Por Euler de França Belém

A secretária afirma ter 68 anos e garante que tem compromisso com os professores e com a educação
O jornalista trabalhou nas revistas Veja e IstoÉ e no Jornal da Tarde. É autor de livros-reportagem de qualidade
Em 648 páginas, o historiador britânico e professor de Oxford explica e interpreta o que o comunismo fez nos países que dirigiu e sua influência em todo o mundo

O líder do governo ganha pontos para ser o próximo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás
http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR82676 Abaixo-assinado pela recriação da SeCult Goiás Para: Exmo. Sr. Governador do Estado de Goiás - Marconi Perillo Ao concluirmos os seis meses de seu novo mandato, percebemos que a prometida eficiência na gestão dos assuntos culturais a ser conquistada com a reforma administrativa não se concretizou. No fim do ano passado, quando houve tal reforma, alertamos para o fato de que a fusão das pastas da educação, da cultura e do esporte não seria benéfica, afetando diretamente o andamento dos projetos, programas e ações culturais mantidos pelo governo, bem como o importante sistema de fomento à cultura que é integrado pela Lei Goyazes e pelo Fundo Cultural. Passados seis meses, os prejuízos dessa fusão administrativa podem ser medidos e sentidos por todos os atrasos (nos festivais governamentais e nos editais de fomento) – que nunca, nem em suas gestões passadas, nem na gestão de Alcides Rodrigues, chegaram a tal dimensão. Na ocasião dos protestos movidos pelos artistas e produtores culturais contra a extinção de uma Secretaria exclusiva de Cultura, ao final de 2014, o governo declarou que o que estava sendo feito na reforma administrativa era positivo e que, caso não o fosse, poderia reavaliar sua posição, recriando um órgão de gestão cultural que cuidasse exclusivamente dos assuntos da área. Acreditamos ser impossível a uma área como a Cultura, que movimenta atualmente recursos consideráveis (tanto para a realização dos festivais governamentais como para o fomento às centenas de projetos da sociedade civil aprovados na Goyazes e no Fundo) e que, portanto, lida com inumeráveis processos e procedimentos burocráticos, continuar atrelada a outra pasta como a Educação, repleta de demandas e agigantada em sua dimensão e relevância social e política. À época da reforma administrativa nos asseguraram que a economia para os cofres públicos advinda com a fusão das áreas meio (jurídico, financeiro, entre outros) não afetaria de forma negativa o funcionamento das áreas fins (como difusão, patrimônio e fomento cultural) – ou melhor, nos explicaram que tudo ficaria mais eficiente na gestão da Cultura, no âmbito do governo estadual. Sentimos que as premissas reformistas de economia e eficiência caíram por terra, pois as áreas fins não caminham sem pessoal lotado para se dedicar exclusivamente aos seus assuntos nas áreas meio. Desta forma, solicitamos que o Governo de Goiás tome providências para que seja recriada uma Secretaria de Cultura no âmbito do Governo do Estado de Goiás - órgão que cuide exclusivamente dos assuntos culturais, seja gerido por um nome do setor cultural e que tenha, em seu organograma, pessoal qualificado e lotado em quantidade satisfatória para lidar com o volume de trabalho que é gerado atualmente pelos programas, projetos e ações culturais mantidos pelo governo estadual.
Robinho, o ex-craque, arrastou-se em campo, meio parrudo, e só Willian parecia não ter medo da bola
O prosador norte-americano faleceu nos Estados Unidos. Seu último romance, “Tudo Que É”, vai sair pela Companhia das Letras

[caption id="attachment_38237" align="aligncenter" width="620"] Jayme Rincón: candidato de Marconi | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, e o deputado federal Sandes Júnior, do PP, dizem que têm duas certezas na vida. A primeira é que o presidente da Agetop, Jayme Rincón (PSDB), deve ser o candidato a prefeito de Goiânia bancado pelo governador de Goiás, Marconi Perillo.
A segunda é que, embora saia em primeiro lugar, dificilmente Iris Rezende será eleito prefeito de Goiânia. “O eleitor goianiense respeita Iris, mas sente-se saturado em relação ao ex-prefeito.”
Eduardo Machado admite que Rincón vai começar com índices baixos e vai crescer progressivamente. “Já Iris vai começar no alto e vai cair aos poucos”, frisa.

[caption id="attachment_38703" align="aligncenter" width="620"] Governador Marconi Perillo (PSDB) durante lançamento da 2ª edição do Agenda Goiás: objetivo é projetar o Estado | Foto: Lailson Damásio[/caption]
Seguindo a orientação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de especialistas em marketing e de empresários, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), está se tornando cada vez mais um político nacional e atraindo os olhos do país para o Estado que dirige (o sistema de saúde criado pelo governo, notadamente o Crer, é conhecido em todo o Brasil). João Dória tem contribuído para abrir as portas do meio empresarial, especialmente o de São Paulo, e a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, as portas do mundo financeiro — economistas, ministros e banqueiros — ao tucano-chefe.
Ao estilo freudiano, em todos os lugares, a pergunta é a mesma: o que quer, circulando pelo país, o governador de Goiás? O óbvio: tornar-se um político nacional, ser visto e examinado pelos brasileiros. Com qual objetivo? Depois de quatro mandatos de governador do Estado, Marconi Perillo não quer se tornar o Iris Rezende do PSDB — interrompendo seu ciclo vitorioso com derrotas sucessivas, o que pode acontecer, em caso de o seu grupo político não se renovar, em termos de nomes, e não se modernizar, em termos de ideias e projetos. Em 2018, é possível que o jovem político, hoje com 52 anos, ainda dispute mandato local, para senador. Mas o fato é que, aos poucos, Goiás está ficando “pequeno” para suas ideias e projetos. Por isso, como afirma com acerto uma jornalista, Goiás está “perdendo” e o Brasil está “ganhando” Marconi.
Verdades sagradas podem ser destruídas. Afirma-se que um Estado com um eleitorado diminuto, como Goiás, não tem condições de lançar um presidente da República (ressalve-se que Alagoas bancou Fernando Collor de Mello, em 1989) com efetivas chances eleitorais. Trata-se de um engano convencional. Se candidato a presidente pelo PSDB, partido com alta capilaridade nacional, Marconi terá, sim, chances efetivas de vencer uma eleição para presidente, sobretudo com o desgaste extraordinário do PT.
Só que há um problema: a política do café-com-leite voltou ao país, e notadamente no PSDB. O senador Aécio Neves, de Minas Gerais, e o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, estão com seus nomes postos e querem disputar a Presidência da República, em 2018, e não querem abrir espaço para uma novidade, como Marconi. O que fazer?
Marconi, sempre ousado, não é um desistente. Por isso, mesmo sabendo das barreiras colocadas por Minas e São Paulo, permanece militando na política nacional. Recentemente, por coerência, sublinhou que, se disputar algum cargo no plano federal, será pelo PSDB. Entretanto, se o alto tucanato bloqueá-lo, o que fará? Pelo menos dois partidos poderiam bancá-lo para presidente. Como político de centro-esquerda, se sentiria à vontade disputando a Presidência tanto pelo PSD de Gilberto Kassab — que torce por sua5 filiação ao partido que dirige — quanto pelo PSB de Carlos Siqueira. No momento, Marconi é um outsider. Sua ousadia, um desses, poderá recompensá-lo. O Brasil — a imprensa, empresários, políticos, a intelligentsia — já o observa com atenção.
Se Marconi conseguir melhorar a educação pública, atraindo a classe média para a escola não paga, e se conseguir organizar centros de recuperação de dependentes químicos eficientes — puxando a atenção do Brasil para Goiás —, dificilmente as elites tradicionais, inclusive a do PSDB, vão conseguir “segurá-lo” nas fronteiras do Centro-Oeste.

Depois do governador Marconi Perillo (PSDB), que renovou a política de Goiás, impondo três derrotas ao cacique Iris Rezende e cinco ao PMDB (duas derrotas de Maguito Vilela — uma para o tucano-chefe, em 2002, e outra para Alcides Rodrigues, em 2006), começa-se outro processo-ciclo de renovação partidária — e já para 2018.
Na base governista, se se pensar unicamente em 2018, os principais postulantes têm menos de 60 anos — o vice-governador José Eliton (PP), apontado como o favorito do grupo, pouco mais de 40 anos; o deputado federal Thiago Peixoto (PSD), pouco mais de 40 anos, o deputado federal Alexandre Baldy (PSDB), menos de 40 anos, e Giuseppe Vecci (PSDB), mais de 50 anos.
[caption id="attachment_38695" align="aligncenter" width="620"] Alexandre Baldy, José Eliton, Giuseppe Vecci e Thiago Peixoto | Fotos: reprodução / Facebook[/caption]
Para o pós-2018 — nos dez ou 15 anos seguintes —, há outros nomes (além dos citados acima), como o deputado federal Marcos Abrão (PPS), os deputados estaduais Virmondes Cruvinel (PSD), Francisco Júnior (PSD), Lucas Calil (PSL), Diego Sorgatto (PSD), Gustavo Sebba (PSDB), José Antônio (PTB), Lincoln Tejota (PSD), Jean Carlo (PHS), Henrique Arantes (PTB) e Lissauer Vieira (PSD), e o presidente do PHS, Eduardo Machado. O futuro é deles, mas claro que podem surgir novos nomes e alguns dos citados, naturalmente, vão soçobrar.
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Lucas Calil, Virmondes Cruvinel, Zé Antônio, Jean Carlo, Eduardo Machado (presidente da Metrobus) e Diego Sorgatto[/caption]
Na oposição, os políticos mais proeminentes são Ronaldo Caiado (DEM), 66 anos — portanto, não mais jovem, mas dotado de muita energia —, Júnior Friboi (PMDB), 55 anos, Daniel Vilela (PMDB), pouco mais de 30 anos, Adriana Accorsi (PT), pouco mais de 40 anos, Edward Madureira (PT), 52 anos, Humberto Aidar (PT), 54 anos, Antônio Gomide (PT), pouco mais de 50 anos, e Humberto Machado, 50 anos. Vanderlan Cardoso (PSB), 52 anos, pretende disputar a Prefeitura de Goiânia, em 2016, mas é um político com relativa dimensão estadual.
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Apostas da oposição: senador Ronaldo Caiado; deputado Daniel Vilela; ex-prefeito Antônio Gomide; ex-reitor da UFG Edward Madureira; Vanderlan Cardoso; e Júnior Friboi | Fotos: reprodução / Facebook[/caption]

[caption id="attachment_33514" align="aligncenter" width="620"] Lissauer Vieira, deputado: “Juraci Martins pode se filiar ao PP” | Foto: Marcos Kennedy / Alego[/caption]
O deputado estadual Lissauer Vieira, do PSD, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 19, que o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, pode trocar o PSD do secretário Vilmar Rocha pelo PP do vice-governador José Eliton. “Juraci conversou a respeito com José Eliton.” Recentemente, Vilmar Rocha admitiu ao Jornal Opção que o prefeito pode mesmo deixar o partido que dirige.
Lissauer Vieira vai acompanhar Juraci na mudança de partido? “Como Juraci é o meu líder político, o que sugerir, vou acatar. Minha lealdade é ao dr. Juraci. Ressalvo, porém, que me dou muito bem com os políticos do PSD, como Vilmar Rocha e Virmondes Cruvinel.”
A provável ida de Juraci para o PP significa que não vai apoiar o deputado federal Heuler Cruvinel para prefeito de Rio Verde? “O candidato natural é Heuler, porém, a mais de um ano da eleição, a nossa base ainda não está definida sobre o pleito de 2016. Friso que o comandante do processo é Juraci, o nosso maior líder. Eu e o Heuler somos ‘criações’ políticas do prefeito.”
O candidato de Juraci a prefeito pode ser Lissauer Vieira? “Hoje, não sou candidato”, sublinha o deputado.
Na sexta-feira, 19, numa longa conversa com o Jornal Opção, o delegado e deputado federal Waldir Soares, do PSDB, revelou que, em 2014, conversou duas vezes com Iris Rezende sobre a possibilidade de disputar mandato de deputado federal pelo PMDB.
As conversas foram feitas no apartamento e, depois, no escritório de Iris Rezende (na Avenida T-9). Naufragaram a partir do momento em que o peemedebista-chefe, agindo como oligarca e cacique, insistiu para que Waldir Soares disputasse mandato de deputado estadual, e não de federal. Já naquele momento o peemedebista tentava “proteger” o mandato de sua mulher, Iris Araújo. Se tivesse patrocinado o delegado, ela teria sido reeleita — ainda que carregada.

O deputado estadual Luis Cesar Bueno (PT) diz que o governo de Goiás apresentou projeto, na Assembleia Legislativa, pelo qual se tira deputados e prefeitos das decisões do Coíndice (o conselho que distribui o ICMS para os municípios).
“Se o projeto for aprovado, a Secretaria da Fazenda, por meio de um grupo técnico, ficará com 100% do controle do Coíndice.” Luis Cesar Bueno frisa que “o mais estranho é que os prefeitos, assim como a Associação Goiana de Municípios (AGM), estão ‘calados’. Será que os prefeitos e os deputados vão ceder suas prerrogativas? Francisco Júnior, do PSD, defende o projeto, mas percebo que até deputados da base não querem sua aprovação”. “O Legislativo não pode ser um poder ‘eunuco’”, corrobora um governista.

O PMDB é hoje um calo no sapato pragmático e ideológico do PT da presidente Dilma Rousseff. Por isso, em alguns Estados, não será considerado aliado preferencial do petismo. No momento, o PSD é visto como um aliado mais confiável e que não quer destruir ou tomar o lugar do PT no plano federal. Por isso pode ser que em Rio Verde o candidato do PSD a prefeito, possivelmente Heuler Cruvinel, conte com o apoio do ex-deputado estadual Karlos Cabral. Os dois políticos, jovens, abriram diálogo e, se o segundo for vice do deputado federal, não será nada surpreendente. O problema é que há resistência, na base do líder pessedista, a uma aliança com o petismo.

Júnior do Friboi está dizendo aos aliados e amigos que, em 2018, será candidato a governador de Goiás com o apoio do governador Marconi Perillo e do PMDB. A chapa majoritária teria Friboi para governador, Marconi Perillo e Maguito Vilela (ou Daniel Vilela) para senador e um vice indicado pelo PSDB. Pode parecer ingenuidade, mas Friboi acredita na hipótese. Sobretudo, se permanecer no PMDB, vai trabalhar para tentar torná-la factível. A tese do grupo de Friboi é prosaica, mas contém certa lógica: o grupo de Marconi Perillo terá completado, em 2018, vinte anos ininterruptos de poder. Portanto, sem uma renovação global, inclusive de nomes, terá dificuldade de eleger um político do grupo para mais um mandato. Só há um senão na interpretação do friboizismo: o vice-governador José Eliton (PP), se candidato a governador, terá como se apresentar como o “novo”. E não só pela idade, menos de 50 anos, mas, sobretudo, porque é um jovem de ideias renovadas e que nunca exerceu nenhum mandato executivo e legislativo.