Por Euler de França Belém
De uma pessoa que conhece bem o peemedebismo: “Iris Rezende, no início, não torcia contra o prefeito Paulo Garcia. Mas nunca torceu para que desse certo inteiramente. Em seguida, passou a torcer contra a gestão do petista”.
Iris Rezende (PMDB) precisava de um pretexto para romper o relacionamento político com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT): a escolha do nome da mãe do governador Marconi Perillo — Maria Perillo — para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região noroeste. Segundo iristas, o peemedebista-chefe alega que a região noroeste é a menina de seus olhos.
Surpreendido com a críticas acerbas de Agenor Mariano, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), em princípio não acreditou que Iris Rezende estaria por trás das farpas endereçadas à gestão petista pelo vice-prefeito. Agora tem certeza que Agenor Rezende foi estimulado pelo velho cacique a fustigá-lo e precipitar o rompimento da aliança entre o PT e o PMDB em Goiânia. Segundo um irista, Paulo Garcia enviou um emissário (Osmar Magalhães) para sondar Iris Rezende sobre o assunto. Iris Rezende teria sido curto e grosso: não quer mais conversa com o prefeito. O tom foi ríspido e até algumas palavras impublicáveis foram ditas pelo líder peemedebista.
Líder do PPS em Goiânia, Darlan Braz está empenhado em propagar o nome de Vanderlan Cardoso (PSB) para prefeito da capital. “A senadora Lúcia Vânia está empenhada em divulgar o nome de Vanderlan Cardoso na cidade”, frisa Darlan Braz. “Ele está empolgado e vai marcar presença forte na capital, a partir de dezembro.” “Nós queremos tornar Vanderlan Cardoso mais acessível aos goianienses e, assim, massificar seu nome e suas ideias”, afirma Darlan Braz.

Nos seus diários, o ex-presidente da República faz críticas contundentes a Roberto Civita, da “Veja”, e a Otavio Frias Filho, da “Folha de S. Paulo”, e garante que os jornalistas Janio de Freitas e Carlos Heitor Cony são penas de aluguel
O entusiasmo de Iris Rezende com Agenor Mariano, por ter criticado o PT e o prefeito de Goiânia, com tanta ênfase, que cogita até mesmo bancá-lo para prefeito da capital. Iris Rezende confidenciou a iristas que Agenor Mariano, além de leal, tem coragem — virtudes que preza muito.
Pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PMDB, Iris Rezende definiu, na semana passada, que seu vice será Agenor Mariano, de seu partido, ou um nome indicado pelo senador Ronaldo Caiado, do DEM.
Tese de um irista: “Qualquer nome indicado por Ronaldo Caiado não precisa ser forte politicamente. O que importa é que seja apresentado, na campanha, como o nome de Caiado. Quer dizer, o vice, indiretamente, será o senador”. Iris Rezende, na opinião do irista, quer casar a eleição de 2016 com a de 2018. Portanto, quer o DEM de Ronaldo Caiado mais próximo como substituto do PT. Porém, em termos estritamente sentimentais, o peemedebista-chefe gostaria de ter como vice Agenor Mariano, hoje seu mais fiel aliado.
Apesar da avaliação mínima da Celg ter sido de 5,3 bilhões, os governos do Estado de Goiás e da União apostam que a empresa vai alcançar um preço maior do que 8 bilhões de reais no leilão, que deve ocorrer até março do ano que vem. A presidente Dilma Rousseff, do PT, e o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, apostam que a privatização da Celg alcançará um valor acima do esperado
Pesquisas que circulam entre os candidatos a prefeito de Goiânia mostram um quadro de estagnação de Iris Rezende e quedas de Vanderlan Cardoso e de Waldir Delegado Soares. Analistas sugerem que existe um vácuo a ser ocupado por um candidato ousado e propositivo.
Embora a maioria dos políticos não perceba que está no páreo, Marlúcio Pereira, do PTB, garante que deve ser candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia. O petebista costuma brincar que chegou a vez do Barack Obama de Goiás. Eles são parecidos, com a diferença de que o político de Goiás é menor fisicamente.
Na semana passada, políticos brincavam: você viu o Luiz Bittencourt? “Passou por aqui”, respondiam. Isto quer dizer que o pré-candidato do PTB a prefeito de Goiás não para, frequentando vários lugares da cidade e conversando com políticos — como Vanderlan Cardoso — de vários partidos. Hoje, são dois os pré-candidatos a prefeito que mais chamam a atenção: Luiz Bittencourt e o deputado Waldir Delegado Soares.
Um aliado de Vanderlan Cardoso faz uma análise pertinente: “Se o nosso grupo lançar muitos candidatos, Misael Oliveira tende a ser beneficiado e pode ser reeleito.
Pré-candidato a prefeito de Senador Canedo pelo PSB, o empresário Zélio Cândido estaria se sentindo traído por Vanderlan Cardoso, que, acossado pelo PPS, tende a bancar Franco Martins para prefeito do município. Zélio Cândido, que não é popular em Senador Canedo — dizem que, até nas suas empresas, sua aprovação não chega a 30% —, se depender de Vanderlan Cardoso, deve ser empurrado para a vice de Franco Martins, que é mais popular.
Uma chapa com Misael Oliveira (PDT) para prefeito e Túlio Sérvio (ex-prefeito) — conhecido como Sr. Ética — para vice-prefeito pode surpreender em Senador Canedo. Um possível equívoco de Vanderlan Cardoso é considerar Misael Oliveira como “galinha morta”, o que ele não é, em definitivo. É um guerreiro.