Por Do Leitor

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“Um impeachment de Dilma precisaria de estudo aprofundado”

Layout 1TALMON PINHEIRO LIMA O Editorial da edição 2066 do Jornal Opção, intitulado “A presidente Dilma Rousseff pode sofrer impeachment?”, como sempre, é bem abrangente e explora bem o assunto, que é bem complexo. Para uma opinião mais segura, seria necessário um estudo mais aprofundado da matéria. Entretanto, pode-se observar que o parecer do dr. Ives Gandra possui fundamentos jurídicos interessantes. A base do eventual impeachment seria a infração à probidade da administração por parte da Presidente, a ser comprovada por sua omissão ao não tomar providências para impedir os prejuízos e roubalheiras da Petrobrás. Nesse ponto, acredito que o processo seria viável. Por outro lado, deve-se considerar o contraponto dos outros juristas que veem um componente ideológico no parecer do Gandra, o que lhe retiraria seu aspecto meramente jurídico e acabaria minimizando o parecer, Intuitivamente, vislumbro possibilidades de admissibilidade do impeachment, segundo proclama o dr. Gandra, Mas, para tanto, deveria surgir uma “Elba” como prova da omissão da Dilma. Entretanto, conforme disse, precisaria de um estudo mais aprofundado para um embasamento mais seguro. Talmon Pinheiro Lima é advogado.

“Parabéns a Helio Telho”
helioALENCAR BOTTI Excelente entrevista, a do procurador Helio Telho (foto) ao Jornal Opção (edição 2058). Sua experiência profissional lhe dá uma clareza de pensamentos a respeito do nosso sistema judicial e político de grande relevância. Parabéns, dr. Helio Telho Corrêa Filho. O Brasil cada vez mais depende de pessoas que dominam a informação e a usam para defender o bem público. E-mail: [email protected]
“Um panorama assustador sobre o Cerrado”
RAQUEL SILVA O professor Altair Sales Barbosa traça um assustador panorama em sua entrevista ao Jornal Opção (edição 2048). E acho que não temos saída, não, porque vejam: como trabalhar a consciência nas escolas, se professores, coordenadores, diretores e secretarias estão “perdidos” e mal trabalham os conteúdos? E quem tem o maior poder de decisão só quer que os números da conta bancária cresçam cada vez mais. Poderiam pensar pelo menos nos filhos, nos netos, em suas pessoas queridas. Será que o dinheiro vai comprar algo que não existe mais? E-mail: [email protected]
“Excelente escolha da PM”
ROSANGELA MAGALHÃES DE ALMEIDA Sobre a nota “Ricardo Mendes assume para modernizar comunicação da Polícia Militar” (Jornal Opção 2064), da coluna “Basti­dores”, com certeza foi uma excelente escolha. Conheço o tenente-coronel desde seus tempos de Academia, quando era cadete. Acompanhei sua carreira e os adjetivos utilizados pelo jornal — “moderno” e “diplomático” — acertam em cheio em duas qualidades do oficial, além de sua notável capacidade de lidar com a área operacional e de conhecer a segurança pública. Parabéns à Polícia Militar de Goiás. E-mail: [email protected]
“Agradecimento ao Jornal Opção”
LUDMILA POTRICH Venho agradecer a publicação da reportagem “De marchand a galerista: a aventura de vender obras de arte” (edição 2066). Adorei! Muito obrigada ao editor Yago Rodrigues Alvim e ao Jornal Opção. Ludmila Potrich é galerista e empresária. E-mail: [email protected]

“Indignação com grave crise na OAB-GO”

Talmon Pinheiro Lima A coluna “Bastidores” (Jor­nal Opção 2066), ao se referir à crise institucional e financeira na OAB goiana, trouxe a seguinte nota: “A oposição ao presidente Enil Filho não está preocupada com dívidas coisa alguma. Está muito mais interessada é na disputa pela sucessão, no fim deste ano. Daí a articulação de cartas e artigos em jornais, com inocentes úteis sendo manipulados por ‘atletas do oportunismo’.” Pode deduzir-se que o autor dessa nota deva ser alguém querendo agradar à atual gestão ou que não possui a dimensão da grave crise que afeta a nossa OAB. Somente esses fatores podem respaldar o teor dessa nota, visto que quem a elaborou, desacreditou os advogados no geral, independente de serem situação ou oposição, visto que estamos todos indignados e perplexos com o rombo na Seccional, algo inédito e que era desconhecido pela maioria esmagadora da classe. A nota em si, de conteúdo tendencioso e pueril, imprópria para esse conceituado jornal, tentou fazer ilações disparatadas de que um setor da classe — a dita oposição — estaria manipulando inocentes úteis após “plantar” notinhas e artigos na mídia e faturar em cima do acontecido, e que se comportaria como “atletas do oportunismo”, conceito este absolutamente incompreensível, porque não se tem a menor ideia do significado dessa expressão. Certa­mente, compõe o vocabulário indecifrável de quem a cunhou. A classe toda, sim, está indignada com o rombo e a falta de transparência da atual diretoria. Essa crise dominou o noticiário da mídia goiana e foi provocada justamente pelos atuais dirigentes, que tentam e não conseguem explicar os motivos de se contraírem empréstimos vultosos, alguns sem conhecimento e autorização do conselho, e até de membros da diretoria, conforme reconheceu o então vice-presidente dr. Sebastião Macalé, que, ocupando a presidência interina, declarou que desconhecia alguns dos débitos e que foi o primeiro a denunciar a gravidade da situação. Essa talvez tenha sido a razão do preterimento do nome dele — que seria o natural — na eleição do novo presidente — e certamente a causa de sua renúncia ocorrida durante a semana. Ao contrário do que alude a nota, ninguém está se regozijando da crise. Estamos sim, preocupados. Membros do atual conselho e que pertencem ao grupo de situação, vieram a público cobrar satisfações da diretoria, exigindo que o novo presidente faça a prestação integral de contas da instituição a todos os advogados, notadamente aquelas relativas a esses empréstimos nebulosos, enquanto outros conselheiros afirmaram em sessão plenária, que aquele colegiado não teria autorizado alguns desses empréstimos. Ainda, o novo presidente concedeu entrevista e admitiu que somente o empréstimo bancário em 2012 fora aprovado, e que os outros dois em­prés­timos, em 2013 e 2014, fo­ram aprovados via proposta orçamentária, à revelia do conselho, numa manobra tida por ele próprio (presidente) como discutível. A gênese de toda essa crise é suficientemente conhecida. O ex-presidente, dr. Henrique Tibúrcio, no intuito de atender seus projetos político-partidários, utilizou a OAB como trampolim, endividando-a; agora, com seu objetivo alcançado, renunciou e deixou a entidade ao deus-dará; enquanto isso, nós, advogados, que pagamos a anuidade mais cara do Brasil, estamos temerosos de que essas contas acabem sobrando para todos. Talmon Pinheiro Lima é advogado.  

“Pessoas como Altair Sales deveriam ser valorizadas por sua sabedoria”

Marcelo Tadashi Okamura Parabéns, professor Altair Sales Barbosa, acredito que todos deveriam ler esta matéria (“O Cerrado está extinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água”, Jornal Op­ção 2048). Sou de Mato Grosso e aqui o agronegócio manda na política. Eu me sinto um boi na fila do matadouro, mas, até chegar no fim da linha, vou fazendo barulho ao menos para despertar alguma atenção. Pessoas como o sr. deveriam ser valorizadas pela sabedoria e entendimento da ciência. O capital não deveria vê-lo como ameaça aos seus lucros, mas como um auxiliar na perpetuação da riqueza que a natureza nos proporciona. Não é preciso ser cientista para ver que algo está errado, mas suas explicações são bastante claras e convincentes para não deixar dúvidas a qualquer argumento financiado pelos interesses das empresas. Marcelo Tadashi Okamura é artista. E-mail: [email protected]  

“É possível recuperar o Cerrado”

Lorene Figueiredo Eu sei que o professor tem razão. Mas toda vez que essa dor imensa e o medo aterrorizante da impotência me assola (como ao ler esta matéria-entrevista), me lembro da Floresta da Tijuca. A maior floresta urbana do mundo é artificial. Foi toda plantada por um tenente e seu escravo, após o esgotamento do solo da então fazenda de café. A vontade (sem conhecimento científico) de dois homens e aquela floresta venceram a monocultura. É possível recuperar o Cerrado. É possível recuperar o mundo. Vamos em frente, pois não temos nada a perder, não mais. E-mail: [email protected]

“O que fariam os traficantes se as drogas fossem legalizadas?”

Arthur de Lucca Gostei da entrevista do professor Dione Antonio de Carvalho (edição 2065). Como não poderia deixar de constar, estava lá a frase-clichê: “Tudo o que fizemos até hoje, nos últimos 30 anos, para resolver esse problema, em qualquer lugar do mundo, esteve ligado à política da guerra ao tráfico. E uma coisa que ficou clara é que isso não funcionou.” Parecia que eu estava lendo a “Superinteressante”, em que o editor-chefe é um incansável defensor da legalização. Faltou ser mencionado o Uruguai, aquela potência de país de 3 milhões de habitantes que está dando exemplo ao mundo. O que eu queria saber do sr. Dione é minha incompreensão, quando ele afirma: “quando legalizamos já se desarticula uma atividade criminosa. Isso é certeza: vai acabar com o tráfico, embora não com o uso”. Então, o que os traficantes irão fazer? Pleitear uma das 396.993 vaguinhas de emprego criadas pelo governo PT–PMDB em 2013? Arthur de Lucca é representante comercial.  

“Vanderlan seria o Márcio Lacerda de Goiás”

Di Almeida Acabo de ler o Editorial da edição 2065 do Jornal Opção. Vanderlan Cardoso (PSB) é, sem dúvida alguma, o melhor nome para prefeito de Goiânia. A aliança mais coerente seria mesmo PSB–PSDB, tendo em vista que ambos os partidos são da oposição em nível federal. O Vanderlan seria o Márcio Lacerda [prefeito de Belo Horizonte pelo PSB]. E — político habilidoso, com bom discurso e sendo um gestor experimentado — tem muita chance de vencer. Jayme Rincón (PSDB) deveria continuar o bom trabalho na Agetop [Agência Goiana de Transporte e Obras]. E-mail: [email protected]  

“Por esse modelo inescrupuloso, a morte virá por inanição”

meio ambiente Elcival Machado Sob o prisma de algumas teorias científicas, parece obvio que o mundo um dia acabará. O sol é uma estrela e por isso vai morrer um dia. Crescerá exageradamente e, ao se aproximar da Terra, destruirá toda forma de vida. Depois, transformar-se-á em uma estrela do tipo anã branca. Mas isso é para daqui a bilhões de anos. Na atual circunstância, em relação à matéria “Para qual planeta o seu neto vai se mudar?” (Jornal Opção 2065), creio que, em função do modelo de desenvolvimento econômico adotado em nosso planeta, a tendência é a destruição dos rios, lagos e florestas para a plantação de cereais e criação de gado, o acúmulo de riquezas de alguns e os superávits nas balanças comerciais dos países. Não me considero malthusiano, mas avalio que esse modelo inescrupuloso (que destrói a fauna e a flora silvestre) tem levado à exaustão os recursos naturais e, consequentemente, poderá haver catástrofes grandiosas que deverão diminuir consideravelmente a capacidade produtiva do planeta e, com isso, a ausência de bens de consumo essenciais à vida humana. A morte virá por inanição. Então beberemos areia e comeremos pedra até o toque das trombetas do juízo final. Elcival Machado é sociólogo.

“Ainda acredito que o governo Estado fará as mudanças necessárias para a educação”

Idelma Lucia Chagas Ribeiro  Vendo as propostas para a educação no Estado de Goiás na reportagem “O ensino público pode se igualar ao privado? Goiás tenta descobrir” (Jornal Opção 2064), percebemos a necessidade de que essas discussões saiam do papel e passem a ser materializadas, pois a educação precisa, com urgência, estar em outro patamar de prioridades por ser fundamental na formação de uma sociedade. E repensar como tem sido a realidade dos cursos de licenciatura na formação docente e como tem sido o processo formativo dos professores dentro da universidade são coisas que não podem mais ser adiadas. Quando nos deparamos com declarações como “precisamos pensar muito antes de fazer uma mudança, pois, não apenas na educação, há escassez de profissionais de ponta no País”, percebemos, sim, uma realidade. No entanto, nossos questionamentos ainda permanecem na intenção de chegar à raiz dos problemas. Por que não temos profissionais de ponta? Ou também o que fazer com os profissionais que não estão correspondendo às expectativas almejadas? Buscam- se resultados, porém, não é percebida a materialização de ações para se chegar à raiz do problema, que é sempre ocultada. Concordo plenamente que um dos caminhos para uma boa educação está na formação inicial dos professores, e isso percebemos estar cada vez mais em estado deplorável. A universidade precisa ser vista, nesse processo, como o caminho de partida e, para isso, a realidade no campo acadêmico precisa ser outra. Para construirmos um modelo de educação, mesmo que copiado de outros países, precisamos primeiramente pensar no processo de formação que vem de nossas universidades e, para isso, as políticas públicas precisam ser em prol de melhores condições de trabalho e de formação dentro das universidades. Como ser um professor de ponta se não há o necessário investimento para esse fim? E outro fator importante é: como melhorar a prática dos professores na sala de aula? Daí repensar a formação continuada e extremamente relevante e precisa ser um dos focos desse processo. Espero muito que essa realidade seja transformada, porque dói muito ouvir as expressões: “nesse governo a educação e a saúde serão prioridades” ou “a educação será o carro chefe desse governo”, mas termina governo e inicia governo e nada, nada muda. É justamente esse novo olhar que precisamos ter para dar sentido à nossa caminhada para uma mudança significativa na educação, principalmente, no que se refere à formação docente, pois, a falta de planejamento, de políticas educacionais e de ações nesse propósito tem nos levado a caminhos incertos, práticas incoerentes, a pouca reflexão sobre nossa prática e ao silêncio diante das questões relacionadas à formação inicial e continuada de nossos professores e, até mesmo, ao pessimismo diante das problemáticas decorrentes da falta de reconhecimento profissional e a falta de autonomia consciente. Ainda acredito na educação, ainda acredito que teremos profissionais de ponta e ainda acredito que nossas escolas serão escolas ideais. Por isso, ainda acredito que o governo do nosso Estado fará as mudanças necessárias para que esse “sonho de uma educação melhor” se torne realidade. Temos esperança de que as buscas de propostas que a Secretaria da Educação tem procurado sigam a um modelo de educação, além de necessário, que seja de acordo com a nossa realidade e, principalmente, que nosso aluno seja realmente beneficiado na sua luta por um País melhor e nossos professores sejam valorizados de fato. Idelma Lucia Chagas Ribeiro é secretária geral do Polo da Escola de Formação/NTE Porangatu e mestranda em Educação pela Universidade Federal de Goiás. E-mail: [email protected]

“Não é eliminar os incentivos fiscais, mas utilizá-los de forma racional”

José Luiz Miranda Mais uma vez parabenizo o Jornal Opção pela qualidade da entrevista realizada com a Economista Ana Carla Abrão Costa (Edição 2.063), atual secretária da Fazenda do Estado, ressaltando ainda o nível das perguntas formuladas pelos debatedores que primaram pelo equilíbrio perfeito entre o conceito do político e do econômico. Realmente, os grandes desafios para Goiás estão postos e todo o desafio, quando enfrentado com parcimônia, se casa necessariamente com novas oportunidades estratégicas que resultarão em benefícios para toda a sociedade goiana. Nesse sentido, a realização de ajustes para se corrigir eventuais distorções se torna essencial para se criar um ambiente fiscal e equilibrado que possibilite a retomada de investimentos tanto por parte dos agentes do setor público e do setor privado e, nessa rota, a revisão de incentivos fiscais deve ser algo a ser realizado. Como bem ressaltou a secretária, não é eliminar os incentivos fiscais, mas utilizá-los de forma racional e equilibrada avaliando a sua relação custo benefício. Goiás é um Estado privilegiado em termos geográficos, que favorece ao planejamento logístico das empresas, associado à pujança e à diversidade das suas riquezas naturais; e à potencialidade mineral que favorece o desenvolvimento de políticas públicas para o estímulo à implantação de uma indústria de transformação de alto padrão, que demanda, sim, uma infraestrutura adequada. O discurso de que o governo deve conceder incentivos fiscais para que as empresas venham para Goiás encontra-se velho e ultrapassado, não encontrando sintonia com as tendências econômicas do século 21, pois trazem em seu bojo a privatização dos impostos que devem ser utilizados para o bem comum e não para o bem privado, além de uma excessiva concentração de renda, elementos estes omitidos pelos seus defensores. Email: [email protected]

“Escola pode ser muitas coisas, menos um local de saber”

Sobre a matéria “Estado deve implantar OSs na área da Educação aos moldes das Charter Schools americanas” (Jornal Opção 2062): “Nunca deixei a escola interferir na minha educação”, disse Mark Twain, este desconhecido do ensino, porque, de acordo com a ótica docente brasileira, apenas brasileiros e portugueses escrevem livros. As pessoas a-d-o-r-a-m dizer como a escola é importante para a formação do cidadão. É curioso então como o Brasil segue sendo uma nação de idiotas que vê a presidente se gabando de que vai fazer mais gente depender do governo e ainda, a elegê-la. Escola pode ser muitas coisas, menos um local de saber. Ela é um local de comportamento. Se alguma criança brilhante se sente frustrada por não poder desenvolver seus gostos, tendo que respeitar uma grade maçante (que no geral, ela não teria dificuldade de dominar), os professores tascam o rótulo de “aluno problema” e o trata como um problema de disciplina. Escola tanto é uma instituição disciplinar que este jornal tece loas e mais loas aos resultados dos colégios militares goianos — “aonde se destaca a disciplina”. O propósito da escola não é transformar as pessoas. É adequá-las. Suprimir tudo que as torna indivíduos. Tanto que ela é um terreno fértil para ideologias coletivistas. E um péssimo lugar para quem pensa individualmente. Email: [email protected]

“Nosso País vive uma grande transformação”

Ricardo Quirino Li a nota “Reforma tem que discutir baixa presença de negros no Parlamento, diz ministra” (Jornal Opção Online) e penso que essa discussão vai além de uma reforma política, deve ser algo que faça parte de uma conscientização da população negra acerca de sua história e valor. Nesse ponto, clamo ao ensino no nosso País e a uma maior atenção para com as questões relacionadas ao tema. Vamos discutir oportunidades sem extremismos, vamos debater a história, sem radicalismos. As coisas em nosso País, claramente, estão passando por uma grande transformação. Por exemplo, em Goiás, com a inauguração da primeira delegacia de defesa da pessoa com deficiência do Estado. Quando se vê agentes públicos com uma atenção diferenciada em relação a pessoas que para a sociedade às vezes não representam — aos olhos de alguns —, uma grande contribuição, a gente passa a cada dia acreditar na valorização do ser humano. Parabéns ao governo, ao delegado e a todos os que trabalharam intensamente nesse propósito. E-mail: [email protected]  

“Balcão de cargos para atender aliados”
Wilson Barborsa Em relação ao texto “É melhor uma máquina pública enxuta ou obesa?” (Jornal Opção 2040), da coluna “Ponto de Partida”, a fragmentação ministerial acaba por revelar duas vertentes: a ineficiência de comando do governo e o “balcão” de cargos para atender as expectativas dos aliados políticos. Na outra margem do problema, fica a população, à deriva em um mar sem porto. Sêneca já dizia: “Não há porto seguro para quem não sabe aonde quer chegar.” O navio é o governo, o mar, os acordos políticos e os ministérios fragmentados, as “ilhas” espalhadas na falta de um porto. Wilson Barbosa é filósofo. E-mail: [email protected]  
“Pe. Marcelo Rossi não deixou de ser fiel a Deus”
padre-marcelo-rossi-620 Michele Davi O fato de o padre Marcelo Rossi ser sacerdote não o torna menos ser humano. E todo ser humano tem suas falhas. Ninguém se isenta de se magoar, mas todos nós podemos buscar forças em Deus e nos levantar novamente. O padre ensinou muitos de nós a buscar mais fé em Deus, então não acredito que ele tenha deixado de ser fiel a Deus pelo simples fato de se magoar com algumas coisas que falaram dele.  
“Criação de partido é só manifestação de desejo de poder”
Antonio Alves Sobre a nota “Deputado quer criar o partido dos defensores da saúde” (Jornal Opção Online), é bom que se entenda que a criação de mais um partido é apenas uma manifestação do desejo de poder. Fosse assim, iríamos criar o Partido da Educação Brasileira (PEB), o Partido Brasileiro da Saúde (PBS), o Partido da Segurança Nacional (PSN) e um partido para cada segmento. Como um partido desses, chegando ao poder vai se relacionar com outros segmentos sociais? E-mail: [email protected]  
“Esperava mais da biografia de Ronnie Von”
M.C.S. Oliveira O texto “Ronnie Von vira santo em biografia autorizada” (Jornal Opção 2045, caderno “Opção Cultural”), de Iúri Rincon Godinho, é uma crítica perfeita. Eu me decepcionei muito com a “biografia”; esperava mais sobre as fases musicais de Ronnie Von e mais discussões sobre sua carreira. E-mail: [email protected]

“A Sudeco executa sólido trabalho desde sua reinstalação”

Everaldo Fernandes Benevides A informação sobre a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), publicada em nota pela coluna Bastidores (Jornal Opção Online) na sexta-feira, 19, não corresponde à realidade da instituição. Segundo o jornalista autor da coluna, “Antônio Gomide é visto como o gestor que, se assumir o comando, põe a Sudeco para funcionar de fato. No momento, é meramente decorativa”. Gostaríamos de esclarecer que a Sudeco executa um sólido trabalho desde sua reinstalação, em 2011. A autarquia tem a incumbência de superar as desigualdades intra e inter-regionais e a pobreza extrema, por meio da dinamização econômica e da inclusão produtiva. Soma-se o importante papel de fortalecimento dos sistemas locais e regionais de inovação, visando à competitividade dos espaços produtivos e o desenvolvimento regional sustentável, através da promoção do fluxo de conhecimento e do acesso a instrumentos de apoio coletivo à inovação. A autarquia supervisiona um orçamento de R$ 1,1 bilhão do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO) e de R$ 2,2 bilhões do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). O orçamento próprio e os recursos provenientes de emendas parlamentares somam R$ 231 milhões no ano de 2014, além de R$ 430 milhões em projetos transferidos da Secretaria Nacional de Irrigação atualmente sobre sua gestão. A Sudeco possui um papel integrador no desenvolvimento de estudos de viabilidade e de projetos executivos, como o da ferrovia de ligação entre Brasília e Goiânia, e o de viabilidade do trem Brasília–Luziânia. A autarquia é responsável por implantar e desenvolver seus principais projetos, realizados com recursos provenientes de emendas parlamentares, de descentralização de crédito e de plano de ação com recursos orçamentários da LOA. Todas essas atribuições são executadas pelos 180 colaboradores que compõem o corpo técnico da superintendência, que trabalham não só em Brasília, como também pelos municípios da Região Centro-Oeste, com alto grau de comprometimento. Cabe ressaltar ainda que a atuação da Sudeco é constantemente exaltada pelos parlamentares da região Centro-Oeste e pelos quatro governadores da região. Everaldo Fernandes Benevides é superintendente substituto da Sudeco.

“Mulheres preparadas começam a ser reconhecidas”

Rosangela Magalhães de Almeida Tive três boas notícias em uma semana. Uma mulher no comando da Secretaria da Fazenda de Goiás (Ana Carla Abrão Costa), uma mulher na direção da Escola de Direito e Relações Internacionais da PUC-GO (Maria Nívea Taveira, professora de Direito do Trabalho e irmã de José Taveira) e outra mulher na Coordenação do Curso de Direito da PUC-GO (Neire Mendonça, professora de Direito Civil, há mais de 20 anos na instituição). Todas pelos seus currículos, competência e dedicação na profissão. Nenhuma “cotista”. Há mulheres extremamente preparadas que, felizmente, começam a ser reconhecidas. Sucesso e sorte a todas elas. Rosangela Magalhães de Almeida é professora da PUC-GO, da UNIP e advogada. E-mail: [email protected]

“Todos em Sobibor foram heróis”

Bruno Carreira Parabéns ao jornalista Euler de França Belém pelo artigo “Livro resgata história de líder da revolta do campo de extermínio de Sobibor que morou em Goiânia” (coluna “Im­prensa”, Jornal Opção 2029). Todos os prisioneiros em Sobibor são heróis, mesmo os que morreram. Devemos orar por todos eles. E-mail: [email protected]

“Bolsonaros e o retrocesso da sociedade brasileira”

[caption id="attachment_24015" align="alignright" width="620"]Jair Bolsonaro: estilo ofensivo que representa muita gente, diz jornalista Foto:Wilson Dias/ABr Jair Bolsonaro: estilo ofensivo que representa muita gente, diz jornalista Foto:Wilson Dias/ABr[/caption] Elzenúbia Moreira Uma ofensa do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) proferida em 2003, enquanto os dois discutiam em um corredor da Câmara, voltou a ser notícia nas últimas semanas: ao responder a um discurso da deputada sobre a ditadura militar, o parlamentar voltou a declarar que ele só não a estupra porque ela “não merece”. Maria do Rosário não é a primeira nem tampouco será a última mulher a ser alvo das ofensas de Jair Bolsonaro. A ministra Eleonora Menicucci [Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres], a senadora Marinor Brito (PSol-PA), a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) a cantora Preta Gil e inclusive a presidente Dilma Rousseff já foram atacadas por palavras agressivas do parlamentar. Bolsonaro não cessou seu discurso ácido e, em entrevista à “Zero Hora” fez nova ofensa: “Ela não merece [ser estuprada] porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia. Não faz meu gênero. Jamais a estupraria.” Isso equivale a dizer que o estupro é uma questão de merecimento, onde a mulher “deseja ser violentada” e, quando o estuprador o faz, está premiando a mesma. Estupro não é prêmio ou castigo, é crime e violação dos direitos das mulheres. Mas o que mais assusta neste lamentável episódio é saber que existem milhares de Bolsonaros na sociedade brasileira, já que ele foi eleito para seu sétimo mandato de deputado federal nas eleições deste ano, sendo o mais votado no Rio de Janeiro e com o terceiro lugar geral no País. São mais de 460 mil brasileiros que concordam com opiniões e atitudes de um político que não tem condições de representar o povo. Bolsonaro extrapola a liberdade de expressão e os limites da di­gnidade humana, ignora os direitos humanos e os das mulheres, e trata com desrespeito os colegas. Mas isso não o intimida, porque o deputado não teme processos judiciais e representações que serão apresentados contra ele no Conselho de Ética. Ele irá responder a essas acusações como já fez em tantas outras; vai ser absolvido ou ver o processo ser arquivado, graças à imunidade e à inviolabilidade garantidas aos parlamentares pela Constituição Federal. Contudo, o que aconteceu na semana passada serviu para direcionar nosso olhar à sociedade brasileira e vermos que o Brasil vive um momento de retrocesso em questões importantes, em que pessoas protestam a favor do retorno da ditadura militar, atacam e ofendem os nordestinos co­mo se eles fossem os únicos responsáveis pela reeleição da presidente Dilma Rousseff e, segundo uma pesquisa do Ipea [Ins­ti­tu­do de Pesquisas Econômica Apli­cada], 58,5% dos entrevistados concordam com a ideia de que se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros. Isso demonstra que a sociedade brasileira ainda precisa avançar muito em questões como o combate à intolerância, ao preconceito e ao machismo, porque, infelizmente, Bolsonaros só são eleitos porque representam pessoas como eles. Elzenúbia Moreira é jornalista.  

“Considero o Jornal Opção acima da média”

Fábio Coimbra Parabéns a este belo e sensacional jornal. Aqui, de Barcelona, custa-me acreditar que um Estado como Goiás, desconhecido no País (não tenho certeza, mas meus amigos de São Paulo não o conhecem) e no mundo, tenha feito um jornal de tão alta qualidade. Desde que descobri o jornal, considero-o acima da média. Leio toda semana o caderno de Cultura e a coluna Imprensa, e eventualmente os editoriais, que são estupendos. Fábio Coimbra é doutor em Ciências Sociais e trabalha para instituições de pesquisa europeias.

O arame, a garrafa PET e a lâmpada amarela

Valdirene Oliveira  lampada Desde março de 2014 a luz do poste que fica em frente a minha casa, no Setor Gentil Meireles, está queimada. Solicitei a troca pelo 156 [telefone de atendimento da Prefeitura de Goiânia], tenho protocolo etc., mas nada de trocarem a lâmpada estragada. No início eu liguei, liguei, liguei. Mas acabei cansando de ligar e providenciamos solução por conta própria: um refletor com sensor em frente ao portão. Sei que não deveria ser assim, mas, se nem o lixo estava sendo recolhido, imaginem uma lâmpada ser trocada rapidamente. Eis que na tarde desta quinta-feira, 11, chega um caminhão da Prefeitura para fazer a troca da lâmpada e lá fui eu falar com o moço que “fiscalizava” a troca. Queria apenas dizer se no papel que ele tinha em mãos constava a data da solicitação. Conversa vai, conversa vem, e ele me disse que não sabia da data de solicitação e inclusive mostrou o papel para mim. Daí eu disse que a lâmpada do segundo poste havia queimado nessa semana e ele disse que aproveitariam que estavam ali e a consertariam também. Mas o inusitado da conversa foi quando ele me disse que eles não estavam trocando a lâmpada, mas sim fazendo uma “gambiarra” (sim, ele me disse isso!). E eu, espantada, perguntei “como assim?”. E ele me falou: “Iríamos trocar se fosse lâmpada branca, por lâmpada branca. A Prefeitura não compra mais essa e só tem no estoque a lâmpada amarela, mas para usar a amarela teríamos que ter um reator. Só que não temos esse reator; então, nós estamos testando uma adaptação com o uso de uma garrafa PET e um reator já usado para ver se funciona". E eu disse: “Mas, e se não funcionar?” E ele, sem jeito, falou: “Então...”. Daí eu disse: “Então eu fico mais um tempo sem luz no poste?”. E ele, todo sem jeito (claro, sem ter responsabilidade direta pela situação, mas ali na situação de dar uma resposta ao ser questionado), me disse: “A Prefeitura não tem comprado material para trabalharmos. E, quando compra, é de ‘terceira’, mal terminamos um conserto e já estragou novamente.” E eu disse: “Realmente a nossa cidade está ‘abandonada’, mas o IPTU vai subir.” Não quis pressionar o moço, pois a situação já estava constrangedora. E ele disse para mim: “Mas nós vamos fazer tudo pra dar certo e a senhora ter luz no poste. Desde março, não é?" E eu disse: “É... então tá. Se não der certo o ‘plano A’, tem o B, C ou D?”. Ele respondeu: “Vamos tentar.” E daí, para finalizar, ele me perguntou: “A senhora tem um pedaço de arame para arrumar pra gente? Porque aí ajuda.” E eu: “Acho que tenho, vou ver com meu marido...” Entrei para casa e passei a tarefa para o marido, que arrumou o arame e levou para o pessoal. Fui dar banho no meu filho, para ele tirar o cochilo da tarde, e fiquei pensando: “Gambiarra não é coisa de quem faz ‘gato’? E eu arrumei o arame? Mas a proposta veio da Prefeitura... e ainda tem a garrafa PET, deve ser a tal política da ‘sustentabilidade’...” E confesso que fiquei imaginando: será que vai dar certo? Então, ao anoitecer... Eis que chegou a luz amarela! Pensei até em tomar um vinho em homenagem à iluminação de Natal da porta da minha casa. Afinal, tem até garrafa PET (está lá, pena que minha câmera não consiga registrar bem para mostrar). Quem quiser visitar para conhecer como é, estudar o caso etc... Está lá uma linda PET. Acho que de uma Coca-Cola de 2 litros. A que ponto chegamos. Valdirene Oliveira é professora universitária e doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Goiás.

“Gomide foi o melhor prefeito de Anápolis”

José Justino [caption id="attachment_12670" align="alignright" width="150"]“Esse é o momento mais importante para tornar-se conhecido”, avaliou Antônio Gomide | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Lendo a última edição (2057) do Jornal Opção, fiquei incomodado com a forma com que o recém-eleito deputado federal pelo PSDB, Alexandre Baldy, se portou durante a entrevista. Impressionou-me a falta de humildade do jovem político ao afirmar que Antô­nio Roberto Gomide (PT), nosso ex-prefeito — o melhor da história da cidade —, foi um gestor aquém do que Anápolis merecia e, mais, que graças a Pedro Sahium [prefeito antecessor] foi que Gomide conseguiu se destacar. Ora, sr. Baldy, a educação em Anápolis é referência na­cio­nal. Em cinco anos, Gomide construiu viadutos que nunca tivemos em cem anos de história. Anápolis só tinha um hospital; hoje, a cidade conta com uma estrutura de saúde ampla. Casas construídas, já se completarão em torno de 10 mil. Os parques da cidade, que seu “salvador” Sahium quase inviabilizou, fazem parte dos mais belos de Goiás. Enfim, se um dia Alexandre Baldy for prefeito de Anápolis e fizer pelo menos 10% do que o ex-prefeito Gomide fez, já terá feito demais. José Justino é morador do Setor Vivian Park, em Anápolis.

“Precisamos lidar com a questão mal resolvida com os militares”

Epaminondas Silva | E-mail: [email protected] [caption id="attachment_23411" align="aligncenter" width="600"]Em passeata contra Dilma e o governo, faixa pela volta dos militares Em passeata contra Dilma e o governo, faixa pela volta dos militares[/caption] Se alguns carregam um cartaz “pela volta dos militares”, são escorraçados tanto pela direita como pela esquerda. O brasileiro precisa lidar com esta questão mal resolvida com os militares. Afinal, na hora em que a criminalidade assume, são os militares que são chamados. Mas ai de alguém se elogiar a ditadura. Entretanto, não compro essa ideia de que escolas militares são melhores. A diferença é por causa da “disciplina”. Ou vão me dizer que um diretor “civil” tem o mesmo grau de acesso que um militar para acionar outras instâncias governamentais? E fora a ameaça de ser enxotado de uma instituição modelo para manter alunos incentivados a produzir bons resultados. Escolas militares são boas porque os alunos querem ficar nela e alunos querem ficar nelas porque são boas. E melhor ainda que escolas militares? A boa e velha escola particular. Daí não tem como apreciar a ironia daquele sindicalista da educação, socialista, pregando o modelo falido de escola “gratuita”, enquanto são os militares e a iniciativa privada que entregam os melhores resultados.  

“Melhor os militares educarem nossos jovens do que punirem nossos adultos”

[caption id="attachment_22564" align="alignright" width="300"]Repórter da TV Globo, Caco Barcelos: programa denegriu a imagem e o trabalho que escolas militares realizam / Soldado Ludimila Luíza Repórter da TV Globo, Caco Barcelos: programa denegriu a imagem e o trabalho que escolas militares realizam / Soldado Ludimila Luíza[/caption] Eliane Gomes Meu filho estava com depressão, pois estudava em uma escola particular onde esperava um atendimento de qualidade, mas desde o início do ano sofria com professores e métodos de ensino que só visavam o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e desprezavam suas dificuldades de aprendizagem, embora tenha levado diagnóstico do distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Meu filho queria desistir de estudar, chegava em casa com notas muito inferiores ao que ele poderia alcançar se tivesse oportunidade de aprender com respeito a suas limitações. Eu sofri muito e, em um ato de­sesperado, fui a uma escola militar da região noroeste de Goiânia em busca de uma vaga, pois soube que lá havia atendimento psicológico e apoio social para as famílias — estou muito emocionada e digito com todo o meu coração cada palavra desse meu relato. Fui recebida com toda a humanidade. Um anjo vestido de farda me ouviu. Eu disse: “Por favor, meu filho precisa de uma chance. Ele faz tratamento para depressão, é apenas um jovem de 16 anos que queria estar na escola e agora não tem esperança de conseguir seguir em frente... pelo menos uma chance antes de realmente desistir, ele precisa disso.” Ela me pediu dois dias, e depois disso, enfim, me disse: “Seu filho agora estará na escola certa, tudo vai ser diferente, você vai ver”. E desde o primeiro dia foi incrível! Estávamos com dificuldade para comprar o uniforme, naqueles dias: final de mês, cartão com limite estourado. Perguntei se tinha algum uniforme para doação. Eles nos doaram uma farda e foram além disso: fizeram uma vaquinha, nos deram 78 reais e me disseram para ir logo bordar a camiseta dele, comprar o bibi etc. Fiquei sem palavras, não queria aceitar, pois eu precisava só de um tempo. Iria receber e disse que devolveria, mas eles não aceitaram, dizendo que fariam de tudo para meu filho não perder nem um dia de aula, que ele poderia começar logo. Desabei, chorei de emoção. Meu filho não sofreu nenhum preconceito e está até hoje nessa escola, fazendo as provas com outros alunos e alunas que têm dificuldades intelectuais. São respeitados e amparados em suas mais íntimas necessidades, tudo de forma tão normal, tão natural. Ele está com notas melhores, está sempre sorrindo, confiante. Um dia ele chegou e me abraçou, me rodou nos braços e me agradeceu por ter ido até o Colégio Militar, por não ter deixado que ele desistisse, por ter lutado por ele. Essa foi a maior alegria que eu tive na minha vida de lutas e dificuldades de mãe de estudante. Porém, fiquei triste por ver uma matéria jornalística como essa do “Profissão Repórter”, expressando uma visão no mínimo deturpada de uma organização tão comprometida com a educação e com o ser humano. Para mim, são anjos vestidos de farda, pois quem quer que se proponha a educar, ensinar, promover a educação, o fará primeiramente por amor, pois sabemos que mais fácil é serem desvalorizados como foram pela mídia da Globo do que exaltados por sua abnegação. Melhor seria se todos os militares educassem nossos jovens do que punirem nossos adultos. Alguém discorda? Eliane Gomes é professora. E-mail: [email protected]

“Estamos vendo o País seguir a mesma trilha dos anos 60”

Alberto Nery Lendo o Editorial da edição 2055 do Jornal Opção, o qual cita o populista e velho caudilho Ge­tú­lio Vargas – a quem só conheço por meio da história e de minha fa­le­cida mãe, que sempre o referia co­mo um grande presidente. Meu pai por ser militar, o considerava um ditador que chegou ao poder porque tinha o poder de iludir a massa. Eu, em meu humildade pensamento, acho que o suicídio de Vargas foi um momento de fraqueza, ou seja, se sentiu só no poder e, como um escorpião, preferiu se matar a sair do poder à força. Como disse ele mesmo, saiu “da vida para entrar na história”. E com seu suicídio foi abortado o golpe militar que estava às portas. Em 1964, os militares, vendo que o país caminhava rumo a uma aproximação com a ex-União Soviética resolveu, com o apoio dos Estados Unidos, derrubar o governo e instalar uma ditadura militar que seria de pouca duração. Ocorre que os militares gostaram do poder e ficaram por mais de 20 anos. Hoje estamos vendo o país seguindo a mesma trilha dos anos 60. No governo Vargas, o crítico cruel chama-se Carlos Lacerda. Ficou célebre quando dizia que no Palácio do Catete havia um mar de lama. Agora, voltando para os dias atuais e tratando do governo Dilma, este não poderá mais dizer que recebeu uma herança maldita de seu antecessor. O PT está no poder há quase 12 anos e não dá mais para ficar falando do fantasma FHC que persegue o lulismo e o petismo. So­bre a honestidade de Dilma, ninguém pode questionar quando o mesmo está no governo. Todos os po­líticos só ficam ricos no segundo mandato. Mas que a mesma e o ex-presidente sabiam de tudo, isso sa­biam, porque o PT jamais faria algo sem comunicar aos seus superiores. Não podemos dizer que exista um mar de lama no Palácio do Planalto. Mas podemos dizer que pelo menos um Lago Paranoá lá existe. E-mail: [email protected]

“A esquerda tolera apenas quem dela participa”

Danilo Jandaia Concordo com o jornalista Euler de França Belém em seu texto “Escolas militares de Goiás são vítimas de jornalismo do segundo time da TV Globo” na coluna “Imprensa” (Jornal Opção 2056). Vi a matéria no dia em que o programa da TV foi ao ar. Deu a entender que o objetivo era criticar, de forma pejorativa, as escolas militares de Goiás. Ora, os últimos estabelecimentos de ensino que foram transferidos para a direção da Polícia Militar apresentaram melhoras em todos os quesitos. Creio que mais de 90% dos pais aprovam o sistema. Os resultados estão aí pra quem quiser ver. Infelizmente, mais uma vez, nota-se que tendências esquerdistas insistem em impor uma “ditatura” que, aos poucos, por meio da alienação, vai destruindo os princípios judaico-cristãos da nossa sociedade em prol de uma suposta democracia, aberta ao “diálogo”, como disse o jornalista Caco Barcellos. A esquerda tolera apenas quem dela participa. Se você é contra, é um intolerante. E-mail: [email protected]

“Aumento de vagas para advogados é ilusão”

Fred Filho Sobre a nota “Redução de impostos pode ajudar no aumento do número de empregos para advogados” (Jornal Opção Online), isso certamente beneficiará sociedades de advogados. Porém, imaginar que isso vai aumentar a oferta de empregos para advogados é ilusão. Afinal, coisa mais rara é escritório de advocacia respeitar a CLT e contratar advogado com registro em carteira. Quem é da área sabe que os advogados contratados passam a trabalhar sob a bizarra figura do “advogado associado”, que não tem previsão legal e nada mais é que a violação dos direitos trabalhistas do profissional. E o pior é que a OAB, em todos os níveis (federal e nos Estados) não se preocupa em combater essa precariedade de contratação e esse desrespeito e violação dos direitos do advogado. E por quê? Simples, porque os altos cargos da Ordem são — como sempre foram — ocupados pelos donos dos grandes escritórios de advocacia, que são justamente os que mais exploram a mão de obra de seus “colegas”. E-mail: [email protected]

“Falta estudar mais sobre recursos e consumismo”

Everaldo Leite Faltam aos estudos de Economia as disciplinas sobre uso de recursos naturais e sobre consumismo. Tenho discutido isto com alguns colegas economistas e vejo que a maioria não sabe nem por onde começar a tratar o tema. Sou um economista liberal, penso que o mercado se resolve em milhares de assuntos, mas quanto a esses temas acho que a visão capitalista nada ajuda, acredito que precisa haver uma inovação nos debates. [“Você já pensou que pode morrer em uma guerra por água?”, Jornal Opção 2054] Everaldo Leite é economista, professor e colaborador do Jornal Opção. E-mail: [email protected]

“Só mudamos com a corda no pescoço”

Pablo Faria Bela reflexão de Elder. E, de fato, é um fato triste de se constatar: só mudamos quando a corda está no pescoço, infelizmente. E-mail: [email protected]

“O Brasil tem sede de respeito pelo meio ambiente”

Ober Caldas Traga-me um copo d’água, te­nho sede! O Brasil tem sede e fo­me de educação, pesquisa e respeito pelo meio ambiente. Para­béns, professor Altair Sales, por sua entrevista ao Jornal Opção (edição 2048)! E-mail: [email protected]

“Ingleses provocaram os argentinos primeiro”

Weber Marques Lima Em relação à nota “Jornalista inglês garante: governo argentino prepara uma nova Guerra das Malvinas” (Jornal Opção Online), apenas um fato histórico deve ser ressaltado: quem tudo iniciou a disputa foram os ingleses, que, em 1845, tentaram dominar o Rio da Prata sob o falso pretexto de garantir-lhe a navegabilidade durante problemas internos da Argentina. Essa indevida ingerência britânica provocou a batalha de Vuelta de Obligado, quando as tropas argentinas fizeram bater em retirada uma força tarefa franco-britânica. Ah esses europeus, quando desejam, sabem ser hipócritas... E-mail: [email protected]

“Anselmo Pereira presidir a Câmara é questão de Justiça”

Celia Gillet A indicação do vereador Anselmo Pereira para a presidência da Câmara de Goiânia é uma questão de justiça. Não querendo desmerecer nenhum outro parlamentar, Anselmo é o mais preparado, conhece a Câmara como ninguém, com vários mandatos, tem caráter e, principalmente, é honesto. Não sou de seu partido — sou PMDB —, mas sei reconhecer as qualidades e está na hora do gestor escolher pessoas capacitadas e não por barganhas. O Brasil precisa mudar e vamos começar por Goiânia. E-mail: [email protected]

“Os sete pecados capitais de um governante”

Jeferson de Castro Veira O Editorial da edição 2054 do Jornal Opção — em que vejo, particularmente, sombras de Keynes, Marx e Schumpeter — : descreve os sete pecados capitais de um governante. 1) achar que o Estado não pode ser inovador — leio a economista Mariana Mazzucato há muito tempo e ela prova que pode; 2) achar que não deva fazer reforma tributária; 3) achar que subsídios devem ser para todos; 4) não se inserir na cadeia global de produção — virar as costas para EUA, União Europeia e Japão; 5) achar que produtividade no setor público é bobagem; 6) achar que governo não mexe com ambiente de negócio; 7) tentar agradar a todos — consenso com 51% já está de bom tamanho. Jeferson de Castro Vieira é economista.

Prefeitura de Rio Verde dá resposta a nota

Prefeitura de Rio Verde dá resposta a nota

Secretaria de Comunicação Em resposta à nota “Juraci Martins é o prefeito das obras que nunca terminam” (Jornal Opção 2055), temos a dizer que a oposição bem que tenta difamar o prefeito Juraci Martins (PSD) com suas falácias, mas, enquanto a turma da “rádio peão” fica no falatório, o prefeito trabalha e as obras estão a todo vapor por toda a cidade. Juraci assumiu a Prefeitura com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores de Rio Verde e, desde o início de sua administração, as obras são realizadas pensando na diferença que irão fazer na vida de todos. Somente em 2014 obras importantes foram concluídas e entregues a quem realmente interessa, a população rio-verdense. Entre elas, a Biblioteca Municipal, o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), o Centro Poliesportivo do Canaã, o Parque Ecológico. Problemas antigos foram solucionados, como a construção das pontes do Parque Betel e da Vila Menezes. A obra da Rodoviária foi concluída e entregue e a Avenida 1 — situada entre a Avenida 25 e a Avenida Presidente Vargas, que liga a região sudoeste e oeste — irá melhorar em muito o trânsito na região. Dia 15 de dezembro serão entregues as 220 casas do Residencial Nilson Veloso II, concluindo 2 mil unidades habitacionais entregues pelo prefeito. No dia 16 será entregue o Centro de Artes e Esportes Unificados (CEUs) no bairro Céu Azul. Em seis anos foram investidos mais de R$ 70 milhões em asfalto e recapeamento, sendo mais de R$ 12 milhões apenas este ano, em que a malha asfáltica da cidade e dos distritos de Lagoa do Bauzinho, Ouroana e Riverlândia foram recuperadas. Em 2014 também foi investido mais de R$ 5 milhões em redes pluviais. A zona rural teve mais de 2,5 mil quilômetros de estradas vicinais reformadas e três novas pontes de concreto foram construídas. E a administração não está focada apenas nas obras. Dez novos caminhões estão realizando a coleta de lixo, houve a aquisição de nove ambulâncias para a Secretaria de Saúde, a revitalização de canteiros centrais de avenidas e praças e a doação de mudas de árvores, totalizando 11 mil mudas que irão contribuir para a melhoria da arborização na cidade, trazendo impacto real ao meio ambiente. Também houve a implantação de 30 câmeras de videomonitoramento, um investimento importante para a melhora na segurança, com elas já a redução no número de assaltos e um aumento nas prisões de todas as espécies estão sendo percebidos por todos. A obra mais importante da administração é o investimento no ser humano e a qualificação de mão de obra. A média das escolas municipais no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] é de 6,8, maior que a média do Estado e do País. Os investimentos na área social são uma preocupação diária. Jovens são atendidos com os programas Curso Pré-vestibular, Telecentro, Bolsa Futuro, Pró-Jovem Urbano, Internet para To­dos e Contra Turno, além de atividades como hip hop, malabarismo, circo, capoeira e demais artes marciais; a Secretaria de Assistência Social beneficia 20 mil famílias por ano; mais de R$ 5 milhões são investidos em Bolsa Universitária e R$ 6 milhões em convênios com instituições filantrópicas do município. Rio Verde se tornou referência em assistência social e tivemos três programas premiados em eventos nacionais. As obras das creches estão em andamento. Todas já foram licitadas e estão seguindo o cronograma estipulado. A Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano está fiscalizando e duas estão em fase adiantadas com conclusão prevista para o próximo ano. Também em fase adiantada, com entrega até o final do mandato, estão a construção da canalização do Córrego do Sapo, da nova sede do Centro de Referência Especializado em As­sistência Social (Creas), do Centro Esportivo do Bairro Gameleira, e do mini anel viário, a entrega de mais cinco pontes de concreto na zona rural. Em fase de finalização, a recuperação do Córrego Barrinha, a ampliação e reforma do Albergue Municipal, a reforma do Centro de Convivência ao Idoso (Conviver), da Praça da Morada do Sol e a revitalização da orla do Residencial Dona Gercina. Com início para o próximo ano, a Prefeitura terá a reforma do aeroporto, obra que já está licitada. Será um investimento de R$ 20 milhões. Outras obras: a ampliação e reforma do Hospital Municipal, que deverá ser licitada nos próximos dias; a instalação de mais 30 câmeras de videomonitoramento; e a complementação do recapeamento da malha asfáltica dos bairros da cidade que ainda não receberam o benefício, um investimento de mais de R$ 12 milhões. A obra de construção da creche em parceria com a BRF está em fase adiantada e Rio Verde sediará a Unidade Regional da Polícia Florestal, localizada na Vila Mariana. As obras do Hospital Materno Infantil já foram iniciadas, mas, por causa do período eleitoral, o recurso repassado foi apenas para a terraplanagem do terreno. Agora, com o fim do período eleitoral, os recursos serão novamente enviados e a obra seguirá o planejamento com término previsto para 2016. Pensando ainda no crescimento da cidade, é necessário pensar em melhorias no sistema de captação de água que ainda é antigo, a Prefeitura está trabalhando para uma nova central de abastecimento, com a canalização do Rio Verdinho. A oposição usa os meios que encontra para tentar desmoralizar a administração; afinal é o papel dela. Mas é preciso reconhecer que os munícipes não tem ido ao encontro desse pensamento: hoje cerca de 70% da população está satisfeita com a administração, que trabalha arduamente para a melhora da qualidade de vida de todos. Rio Verde tem uma localização privilegiada, terras férteis e um clima propício para a agricultura. Com isso a cidade se tornou referência no agronegócio, destacando-se entre os maiores produtores de grãos e tendo o terceiro maior rebanho do Estado. A economia cresce 14% ao ano, o dobro da economia chinesa, o que tem atraído grandes empresas para a cidade. A administração tem investido muito em infraestrutura para dar suporte a todo esse crescimento, mas essa não é a única preocupação: os investimentos em ações sociais e na qualificação profissional também são uma realidade, e o resultado disso é que a cidade ser referência nacional no agronegócio, na educação e assistência social. Com isso investimentos estão chegando e a administração trabalha para construir uma sociedade mais justa, com geração de empregos e oportunidades a quem aqui nasceu e a quem escolheu Rio Verde para viver. E-mail: [email protected]

Leitores reagem à reportagem polêmica da Rede Globo sobre os colégios militares de Goiás 

[caption id="attachment_21982" align="alignleft" width="620"]Foto: divulgação Foto: divulgação[/caption]

“O ‘Profissão Repórter’ produziu uma reportagem mentirosa e difamatória”

Sandra Silva Xavier Rosa Sobre a matéria “Profissão Repórter sobre colégios militares de Goiás é criticado nas redes sociais” (Jornal Opção Online), no dia em que foi filmada esta reportagem eu estava no CPMG [Colégio da Polícia Militar de Goiás] Hugo de Carvalho Ramos, onde minha filha Larissa Silva Xavier Rosa é aluna do 8º ano e estava sendo homenageada com a estatueta que é entregue aos alunos nota 10, medalhas de ouro e alamar. Quero ressaltar aqui o meu desagrado com a referida reportagem, pois não reflete de forma alguma o que acontece no CPMG, pois minha filha entrou nessa escola no ano de 2012 e nesse primeiro ano eu estive nesta instituição de ensino todos os dias letivos tendo contato com o diretor, professores, outros alunos, pais de outros alunos e demais funcionários. Pude ver a forma com que são tratados os alunos — com disciplina e rigor, sim, mas também com muito respeito e dignidade — e com o devido conhecimento de causa venho expressar meus sentimentos de desagrado e de­ce­pção para com o veículo de informação — a Rede Globo — que permitiu ir ao ar uma reportagem mentirosa e difamatória que não mostra a realidade e muito menos a opinião dos pais, alunos, ex-alunos, professores e funcionários. E-mail: [email protected]

“O Colégio Militar foi a melhor época da minha vida”

Débora de Castro Confesso que tentei ficar acordada até mais tarde para assistir o “Profissão Repórter” quando foi ao ar, mas não consegui porque acordo cedo para trabalhar todos os dias. Sou formada e pós-graduada e trabalho na profissão que eu escolhi, porque tive uma base excelente para estudar o suficiente e fazer minhas próprias escolhas, porque tive educação, ensino, regimento interno e toda a estrutura que o Colégio da Polícia Militar de Goiás me proporcionou. Isso não me impediu de assistir o programa online, depois de ver tanta gente indignada na minha rede social. Apesar de nunca ter sido uma aluna exemplar, com nota de comportamento 10 ou com distintivos, tive minha conduta formada, meus princípios construídos, minha moral estabelecida dentro dessa instituição. Sabemos que a educação co­me­ça em casa, mas também sabemos que a criança e o adolescente ficam a maior parte do seu tempo na escola e é lá que ela vai aprender a respeitar os mais velhos, a entender hierarquias, cidadania, conviver de forma igual com pessoas de níveis e rendas diferentes. É muitas vezes na escola que ele vai aprender o que é certo, o que é errado e que existem consequências para toda escolha mal pensada. É lá que ele entende que na vida existem regras a serem cumpridas, mas que também tem seus reconhecimentos, caso ele faça algo certo. Passaram-se seis anos depois da minha conclusão do ensino médio e a minha opinião não se desfaz: o Colégio Militar foi, de longe, a melhor época da minha vida. Tive um ensino de colégio particular pagando preço de colégio público. Tenho muitas saudades e, se eu pudesse escolher passar por tudo de novo, certamente minha escolha não seria diferente. Com certeza se tiver oportunidade, meus filhos também estudarão lá. Ao contrário do que a reportagem mostrou, tenho muitas saudades das festas, das músicas no recreio, das mostras culturais, dos jogos internos, das bandas da escola, das aulas de teatro e dança. Sou muito grata a cada professor, a cada colega (todos viraram verdadeiros amigos) e a cada militar que fez diferença na minha vida dentro e fora do colégio, nos arredores, na diretoria, nas continências dos corredores, nos hasteamentos das bandeiras, nos cantos do Hino Nacional, nas sete formações que tínhamos por dia. Em cada “sentido” e “descansar”. E a cada desfile de 24 de Outubro e 7 de Setembro, para recuperar a nota de comportamento. Em cada “Cadê o bibico, aluno?”. Por todas as tentativas de me tornar uma aluna “caxias”. Agradeço por todas as punições sobre meias brancas, brincos do segundo furo, unhas pintadas, atrasos, cabelos soltos, uniformes incompletos. Pode parecer motivos pequenos para se punir um aluno, mas graças a esses pequenos motivos não existiram motivos maiores. Obrigada por terem feito parte da minha história. E-mail: [email protected]‬‬

“Matéria foi manipulada pela Rede Globo”

Brunno Gonçalves Sou aluno do CPMG-HCR [Colégio da Polícia Militar de Goiás Hugo de Carvalho Ramos] e realmente a matéria exibida pela Rede Globo foi manipulada. Houve sensacionalismo barato e eu duvido que algum professor, de fato, tenha dito o que mostraram. O pior é que quem não está dentro do colégio ou não tem conhecimento sobre ele acredita na matéria e começa a criar um preconceito sobre o CPMG, só pelo que foi apresentado. Isso é manipulação. Tenho muito orgulho de estudar em uma unidade militar e posso garantir: está sendo uma escolha minha permanecer lá. Realmente, a presença militar faz a diferença. Brunno Gonçalves é estudante do Colégio Militar Hugo de Carvalho Ramos. E-mail: [email protected]

“Sem comparação às outras escolas públicas”

Ana Paula Rosa Matéria tendenciosa e manipuladora no “Profissão Repór­ter”. Se fosse como nela disseram, não teria tanta concorrência para entrar. Aqui no Paraná, quase 3 mil disputam as vagas, pelo ensino de qualidade, civismo, porque os colégios militares, além de serem os melhores, ensinam a ser cidadãos, sem comparação às outras escolas públicas, onde tem de tudo — violência, tráfico, agressões e estudo falho. E-mail: [email protected]

“Governo é contra tudo que é organizado”

Fernando Sousa Matéria encomendada. Todos sabemos que o governo federal é contra tudo que é organizado, é só ver a PEC 51 [proposta de emenda constitucional que quer desmilitarizar a PM]. Não podemos intitular como “ditadura militar”; o correto é “regime militar”. Os anarquistas da década de 60 não aceitavam correções e logo faziam bagunça para estragar o governo militar. A ditadura foi imposta pelos guerrilheiros comunas. E-mail: [email protected]

“Na gestão cultural, é preciso mostrar não as ancas, mas os neurônios”

cartas.qxd José PX Silveira Jr. Parabéns ao Jornal Opção pelo editorial “Reforma de Marconi quer Estado mais útil pra sociedade. Cerebraço é mais inteligente do que bundaço” (edição 2054). O texto é um passeio sobre diferentes visões de governança para chegar ao exemplo mais vigoroso da atualidade, que é a reforma proposta por Marconi Perillo. O governador goiano se antecipou ao que deve ser uma tendência nacional, sobretudo tendo em vista a magra expectativa de mais um governo federal petista. Na área da cultura, que sigo de perto, podemos tecer uma narrativa tanto real quanto fortemente simbólica para outros setores: a saída de Marta Suplicy [ex-ministra da pasta, deixou o cargo no início do mês] fez o Brasil acordar para o fato de que ficamos 12 anos com a gestão cultural no Brasil derrapando na mesma trilha, com idas e vindas, avanços anulados por recuos. Derrapar nem seria tanto o problema, já que o esforço de acertar é sempre bem visto. O problema é que não se sabe que trilha é essa. As atualizações dos ministros Gilberto Gil, os esforços de Juca Ferreira, as reticências de Ana Buarque e o mergulho de Marta Suplicy, convenhamos, nos embrulharam neste 12 anos de “viva a cultura”, cujos principais legados foram antagonismos e vaidades. A paralisia da reformulação dos benefícios fiscais (Lei Rouanet), as prioridades invertidas nos investimentos diretos (Fundo Nacional de Cultura), os editais segmentados e etnocentrados, tudo parece caso de esquizofrenia oficial, em que se aponta para lá e para cá, sem saber onde está o alvo. O vale-cultura, saudado como a panaceia da década, gorou e ninguém sabe onde está. A criação do Sistema Nacional de Cultura (SNC) forçou os Estados a criarem suas secretarias de Cultura, pois, caso contrário, não estariam aptos aos repasses financeiros. E que repasses foram estes? Estados, como o de Goiás — que transformou sua Agência de Cultura em secretaria em 2012 —, se alinharam, mas não viram avanços nas contrapartidas e agora, como propõe o governador Marconi, é hora de buscar novos caminhos, libertar-se das amarras e expectativas frustrantes para se lançar na “gestão necessária”. Creio que Goiás pode dar exemplos criativos e fascinantes. Podemos fazer aqui “a melhor gestão cultural do Brasil”, como quer Marconi nesta e em outras áreas. É claro que, para que isso aconteça, é preciso mostrar não as ancas, mas os neurônios. E-mail: [email protected]

“Um Editorial que deve servir para ampla discussão”

Jales Naves Parabéns ao Jornal Opção pelo Editorial. Como sempre, uma lição, pa­ra leitores e administradores. Ao situar a proposta de reforma administrativa que o governador Marconi Perillo encaminhou à Assembleia Legislativa do Estado nos modelos da moderna gestão pública, de redução de custos para ter mais recursos para investir, o jornal oferece uma nova visão de governantes que ousam e promovem mudanças importantes, que se refletem na vida dos cidadãos. Um Editorial para ser lido e servir para ampla discussão sobre o papel do Estado e sua relação com a economia. Jales Naves é jornalista.

“Da necessidade surge o necessário”

Abadia Lima  Editorial muito esclarecedor. Precisamos mesmo analisar com cuidado o que se passa no Brasil, o desmantelamento da política econômica brasileira e o significado do Estado ne­cessário de Marconi Perillo. Uma reforma como a enviada pelo governador à Assembleia pode significar mais um salto rumo ao desenvolvimento econômico de Goiás e de seus mais de 6 milhões de habitantes. É preciso muita coragem e sabedoria para lançar mão de uma profunda reforma, que pode inclusive desagradar a alguns. Mas da necessidade é que surge o necessário. E Marconi sabe disso. Abadia Lima é jornalista.

“Admiro a coragem política, mas discordo”

Miguel Ivan Lacerda  Discordo desse modelo de Estado mínimo [referido no editorial do Jornal Opção] como propulsor do desenvolvimento, mas admiro a coragem política de pôr em prática o que se acredita (e bom timing político). Acho que os economistas da inovação, diferentemente do artigo, iriam discordar dessa redução estatal. Concordo em parte com Edmund Phelps, do livro “Mass Flourishing”, que sustenta ser preciso promover “uma cultura protetora e inspiradora da individualidade, imaginação, compreensão e autoexpressão que propulsione a inovação nativa de uma nação” ou Estado. Essa filosofia reducionista do papel do governo, de que apenas por meio de uma total reforma (corte) de suas instituições o dinamismo poderá ser recuperado, simplifica as políticas anticíclicas e podem ter um efeito perverso na prosperidade futura. Mas acredito que o efeito no PIB em Goiás vai ser positivo não por causa da reforma (que eu acho negativa), mas por causa do ajuste cambial, que vai favorecer commodities e por causa do problema da seca em 2015, que vai valorizar os produtos produzidos em Goiás. Entretanto, os efeitos distributivos desse crescimento não serão sentidos pela população, por causa do desmonte das instituições repassadores da política distributiva. Se o problema é fiscal, o impacto de uma redução dos subsídios a grandes empresas do Estado seria melhor — o mesmo serve para o governo federal. Miguel Ivan Lacerda é economista e ex-secretário nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional.

“Necessitamos mudar a rota sem perder o leme”

Dolly Soares Parabéns pelo Editorial. Sei que necessitamos mudar a rota, mas não podemos perder o leme. Tenho medo de propostas de mudanças elaboradas por cabeças brilhantes, poucas mãos e que brotam da noite para o dia. Em plena democracia, o diálogo passou longe. Como diz uma grande amiga, “assistimos a noite escura do silêncio e do desrespeito deixar de ser lenço, para se arvorar em cobertor. Indignação e muitíssima preocupação, pois moramos em um Estado em que valores estamentais querem sacramentar a desigualdade de gêneros e minimizar as lutas por igualdade de gênero, raça e opção sexual”. Acredito que está reengenharia não dará liga , os novos mesmos ainda não tomaram Biotônico Fontoura. Dolly Soares é diretora financeira do Centro de Valorização da Mulher (Cevam).

“Todos temos participação na destruição do planeta”

[caption id="attachment_20877" align="alignright" width="620"]Altair Sales: entrevista oportuna | Foto: Edilson Pelikano Altair Sales: entrevista oportuna | Foto: Edilson Pelikano[/caption] Klaus Volkmann Bem oportuna, a entrevista de Altair Sales Barbosa [“O Cerrado está extinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água”, Jornal Opção 2048]. Só falha em esquecer-se de deixar claro que todos nós temos participação direta na destruição do planeta e não só os grandes bancos e políticos “malvados”. Nós também não estamos nem aí, gostamos de reclamar para aliviar nossa consciência e seguimos atacando quem sugere vivermos de uma forma mais simples em uma relação mais direta e respeitosa com a natureza. Veganismo é uma solução tão simples quanto a bicicleta; é muito mais saudável, pode ser mais gostoso, não escraviza os animais, nos leva a comer mais orgânicos, usa muitíssimo menos terra e muitíssimo menos água. Mas carro é mais confortável. Dá para entender, não é? Já é hora de parar de reclamar: é hora de agir, pararmos de patrocinar coisas ruins e começarmos a patrocinar coisas boas. Ao invés de jogar pedras nos outros, vamos usar estas pedras para fazer as fundações de uma casa de barro. Vou recolhendo as minhas. Mas devo estar errado, pois a maior parte das pessoas não pensa assim. E-mail: [email protected]

“Faço minha parte para sensibilizar as pessoas sobre o Cerrado”

Eliseu Caetano Infelizmente a consciência de muitos ainda não se voltou para a destruição do meio ambiente, especialmente em relação ao Cerrado. Hoje sei o quanto é importante esse ecossistema. Curso a turma de Controle Ambiental no Senac de Itumbiara e pretendo me especializar nessa área. Quanto mais pessoas se sensibilizarem com essa questão, melhor; eu faço minha parte em falar cada vez mais sobre esse caso. E-mail: [email protected]

“Entrevista excelente, embora a realidade seja desesperadora”

Marcos Antonio Eu diria que a entrevista com o professor Altair Sales foi excelente, muito embora a realidade que ela nos passa seja desesperadora quanto à destruição de nosso meio ambiente. Parabéns ao professor e parabéns ao Jornal Opção pela abordagem. E-mail: [email protected]

“Biomas extintos pela ganância”

Joao Batista Assis Os biomas naturais estão sendo extintos e tudo por conta de empresários gananciosos. E-mail: [email protected]

“A culpa foi de JK”

Geraldo Lins Boa parte da destruição do Cerrado se deve à construção de Brasília — Juscelino Kubitschek e aquela ideia esdrúxula de “levar desenvolvimento para o Brasil Central”. Ora, a única coisa que esse estúpido fez foi levar o governo para longe do povo, e trazer a maldição do progresso para locais paradisíacos. Se não houvesse Brasília, haveria um Centro-Oeste menos ocupado por essas pragas do agronegócio. E-mail: [email protected]

“Intersecção rara nos pensadores atuais”

Alexandre Boratto A intersecção entre ciência e filosofia que o professor Altair Sales Barbosa faz é rara nos pensadores atuais. E-mail: [email protected]

“Estamos mergulhados em um discurso de valorização do medíocre”

Valdienei Soares O texto “Realidade paralela criada pela universidade alimenta conflito social”, de José Maria e Silva (Jornal Opção 2046) foi muito bom em capturar o espírito de nosso tempo, que já foi caracterizado como a “Era da Medio­cridade”. Estamos mergulhados em um discurso de massa, de valorização do medíocre, em nome de uma igualdade fantasiosa que não existe nem no céu nem no inferno. Os esquerdistas tentaram criar o paraíso na terra e só conseguiram criar um sistema político e econômico fracassado, que gerou um terror nunca antes visto na terra, nem sequer na Revolução Francesa, outra obra de intelectuais ressentidos. Os intelectuais de esquerda exercem uma atividade nefasta para o Ocidente, que eles querem destruir, pois o Ocidente triunfou com sua democracia e suas ideias de liberdade, individualismo e eficiência econômica sobre a barbárie despótica de sua sociedade igualitária, que conseguiu apenas socializar a miséria. Ressentidos com seu ideal utópico enviado para a lata de lixo da história, eles ainda não desistiram de destruir nossa sociedade e cultura. Infelizmente conseguiram alcançar o poder no Brasil e só sairão dele depois de arrastar o País para a desgraça política, social e econômica da qual Cuba é o modelo, com seus salários de 20 dólares por mês. Quando vejo a presidente dizer que o PT fará o diabo para manter o poder, é bom nos lembrarmos do que disse Hermann Goering quando seu partido, o Nacional Socialismo (Nazi), alcançou o poder na Alemanha: “daqui só saímos à bala”. Os socialistas não são contra a ditadura, eles são contra a ditadura dos outros. Nietzsche era um gênio como pensador e alguns o consideram o último grande filósofo da tradição ocidental. Sua percepção dos objetivos do socialismo foi perfeita, como se ele estivesse analisando-o após sua derrocada na década de 90. O coletivismo se tornou o objetivo da vez, ainda mais quando se tem um partido populista no poder. Imagine se nosso gosto artístico se pautar pelo gosto das massas, com sua opção pelo “kitsch”. Eis o que Nietzsche disse, com grande acuidade sobre o nefasto embrião de socialismo de sua época: “O socialismo é o visionário irmão mais novo do quase extinto despotismo, do qual quer ser herdeiro; seus esforços, portanto, são reacionários no sentido mais profundo. Pois ele deseja uma plenitude de poder estatal como até hoje somente o despotismo teve, e até mesmo supera o que houve no passado, por aspirar ao aniquilamento formal do indivíduo, o qual ele vê como um luxo injustificado da natureza, que deve aprimorar e transformar num pertinente órgão da comunidade. Devido à afinidade, o socialismo sempre aparece na vizinhança de toda excessiva manifestação de poder, como o velho, típico socialista Platão na corte do tirano da Sicília; ele deseja (e em algumas circunstâncias promove) o cesáreo Estado despótico neste século [séc. XIX], porque, como disse, gostaria de vir a ser seu herdeiro. Mas mesmo essa herança não bastaria para os seus objetivos, ele precisa da mais servil submissão de todos os cidadãos ao Estado absoluto, como nunca houve igual; e, já não podendo contar nem mesmo com a antiga piedade religiosa ante o Estado, tendo, queira ou não, que trabalhar incessantemente para a eliminação deste – pois não pode ter esperança de existir a não ser por curtos períodos, aqui e ali, mediante o terrorismo extremo. Por isso ele se prepara secretamente para governos de terror, e empurra a palavra ‘justiça’ como um prego na cabeça das massas semicultas, para despojá-las totalmente de sua compreensão (depois que esta já sofreu muito com a semi-educação) e criar nelas uma boa consciência para o jogo perverso que deverão jogar. O socialismo pode servir para ensinar, de modo brutal e enérgico, o perigo que há em todo acúmulo de poder estatal, e assim instalar desconfiança do próprio Estado. Quando sua voz áspera se juntar ao grito de guerra que diz o máximo de Estado possível, este soa, inicialmente, mais ruidoso do que nunca: mas logo também se ouve, com força tanto maior, o grito contrário que diz: o mínimo de Estado possível.” [Niet­zsche em “Humano, Demasiado Humano”] E-mail: [email protected]

“Conselhos populares não são o que se diz deles”

Jonas Carvalho Achei o texto “Conselhos po­pu­lares surgem como meio de es­tar no poder mesmo sem a reeleição” (Jornal Opção 2032) tendencioso demais. Primeiramente, porque não há controle midiático. Não é à toa que existem mi­lha­res de sites, revistas (vide a “Ve­ja) e TVs de direita que criticam o governo vigente. Em se­gundo lugar, porque os conselhos populares não criariam mi­nistérios. Em terceiro, porque o governo não tem nenhuma participação nos conselhos. Por último: o governo não seria obrigado a tomar as decisões aprovadas no conselho. E-mail: [email protected]

“Tarso Genro não poderia ser nomeado ao STF por Dilma”

Edilberto Dias É totalmente descabida a nota “Supremo Tribunal Federal pode se tornar segundo “ministério” da presidente Dilma Rousseff” (Jornal Opção 2052), a respeito de Tarso Genro (PT). Em que pese o governador do Rio Grande do Sul possuir notório saber jurídico, o mesmo não pode ser nomeado pela presidenta Dilma Rousseff por conta da idade. Tarso tem 67 anos e só podem ser escolhidos ministros com até 65 anos de idade. Edilberto Dias é controlador-geral do município de Goiânia. E-mail: [email protected]

“Um Estado enxuto caminha melhor”

Alberto Nery Sobre a reforma administrativa do governo, espero que, com a diminuição do Estado, possamos ter um serviço de melhor qualidade. Um Estado enxuto caminha melhor. A coligação de Marconi Perillo (PSDB) era muito grande e, com certeza, em apenas dez secretarias fica difícil acomodar tantos partidos. Vamos esperar para ver. E-mail: [email protected]

“Celg precisa rever suas medidas de segurança”

Otavio Manei A nota “Ronaldo Caiado afirma que instalação de linha de transmissão na região Sudoeste da capital vai prejudicar 20 mil goianienses” (Jornal Opção Online) expõe um excelente argumento do senador eleito pelo DEM, fazendo jus aos direitos básicos do cidadão brasileiro. Pelo exposto em relação a Celg, a mesma deve rever as medidas de segurança e absorver o fato como exemplo, para que, na próxima vez, pensem em primeiro lugar na saúde e no bem-estar das comunidades que serão envolvidas. Por fim, parabéns aos moradores e as todos os que estão na linha de frente do movimento, fazendo valer os princípios básicos da saúde, dignidade da pessoa humana, entre outros. E-mail: [email protected]

“O crime está fora de controle no Brasil”

Charles de Aquino Estou em Londres e até aqui eu ouvi falar sobre o caso da morte de um jovem em Inhumas sob suspeita de homofobia. Infelizmente o crime no Brasil está fora de controle. Não só em relação aos homossexuais, mas em geral. Sinto muito por todos esses cidadãos brasileiros que perderam suas vidas de forma cruel e tiveram seus direitos humanos violados pelo um sentimento de ódio. E-mail: [email protected]

“Os ignorantes precisam conhecer melhor seu País”

György Lajos Sobre a polêmica envolvendo o comentário de Diogo Mainardi sobre os nordestinos, vi um festival de opiniões preconceituosas. Algo que chega a ser asqueroso. Sou catarinense, moro no Rio Grande do Sul e não tenho nada contra os nordestinos . E digo mais: já visitei a região várias vezes . É um lugar lindo, de gente maravilhosa, espirituosa, hospitaleira e honesta, muito ao contrário de grande parte da mentalidade colonialista e materialista europeia que vive aqui no Sul. Grande parte dela, diga-se, afogada num mar de ignorância de dar dó. No Nordeste, ao contrário do que alguns ignorantes pensam, o nível de desenvolvimento da região é visível, sem contar o desenvolvimento humano e nível de instrução do povo. Os ignorantes e preconceituosos precisam conhecer melhor seu próprio País. E-mail: [email protected]

“Fala de Mainardi não é questão de Estado”

João Paulo Silveira Definitivamente, a declaração do jornalista Diogo Mai­nardi não é uma questão de Estado, sobretudo pela pusilanimidade da reflexão política desse sujeito. E-mail: [email protected] [caption id="attachment_20879" align="alignright" width="300"]Maria José | Foto: Reprodução/Facebook Maria José | Foto: Reprodução/Facebook[/caption]

“Cem anos para o jornal recompor suas perdas”

Rogério Lucas Como tem dito o jornalista Euler de França Belém, “O Popular” a cada dia está perdendo seus melhores repórteres. Então, leio a nota “A repórter Maria José Silva (Zezé) deixa a redação de O Popular”. O talento é inato. Mas a experiência é o que consolida os melhores, dá brilho às qualidades de caráter e ressalta a forma do conhecimento acumulado. Maria José Silva (foto) tinha 25 anos de casa. Levarão cem anos para o jornal se recompor. Rogério Lucas é jornalista. E-mail: [email protected]

“Mainardi e o pensamento mediano do cidadão do Sul”

Louis Fergon Acabo de ler o texto “Crítica do escritor Diogo Mainardi ao Nordeste merece resposta dura mas não é uma questão de Estado” (Jornal Opção 2052, coluna “Imprensa”). No pensamento geral dos sulistas, o Norte/Nordeste deve ser a região fornecedora de matéria-prima e mão de obra barata para suas indústrias. Ou seja, colônias do Sul. Diogo Mainardi representa o pensamento geral paulistano. Ele tem direito de escrever o que pensa, seja ofensivo ou não. Nós temos o direito também de declarar que precisamos de autonomia e descentralização do poder. A opinião de Mainardi retrata o pensamento do cidadão mediano do Sul do País sobre os nordestinos: devem servir para empregadas domésticas e peões — e só. Por isso, devem ser submissos à vontade de seus amos. Sim, amos, porque são escravos, sem vontade nem opinião própria. Faz pouco tempo alguém propôs que limitassem o acesso dos nordestinos a feudos elites pró-europeias brasileiras. E-mail: [email protected]  

“Quem se mostrou ruim tem de sair do poder”

Roberto Nery Devemos respeitar as opiniões e maneiras de se expressar desde que não elas firam as leis. Eu sou assíduo telespectador do “Manhattan Connection”, programa da Globonews, e acho que, em relação às palavras de Diogo Mainardi, houve um pouco de má interpretação e vaidade por parte do jogador [o atacante Hulk, que disputou a Copa pela seleção brasileira] e só. Eu respeito demais as opiniões de Mainardi para não entender o que quis dizer, sendo tão inteligente jornalista e escritor. Morei no Nordeste, tenho amigos nordestinos e poderia até me irritar com o comentário que, em primeira análise, poderia injusto. Ele é mesmo contundente em suas palavras, mas até aí não há nada de errado, em minha humilde opinião. Acho, sim — e é inegável — que o Nordeste é uma região com baixíssimo índice de desenvolvimento e com grande e esmagadora maioria da população sem ter consciência do que realmente importa ao Pais. Por esse motivo, prefere manter no poder alguém que dá dinheiro (Bolsa Família) com finalidade eleitoreiras. O jogo democrático é assim, infelizmente, e teremos de aceitar. Se aqueles que, como eu, erradamente em outras eleições preferia não votar por conta da desilusão com a instituição política votasse sem abstenção ou sem anular seu voto, acho que esta história seria bem diferente, haja vista a margem de diferença nesta eleição. Veja se é mentira neste caso. Quando nos setores mais produtivos do País um mandatário faz besteira, o sujeito faz uma vez só, porque quem tem mais comprometimento pagando as contas do governo não se deixa ser sacaneado por muito tempo. Ou seja: quer fazer besteira, faça uma vez só. Essa seria a chance de Aécio Neves (PSDB), para quem não boto minha mão no fogo, entretanto. Ele seria apenas uma oportunidade de mudança; se não mudasse, colocaríamos outro e assim por diante. Ou seja, se fizer besteira tem de mudar. A Região Nordeste acabou mostrando, em minha opinião, que não importa nem os escândalos do mensalão nem da Petrobrás: desde que se garanta o “dinheirinho sujo” do Bolsa Família e outras medidas assistencialistas, então, está tudo bem. Ou seja, a população deixando o PT no poder está dizendo, em voz bem alta, que devem continuar roubando. Agora, para mim, não importa o que vem de diferente: se mostrou que é ruim, tem de sair do poder. E o único poder que o contribuinte tem é o de tirar o poder de quem está roubando. E-mail: [email protected]

“Um jornalista inteligente que está sempre rancoroso”

Inez Frota Porto Obrigada ao jornalista Euler de França Belém por suas palavras no texto sobre Diogo Mai­nar­di. Concordo plenamente. Sou nordestina e tenho orgulho de sê-la, por tudo que é inerente ao nor­destino: força de vontade, de­terminação, coragem. Se ainda somos uma região com atrasos, muito devemos aos currais políticos existentes, mas também o Su­deste, o Sul e o Centro-Oeste devem muito a nós, que erguemos suas cidades com nosso suor. Se vamos ao “Sul” vencer, vamos também contribuir com sua economia, cultura, generosidade etc. Esse jornalista Mainardi, apesar de um homem inteligente, parece ser uma pessoa revoltada com a vida e seus semelhantes. Será por quê? Vive destilando seu rancor em tudo e em todos, parece que para ele está sempre nublado com jeito de grande tormentas. E-mail: [email protected]  

“Sentimento de pena”

Dirson Gleison O sentimento que podemos ter por este Diogo Mainardi é pena. E-mail: [email protected]  

“Como nordestina, não me senti ofendida”

Nine Ayres Sou nordestina e entendi exatamente o que o Mainardi quis dizer. Com palavras menos inflamadas, ele poderia ter dito exatamente a mesma coisa: quando ele fala “o povo nordestino”, não se refere a todos, mas à maioria que não tem/não teve educação de qualidade, os que ignoram a realidade do crescimento débil do País, os muitos que passaram muita fome até pouco tempo atrás — e fome é algo que não se esquece. Os programas sociais iniciados por FHC e expandidos e modificados pelo governo do PT alimentaram essa gente e lhes aplacou a fome. Interesses políticos mil (em primeiro lugar para os governantes), lhe aplacaram a fome. Quando Mainardi fala em “bovino” , é porque boa parte do povo não tem opinião própria e, repetindo ecos, acham que são seres pensantes , acham que estão indo para lá ou para cá, mas na realidade somente se movem quando conduzidos. Mas isso também é fruto da falta de escola que eduque e ensine de verdade, falta de professor bem remunerado, falta de ambiente propício ao aprendizado, falta que estimulemos o raciocínio inteligente há gerações e gerações. Quando o jornalista fala que é paulista antes de ser brasileiro, é porque ele não aprovou o resultado final definido pelo Brasil, como muitos “pensantes” não aprovaram, e ele preferiria, sim, que fosse o resultado definido pelos paulistas. Em outra ocasião, em outro país, foi dito “se os porcos pudessem votar, o homem com o balde seria eleito sempre, não importa quantos porcos ele já tivesse abatido no recinto ao lado” [frase de Orson Scott Card]. Como nordestina , sinceramente não me senti ofendida. E-mail: [email protected]  

“O professor acertou”

Miriam Almeida Sobre a entrevista do professor Altair Sales Barbosa (Jornal Opção 2048), em 2000 fiz uma especialização em que ele ministrava uma das matérias. Já naquela época, o professor anunciou a seca que iria acontecer no Sudeste. Pelo visto, acertou. E-mail: [email protected]  

“Quem pariu Mateus que o embale”

Cleverlan Vale Em relação à nota “Após Caiado lançar Iris prefeito, Rincón repreende: “nem bem terminamos uma eleição e ele já quer começar outra!?” (Jornal Opção Online), quem pariu Mateus que o embale. Caiado, o raivoso, deve focar seu trabalho no Senado, com equilíbrio, e ajudar nas mudanças de que o Brasil tanto precisa. Quanto a Iris Rezende, precisa mesmo é ajudar Paulo Garcia, pois Goiânia está um caos. E-mail: [email protected]  

“Farra que graceja com o autoritarismo”

João Paulo Silveira Muito legal o texto de Thiago Burigato sobre a regulação da mídia [“Prometida por Dilma como prioridade em seu segundo turno, regulamentação da mídia gera dissenso entre políticos e professores universitários”, Jornal Opção Online]. Como todo mundo sabe, a política de concessão e o poder sempre andaram juntos. Vide o papel do então ministro das Telecomunicações, Antonio Carlos Magalhães, durante o governo Sarney. O marco regulatório é uma excelente oportunidade para quebrar os erros feitos desde então no que toca à distribuição de concessões de TV e rádio para fundações administradas por apaniguados de congressistas — Lula também entrou no jogo, diga-se! A distribuição dessas concessões serviu e serve para firmar pactos políticos. É essa farra que graceja com o autoritarismo, e não o marco. E-mail: [email protected]  

“Marca histórica do Jornal Opção”

Helenir Queiroz Leio com satisfação a nota “Jornal Opção alcança a marca de 1,68 milhão de acessos em outubro” (Jornal Opção Online). Parabéns pelo sucesso. Sem dúvida é uma marca histórica, que posiciona o jornal como importante veículo de comunicação em nosso Estado. Para colocar a cereja no bolo, falta a versão flip, para tablets. Helenir Queiroz é presidente da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg). E-mail: [email protected]

“O Cerrado é o berço de águas do Brasil”

Pedro Freitas cartas1Professor Altair Sales Bar­bosa é, sem dúvida, um dos maiores es­tudiosos do assunto mostrado pela entrevista “O Cerrado está ex­tinto e isso leva ao fim dos rios e dos reservatórios de água” (Jor­nal Opção 2.048) e sua opinião, como sempre, foi muito pertinente para o momento que vivemos. O Cerrado é o berço de águas do Brasil e sua ocupação, sem critérios, implica sim em alteração no regime hídrico que prejudica o fornecimento de água potável nas cidades, assim como sua disponibilidade para a produção de alimentos, com ou sem irrigação; as atividades agroindustriais; e, no final, a qualidade de vida de hu­manos, animais e de toda a flora. Substituir a vegetação natural de Cerrado por lavouras e pastagens exige uma quota de responsabilidade de quem autoriza — o governo — e de quem executa — os empresários rurais. Existem tecnologias que proporcionam manter a capacidade de captação de água e recarga de aquíferos próximos à da vegetação nativa. O uso dessas tecnologias não faz parte de políticas públicas ou de recomendações agronômicas, quando se trata da produção de alimentos, fibras e matérias-primas. O exemplo mais marcante é o entendimento dos princípios básicos do sistema de plantio direto, os quais, uma vez respeitados, aumentam a infiltração de água no solo e a promovem a recarga plena de aquíferos. Pedro Freitas é Rio de Janeiro (RJ) Email: [email protected]

“É preciso focar em pesquisas voltadas para recobrar o Cerrado”

Miranda de M. Obrigada pela entrevista! Ex­tremamente educacional para mim. Perguntas que me vieram à cabeça — não é possível melhorar a situação fazendo: 1) Buracos profundos com pedras para captar a água das chuvas e reabastecer os aquíferos? (Vi algo assim sendo feito na Índia — muitos buracos relativamente pequenos); 2) Mudar o tipo de pavimentação das cidades para algum material permeável? 3) Educar a população e, sobretudo, os construtores e fornecedores de materiais de construção, não permitindo o uso externo de coberturas de solo impermeáveis? Essas ações, obviamente em pa­ra­lelo com pesquisas voltadas a recobrar o Cerrado (o que agora vejo co­mo crítico para o país), e vários ex­perimentos de intervenção recuperativa — enfocando inicialmente nos sistemas hídricos — podem ajudar. Email: [email protected]

“Esta já é a melhor literatura sobre a realidade que extinguiu o Cerrado”

José Carlos Marqui Excelente exposição do professor Altair Sales. Como cidadão consciente, considero esta entrevista a melhor literatura sobre a realidade que extinguiu o bioma Cerrado. Por falta de tempo, adiei várias audiências com o professor Sales, encontro sempre motivado pelos amigos Ortizon Filho e convites do professor Agostinho Carneiro. Foi melhor, pois agora tenho ampla noção dos conhecimentos, dedicação e carinho dos mestres do Instituto do Trópico Subúmido (ITS), voltados à conservação do Cerrado Nacional. Email: [email protected]

“Era melhor indicar Caiado para a Saúde, mas isso não significa que ele não será bom na Segurança Pública”

Antonio Alves Conforme o mostrado na matéria “‘Bomba de Iris foi um traquezinho’, diz delegado Waldir sobre anúncio de Caiado como secretário” (Jornal Opção Online), o delegado Waldir tem razão: melhor seria ter indicado Ronaldo Caiado para a Saúde, mas isso não significa que Caiado não será um bom Secretário de Segurança Pública. Gregor Mendel, pai da Gené­tica, não foi biólogo, era padre. Embora segurança seja uma questão técnica, não deve ser feita exclusivamente pelo secretário, o secretário toma decisões administrativas e dá fé aos documentos públicos. É a equipe técnica que faz o serviço. Acho que o delegado deve se lembrar de que José Serra (PSDB), mesmo sendo economista, foi ministro da Saúde no governo FHC. Email: [email protected]

“Neoliberalismo é confundido pela esquerda com o liberalismo clássico”

Wesley Gomes O neoliberalismo de fato existe, como mostrado na matéria “A imbecilidade neoliberal” (Jornal Opção 1.979), mas ele é confundido pela intelectualidade esquerdista com o liberalismo clássico. O neoliberalismo não é nada mais que uma nova forma de intervencionismo e pode ser visto no Consenso de Washington. O neoliberalismo defende um Estado “menos intervencionista” e “mais eficiente”, onde haja uma boa margem para a economia de mercado, mas onde a mesma ainda fica submetida aos caprichos do Estado. Já o liberalismo clássico defende totalmente a economia de mercado e há economistas que são “minarquistas”, porque acham que deve existir o Estado mínimo, onde o mesmo não deve influenciar em quase nada na economia. Há também entre os economistas austríacos os anarco-capitalistas – que defendem a abolição completa do Estado, pois, segundo eles, o Estado distorce o valor conferido à propriedade privada. Então, o neoliberalismo não é nada mais do que o liberalismo clássico adaptado ao paladar socialista. Os marxistas dogmáticos insistem em dizer que o neoliberalismo é sinônimo de liberdade de mercado, quando na verdade não é, pois, mesmo assim, ele ainda defende uma economia planificada. Entendeu agora por que os liberais odeiam ser rotulados como “neoliberais”? Se você quer um exemplo de países com economias liberais, veja a lista da Heritage Foundation, onde mostra os países que têm o maior índice de liberdade econômica e vejam os que estão no topo e os que estão na lanterna. A partir dessa conclusão podemos afirmar que FHC e o PSDB são neoliberais, mas eles não são liberais, pois defendem um “Estado musculoso” (ex­pres­são do próprio FHC). Mas, mesmo assim, eles são considerados capitalistas e pró-mercado, pois, devido à intoxicação ideológica marxista nas universidades e escolas, mesmo no neoliberalismo, há mercado demais. O certo, segundo os marxistas, seria uma economia totalmente planificada (como em Cuba) ou semiplanificada (deixa uma parte minúscula parcialmente livre e o resto amarrado, como ocorre na China e no Brasil). Email: wesley_f_gomes@hotmail

“Ronnie Von e Chico Buarque me decepcionaram”

Betinha Abreu catas2Concordo com o que foi exposto na matéria “Ronnie Von vira santo em biografia autorizada” (Jornal Opção 2.045). Quando eu era pré-adolescente, quando havia aquele movimento da Jovem Guarda e da MPB, eu virei fã do Ronnie e do Chico Buarque, que hoje me decepcionaram. O Ronnie ficou chato demais, muito arrogante com esse negócio de “conhecer tudo”. Acho que a gente deve demonstrar que conhece alguma coisa dentro de um contexto, e também por tentar ignorar sua história com a Ana Luisa, com quem ele acabou o casamento. Já o Chico decepcionou pelas suas escolhas políticas. Estou imaginando um livro cor de rosa. Email: [email protected]

“Falar de Pio Vargas é dividir um sentimento pelo qual ainda me emociono”

Linda Rezende Muito obrigada pela brilhante volta ao passado, na matéria “Três poemas de Pio Vargas” (Jornal Opção 1.906). Pio Vargas passou por aqui como um cometa com luz própria em tempos de juventude, efervescência cultural e revolução. Com certeza, hoje, está brilhando no céu. Falar de Pio Vargas é dividir um sentimento pelo qual ainda me emociono como se ele ainda estivesse aqui. Ele era muito engraçado, gozador, brincalhão. Eu e vários colegas fazíamos parte da Comissão Nacional da Juventude e Pio era o presidente daquele órgão, que existia no PMDB, que era um partido probo e idealista, que nós, jovens, achávamos que poderia mudar o mundo. E, realmente, nós éramos meio revolucionários mesmo. Não concordávamos com as imposições políticas da época. Luramos contra a ditadura militar. Sem dinheiro, nós fazíamos pedágios pelas cidades para conseguir dinheiro a fim de ir participar das convenções em São Paulo, mais precisamente em Osasco. Lembro-me como se fosse hoje das noites frias. Tremíamos de bater queixo, pois tínhamos poucos agasalhos e o frio era de doer na pele. Alojávamo-nos em um ginásio público, mas lá estávamos. Foram muitos ônibus nessa época que saíam da Praça Cívica em direção a São Paulo e Pio Vargas foi convidado à mesa de honra, como tinha de ser. E quem foi fazer a abertura do evento? Ele, o presidente do partido, o presidente do Congresso Nacional, o maior mito de nossa história contemporânea: Ulisses Guimarães. Após os cumprimentos e elogios aos jovens que ali estavam, o então deputado Ulisses, já velhinho, afirmou: —Eu sou um peemedebista histórico... E sem maiores cerimônias, Pio Vargas o interpelou: — Histórico sou eu, presidente, o senhor é pré-histórico. A gargalhada foi geral, inclusive do próprio Ulisses. Daí em diante a convenção transcorreu no maior clima de alegria e entusiasmo. E a tirada agradou tanto ao velho Ulisses que, muitas vezes depois, em ocasiões diversas, afirmou que era um “peemedebista pré-histórico”. Saudades do meu amigo Pio por termos dividido muitos momentos agradabilíssimos. Email: [email protected]