não discursivos, lidos com agrado. Livros que nos fazem esquecer o tempo, sendo devorados com prazer. Situações e personagens com grande credibilidade, disputando encarnações que lembram o Jorge Amado (1912-2001) dos tempos de Mar morto (1936). Adelto mostra-se à vontade na escrita correta e leve. Não se perceberá o hiato porventura existente entre historiador e criador de histórias.
Da orelha do livro aqui comentado, recorto uma observação precisa de Carlos Guilherme Mota: “…Lorena tem suas origens familiares, a vida e a ação esquadrinhadas com a argúcia que define um bom historiador.” Podemos acrescentar: …e um excelente escritor.


O Reino, a Colônia e o Poder: o governo Lorena na capitania de São Paulo – 1788-1797, de Adelto Gonçalves, com prefácio de Kenneth Maxwell, apresentação de Carlos Guilherme Mota e fotos de Luiz Nascimento. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 408 páginas, R$ 70,00, 2019. Site: www.imprensaoficial.com.br

* Helio Brasil é arquiteto, professor universitário, romancista e contista, é autor de uma trilogia sobre o bairro carioca de São Cristóvão: o livro de não-ficção São Cristóvão: memória e esperança (Prefeitura do Rio de Janeiro, 2004) e os romances A última adolescência (Bom Texto, 2004) e Ladeira do Tempo-Foi (Synergia Editora, 2017)). É autor também de O Solar da Fazenda do Rochedo e Cataguases (Synergia Editora, 2016), em co-autoria com José Rezende Reis; Cadernos (quase) esquecidos (edição artesanal, 2016); Tesouro: o Palácio da Fazenda, da Era Vargas aos 450 anos do Rio de Janeiro (Editora Pébola, 2015), em co-autoria com Nireu Cavalcanti; e Pentagrama acidental, novelas (Editora Ponteiro, 2014). Como contista, publicou O perfume que roubam de ti… e outras histórias (Synergia Editora, 2018) e participou de várias coletâneas.

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