Por Euler de França Belém
Depois de divulgação de pesquisas que o colocam em terceiro lugar na corrida pela OAB-GO, o mais rejeitado e com uma administração com mais de 60% de reprovação, aliados de Enil Henrique pensam em convencê-lo a abandonar a disputa. Temem que ele termine atrás de Paulo Teles.
Servidores da OAB-GO teriam sido convocados a comparecer ao lançamento da candidatura de Enil Henrique, na noite de quinta-feira, 10, sob pena de retaliações no caso de ausência. Um funcionário de confiança teria sido escalado por Enil Henrique para fazer a "chamada de presença" da turma. A ordem é para que levem as famílias também para dar quórum e público às “festas” da situação.
Em campanha aberta pelo interior do Estado, supostamente sem receio de ferir o regimento da entidade, o candidato do grupo de Leon Deniz, Lúcio Flávio, desembarcou na quinta-feira, 10, em Rio Verde e a primeira parada foi numa rádio. A entrevista do candidato gerou repercussão negativa nas redes sociais. Em vez de apresentar propostas e discutir os problemas da classe, Lúcio Flávio partiu para o ataque, com um festival de críticas a torto e a direito. Mas Lúcio Flávio não escapou dos questionamentos do jornalista Costa Filho, campeão de audiência na região, que o apertou sobre gastos de campanha, contratação de marqueteiro profissional e investimento pesado em publicidade para a promoção do seu nome. A resposta do candidato não convenceu: o dinheiro (milhões?) é de um grupo de advogados que o apoia e “acredita” em sua postulação. Lúcio Flávio é verdadeiro apagão no interior.
No interior e até mesmo na capital, Lúcio Flávio quase não cita o nome de seu principal apoiador, o ex-candidato Leon Deniz. Sabe-se, porém, que Leon Deniz é mais carismático do que Lúcio Flávio. Escondê-lo pode não ser uma boa estratégia.
Advogados reclamam que apoiadores de Lúcio Flávio Paiva, tido com fleumático e educado, estão baixando o nível da campanha pela OAB-GO. Sustentam que os ataques e baixarias partem da turma de um ex-candidato, que estaria distribuindo vídeos pelo whats app, com ofensas, termos apelativos e chacotas de nível reprovável a respeito dos adversários.
De um vereador: “O dono da Construtora Consciente, Ilésio Inácio, nada tem de ‘consciente’. Ele trata a cidade como se fosse seu dono, construindo edifícios nos lugares que escolhe, sem consultar a sociedade. Na região da Praça do Ratinho, vai construir torres que vão contribuir para engarrafar o trânsito na região”.
A secretária Ana Carla (Sefaz) reuniu-se com o colega Thiago Peixoto (Segplan) para discutir a Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado. Eles agora acertaram os ponteiros e comeram a ambrosia da paz.
O presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa (DEM), não sabe se disputará reeleição ou tentará uma cadeira na Câmara dos Deputados. Prefeitura de Goianésia? Nem pensar. Por enquanto, garante que é candidato a fazer uma boa gestão à frente do parlamento goiano. A única coisa certa é que Helio de Sousa não quer ficar no DEM do deputado Ronaldo Caiado.
O vereador Vinicius Luz pode ser o vice do empresário Victor Priori na disputa pela Prefeitura de Jataí. Os dois são do PSDB. Na luta pela conquista dos votos, Luz entra com a juventude e Priori, com a grana.
O senador Ronaldo Caiado não moveu uma palha sequer para segurar o colega Wilder Morais no DEM. Ao contrário, parece ter colocado uma vassoura atrás da porta para o empresário deixar logo a sigla. Tudo para reinar sozinho na legenda em Goiás. Wilder Morais publicamente elogia Ronaldo Caiado. Nos bastidores, fala cobras, lagartos, sapos e lacraias. Numa reunião, em Brasília, teria dito que Vilmar Rocha, por ter suportando o senador democrata por tanto tempo, deveria ser canonizado. O DEM nacional não ficou nada satisfeito com o descaso do senador Caiado com a permanência de Wilder no partido.
Com foco em investimentos no setor da Ciência e Tecnologia, o mestre em Economia Mauro Fayad chefia missão goiana ao Leste Europeu no final de setembro.
O ex-senador Gim Argello, que está cuidando de investimentos em Miami, deve ter o nome citado em novas denúncias. Ele teria recebido cerca de 25 milhões de reais de empreiteiras.
O governador Marconi Perillo foi a estrela do encontro de governadores em Palmas. O secretário de Planejamento, Thiago Peixoto, ganhou elogios do tucano por ter organizado de maneira competente a agenda do governo de Goiás. O tucano-chefe é considerado pelos demais governadores como um dos políticos mais articulados do país. Marconi estuda economia, tem detalhes na ponta da língua sobre o quadro nacional, que muitos governadores chegam a pensar que é economista.
Políticos experientes consideram que o deputado Daniel Vilela abriu um rombo em sua vidraça ao votar contra a convocação dos irmãos Batista-Friboi para a CPI do BNDES. Acham que ele não tem explicação para liderar a blindagem dos bilionários da carne. Um aliado de José Nelto, que perde o amigo mas salva a piada, já chama o filho de Maguito Vilela de “Daniel Friboi”.
Outra derrapada feia de Daniel Vilela: ele participou de churrasco em apoio ao presidente Eduardo Cunha, denunciado pela Operação Lava Jato. A notícia saiu na imprensa nacional. Toda a bancada do PMDB na Câmara Federal foi, à exceção de Jarbas Vasconcelos.
