Por Marcello Dantas
O Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins realizou um novo recolhimento de armas de fogo e munições que estavam retidas nos fóruns como prova de crimes. O material será, como de praxe, entregue ao 22º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro e destruído. A ação teve o apoio da Polícia Militar e da Corregedoria Geral de Justiça e atende a solicitações das comarcas, esvaziando os fóruns e promovendo maior segurança. O recolhimento do material é coordenado pela Assessoria Militar do Tribunal. Com a entrega ao Exército, as armas e munições passarão por um trabalho de pré-destruição e posteriormente serão encaminhadas para serem derretidas.
Balanço
No 1º semestre deste ano, foram recolhidas quase mil armas (revólver, rifle, espingarda, pistola, armas de fabricação artesanal e simulacro). Já as munições foram aproximadamente 3 mil itens (munições intactas e deflagradas) e diversos recipientes de pólvora, espoletas, esferas de chumbo e carregadores. A ação de recolhimento no segundo semestre de 2014 também apresentou números significativos. Foram mais de 800 armas recolhidas pelo interior do Estado e quase 50 na capital. Quanto às munições foram mais de 10 mil itens no interior e 255 em Palmas. Foram entregues ao 22º Batalhão de Infantaria neste ano aproximadamente 2 mil armas e mais de 13 mil itens.Os deputados aprovaram, na semana que passou, o pedido do Executivo para contratar financiamento com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 10,5 milhões. Os recursos serão destinados para o programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana (Pró-transporte), PAC 2, com a finalidade de pavimentar vias urbanas em diversas cidades, como Arraias, Dianópolis, Guaraí, Natividade, dentre outras localidades.
[caption id="attachment_21485" align="alignleft" width="259"] Siqueira Campos: mérito reconhecido pelo TCE | Foto: Reprodução[/caption]
O ex-governador Siqueira Campos (PSDB) foi homenageado na quinta-feira, 20, com o “Colar do Mérito” que leva o seu nome, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Conforme afirma a resolução número 586 de 2014 do TCE, os homenageados são merecedores da honraria por terem contribuído “de maneira excepcional e notória para o desenvolvimento econômico, social e administrativo do Estado e suas ações fortaleceram diversas entidades que atuam a favor do Tocantins”.
Além do ex-governador, foram homenageados os membros do Pleno do órgão: Manoel Pires, Doris Terezinha Cordeiro, Napoleão de Souza Luz Sobrinho, Severiano José Costandrade e André Luiz de Matos; e a procuradora-geral de Contas Litza Leão Gonçalves. Os conselheiros aposentados José Jamil Martins e Herbert de Carvalho Almeida; e os falecidos Antônio Gonçalves de Carvalho Filho, João de Deus Miranda Rodrigues e José Ribamar Menezes também receberão a honraria.
Logo depois que o governo do Estado anunciou a exoneração de mais de 6.550 servidores que ocupavam cargos de livre nomeação, o Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe-TO) fez um alerta dizendo que se tratava de uma manobra do governo com o intuito de “maquiar” o número de servidores contratados para cargos que deveriam estar sendo ocupados por servidores públicos concursados. Pouco tempo após a demissão, o governo já recontratou mais servidores do que havia exonerado. “Demonstra falta de planejamento e gestão de pessoal e é também uma maneira que o governo encontrou para burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal”, pontua o presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro. O sindicato está atento à situação e defende que o governo convoque e dê posse imediatamente a todos os aprovados no último concurso realizado para o quadro geral. “Muitos aprovados não tomaram posse e o governo precisa chamar o cadastro reserva para acabar com as contratações que no fundo são moedas de troca para atender a interesses de aliados”, critica Cleiton Pinheiro. O sindicato acredita que a ocupação dos cargos públicos por servidores concursados e devidamente qualificados só tende a melhorar a qualidade dos serviços prestados à população. Diversos expedientes foram encaminhados ao governo cobrando que o cadastro reserva seja convocado. “Vamos cobrar também da próxima administração um maior cuidado com os servidores públicos, a fim de evitar tantas nomeações sem concurso público”, diz Cleiton Pinheiro.
O Tocantins tem atraído investimentos para a produção de carne devido à boa localização, a facilidade de escoamento e o clima favorável. Outro importante avanço no setor acontecerá com a construção de uma indústria de processamento de carnes da cadeia de frigoríficos mineira Plena Alimentos. Com investimento de cerca de R$ 25 milhões, a empresa, que já possui um frigorífico em Paraíso, vai construir no próximo ano a estrutura para fazer a desossa da carne. Para o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), Ruiter Pádua, a construção da indústria beneficia a população com a geração de emprego e renda, tanto no setor da indústria como no meio rural. “Hoje a empresa abate 600 animais por dia, com a construção da indústria de processamento, pode ser que seja necessário aumentar esse número. Além disso, é no processamento que se gera mais mão de obra”, explicou. Segundo Pádua, os incentivos oferecidos pelo governo estadual são os mesmos destinados à abertura de novas indústrias, que incluem incentivos tributários, como a possibilidade da redução de até 75% de ICMS, bem como ações como a abertura de área e asfalto até a entrada do empreendimento. O secretário ainda ressaltou que a localização e o clima são fatores importantes para a escolha do Tocantins como local para a abertura da empresa. “Por estarmos no centro geodésico do País a logística de escoamento é favorecida, tanto para o fornecimento do mercado de exportação, como interno, via porto marítimo. O nosso clima constante também é um fator importante”, completou.
Estão na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), para análise e parecer, cinco medidas provisórias que tratam de modificações na carreira e subsídios de bombeiros e policiais militares do Tocantins. Entre os benefícios estão o acréscimo anual de 8% no subsídio, a partir de 1º de janeiro de 2016 até 2018, e a uniformização do escalonamento vertical, com destaque para o enquadramento da mulher policial. Uma das matérias dispõe sobre a data das promoções da PM, que foi transferida de 12 de outubro para 15 de novembro, data em que se comemora a Proclamação da República. Segundo o governo, a mudança se faz necessária para evitar conflitos com a legislação eleitoral, que proíbe a concessão de benefícios em anos eleitorais nesse período; assim, anualmente serão realizadas as promoções nos dias 21 de abril e 15 de novembro. Com as modificações, fica também instituída a promoção especial por tempo de serviço para praças da Polícia Militar. Assim, fica definido o período mínimo de 15 anos de efetiva atividade na corporação para que o soldado possa galgar promoção à graduação de cabo.

[caption id="attachment_21435" align="alignleft" width="620"] Júnior Friboi e Iris Rezende: o comando do PMDB é pequeno demais para as duas estrelas políticas. Pelo menos um deve ficar escanteado | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Na segunda-feira, 24, Júnior Friboi deve se reunir na Churrascaria Lancaster Grill, em Goiânia, com pelo menos 27 prefeitos que defendem sua permanência no PMDB (que tem 48 gestores municipais). Eles vão divulgar uma moção de apoio ao empresário, que, recentemente, contribuiu para a reorganização do partido em praticamente todo o Estado. O presidente da Comissão de Ética, o advogado Leon Deniz, também estaria defendendo que Friboi continue na legenda, segundo um friboizista.
Se Friboi ficar no PMDB, sobretudo se assumir sua presidência em março de 2015, dificilmente Iris Rezende terá condições de ser candidato a prefeito de Goiânia, em 2016. “Não se trata de revanchismo, e sim de estabelecer uma política de renovação que sirva ao partido, não a um indivíduo isolado. Ademais, será que o partido não se cansou de apoiar um político que, além de superado, é um perdedor inveterado? Por que não começar a renovação a partir da capital?”, pergunta o friboizista.
Depois de uma temporada na sua fazenda, no Xingu, o peemedebista-sênior esteve em Goiânia na semana passada — até cortou o cabelo com Ruimar Ferreira, de quem é amigo — e conversou demoradamente com vários peemedebistas, da velha e da jovem guarda. Não disse, com todas as letras, que será candidato a prefeito de Goiânia. Porém, como sempre, deixou implícito que não sairá da política e que, sim, seu nome está à disposição do partido. As táticas enviesadas de Iris Rezende são “manjadas” por todos peemedebistas, dos veteranos aos neófitos.
Numa conversa com dois políticos, Friboi sublinhou que, mesmo se assumir a presidência do PMDB (talvez não assuma), não planeja comandar sozinho a operação de renovação partidária. Ele não quer ficar muito em evidência e há entre seus aliados quem defenda que o deputado federal eleito Daniel Vilela deva ser o novo presidente. Ele e Friboi são aliados.
Os aliados de Friboi garantem que, no momento, o empresário não está muito preocupado com Iris Rezende ou Iris Araújo (quem, de fato, quer expulsá-lo do partido). “Júnior está mais interessado em iniciar um processo orgânico e planejado para eleger prefeitos e vereadores em 2016. Seu objetivo, a partir de agora, é constituir uma base sólida para o partido”, afirma um friboizista. Por quê? “Porque pretende disputar o governo em 2018.”

[caption id="attachment_21428" align="alignleft" width="620"] Chiquinho Oliveira: imagem de chapa branca, longe de enfraquecê-lo, está fortalecendo sua imagem de negociador habilidoso e astuto | Foto: Divulgação[/caption]
O deputado estadual José Vitti (PSDB) está se apresentando como o “candidato” a presidente da Assembleia Legislativa de Goiás que agrada tanto a situação, o marconismo, quanto as oposições petista e peemedebista. Pode até ser positivo para o empresário tucano, para conquistar apoios amplos. Mas não deixa de assustar os luas azuis do tucanato. Acredita-se que a próxima legislatura será uma pedreira para o governador Marconi Perillo — dada a presença de três oradores contundentes e posicionados, Adid Elias (“com sangue na boca”, dizem), Ernesto Roller (com uma ferocidade articulada) e José Nelto (paradoxalmente, o mais moderado). Um presidente da Assembleia que queira fazer média com as oposições pode entregá-la, até com facilidade, nas mãos de deputados articulados, como os três citados. Um presidente dúbio pode se tornar presa fácil de políticos hábeis e ágeis na arte de falar e problematizar.
Um deputado afirma que Vitti “faz campanha cerrada contra” Chiquinho Oliveira, do PHS, que estaria sendo considerado como “chapa-branca”, quer dizer, uma espécie de “candidato do Palácio das Esmeraldas”. Agindo assim, o vittismo estaria trabalhando para isolá-lo. Porém, segundo o presidente do PHS, Eduardo Machado, o tiro pode sair pela culatra. “Como Marconi tem uma base imensa na Assembleia, acabou de ser reeleito e tem uma força política extraordinária, revelar que alguém, como Chiquinho, é ‘chapa branca’, no lugar de atrapalhar, pode até ajudá-lo”, afirma o líder nacional do PHS.
Ao contrário de Vitti, que não é um articulador habilidoso, Chiquinho Oliveira parece que nasceu articulando. Fica-se com a impressão de que nem dorme, pois está sempre em movimento. De manhã, bem cedo, aparece no Tribunal de Contas do Estado, para conversar com os amigos Helder Valin e Kennedy Trindade — que, sim, ainda têm influência na Assembleia e são articuladores de primeira linha, notadamente o segundo, de uma astúcia rara e ponderada —, minutos depois está no Palácio Pedro Ludovico, aconselhando-se ora com o governador Marconi Perillo (que o havia enviado para conversar com Valin e Trindade), ora com o vice-governador José Eliton. De repente, a formiguinha atômica já está reunida com deputados nos corredores da Assembleia. À noite, dialoga com um grupo de deputados recém-eleitos.
Um publicitário, aliado de Chiquinho Oliveira, apresenta um problema. “Sem Túlio Isac no plenário, para fazer o enfrentamento direto, quem fará a defesa imediata e com agressividade do governador Marconi Perillo? Colocar Chiquinho na presidência fortalece as votações dos projetos do governo, mas retira do plenário um hábil articulador e que, embora não seja dono de uma grande oratória, é posicionado e não tem pudor de defender o governador.”
Há quem, no governo Marconi, avalie que Helio de Sousa tem a moderação necessária para gerir a Assembleia. Comenta-se, até, que ele aceitaria trocar o DEM pelo PSDB. Alegaria que o DEM mudou sua conduta e formulações políticas, o que pode não convencer tanto o líder Ronaldo Caiado quanto a Justiça Eleitoral. O problema é que a moderação de Helio de Sousa, às vezes confundida com falta de posicionamento, não agrada setores de proa do marconismo.
O tucanato não tem resistência ao nome de Lincoln Tejota (PSD). Mas avalia-se que não tem a experiência necessária para os grandes embates. “Talvez na próxima disputa, em 2017, Tejotinha tenha mais condições de disputar a presidência”, diz um democrata.
Dois oposicionistas disseram ao Jornal Opção que estão apoiando a candidatura de Vitti, mas admitem que Helio de Sousa tem mais estatura para presidir o Poder Legislativo. “O doutor Helio é moderado, não grita, não perde a paciência e segue a liturgia do poder. É o nome ideal, mas tanto a situação quanto a oposição não apreciam sua frieza. Nunca se sabe o que ele está pensando. Não se sabe se é maquiavélico ou se é apenas um parlamentar que segue as regras.”
Henrique Arantes — a força política do pai, Jovair Arantes, às vezes é sua fraqueza — é tido como carta fora do baralho. Comenta-se que estaria apoiando Lincoln Tejota.
Em suma: quem está forte? Ainda não se pode dizer. Mas é possível sugerir que Chiquinho Oliveira e Vitti saíram na frente.
[caption id="attachment_21425" align="alignleft" width="620"] Jayme Rincon: presidente da Agetop| Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O governador Marconi Perillo está mais preocupado com seus próximos quatro anos no poder. Porém, como segue a máxima de Tancredo Neves, de que, “em política, só existe tarde, nunca cedo”, começa a investir em gestores e políticos novos (alguns nem tão novos, mas novos na política). A seguir uma lista mínima:
Alexandre Baldy — O deputado federal eleito parece um playboy. Mas não é. Trata-se de um executivo atilado e moderno.
Giuseppe Vecci — Se depender de Marconi, será o candidato a governador em 2018.
Jayme Rincon — O presidente da Agetop tomou gosto pela política e deve ser candidato a prefeito de Goiânia. Auxiliar full time e hors concours, é o cara.
Thiago Peixoto — O deputado federal fez um trabalho excelente na Secretaria da Educação, mas teve uma votação pífia. Ainda assim, é uma das apostas, por ser articulado e preparado.
Waldir Soares — O delegado se impôs pela força do voto. Não era da corte marconista, porém não dá mais para ignorá-lo. (Leia mais na internet)
Cristina Lopes — Teve uma votação pífia para deputada estadual. Mas tem atuação consistente na Câmara Municipal de Goiânia e é respeitada pela corte tucana.
Fábio Sousa — Eleito deputado federal, numa campanha solo, não dá mais para ignorá-lo nem chamá-lo de fundamentalista. Não há nada de errado com um político só porque é evangélico. É agressivo e firme.
Henrique Tibúrcio — É uma espécie de golden boy da corte marconista. Respeitado pela competência e integridade.
Jean Carlo — Eleito deputado estadual, é muito ligado ao empresário José Garrote e está se aproximando de Marconi. Tem futuro se conseguir se qualificar.
José Eliton — O vice-governador é apontado por Marconi como leal, preparado e um aliado sempre presente.
José Paulo Loureiro — É um caso ímpar. Marconi já quis transformá-lo em político, mas, executivo extremamente capacitado, sempre fugiu de disputas eleitorais.
Lincoln Tejota — Há quem acredite que ganha eleições unicamente devido ao apoio do pai, Sebastião Tejota. É um equívoco. Ele trabalha em tempo integral e dialoga com firmeza com suas bases.
Thiago Albernaz — É muito jovem, mas posiciona-se bem na Câmara Municipal. Falta-lhe um pouco mais de preparo intelectual. Mas tem tutano.
Virmondes Cruvinel — Se for um pouco mais agressivo, vai crescer na política. Marconi o respeita.
Eduardo Machado — O presidente nacional do PHS se revelou um articulador do primeiro time. Marconi gosta muito disso.
Eurípedes Júnior — Ele tem brilho próprio na política nacional, pois preside o Pros. Marconi aprecia sua capacidade de articulação.
Gustavo Sebba — Eleito deputado estadual, o médico é consistente e não quer ficar na sombra do pai, Jardel Sebba.
Rodrigo Zani — O líder da juventude do PSDB não tem mandato, mas é uma das apostas do tucanato.
Marcos Abrão — Ele era apresentado por Marconi como uma revelação administrativa. Eleito deputado federal, se tornou uma revelação política.

[caption id="attachment_21419" align="alignleft" width="300"] Vanderlan Cardoso quer o apoio de Júnior Friboi mas
não pretende sair do conforto que lhe oferece o PSB | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O friboizismo pretendia lançar o deputado federal eleito Daniel Vilela para a Prefeitura de Goiânia, em 2016. O objetivo era retirar um possível adversário na convenção do PMDB, em 2018, da disputa pelo governo do Estado. Porém, alegando que pretende adquirir vivência na política de Brasília e que tende a disputar o governo em 2018, Daniel Vilela disse “não” à “boa intenção” de Júnior Friboi.
Para tentar barrar a candidatura de Iris Rezende — que está em campanha quase aberta, mais uma vez, fazendo reuniões em seu escritório e acreditando que terá o apoio do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT —, Friboi abriu conversações com o presidente do PSB, Vanderlan Cardoso. Primeiro, convidou-o para voltar para o PMDB. Vanderlan rejeitou a oferta, alegando que nem mesmo Friboi está garantido no partido. Segundo, mudando a tática, sugeriu que pode apoiá-lo para prefeito de Goiânia.
O governador Marconi Perillo traçou uma estratégia para 2016: vai bancar candidatos competitivos em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Em Goiânia, o tucano-chefe vai lançar o presidente da Agetop, Jayme Rincón. Sua tese: dado o desgaste do prefeito Paulo Garcia, o eleitor goianiense vai votar no candidato que se apresentar como gestor, sobretudo se tiver o que mostrar como gestor. A ação de Jayme Rincón na Agetop o credencia como gestor experimentado. Cristalizou-se a imagem de que é o homem que faz e acontece e tem coragem de enfrentar e derrotar a burocracia. Para Aparecida de Goiânia, Marconi arrola três nomes, pela ordem: o Delegado Waldir Soares, eleito o deputado federal mais votado da história de Goiás, em outubro deste ano, o deputado federal João Campos e o comandante da Polícia Militar, coronel Sílvio Benedito. Em Anápolis, o PSDB de Marconi Perillo não tem alternativa: vai bancar, sem recuos, o deputado federal eleito Alexandre Baldy.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás, Henrique Tibúrcio (PSDB), tende a renunciar em dezembro (e uma eleição indireta será convocada para a escolha do novo presidente), pois deve assumir, em janeiro, uma secretaria do quarto governo do tucano Marconi Perillo. Uma fonte do governo sugere que, inicialmente, o nome de Henrique Tibúrcio estava cotado para assumir a Secretaria de Segurança Pública. Porém, como Joaquim Mesquita deve permanecer no cargo, o presidente da OAB deve ser indicado, possivelmente, para a Casa Civil, área que demanda certo conhecimento jurídico e habilidade diplomática, duas qualidades que sobram em Henrique Tibúrcio. Detalhe: se efetivamente indicado, Henrique Tibúrcio o será na cota do governador Marconi Perillo.
Conhecido como “Fouché dos trópicos”, o conselheiro Kennedy Trindade chegou há pouco tempo ao Tribunal de Contas do Estado, mas já está se tornando mandachuva. “Ele será o eminência parda, como José de Paris foi do cardeal Richelieu, da gestão da presidente Carla Santillo”, afirma um deputado estadual. José de Paris, que pensava para (e com) o cardeal Richelieu, usava uma batina “parda” (meio puída), daí a expressão “eminência parda” (título de um livro de Aldous Huxley sobre o fascinante religioso-político).
Sempre discreto, qualidade que o governador Marconi Perillo aprecia, Henrique Tibúrcio, quando perguntado, nada discute sobre cargos. Mas um aliado, da advocacia, garante que seu verdadeiro sonho político é disputar a Prefeitura de Goiânia. “Porém, até por não ser político profissional, Henrique Tibúrcio não põe a faca no pescoço de ninguém”, afirma o aliado. “Como é ético, não avança o sinal, o que, em política, não é muito produtivo.”

[caption id="attachment_21406" align="alignleft" width="252"] Sebastião Macalé é cotado para
presidir a OAB do Estado de Goiás | Foto: Léo Iran[/caption]
Com a possível renúncia do presidente Henrique Tibúrcio, que ocupará uma secretaria no governo do Estado, o vice-presidente Sebastião Macalé assume, provisoriamente, o comando da OAB-Goiás.
Em seguida, convoca-se eleição indireta para a conclusão do mandato-tampão, pois só votam os conselheiros. O candidato natural será Sebastião Macalé, mas tende a enfrentar o tesoureiro da instituição, Enil Henrique de Souza Neto. Há quem defenda o consenso. Porém, ao menos no momento, a tendência é a disputa, o que divide tanto o conselho quanto o grupo que dirige a Ordem há vários anos.
Em novembro de 2015, será realizada a eleição direta. Aquele que for eleito para o mandato-tampão será o candidato natural. Mas vai enfrentar certa resistência. Pela situação, planejam disputar Sebastião Macalé (sabe-se que, depois de um período de calmaria, não mantém mais relacionamento estreito com Henrique Tibúrcio), Enil Henrique, Pedro Paulo Medeiros e pelo menos mais dois advogados.
A oposição (ou oposições) tem pelo menos três nomes disponíveis para a disputa. Leon Deniz, que perdeu várias disputas, permanece cotado. Mas teria feito um compromisso de apoiar Lúcio Flávio. Paulo Teles, desembargador aposentado, é outro nome sempre citado.
Renaldo Limírio aparece nas listas. Mas a escolha deve recair em Lúcio Flávio ou em Paulo Teles.