Por Redação
O Clube de Engenharia de Goiás está em clima eleitoral para escolher os novos membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal, no pleito que será realizado no próximo dia 15, das 8h às 15h, na sede da entidade, localizada na Rua 132, no Setor Sul.
Dolzonan da Cunha Mattos, engenheiro civil e de segurança do trabalho e ex-secretário de Infraestrutura da Prefeitura de Goiânia, na última administração Iris Rezende, encabeça a chapa Gestão Forte com a promessa de manter o equilíbrio financeiro e os investimentos na modernização das instalações, empregados nos últimos quatro anos em que esteve à frente do clube, sem implementar rateios extras aos associados.
"Os últimos quatro anos foram de grandes desafios para nós, do Clube de Engenharia de Goiás, mas conseguimos vencer o desequilíbrio financeiro e gerar o superavit que garantiu os investimentos na modernização das instalações. Com trabalho e responsabilidade, trouxemos de volta muitos associados que estavam afastados e mais que duplicamos o fluxo de pessoas diariamente no clube. Nosso propósito agora é fortalecer ainda mais nosso CENG e dar mais conforto para nossos associados e visitantes", afirma Dolzonan.
Junto com Dolzonan na chapa estão a engenheira civil e tecnóloga em gestão ambiental Fernanda Almeida, como Vice-Presidente para Assuntos do Planejamento; o engenheiro civil e gestor de negócios Murilo Faria Cezar, como Vice-Presidente para Assuntos Sociais; o engenheiro civil Fred Rezende, como Vice-Presidente para Assuntos Administrativos; o engenheiro químico André Schäfer, como Vice-Presidente para Assuntos do Esporte; e o Engenheiro eletricista Rômulo Delmondes, como Vice-Presidente para Assuntos Técnicos e Culturais.
O CENG conta hoje com aproximadamente 9 mil associados, entre efetivos e dependentes, e estão aptos a votar aqueles que estão em dias com as obrigações para com o clube.
*Fernando Picoli
Na última década, Goiás tem enfrentado uma preocupante desvalorização da Polícia Científica. Tal tendência não só é injusta, mas também ignora a relevância dessa instituição na manutenção da justiça e da ordem pública.
Na data em que se celebra o Dia do Perito, 4 de dezembro, uma reflexão é devida: qual tratamento deve ser dado aos Peritos Oficiais de Natureza Criminal, sejam eles peritos criminais ou médicos legistas, uma vez que dedicam suas vidas à proteção e à justiça?
Esses profissionais são responsáveis por coletar, analisar e interpretar as evidências físicas das cenas de crime. Sem essas provas, muitas investigações ficariam estagnadas, a justiça seria comprometida e inúmeras famílias goianas permaneceriam sem respostas. A perícia oficial emprega métodos rigorosos e tecnologias avançadas para garantir a precisão e confiabilidade das evidências. Inferiorizar esse trabalho é desconsiderar a base científica que sustenta o sistema de justiça criminal.
Os peritos criminais e médicos legistas de Goiás estão na vanguarda da inovação, com qualificação e preparo em análise de DNA, balística forense e exames toxicológicos, técnicas que revolucionaram a investigação criminal. Essa expertise não só aumenta a eficiência das investigações, mas também assegura que os culpados sejam responsabilizados e os inocentes, absolvidos. Ignorar a importância da Polícia Científica é um retrocesso para a justiça.
Os profissionais da Polícia Científica goiana têm uma formação rigorosa e contínua, buscando se atualizar com os avanços científicos e tecnológicos. Essa dedicação à educação e ao aprimoramento constante é um testemunho do compromisso desses profissionais com a justiça. Desvalorizar seu trabalho é desrespeitar anos de estudo e dedicação, além de ignorar as necessidades da própria população goiana.
A Polícia Científica é um pilar essencial da justiça moderna. Seu trabalho meticuloso e baseado em evidências é fundamental para que a verdade prevaleça e a justiça seja feita. Inferiorizar a Polícia Científica é negar a importância de uma parte essencial do conjunto que forma a segurança pública enaltecida nacionalmente.
Os peritos oficiais aguardam um 4 de dezembro que valha a pena comemorar, e isso só se dará através da verdadeira valorização.

*Fernando Picoli é perito oficial de natureza criminal e presidente do Sindperícias
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*Abílio Wolney Aires Neto
Nos últimos dois anos, três pessoas conhecidas desistiram da vida, incapazes de lidar com os desafios existenciais. Esse fato me trouxe à memória dois livros que me marcaram profundamente: O Lobo da Estepe, de Hermann Hesse, e Memórias de um Suicida, obra mediúnica de Yvonne do Amaral Pereira.
Publicado em 1927, O Lobo da Estepe é uma obra-prima literária que mergulha na psique humana, explorando o conflito interno de Harry Haller, um homem dividido entre sua natureza humana e sua dimensão selvagem, o “lobo”. O romance reflete as angústias existenciais de Hesse e propõe uma jornada introspectiva que dialoga tanto com a condição humana quanto com dilemas filosóficos. A luta de Haller entre a atração pelo suicídio e a busca por um sentido na vida estabelece uma conexão universal, oferecendo reflexões que permanecem atemporais.
Hesse apresenta o suicídio como uma “porta dos fundos”, uma metáfora para a saída diante de dores insuportáveis. Esse conceito, central na narrativa de Haller, ressoa com experiências humanas universais de sofrimento e com a busca por razões para seguir em frente, mesmo diante do desespero.
A visão de Hesse sobre o suicídio encontra eco no livro Memórias de um Suicida, no qual o escritor português Camilo Castelo Branco, por meio da mediunidade de Yvonne do Amaral Pereira, narra as consequências espirituais dessa escolha extrema. Diferentemente de Hesse, que não recomenda, mas admite o suicídio como uma fuga possível, Camilo revela os bastidores do “Vale dos Suicidas” e enfatiza o impacto profundo dessa decisão, não apenas para o indivíduo, mas também para aqueles ao seu redor. Ele descreve a morte autoinfligida como “o jogo escuro das ilusões”, desmistificando a ideia de que ela possa ser uma solução definitiva.
Enquanto Harry Haller vê o suicídio como um alívio terrível e possível para o vazio existencial, Camilo mostra que essa “porta dos fundos”, longe de ser uma saída simples, leva a um ciclo de dores ainda maiores. A narrativa espiritual reforça a importância de enfrentar os desafios da vida, compreendendo que fazem parte de um processo maior de aprendizado e evolução, onde tudo possui um propósito superior dentro dos “soberanos códigos da vida maior”.
Haller, um homem culto e filosófico, reflete sobre a existência enquanto sente a tentação de desistir. Sua trajetória é rica em paralelos com histórias de pessoas que, em momentos de desespero, cogitam abandonar grandes sonhos. Seja estudar, viajar ou realizar projetos futuros, o suicídio, como metaforiza Hesse, interrompe as potencialidades da existência. Essa ideia é bem expressa nos versos de Cecília Meireles:
“Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa
Prá correr entre os canteiros e esconder minha tristeza
Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida.”
Camilo Castelo Branco amplia essa perspectiva, mostrando que, mesmo após a morte, os sonhos e projetos não se dissolvem, mas aguardam a superação de desafios não enfrentados. Em sua visão, os problemas se agravam com a interrupção abrupta da vida, retornando em forma de lições ainda mais difíceis em futuras existências.
Tanto Hesse quanto Camilo, cada qual em seu contexto, oferecem reflexões poderosas que incentivam a continuidade e o enfrentamento das adversidades. Enquanto O Lobo da Estepe explora os dilemas humanos de forma filosófica e literária, Memórias de um Suicida apresenta uma abordagem espiritual, mostrando que o sofrimento é parte de uma jornada maior de aprendizado e evolução.
Haller encontra na curiosidade pela vida um motivo para resistir. Da mesma forma, Camilo, do além-túmulo, afirma que, mesmo nos momentos mais sombrios, há razões para continuar, sejam elas espirituais ou existenciais. Ambas as obras convidam o leitor a refletir sobre o valor da vida e a necessidade de enfrentar as dificuldades com coragem, buscando autodescoberta e realização.
Distintas e complementares, O Lobo da Estepe e Memórias de um Suicida nos lembram que, mesmo diante da tentação da “porta dos fundos”, o desafio de viver é uma oportunidade única de transformação e crescimento.

*Abílio Wolney Aires Neto é Juiz de Direito da 9ª Vara Civel de Goiania.
Cadeira 9 da Academia Goiana de Letras, Cadeira 2 da Academia Dianopolina de Letras, Cadeira 23 do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás-IHGG, Membro da União Brasileira de Escritores-GO dentre outras.
Graduando em Jornalismo.
Acadêmico de Filosofia e de História.
15 titulos publicados
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