Por Euler de França Belém

[caption id="attachment_56070" align="aligncenter" width="620"] Judson Lourenço: “Depois de 14 anos como vereador e duas vezes na prefeitura, avalio que dei minha contribuição para a sociedade”[/caption]
O prefeito de Santa Helena, Judson Lourenço, é apontado como um gestor eficiente. Mas o próprio peemedebista admite que fechou as contas, no final de 2015, com “extrema dificuldade”. Ante a dificuldade de gerir o município, dada a escassez de recursos, sublinha que “cresceu a possibilidade de não disputar a reeleição”.
Judson Lourenço frisa que o partido tem integrantes de ampla vitalidade política que podem disputar a prefeitura em outubro deste ano. “Cito dois nomes, o meu vice, Antônio Ribeiro, e o presidente da Câmara Municipal, Rones Ferreira, mas poderia citar outros de igual porte político e capacidade de gestão.” Ressalte-se que a maioria dos peemedebistas, devido à sua capacidade administrativa, prefere que Judson Lourenço seja o candidato.
O peemedebista arrola alguns motivos que podem levá-lo a não disputar a reeleição: primeiro, “é preciso abrir espaço para novos líderes, o que contribuirá para reoxigenar o partido”; segundo, “fui vereador por 14 anos e prefeito duas vezes. Portanto, já dei minha contribuição política e administrativa”; terceiro, “é uma tortura ser prefeito de um município quando se tem princípios e um pouquinho de vergonha na cara. Vive-se no limite”.
O governo federal, frisa Judson Lourenço, “concentra recursos e, por isso, os municípios vivem à míngua. Os prefeitos precisam fazer milagres para terminar o mês e o ano”. Os governos federal e estadual, afiança o prefeito, “atrasam os recursos para as cidades”. O resultado é que “a capacidade de investimento de uma prefeitura é próxima de zero”.
Comenta-se em Goiânia que o ex-governador Alcides Rodrigues pode se filiar ao PMDB. “Na verdade, nunca ouvi essa conversa. Pelo menos nunca falaram nada comigo a respeito. Portanto, não sei se procede que Alcides Rodrigues vai se filiar ou não ao partido.”

Políticos experimentados dizem que é impossível definir agora a chapa majoritária da base governista para 2018. Porém, como a candidatura do vice-governador José Eliton (PSDB) está praticamente acertada — é o nome natural, quase todos admitem —, assim como a postulação do governador Marconi Perillo ao Senado, especulam-se sobre outros nomes.
Há quem avalie que, para senador, serão candidatos o tucano-chefe, hors concours, e a senadora Lúcia Vânia, dado o fato de controlar dois partidos sólidos, o PSB, como presidente, e o PPS, que tem na presidência seu sobrinho Marcos Abrão. Sobram as vagas de vice e duas suplências. O vice tende a ser Thiago Peixoto (PSD). O senador Wilder Morais (PP) e o ex-deputado federal Vilmar Rocha (PSD) são cotados para as suplências de Marconi e Lúcia.

As prévias do PSDB estão convocadas para o dia 29 de janeiro. “Pegou fogo. Há quem queira mais prazo e que as prévias não sejam realizadas numa sexta-feira, e sim num sábado. Até agora, estamos cientes de que vão disputar as prévias Giuseppe Vecci, Fábio Sousa, Anselmo Pereira e Waldir Soares”, afirma o presidente do PSDB metropolitano, Rafael Lousa. O delegado Waldir? “Sim.”
A outros tucanos, o deletado disse, explicitamente, que não vai disputar as prévias e que será candidato a prefeito de Goiânia por outro partido. Na segunda-feira, 11, a cúpula vai reunir todos os pré-candidatos. “Vou acatar o que eles decidirem”, frisa Lousa. “A definição do nome do PSDB tende a afunilar a base.”

[caption id="attachment_46149" align="aligncenter" width="620"] Ridoval Chiareloto[/caption]
Ridoval Chiareloto afirma que o PSDB deve bancar o vereador Fernando Cunha Neto para prefeito de Anápolis. “Vou apoiá-lo. É da cidade, mantém diálogo com todos os segmentos, não tem arestas, é equilibrado, inteligente e tem tradição política. Alexandre Baldy não mora na cidade e não conhece seus políticos. Com uma união ampla da base governista, nós temos condições de eleger o prefeito.”
“Não devemos tratar o deputado Carlos Antônio como ‘galinha morta’. Eleitoralmente, mesmo sem estrutura, ele é ‘perigoso’, porque é popular”, afirma Ridoval Chiareloto. “O prefeito João Gomes não é um candidato ruim, mas o PT desgasta sua imagem.”

[caption id="attachment_2219" align="aligncenter" width="620"] Foto: Ivaldo Cavalcante[/caption]
Pré-candidato a prefeito de Luziânia, Marcelo Melo, do PSDB, é apontado como “quase-prefeito” pelos eleitores. As pesquisas de intenção de voto o apresentam como líder absoluto e revelam que a rejeição do prefeito Cristóvão Tormin (PSD) é uma das mais altas da história do município. “Mas estou me dedicando em tempo integral às articulações políticas com os líderes dos partidos e à formatação da chapa dos candidatos a vereador. A história ensina que sem trabalho não se ganha eleição. Sei que sou favorito, por meus méritos e pelo desgaste do prefeito, mas quero ampliar minha base eleitoral”, afirma.
O tucano terá o apoio do PSDB, do PSB, do PP, do PMB (com 21 deputados federais, terá um tempo de televisão vantajoso, além de estrutura) e de outros partidos. “Teremos o apoio pelo menos de oito partidos, cujos líderes têm coragem de enfrentar as possíveis pressões do prefeito.” O presidente do PSD, Vilmar Rocha, contrapõe: “Cristóvão tem uma imensa capacidade de trabalho e pode surpreender”.

O secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, é um dos responsáveis por alguns dos resultados positivos do governo de Marconi Perillo em 2015. “A gestão para além da crise” manteve o pagamento dos servidores públicos em dia, inaugurou 900 km de estradas reconstruídas e construídas, diminuiu o número de homicídios em Goiânia e entorno, bancou o Goiás Mais Competitivo e o Inova Goiás e obteve R$ 2,9 bilhões em investimentos, o que vai garantir cerca de 22 mil empregos.

[caption id="attachment_45371" align="aligncenter" width="620"] Vanderlan Cardoso | Foto: Renan Accioly[/caption]
A situação do pré-candidato do PSB a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso, é complicada e paradoxal. No primeiro turno, dada a quantidade de candidatos — e pelo menos dois deles, Iris Rezende, do PMDB, e Waldir Delegado Soares, do PSDB, extremamente populares —, suas chances não são altas.
Porém, se ultrapassar todas as barreiras e chegar ao segundo turno, sobretudo contra Iris Rezende, suas chances aumentam. Porque será articulada uma frente ampla, com todos os partidos da base marconista, inclusive com a participação do governador Marconi Perillo, para apoiá-lo. Antes Vanderlan, com o qual o tucano não tem contencioso pessoal, do que Iris.

[caption id="attachment_5265" align="aligncenter" width="620"] Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]
Enquanto cidades como Goiânia e Aparecida de Goiânia estão às voltas com graves problemas para a realização de matrículas na rede pública municipal, em Catalão a situação é totalmente oposta.
De acordo com o prefeito Jardel Sebba (PSDB), nenhuma criança ficará sem escola no município. Em com um detalhe a mais: as matrículas foram realizadas pela internet, sem que ninguém ficasse na fila para ser atendido.
Ou seja, além de alcançar uma das posições de liderança no quesito qualidade de ensino no Ideb em Goiás e no Brasil, Catalão dá exemplo agora de organização e inovação tecnológica no setor educacional.
A Educação, que sempre foi crítica no tempo em que o PMDB de Adib Elias governava a cidade, agora é modelo para o país, destaca o secretário municipal Souza Filho.
Nota 10, portanto, para o prefeito tucano Jardel Sebba, que demonstra ser um gestor de visão ao investir em Educação e fazer uma opção segura para o futuro de Catalão.

[caption id="attachment_56061" align="aligncenter" width="620"] Evandro Magal e Issy Quinan[/caption]
Os prefeitos de Caldas Novas, Evandro Magal, e de Vianópolis, Issy Quinan, são filiados ao PP e são os mais bem avaliados pelas populações de suas cidades. Os índices dos gestores superam 90%. É uma pena que o presidente do partido, Wilder Morais, não dê nenhuma atenção ao fato. O senador é nefelibata.

Como o deputado federal Pedro Chaves não deve disputar a reeleição em 2018, o deputado José Nelto pretende substitui-lo. “Tenho 34 anos de vida pública — vereador três vezes e deputado estadual cinco vezes — e sou, seguramente, um dos mais experientes integrantes do PMDB. Vou disputar mandato de deputado federal e, se eleito, vou pleitear, desde o início, a liderança do partido na Câmara. Não ficarei no baixo clero. Vou logo para o alto clero.”

Apontada como Shakespeare da América, Sade mulher e rival de Walt Whitman, a poeta morreu aos 55 anos, não saía de casa, só usava branco, escreveu 1800 poemas mas só dez deles foram publicados quando viva
Como esconder um elefante num quarto pequeno? Impossível. Impedir a publicação de “Mein Kampf” (“Minha Luta”), livro de Adolf Hitler, é o mesmo que tentar esconder um elefante. Não dá pé. Com a queda dos direitos autorais — o líder nazista morreu há 70 anos —, a Alemanha vai republicá-lo, o que está provocando debates tão exaustivos quanto infrutíferos.
Para alguns alemães, que não querem revolver o passado pantanoso de seu país, é constrangedor e doloroso o lançamento da obra. Mas não é deixando de publicá-la que se vai eliminar o antissemitismo ou a possibilidade de ressurgimento de “seitas” nazistas. “Mein Kampf” é um documento histórico, dos mais valiosos, para se verificar como ideias redutoras e limitadas podem convencer um povo culto e civilizado, como o alemão, a embarcar numa política suicida de conquista da Europa.
Os que querem impedir o lançamento do livro desejam, no fundo, negar que a Alemanha “comprou” e “vendeu” com fervor as ideias esboçadas por Hitler entre 1924 e 1925. O historiador Robert Gellately é autor de um livro fabuloso, “Apoiando Hitler — Consentimento e Coerção na Alemanha Nazista” (Record, 518 páginas, tradução de Vitor Paolozzi), no qual mostra que os alemães sabiam dos crimes cometidos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial e que Hitler e a Gestapo não esconderam que haviam criado campos de concentração e extermínio.
Detalhe: o pesquisador sugere que Hitler fez o que fez com o apoio da população. Coagiu-a? No geral, não; obteve apoio por intermédio do consenso.

O Volt Data Lab, projeto de jornalismo de dados, revela que, entre 2012 e 2015, a mídia brasileira demitiu mais de 5 mil jornalistas. Em 2015, ano dos mais terríveis para a imprensa, foram demitidos 2.631 profissionais. A Editora Abril, que publica as revistas “Veja”, “Exame” e “Quatro Rodas”, foi a que mais demitiu. O grupo extinguiu e vendeu várias revistas. Terra, Infoglobo (que edita “O Globo”), “Estadão” e “Folha de S. Paulo” estão listados entre os que mais demitiram profissionais.

O Brasil não precisa de justiceiros, e sim de instituições, como a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça, funcionando rigorosamente dentro da legalidade e tratando todos os indivíduos como iguais perante a lei. Além de uma Imprensa crítica
O jornalista é chefe do Gabinete de Gestão de Assuntos Internacionais do governo de Goiás