Por Euler de França Belém
Políticos experientes consideram que o deputado Daniel Vilela abriu um rombo em sua vidraça ao votar contra a convocação dos irmãos Batista-Friboi para a CPI do BNDES. Acham que ele não tem explicação para liderar a blindagem dos bilionários da carne. Um aliado de José Nelto, que perde o amigo mas salva a piada, já chama o filho de Maguito Vilela de “Daniel Friboi”.
Outra derrapada feia de Daniel Vilela: ele participou de churrasco em apoio ao presidente Eduardo Cunha, denunciado pela Operação Lava Jato. A notícia saiu na imprensa nacional. Toda a bancada do PMDB na Câmara Federal foi, à exceção de Jarbas Vasconcelos.
De um político profundo conhecedor da alma do eleitor goiano: não basta para Daniel Vilela ter um rostinho bonito e ser filho de um cacique regional para ser governador do Estado. Tem de ter mais do que isso e apresentar conteúdo. Na Câmara dos Deputados, segundo um parlamentar goiano, ele é conhecido por não parar de passar a mão no cabelo.
O governador Marconi Perillo recebeu, na semana passada, o ex-superintendente de Cultura da Seduce Aguinaldo Coelho. Conversaram longamente e o tucano reafirmou a confiança e respeito pelo trabalho do auxiliar. Demitido pela secretária Raquel Teixeira, Aguinaldo vai ficar na assessoria direta do governador. A audiência foi entendida como um ato de desagravo a Aguinaldo diante da forma brutal e deselegante com que Raquel conduziu seu afastamento do cargo.
Pode ser coincidência, mas a coluna “Giro”, editada pelo jornalista Jarbas Rodrigues Jr., não publicou a informação de que Daniel Vilela participou da blindagem à família Friboi votando contra a convocação dos irmãos para a CPI do BNDES.
Comentário geral na advocacia: Enil Henrique cuspiu no prato da OAB Forte, no qual comeu, e agora derramou críticas em entrevista ao “Diário da Manhã” ao grupo a que sempre representou e que o elegeu para presidente-tampão. O poder e a corte dos puxa-tudo embriagam.
Na segunda-feira, 14, às 17 horas, acontece na Assembleia Legislativa de Goiás o encontro dos pré-candidatos a vereador pelo PHS, sob a coordenação do presidente do PHS municipal, Marcelo Augusto. Eduardo Machado, presidente nacional, e o deputado estadual Jean Carlo, presidente regional, estarão presentes.
[caption id="attachment_41685" align="alignright" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Ao responder um post do prefeito Jardel Sebba pelo Twitter, sugerindo que não tinha sido convidada para o Agenda Goiás, em Catalão, na semana passada, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, causou um profundo mal estar no Grupo Jaime Câmara. O assunto do encontro era Educação, com a presença do senador Cristovam Buarque (PDT), e a ausência de Raquel causou estranheza. Ao contrário do que disse, foi convidada pela GJC, que tem o comprovante do recibo do convite e a resposta da secretária. O tiro de Raquel era para atingir o colega Thiago Peixoto, ex-secretário da Educação, e um dos articuladores da Agenda, mas acertou na “testa” da GJC.
O vice-prefeito Aparecida de Goiânia, Ozair José, rompeu politicamente com o prefeito Maguito Vilela, do PMDB, depois de uma conversa com o governador de Goiás, Marconi Perillo, e com o vice-governador José Eliton na quinta-feira, 10, no Palácio das Esmeraldas. O ex-deputado está trocando o PT pelo PSDB. Rifado pelo PMDB e praticamente expurgado pelo PT, Ozair José quer ser candidato a prefeito de Aparecida. “Mas não estou ‘chegando’ ao PSDB como ‘o’ candidato. Vou conversar com a base do governador Marconi, em busca da unidade. Unidos, temos condições de derrotar o candidato de Maguito. Sei que há outros nomes, como o coronel Silvio Benedito e Alcides Ribeiro, e vou conversar com todos, sugerindo critérios para a definição da candidatura, táticas e estratégia.”
[caption id="attachment_44720" align="alignright" width="620"] Foto: Fernando Leite[/caption]
Comentário de um político experimentado: “Uma vitória eleitoral do deputado Waldir Soares para prefeito de Goiânia pode significar uma derrota política para a base marconista. Goiás não vai perdoar a base governista em 2018 se eleger o delegado a prefeito da capital em 2016”.
De um senador: “Como foram tão favorecidos pelo BNDES, os irmãos Batista-Friboi deveriam se chamar assim: Júnior BNDES Friboi, Joesley BNDES Batista e Wesley BNDES Batista”.
A maledicência humana é o que se tem pior. Andressa Mendonça separou-se do empresário Carlos Cachoeira num dia e, no mesmo dia, começaram os boatos. Disseram que havia se apaixonado por um morador de Dubai. Depois, relataram que havia se apaixonado por um bicheiro carioca. Não satisfeitos, produziram outra maldade: estaria namorando o proprietário de uma franquia do restaurante Outback, não se qual de qual cidade.
Ao saber que Andressa Mendonça havia abandonado o empresário Carlos Cachoeira, o senador e empresário Wilder Morais teria sido curto, grosso e gargalhando: “Bem feito!”

[caption id="attachment_45440" align="alignright" width="620"] Valfredo Perfeito: aposta na experiência como gestor[/caption]
Numa visita à redação do Jornal Opção na sexta-feira, 11, o ex-prefeito de Ipameri Valfredo Perfeito (PSD) e sua mulher, a ex-vereadora Lurdinha Perfeito (sem partido), disseram que o quadro político do município “está aberto”. A tendência é que a disputa seja polarizada entre a prefeita Daniela Vaz Carneiro (PMDB) e Valfredo.
“Nós fazemos parte de um grupo político coeso, que inclui o Doutor Beto (PSD), vice-prefeito; Ludmila Cozac (PR), ex-vice-prefeita; William Veículos (PR); Mara Ney dos Reis Dias, vereadora”, frisa Valfredo. Dos seis nomes, inclusos Valdredo e Lurdinha, devem sair os candidatos a prefeito e a vice-prefeito. “O critério para definir o nome do candidato deverá ser pesquisa”, afirma o ex-prefeito.
Segundo Valfredo, uma pesquisa o aponta empatado tecnicamente com Daniela Carneiro. “Com a diferença de que minha rejeição é baixa e a dela é muito alta.” O líder do PSD diz que “os eleitores querem um candidato honesto e experiente”.
[caption id="attachment_41597" align="alignright" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Há duas favas contadas na política interna do PT de Goiânia — se existe isto em política. Primeiro, a pré-candidata do petismo a prefeita da capital é a deputada Adriana Accorsi. É o nome do prefeito Paulo Garcia.
Segundo, a petista também é cotada para ser a vice de Iris Rezende, do PMDB. É a aposta principal do paulo-garcismo.
Uma ala do partido, a do deputado Humberto Aidar (ligado ao deputado federal Rubens Otoni), quer lançar candidato a prefeito. O paulo-garcismo prefere bancar “a” vice.
Porém, mesmo sem querer “brigar” ou “impor” seu nome, o ex-reitor da UFG Edward Madureira disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 11, que não descarta sua candidatura a prefeito de Goiânia. “Pelo PT, friso. Porque não vou sair do partido. Abandoná-lo num momento de crise não é decente.”
Dependendo das circunstâncias, Edward Madureira admite ser vice de Iris Rezende. “Vou participar mais do dia a dia do PT para expor minhas ideias.”