Por Aline Bouhid

Fernando Pellozo expressou sua gratidão pelo apoio do governador Caiado, destacando o trabalho do governo estadual, especialmente nas áreas social e de segurança, como exemplo para o Brasil

*com informações de Cilas Gontijo
Na manhã desta quinta-feira, 4, pouco antes de começar o encontro estadual do PL, no Parque de Exposições da Nova Vila, o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou que ainda busca reverter decisão de inelegibilidade para 2026.
Quando perguntado se apoia possível candidatura de Ronaldo Caiado à presidência da República, Bolsonaro respondeu: "conheço Caiado há 30 anos e somos amigos, mas não sei qual crime cometi para me tornar inelegível", afirmou.
Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, Jair Bolsonaro foi considerado inelegível acusado de abuso de poder político e econômico tanto na reunião com embaixadores quanto nos atos de 7 de setembro de 2022.
Nos últimos dias, ganhou força a crença dos bolsonaristas de que decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em favor do atual prefeito de Magé (RJ), Renato Cozzolino, poderia também reverter a inelegibilidade do ex-presidente.
Em decisão monocrática, o ministro do STF Dias Toffoli derrubou decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que torna leva o prefeito fluminense inelegível. Contudo, especialistas em direito afirmam que situação do ex-presidente seria irreversível.
Importante cabo eleitoral para as disputas municipais deste ano, Bolsonaro parece focado em seu projeto político nas andanças pelo País oferecendo apoio a vereadores e prefeitos.

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Escuto a frase título do artigo desde muito jovem, quando meu tio explicava diferenças na abordagem e nas investigações de crimes. Volta e meia essa constatação (poética e óbvia) vem à mente ao noticiar casos de abusos econômicos, fraudes e corrupção das máfias política e econômica do País.
Na manhã de hoje, 20, operação da Polícia Civil em Goiânia contando com a participação de 160 agentes e mais de três delegacias envolvidas conseguiu reunir provas para subsidiar investigação em licitações da Capital. De acordo com informações iniciais, a polícia estima que a fraude tenha causado prejuízo aos cofres públicos de, no mínimo, R$ 50 milhões em dois anos.
No meio do caminho, os policiais conseguiram apreender quase meio milhão de reais em dinheiro vivo na casa de um dos investigados e, em outra, dinheiro e dez armas. A procedência desses valores serão investigados.
Essa não é a primeira vez que investigações dão conta de possíveis casos de corrupção no Brasil: dinheiro na cueca, na parede, na casa, na mala… No caso da operação de hoje, é sintomático da prodridão do sistema a afirmação do prefeito Rogério Cruz de que as empresas investigadas pela polícia prestavam serviços para a prefeitura há quase vinte anos.
A indicação do tempo de serviço serve como justificativa e como escudo. Ao mesmo tempo, a prefeitura agiu rápido ao afastar os envolvidos na Comurg. A resposta rápida ainda serve ainda outra solução: desde que assumiu a prefeitura, o Executivo busca demonstrar a ineficiência da Comurg e se mostra a favor de sua privatização.
O lema “pobre rouba, rico tem esquema” pode ser ainda complementado com o discurso panfletário da década de 1980: “ladrão que ajuda ladrão ainda recebe concessão de rádio e televisão” ou, mais fácil, "recebe ajuda na licitação ou em privatização".
Hoje, práticas clientelistas são encontradas em uma nova esfera de poder: as licitações, que fundamentam relações entre Estado e empresas. Licitações são utilizadas, na maioria dos casos de corrupção, para mascarar as relações pessoais — é o Estado personificado com os nomes dos detentores do poder, já ensinava Raimundo Faoro.
Ainda que as máfias política e econômica caminhem juntas, definitivamente a política parece ser pior. É ela que manda prender, soltar, destroi reputações, retira do poder ou reelege. A política no Brasil, historicamente e ainda hoje, nos tem demonstrado isso por meio de inúmeros casos de corrupção e até mortes nunca ou mal esclarecidas, com raras exceções.
Essa é a verdadeira máfia que, há séculos – em nome da preservação de um status quo – atua no Brasil. Para não ficar apenas nos exemplos cotidianos, dados dos órgãos de controle indicam que numa parcela significativa dos estados e municípios ainda prevalece o modelo patrimonialista, onde os interesses políticos, de grupos ou pessoais, continuam causando elevados prejuízos aos cofres públicos, que refletem na baixa qualidade dos serviços públicos ofertados à população.
Machado de Assis, em uma de suas críticas contundentes à sociedade brasileira da época, descreve no conto "Teoria do Medalhão" um diálogo entre pai e filho que acontece após o jantar em celebração aos 21 anos do jovem. Um dos conselhos que o pai transmite ao filho é que "o nome está sempre ligado à pessoa", sugerindo que ele deveria se tornar um medalhão para alcançar fama, prestígio e poder.
O renomado autor não fez mais do que pintar um retrato da sociedade patrimonialista do século XIX, a qual ainda persiste nos dias de hoje, refletindo a cultura enraizada no Brasil, baseada na tradicional dominação pelo nome e pelo poder político.

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