Por Euler de França Belém

Nas visitas ao interior, Lúcio Flávio precisa ser apresentado aos advogados. Porque ninguém sabe quem é ele
Desculpe, Aylan: a festa não era para você. A festa é sempre dos poderosos
Assessoria diz que 60 advogados participaram de uma reunião. Mas fotografias mostram no máximo 25 advogados

Um ex-deputado estadual goiano, filiado ao PMDB, é cotado para assumir a área de Comunicação do governo de Marcelo Miranda no Estado do Tocantins. Por ter experiência com gestão e por ter atuado na área de Comunicação em Goiás, o parlamentar é apontado como uma alternativa para tornar o setor do governo do Tocantins ainda mais eficiente. Além do competência, o peemedebista sabe como lidar com o cada vez mais complexo mercado da comunicação.

[caption id="attachment_5222" align="aligncenter" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O ex-deputado Samuel Belchior não queria continuar como presidente do PMDB de Goiás. Agora, autorizou um grupo a dizer que pode disputar a reeleição, em outubro, com o apoio do Iris Rezende.
Enquanto Belchior não se define, três postulantes percorrem o interior de Goiás em busca de apoio. José Nelto, com o apoio da bancada estadual e da ex-deputada Iris Araújo e de sua filha, Ana Paula, trabalha para obter o apoio de Iris Rezende e Maguito Vilela. O deputado Daniel Vilela, que não tem o apoio de Iris, tem prestígio no partido, dado o fato de ser filho do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito. Nailton Oliveira é o mais discreto, mas está trabalhando com afinco.
Nailton circula pelo interior tendo como escudeiros Dori Mocó e Pablo Rezende. Prefeitos costumam chamá-los de “os três mosqueteiros”.
Um aliado de José Nelto sugere que, se vetá-lo, Iris Rezende estará vetando a bancada estadual do partido, que é leal ao peemedebista-chefe.
Se tentar emplacar Samuel Belchior, ou Nailton Oliveira, Iris poderá encontrar pela frente uma aliança entre José Nelto e Daniel Vilela.
Há quem diga que, na hora agá, Iris pode bancar seu aliado Agenor Mariano para comandar o PMDB regional. Ao Jornal Opção, Agenor Mariano disse que está cuidando mais da eleição do diretório metropolitano do PMDB (o de Goiânia), cujo presidente deverá ser Bruno Peixoto.
Dois peemedebistas disseram ao Jornal Opção que Iris quer no comando do partido um peemedebista maleável, quer dizer, que obedeça às suas ordens sem questioná-las.

O marqueteiro e empresário Jorcelino Braga diz que a tendência é apoiar Vanderlan Cardoso, pré-candidato do PSB, para prefeito de Goiânia. “Agora, se Vanderlan for para a base do governador Marconi Perillo, não terei como apoiá-lo. Tenho conversado com ele, que tem mantido uma certa distância dos tentáculos do governo, que são sempre longos e sedutores. Como lida com pesquisas, Vanderlan sabe que, se adotar um discurso de oposição em Goiânia, ainda que relativamente moderado, tende a ser eleito.” Sobre o deputado Waldir Soares (PSDB), Braga diz que é produto do momento e que dificilmente se elegerá para um cargo majoritário. Em 2018, Braga diz que vai apoiar o senador Ronaldo Caiado para governador.

O vereador tucano Marcelo Vale diz que a população de Mineiros reclama da violência (assaltos), do desemprego e da falta de qualificação profissional. “Uma das críticas frequentes ao prefeito Agenor Rezende (PMDB) é que não se preocupa em adotar uma política de atração de indústrias para o município.” Trata-se de um gestor pouco criativo, adepto do arroz com feijão, “que não fede nem cheira”, segundo os adversários. Mesmo assim, se as eleições fossem realizadas hoje, teria chance de ser reeleito. Não tanto por seus méritos, e sim pela divisão das oposições.
A ex-prefeita Neiba Barcellos, do PSDB, é a política que mais tem condições de derrotar Agenor Rezende. Entretanto, no caso de Ivane Campos, do PT (pode sair do partido), e de Flávia Vilela, do Solidariedade, saírem candidatas, dividindo o eleitorado, as chances de Agenor Rezende crescem. Se conquistar o apoio de Flávia Vilela, e mesmo com a permanência de Ivane, Neiba pode vencê-lo.

O prestígio do prefeito de Catalão, Jardel Sebba (PSDB), é apontado como “extremamente alto”. O secretário de Desenvolvimento, o vice-governador José Eliton, o convidou para falar em nome dos prefeitos goianos no dia de sua filiação ao PSDB.

O deputado José Nelto não descarta a candidatura de Fernando Krebs ao Senado pelo PMDB. Mas, assim como o integrante do Ministério Público, vai deixar o assunto para 2018. Motivo: não atrapalhar e não contaminar as ações do polêmico promotor de justiça. Se Fernando Krebs admitir que é candidato agora, suas ações contra possíveis adversários serão vistas como parte do jogo político para enfraquecê-los e para se fortalecer. A tática do promotor é inteligente. Para bom entendedor, uma letra é “Finnegans Wake”.

O deputado estadual Cláudio Meirelles sonha dia e noite em se filiar no PTC. Porém, sem janela, permanecerá no PR. Cláudio Meirelles manda no PTC, mas, como muitos políticos, quer um partido para chamar de seu. Como não é filiado não pode, por exemplo, “mexer” no fundo partidário.


[caption id="attachment_44906" align="aligncenter" width="620"] Foto: reprodução / Facebook[/caption]
O PSDB deve bancar João Fachinello — vice do desgastado prefeito Luiz Carlos Attié (PSD) — para a disputa da Prefeitura de Cristalina, em 2016. Seu vice deve sair dos quadros do PSD. Os nomes cotados são: Matheus Vasconcelos, os vereadores José Orlando (PSD) e Lúcia Salles (PSC) e os secretários Maks Wilson, Rosi Attié e Valter Tomaz.
Como João Fachinello é apontado como um candidato fraco — Daniel do Sindicato pode superá-lo —, integrantes do PSD avaliam lançar candidato a prefeito. Até para fortalecer o projeto do presidente regional do partido, Vilmar Rocha, que pretende disputar mandato de senador em 2018.
O PSD tem dois nomes tidos como fortes para a Prefeitura de Cristalina: o vereador José Orlando e o secretário de Saúde, Maks Wilson (que vai se filiar ao partido). O PSDB aposta que, ao final das articulações, o PSD vai lançar o vice de seu candidato.

É quase certo que o empresário Júnior Friboi não volta mais para o PMDB. O deputado federal Daniel Vilela não vai sacrificar sua carreira política para bancá-lo no partido. Em troca do aval de Iris Rezende para se tornar presidente do PMDB de Goiás, Daniel Vilela decidiu que, a partir de agora, vai ignorar Júnior Friboi. Percebendo que nenhuma facção do PMDB o defende, Júnior Friboi está cada vez mais próximo da base do governador Marconi Perillo, embora tenha dito a alguns interlocutores que quer se manter independente em relação aos poderosos da política de Goiás. Ele quer cavar um espaço próprio. Por isso pode se filiar ao Pros ou mesmo ao PTN.

[caption id="attachment_36815" align="aligncenter" width="620"] Roller deve deixar a Alego | Foto: Carlos Costa[/caption]
Pesquisas indicam que o deputado estadual Ernesto Roller, do PMDB, voa em céu de brigadeiro em Formosa. Ele lidera com folga. O único político que se aproxima dele é Tião Caroço, que, se conseguir a aposentadoria no Tribunal de Contas dos Municípios, pode disputar a prefeitura.
Caroço confessou a pelo menos dois conselheiros que teme enfrentar Roller. Porque, se perder, ficará desmoralizado; o criador terá sido devorado pela criatura.
Perguntado por aliados a respeito da questiúncula, Roller não mostra nenhum interesse. Mas, sim, gostaria de derrotar Tião Caroço — a língua mais viperina da política de Goiás.