Por Euler de França Belém
Marcy Borders tinha câncer de estômago e morreu aos 42 anos
Guerras e atentados produzem fotografias icônicas. Uma das mais célebres é a da menina queimada por napalm no Vietnã. A imagem fortaleceu a ideia de que se tratava, como de fato era, uma guerra perdida para os Estados Unidos. O atentado da al-Qaeda contra o World Trade Center, em setembro de 2001, nos Estados Unidos, gerou uma imagem que foi divulgada nos principais jornais e emissoras de televisão de todo o mundo: Marcy Borders aparece coberta de poeira. A fantasmagórica foto, que não permitia a identificação da bela jovem, tornou-a conhecida como “The Dust Lady” (Lady Poeira). Na segunda-feira, 24, a família revelou que Marcy Borders morreu de câncer no estômago, aos 42 anos.
Marcy Borders dizia acreditar que a inalação de poeira era responsável pelo câncer. Depois de 2001, abalada emocionalmente, a jovem sofreu de alcoolismo, usou drogas e teve depressão. “Ela sucumbiu às doenças que atacaram seu corpo depois do 11 de Setembro. Além de perder muitos amigos e colegas naquele dia e nos dias seguintes, as dores encontraram uma maneira de ressurgir”, diz John Borders, seu primo, à BBC.
Em 2001, com 28 anos, Marcy Borders trabalhava no Bank of America. No momento do acidente, seu chefe disse-lhe para não sair da sala, no 81º andar da torre norte. Mas a jovem decidiu escapar pela escada e sobreviveu.

Leonardo Vilela, Sérgio Cardoso e Valcenor Braz são cotados para assumir vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado
Três nomes despontam para a vaga do ex-deputado estadual Helder Valin no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Valin foi afastado do cargo por força de liminar obtida pelo Ministério Público na Justiça. São eles: Leonardo Vilela [foto acima], secretário de Saúde; Sérgio Cardoso, assessor do governador Marconi Perillo; e Valcenor Braz, deputado estadual.
Leonardo Vilela enfrenta desgastes a Saúde e, segundo aliados, acha que merece a aposentadoria depois dos mandatos como deputado federal. O projeto inicial era uma vaga no TCM, mas o cenário fica melhor ainda com o surgimento da vaga de Valin no TCE. O TCE tem melhor estrutura e é mais valorizado que o TCM. Ele esteve cotado para o TCE há pouco tempo.
Cunhado do governador Marconi Perillo, Sérgio Cardoso [foto acima], sempre discreto e eficiente, tem o cacife alto no PSDB e base aliada para uma vaga de conselheiro no TCM. Consta que seria o próximo da lista para o TCM, possivelmente na vaga de Sebastião Caroço. Mas, com o fato novo do afastamento de Valin, pode se antecipar e faturar a cadeira do ex-deputado no TCE. Fortíssimo.
Valcenor Braz [foto acima] é forte aliado de Marconi e um dos responsáveis pelo bom desempenho do tucano no Entorno de Brasília. Teria o apoio de nove entre 10 deputados estaduais, que são os que, em última análise, vão aprovar a indicação do novo conselheiro do TCE.
Aparadas as arestas com o governador Marconi Perillo, o ex-prefeito diz que o vereador é o político que mais mantém contato com a população
O curso só pôde ser concluído por interferência de Nasr Chaul, novo superintendente de Cultura do governo de Goiás
A educadora sublinha que a incorporação pela Secretaria da Educação ampliou a estrutura da cultura em todo o Estado
A decência de Aguinaldo Coelho, assim como seu respeito às leis, incomoda muito
Como muitos prefeitos do país, José Gouveia enfrenta CEI, não consegue terminar obras, mas controla a máquina
O peemedebista-irista tem sugerindo que quer uma convivência harmoniosa
Entre os que vão prestar depoimento estão o ex-prefeito José Macedo e os ex-vereadores Veter Maritns e Marlúcio Pereira

[caption id="" align="alignnone" width="620"] Aguinaldo Coelho, Raquel Teixeira e Nasr Chaul: secretária conseguiu derrubar o primeiro | Foto: Alexandre Parrode / Jornal Opção[/caption]
A secretária da Educação, Cultura e Esporte do governo, Raquel Teixeira, deve trocar, nesta semana, o superintendente de Cultura, Aguinaldo Coelho, possivelmente pelo diretor do Centro Cultural Oscar Niemeyer, Nasr Chaul. O professor da Universidade Federal de Goiás Lisandro Nogueira deve ir para o lugar de Chaul.
Maria Abadia era o nome preferido de Raquel Teixeira para a superintendência de Cultura. Mas a secretária não teria conseguido bancá-la.
Mário Rodrigues também vai deixar a direção do Fundo de Cultura. O arquiteto e compositor Otávio Daher deixa a direção do Núcleo de Obras da Superintendência de Cultura.

O deputado do PMDB diz que o promotor de justiça é "preparado e inteligente"
Um dos deputados é de esquerda e está insatisfeito com seu partido
Pelo menos duas filiações-bomba devem agitar o cenário político antes de outubro. As duas estão sendo articuladas pela cúpula do PSDB, com o aval do governador Marconi Perillo. São dois nomes de peso da oposição.

O governador Marconi Perillo examinou pesquisa sobre Catalão e gostou do que viu

[caption id="attachment_43479" align="alignleft" width="250"] Romance de Gustavo Magnani surpreende pela qualidade e, dada a temática, tende a se tornar best seller | Divulgação[/caption]
O prosador cubano Reinaldo Arenas (1943-1990) escreveu um livro, “Antes Que Anoiteça”, que surpreende pela crueza da narrativa e da história. É um relato da vida homossexual em Cuba, durante parte da ditadura da dinastia de Fidel Castro. Leitores de estômago fraco certamente não terão ânimo para frequentar as páginas de uma obra verdadeira e sem concessões ao moralismo. As histórias, descritas com rara perspicácia, sugerem que a sexualidade é muito mais complexa do que explicitam as categorias rígidas criadas pela cultura. As fronteiras entre a homossexualidade e a heterossexualidade, que parecem tão distantes e conflitantes, às vezes são mais tênues do que imagina nossa vã filosofia. A curiosidade e o prazer sexuais são exibidos com tanta vivacidade por Reinaldo Arenas, autor admirado pelo crítico Harold Bloom, que, ao ler a história, é como estivéssemos presenciando um strip-tease das profundezas da alma, uma devassa não apenas dos corpos dos homens.
O escritor brasileiro Gustavo Magnani publicou um romance que tende a se tornar best seller — tanto pela temática, a conexão entre homossexualidade e religião, especificamente a evangélica, quanto pela qualidade de sua escrita. “Ovelha — Memórias de um Pastor Gay” surpreende pela narrativa precisa de um mundo complexo, ao qual não se deve adentrar com as limitações dos preconceitos (que não servem nem para seus combatentes) de variados matizes, e pela apresentação de um comportamento de maneira (quase) antropológica. O pastor gay é apresentado, sua vida é dissecada, mas o autor evita a rigidez dos julgamentos morais. Os julgamentos ficam por conta dos leitores — se quiserem fazê-los. O autor fornece os elementos para a leitura, ou melhor, leituras.
Surpreende, pelo texto seguro e pela arquitetura sem fissuras, que Gustavo Magnani [foto acima, do arquivo do autor] tenha apenas 20 anos. Sua prosa é de autor maduro. Seu talento lembra o do escritor francês Raymond Radiguet. Já a percepção acurada da vida de um homem complexo e complicado, um homossexual religioso (até fanático), lembra a narrativa de “Antes Que Anoiteça”. O romance é, ao mesmo tempo, um “retrato” da realidade e literatura. Realidade e imaginação imbricadas.
O romance, que possivelmente vai ganhar as livrarias de outros países e as telas dos cinemas, é menos sensacionalista do que insinua. Diria que é uma odisseia profusa e profundamente humana — até nos delírios do personagem — e um registro de como nós, homens, somos sofridos, variados e, portanto, difíceis de apreender por interpretações estreitas.
Trecho do livro de Gustavo Magnani
Despedida
Não é, senhor, o último capítulo.
Falhei talvez em entregar uma história de blasfêmia e ofensa: eu aqui — completamente nu, entregue e verdadeiro.
Já não sei quem é o senhor e isso pouco me importa, não sei também o que dirão dessa carta de suicídio prolongada; de um ser que aos poucos morreu, mas que viveu, não direito, mas intensamente.
Ainda uso aquela túnica, mas ninguém montou em mim.
Talvez seja este meu último desejo: apenas um buraco na terra, insetos em volta do caixão e um esqueleto que acompanha o movimento do mundo: em eterna decomposição.
Senhor, até nunca.