*Fernando Picoli

Na última década, Goiás tem enfrentado uma preocupante desvalorização da Polícia Científica. Tal tendência não só é injusta, mas também ignora a relevância dessa instituição na manutenção da justiça e da ordem pública.

Na data em que se celebra o Dia do Perito, 4 de dezembro, uma reflexão é devida: qual tratamento deve ser dado aos Peritos Oficiais de Natureza Criminal, sejam eles peritos criminais ou médicos legistas, uma vez que dedicam suas vidas à proteção e à justiça?

Esses profissionais são responsáveis por coletar, analisar e interpretar as evidências físicas das cenas de crime. Sem essas provas, muitas investigações ficariam estagnadas, a justiça seria comprometida e inúmeras famílias goianas permaneceriam sem respostas. A perícia oficial emprega métodos rigorosos e tecnologias avançadas para garantir a precisão e confiabilidade das evidências. Inferiorizar esse trabalho é desconsiderar a base científica que sustenta o sistema de justiça criminal.

Os peritos criminais e médicos legistas de Goiás estão na vanguarda da inovação, com qualificação e preparo em análise de DNA, balística forense e exames toxicológicos, técnicas que revolucionaram a investigação criminal. Essa expertise não só aumenta a eficiência das investigações, mas também assegura que os culpados sejam responsabilizados e os inocentes, absolvidos. Ignorar a importância da Polícia Científica é um retrocesso para a justiça.

Os profissionais da Polícia Científica goiana têm uma formação rigorosa e contínua, buscando se atualizar com os avanços científicos e tecnológicos. Essa dedicação à educação e ao aprimoramento constante é um testemunho do compromisso desses profissionais com a justiça. Desvalorizar seu trabalho é desrespeitar anos de estudo e dedicação, além de ignorar as necessidades da própria população goiana.

A Polícia Científica é um pilar essencial da justiça moderna. Seu trabalho meticuloso e baseado em evidências é fundamental para que a verdade prevaleça e a justiça seja feita. Inferiorizar a Polícia Científica é negar a importância de uma parte essencial do conjunto que forma a segurança pública enaltecida nacionalmente.

Os peritos oficiais aguardam um 4 de dezembro que valha a pena comemorar, e isso só se dará através da verdadeira valorização.

Fernando Picoli | Foto: Divulgação

*Fernando Picoli é perito oficial de natureza criminal e presidente do Sindperícias